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Questões de Português - UNESP 2017 | Gabarito e resoluções

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Questão 16
2017Português

(UNESP - 2017 - 1 FASE) Leia o excerto do livro Violncia urbana, de Paulo Srgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida. De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. noite, no saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, no pare em sinal vermelho. Se for assaltado, no reaja entregue tudo. provvel que voc j esteja exausto de ler e ouvir vrias dessas recomendaes. Faz tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noes de segurana e de vida comunitria foram substitudas pelo sentimento de insegurana e pelo isolamento que o medo impe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido encarado como ameaa. O sentimento de insegurana transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participao coletiva, as moradias e os espaos pblicos transformam-se em palco do horror, do pnico e do medo. A violncia urbana subverte e desvirtua a funo das cidades, drena recursos pblicos j escassos, ceifa vidas especialmente as dos jovens e dos mais pobres , Dilacera famlias, modificando nossas existncias dramaticamente para pior. De potenciais cidados, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurana e pnico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mdia eletrnica? Qual tarefa impe-se aos cidados, na democracia e no Estado de direito? (Violncia urbana, 2003.) O trecho As noes de segurana e de vida comunitria foram substitudas pelo sentimento de insegurana e pelo isolamento que o medo impe. (2 pargrafo) foi construdo na voz passiva. Ao se adaptar tal trecho para a voz ativa, a locuo verbal foram substitudas assume a seguinte forma:

Questão 16
2017Português

(UNESP - 2017/2 - 1FASE) Leia o trecho extrado do artigo Cosmologia, 100, de Antonio Augusto Passos Videira e Cssio Leite Vieira Vou conduzir o leitor por uma estrada que eu mesmo percorri, rdua e sinuosa. A frase que tem algo da essncia do hoje clssico A estrada no percorrida (1916), do poeta norte-americano Robert Frost (1874-1963) est em um artigo cientfico publicado h cem anos, cujo teor constitui um marco histrico da civilizao. Pela primeira vez, cerca de 50 mil anos depois de o Homo sapiens deixar uma mo com tinta estampada em uma pedra, a humanidade era capaz de descrever matematicamente a maior estrutura conhecida: o Universo. A faanha intelectual levava as digitais de Albert Einstein (1879-1955). Ao terminar aquele artigo de 1917, o fsico de origem alem escreveu a um colega dizendo que o que produzira o habilitaria a ser internado em um hospcio. Mais tarde, referiu-se ao arcabouo terico que havia construdo como um castelo alto no ar. O Universo que saltou dos clculos de Einstein tinha trs caractersticas bsicas: era finito, sem fronteiras e esttico o derradeiro trao alimentaria debates e traria arrependimento a Einstein nas dcadas seguintes. Em Consideraes Cosmolgicas na Teoria da Relatividade Geral, publicado em fevereiro de 1917 nos Anais da Academia Real Prussiana de Cincias, o cientista construiu (de modo muito visual) seu castelo usando as ferramentas que ele havia forjado pouco antes: a teoria da relatividade geral, finalizada em 1915, esquema terico j classificado como a maior contribuio intelectual de uma s pessoa cultura humana. Esse bloco matemtico impenetrvel (mesmo para fsicos) nada mais do que uma teoria que explica os fenmenos gravitacionais. Por exemplo, por que a Terra gira em torno do Sol ou por que um buraco negro devora avidamente luz e matria. Com a introduo da relatividade geral, a teoria da gravitao do fsico britnico Isaac Newton (1642-1727) passou a ser um caso especfico da primeira, para situaes em que massas so bem menores do que as das estrelas e em que a velocidade dos corpos muito inferior da luz no vcuo (300 mil km/s). Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de 1917), impressiona o fato de Einstein ter achado tempo para escrever uma pequena joia, Teoria da Relatividade Especial e Geral, na qual populariza suas duas teorias, incluindo a de 1905 (especial), na qual mostrara que, em certas condies, o espao pode encurtar, e o tempo, dilatar. Tamanho esforo intelectual e total entrega ao raciocnio cobraram seu pedgio: Einstein adoeceu, com problemas no fgado, ictercia e lcera. Seguiu debilitado at o final daquela dcada. Se deslocados de sua poca, Einstein e sua cosmologia podem ser facilmente vistos como um ponto fora da reta. Porm, a historiadora da cincia britnica Patricia Fara lembra que aqueles eram tempos de cosmologias, de vises globais sobre temas cientficos. Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos continentes, do gelogo alemo Alfred Wegener (1880-1930), marcada por uma viso cosmolgica da Terra. Fara d a entender que vrias reas da cincia, naquele incio de sculo, passaram a olhar seus objetos de pesquisa por meio de um prisma mais amplo, buscando dados e hipteses em outros campos do conhecimento. Folha de S.Paulo, 01.01.2017. Adaptado. Em A faanha intelectual levava as digitais de Albert Einstein (1879-1955). (2pargrafo), o termo destacado pode ser substitudo de modo mais adequado, tendo em vista o contexto, por:

