(UNESP - 2018/2 - 1ª FASE)
Leia o soneto “Nasce o Sol, e não dura mais que um dia”, do poeta Gregório de Matos (1636-1696), para responder às questões de 07 a 12.
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
(Poemas escolhidos, 2010.)
O verso está reescrito em ordem direta, sem alteração do seu sentido original, em:
“Começa o mundo enfim pela ignorância,” (4a estrofe) → Pela ignorância, enfim, o mundo começa.
“Em tristes sombras morre a formosura,” (1a estrofe) → A formosura morre em tristes sombras.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,” (1a estrofe) → O Sol não dura mais que um dia que nasce.
“Depois da Luz se segue a noite escura,” (1a estrofe) → Segue-se a noite escura depois da Luz.
“Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,” (3a estrofe) → Mas falte a firmeza no Sol e na Luz.