(UNESP - 2018/2 - 1ª FASE)
Leia o soneto “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia”, do poeta Gregório de Matos (1636-1696), para responder à questão
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
(Poemas escolhidos, 2010.)
O soneto de Gregório de Matos aproxima-se tematicamente da citação:
“Nada é duradouro como a mudança.” (Ludwig Börne, 1786-1837)
“Não se deve indagar sobre tudo: é melhor que muitas coisas permaneçam ocultas.” (Sófocles, 496-406 a.C.)
“Nada é mais forte que o hábito.” (Ovídio, 43 a.C.-17 d.C.)
“A estrada do excesso conduz ao palácio da sabedoria.” (William Blake, 1757-1827)
“Todos julgam segundo a aparência, ninguém segundo a essência.” (Friedrich Schiller, 1759-1805)