Questão 17
2017Português

(UNESP - 2017/2 - 1FASE) Leia o trecho extrado do artigo Cosmologia, 100, de Antonio Augusto Passos Videira e Cssio Leite Vieira Vou conduzir o leitor por uma estrada que eu mesmo percorri, rdua e sinuosa. A frase que tem algo da essncia do hoje clssico A estrada no percorrida (1916), do poeta norte-americano Robert Frost (1874-1963) est em um artigo cientfico publicado h cem anos, cujo teor constitui um marco histrico da civilizao. Pela primeira vez, cerca de 50 mil anos depois de o Homo sapiens deixar uma mo com tinta estampada em uma pedra, a humanidade era capaz de descrever matematicamente a maior estrutura conhecida: o Universo. A faanha intelectual levava as digitais de Albert Einstein (1879-1955). Ao terminar aquele artigo de 1917, o fsico de origem alem escreveu a um colega dizendo que o que produzira o habilitaria a ser internado em um hospcio. Mais tarde, referiu-se ao arcabouo terico que havia construdo como um castelo alto no ar. O Universo que saltou dos clculos de Einstein tinha trs caractersticas bsicas: era finito, sem fronteiras e esttico o derradeiro trao alimentaria debates e traria arrependimento a Einstein nas dcadas seguintes. Em Consideraes Cosmolgicas na Teoria da Relatividade Geral, publicado em fevereiro de 1917 nos Anais da Academia Real Prussiana de Cincias, o cientista construiu (de modo muito visual) seu castelo usando as ferramentas que ele havia forjado pouco antes: a teoria da relatividade geral, finalizada em 1915, esquema terico j classificado como a maior contribuio intelectual de uma s pessoa cultura humana. Esse bloco matemtico impenetrvel (mesmo para fsicos) nada mais do que uma teoria que explica os fenmenos gravitacionais. Por exemplo, por que a Terra gira em torno do Sol ou por que um buraco negro devora avidamente luz e matria. Com a introduo da relatividade geral, a teoria da gravitao do fsico britnico Isaac Newton (1642-1727) passou a ser um caso especfico da primeira, para situaes em que massas so bem menores do que as das estrelas e em que a velocidade dos corpos muito inferior da luz no vcuo (300 mil km/s). Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de 1917), impressiona o fato de Einstein ter achado tempo para escrever uma pequena joia, Teoria da Relatividade Especial e Geral, na qual populariza suas duas teorias, incluindo a de 1905 (especial), na qual mostrara que, em certas condies, o espao pode encurtar, e o tempo, dilatar. Tamanho esforo intelectual e total entrega ao raciocnio cobraram seu pedgio: Einstein adoeceu, com problemas no fgado, ictercia e lcera. Seguiu debilitado at o final daquela dcada. Se deslocados de sua poca, Einstein e sua cosmologia podem ser facilmente vistos como um ponto fora da reta. Porm, a historiadora da cincia britnica Patricia Fara lembra que aqueles eram tempos de cosmologias, de vises globais sobre temas cientficos. Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos continentes, do gelogo alemo Alfred Wegener (1880-1930), marcada por uma viso cosmolgica da Terra. Fara d a entender que vrias reas da cincia, naquele incio de sculo, passaram a olhar seus objetos de pesquisa por meio de um prisma mais amplo, buscando dados e hipteses em outros campos do conhecimento. Folha de S.Paulo, 01.01.2017. Adaptado. Emprega-se a vrgula para indicar, s vezes, a elipse do verbo: Ele sai agora: eu, logo mais. (Evanildo Bechara. Moderna gramtica portuguesa, 2009. Adaptado.) Verifica-se a ocorrncia de vrgula para indicar a elipse do verbo no seguinte trecho:

Questão 17
2017Português

(UNESP - 2017 - 1 FASE) Leia o excerto do livroViolncia urbana, de Paulo Srgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida. De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. noite, no saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, no pare em sinal vermelho. Se for assaltado, no reaja entregue tudo. provvel que voc j esteja exausto de ler e ouvir vrias dessas recomendaes. Faz tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noes de segurana e de vida comunitria foram substitudas pelo sentimento de insegurana e pelo isolamento que o medo impe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido encarado como ameaa. O sentimento de insegurana transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participao coletiva, as moradias e os espaos pblicos transformam-se em palco do horror, do pnico e do medo. A violncia urbana subverte e desvirtua a funo das cidades, drena recursos pblicos j escassos, ceifa vidas especialmente as dos jovens e dos mais pobres , Dilacera famlias, modificando nossas existncias dramaticamente para pior. De potenciais cidados, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurana e pnico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mdia eletrnica? Qual tarefa impe-se aos cidados, na democracia e no Estado de direito? (Violncia urbana,2003.) As palavras do texto cujos prefixos traduzem ideia de negao so

Questão 18
2017Português

(UNESP - 2017 - 1 FASE) Trata-se de uma obra hbrida que transita entre a literatura, a histria e a cincia, ao unir a perspectiva cientfica, de base naturalista e evolucionista, construo literria, marcada pelo fatalismo trgico e por uma viso romntica da natureza. Seu autor recorreu a formas de fico, como a tragdia e a epopeia, para compreender o horror da guerra e inserir os fatos em um enredo capaz de ultrapassar a sua significao particular. (Roberto Ventura. Introduo. In: Silviano Santiago (org.). Intrpretes do Brasil, vol. 1, 2000. Adaptado.) Tal comentrio crtico aplica-se obra

Questão 18
2017Português

(UNESP - 2017/2 - 1FASE) Leia o trecho extrado do artigo Cosmologia, 100, de Antonio Augusto Passos Videira e Cssio Leite Vieira Vou conduzir o leitor por uma estrada que eu mesmo percorri, rdua e sinuosa. A frase que tem algo da essncia do hoje clssico A estrada no percorrida (1916), do poeta norte-americano Robert Frost (1874-1963) est em um artigo cientfico publicado h cem anos, cujo teor constitui um marco histrico da civilizao. Pela primeira vez, cerca de 50 mil anos depois de o Homo sapiens deixar uma mo com tinta estampada em uma pedra, a humanidade era capaz de descrever matematicamente a maior estrutura conhecida: o Universo. A faanha intelectual levava as digitais de Albert Einstein (1879-1955). Ao terminar aquele artigo de 1917, o fsico de origem alem escreveu a um colega dizendo que o que produzira o habilitaria a ser internado em um hospcio. Mais tarde, referiu-se ao arcabouo terico que havia construdo como um castelo alto no ar. O Universo que saltou dos clculos de Einstein tinha trs caractersticas bsicas: era finito, sem fronteiras e esttico o derradeiro trao alimentaria debates e traria arrependimento a Einstein nas dcadas seguintes. Em Consideraes Cosmolgicas na Teoria da Relatividade Geral, publicado em fevereiro de 1917 nos Anais da Academia Real Prussiana de Cincias, o cientista construiu (de modo muito visual) seu castelo usando as ferramentas que ele havia forjado pouco antes: a teoria da relatividade geral, finalizada em 1915, esquema terico j classificado como a maior contribuio intelectual de uma s pessoa cultura humana. Esse bloco matemtico impenetrvel (mesmo para fsicos) nada mais do que uma teoria que explica os fenmenos gravitacionais. Por exemplo, por que a Terra gira em torno do Sol ou por que um buraco negro devora avidamente luz e matria. Com a introduo da relatividade geral, a teoria da gravitao do fsico britnico Isaac Newton (1642-1727) passou a ser um caso especfico da primeira, para situaes em que massas so bem menores do que as das estrelas e em que a velocidade dos corpos muito inferior da luz no vcuo (300 mil km/s). Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de 1917), impressiona o fato de Einstein ter achado tempo para escrever uma pequena joia, Teoria da Relatividade Especial e Geral, na qual populariza suas duas teorias, incluindo a de 1905 (especial), na qual mostrara que, em certas condies, o espao pode encurtar, e o tempo, dilatar. Tamanho esforo intelectual e total entrega ao raciocnio cobraram seu pedgio: Einstein adoeceu, com problemas no fgado, ictercia e lcera. Seguiu debilitado at o final daquela dcada. Se deslocados de sua poca, Einstein e sua cosmologia podem ser facilmente vistos como um ponto fora da reta. Porm, a historiadora da cincia britnica Patricia Fara lembra que aqueles eram tempos de cosmologias, de vises globais sobre temas cientficos. Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos continentes, do gelogo alemo Alfred Wegener (1880-1930), marcada por uma viso cosmolgica da Terra. Fara d a entender que vrias reas da cincia, naquele incio de sculo, passaram a olhar seus objetos de pesquisa por meio de um prisma mais amplo, buscando dados e hipteses em outros campos do conhecimento. Folha de S.Paulo, 01.01.2017. Adaptado. Em O Universo que saltou dos clculos de Einstein tinha trs caractersticas bsicas [...] (4pargrafo), a orao destacada encerra sentido de

Questão 19
2017Português

(UNESP - 2017/2 - 1FASE) Quando este(a) autor(a) publicou seu primeiro livro, duas vertentes assinalavam o panorama da fico brasileira: o regionalismo e a reao espiritualista. Sua obra vai representar uma sntese feliz das duas vertentes. Como regionalista, volta-se para os interiores do pas, pondo em cena personagens plebeias e tpicas. Leva a srio a funo da literatura como documento, ao ponto de reproduzir a linguagem caracterstica daquelas paragens. Porm, como os autores da reao espiritualista, descortina largo sopro metafsico, costeando o sobrenatural, em demanda da transcendncia. No que superou a ambas, distanciando-se, foi no apuro formal, no carter experimentalista da linguagem, na erudio poligltica, no trato com a literatura universal de seu tempo, de que nenhuma das vertentes dispunha, ou a que no atribuam importncia. E no fato de escrever prosa como quem escreve poesia ou seja, palavra por palavra, ou at fonema por fonema. (Walnice Nogueira Galvo. Introduo, 2000. Adaptado.) Esse comentrio refere-se a

Questão 19
2017Português

(UNESP - 2017 - 1 FASE) Carpe diem: Esse conhecido lema, extrado das Odesdo poeta latino Horcio (65 a.C.- 8 a.C.), sintetiza expressivamente o seguinte motivo: saber aproveitar tudo o que se apresente de positivo (mesmo que pouco) e transitrio. (Renzo Tosi. Dicionrio de sentenas latinas e gregas, 2010. Adaptado.) Das estrofes extradas da produo potica de Fernando Pessoa (1888-1935), aquela em que tal motivo se manifesta mais explicitamente :

Questão 20
2017Português

(UNESP - 2017/2 - 1FASE) A partir do incio do sculo XX, na Frana, alguns artistas vo subverter a concepo que se tinha da pintura. Em vez de simplesmente representar o que era visto, eles decidem representar aquilo que no podia ser visto. Os rostos de perfil tm dois olhos, a natureza se decompe em formas geomtricas... a realidade se revela em todas as suas facetas, como um cubo achatado. (Christian Demilly. Arte em movimentos e outras correntes do sculo XX, 2016. Adaptado.) Uma obra representativa da esttica qual o texto se refere est reproduzida em:

Questão 20
2017Português

(UNESP - 2017 - 1 FASE) O quadro no se presta a uma leitura convencional, no sentido de esmiuar os detalhes da composio em busca de nuances visuais. Na tela, h apenas formas brutas, essenciais, as quais remetem ao estado natural, primitivo. Os contornos inchados das plantas, os ps agigantados das figuras, o seio que atende ao inexorvel apelo da gravidade: tudo raiz. O embasamento que vem do fundo, do passado, daquilo que vegeta no substrato do ser. As cabecinhas, sem faces, servem apenas de contraponto. Estes no so seres pensantes, produtos da cultura e do refinamento. Tampouco so construdos; antes nascem, brotam como plantas, sorvendo a energia vital do sol de limo. palheta nacionalista de verde planta, amarelo sol e azul e branco cu, a pintora acrescenta o ocre avermelhado de uma pele que mais parece argila. A mensagem clara: essa nossa essncia brasileira sol, terra, vegetao. isto que somos, em cores vivas e sem a interveno erudita das frmulas pictricas tradicionais. (Rafael Cardoso. A arte brasileira em 25 quadros, 2008. Adaptado.) Tal comentrio aplica-se seguinte obra de Tarsila do Amaral (1886-1973):

Questão 25
2017Português

(UNESP - 2017/2 - 2 fase - Questo 25) Para responder (s) questo(es) a seguir, leia a letra da cano Deus lhe pague, do compositor Chico Buarque (1944- ), composta em 1971. Por esse po pra comer, por esse cho pra dormir A certido pra nascer e a concesso pra sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir Deus lhe pague Pelo prazer de chorar e pelo estamos a Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir Um crime pra comentar e um samba pra distrair Deus lhe pague Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir Pelo domingo que lindo, novela, missa e gibi Deus lhe pague Pela cachaa de graa que a gente tem que engolir Pela fumaa, desgraa, que a gente tem que tossir Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair Deus lhe pague Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir E pelo grito demente que nos ajuda a fugir Deus lhe pague Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir Deus lhe pague www.chicobuarque.com.br. Deus lhe pague: pedido a Deus para que abenoe algum por algo bom que esse algum praticou. Carlos Alberto de M. Rocha e Carlos Eduardo P. de M. Rocha.Dicionrio de locues e expresses da lngua portuguesa, 2011. Considerando a definio da expresso Deus lhe pague, correto afirmar que o compositor se apropriou ironicamente dessa expresso em sua cano? Justifique sua resposta, valendo-se de trs versos da letra da cano.

Questão 25
2017Português

(UNESP - 2017- 2 fase - Questo 25) Leia o soneto Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades do poeta portugus Lus Vaz de Cames (1525?-1580) para responder (s) questo(es) a seguir. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiana; todo o mundo composto de mudana, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da 1esperana; do mal ficam as mgoas na lembrana, e do bem se algum houve , as saudades. O tempo cobre o cho de verde manto, que j coberto foi de neve fria, e enfim converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, outra mudana faz de 2mor espanto: que no se muda j como 3soa. Sonetos, 2001. 1esperana: esperado. 2mor: maior. 3soer: costumar (soa: costumava). Considere as seguintes citaes: 1. No podemos entrar duas vezes no mesmo rio: suas guas no so nunca as mesmas e ns no somos nunca os mesmos. Herclito (550 a.C.-480 a.C.) 2. A breve durao da vida no nos permite alimentar longas esperanas. Horcio (65 a.C.-8 a.C.) 3. O melhor para o homem viver com o mximo de alegria e o mnimo de tristeza, o que acontece quando no se procura o prazer em coisas perecveis. Demcrito (460 a.C.-370 a.C.) 4. Toda e qualquer coisa tem seu vaivm e se transforma no contrrio ao capricho tirnico da fortuna. Sneca (4 a.C.-65 d.C.) 5. Uma vez que a vida um tormento, a morte acaba sendo para o homem o refgio mais desejvel. Herdoto (484 a.C.-430 a.C.) Quais das citaes aproximam-se tematicamente do soneto camoniano? Justifique sua resposta.

Questão 26
2017Português

(UNESP - 2017- 2 fase - Questo 26) Leia o soneto Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades do poeta portugus Lus Vaz de Cames (1525?-1580) para responder (s) questo(es) a seguir. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiana; todo o mundo composto de mudana, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da1esperana; do mal ficam as mgoas na lembrana, e do bem se algum houve , as saudades. O tempo cobre o cho de verde manto, que j coberto foi de neve fria, e enfim converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, outra mudana faz de2mor espanto: que no se muda j como3soa. Sonetos, 2001. 1esperana: esperado. 2mor: maior. 3soer: costumar (soa: costumava). Em um determinado trecho do soneto, o eu lrico assinala a passagem de uma estao do ano para outra. Transcreva os versos em que isso ocorre e identifique as estaes a que eles fazem referncia. Para o eu lrico, tal passagem constitui um evento aprazvel? Justifique sua resposta.

Questão 26
2017Português

(UNESP - 2017/2 - 2 fase - Questo 26) Para responder (s) questo(es) a seguir, leia a letra da cano Deus lhe pague, do compositor Chico Buarque (1944- ), composta em 1971. Por esse po pra comer, por esse cho pra dormir A certido pra nascer e a concesso pra sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir Deus lhe pague Pelo prazer de chorar e pelo estamos a Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir Um crime pra comentar e um samba pra distrair Deus lhe pague Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir Pelo domingo que lindo, novela, missa e gibi Deus lhe pague Pela cachaa de graa que a gente tem que engolir Pela fumaa, desgraa, que a gente tem que tossir Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair Deus lhe pague Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir E pelo grito demente que nos ajuda a fugir Deus lhe pague Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir Deus lhe pague www.chicobuarque.com.br. Considere as definies dos seguintes conceitos: 1. Autonomia: direito de um indivduo tomar decises livremente; independncia moral ou intelectual; capacidade de governar-se pelos prprios meios. 2. Heteronomia: sujeio de um indivduo a uma instncia externa ou vontade de outrem; ausncia de autonomia. Qual dos conceitos mostra-se mais adequado para descrever a existncia retratada pela letra da cano? Justifique sua resposta, com base no texto. Considerando o contexto histrico-social em que a cano foi composta, a quem ou a que se refere o pronome lhe em Deus lhe pague?

Questão 27
2017Português

(UNESP - 2017 - 2 fase - Questo 27) Leia o soneto Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades do poeta portugus Lus Vaz de Cames (1525?-1580) para responder (s) questo(es) a seguir. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiana; todo o mundo composto de mudana, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da 1esperana; do mal ficam as mgoas na lembrana, e do bem se algum houve , as saudades. O tempo cobre o cho de verde manto, que j coberto foi de neve fria, e enfim converte em choro o doce canto. E, afora este mudar-se cada dia, outra mudana faz de 2mor espanto: que no se muda j como 3soa. Sonetos, 2001. 1esperana: esperado. 2mor: maior. 3soer: costumar (soa: costumava). Elipse: figura de sintaxe pela qual se omite um termo da orao que o contexto permite subentender. Domingos Paschoal Cegalla. Dicionrio de dificuldades da lngua portuguesa, 2009. (Adaptado). Transcreva o verso em que se verifica a elipse do verbo. Identifique o verbo omitido nesse verso. Para o eu lrico, qual das mudanas assinaladas ao longo do soneto lhe causa maior perplexidade? Justifique sua resposta, com base no texto.

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