(UNESP - 2020 - 2 FASE) Texto 1 A distino entre natureza e cultura leva em conta a maneira como o tempo se realiza: na natureza o tempo repetio (o dia sempre sucede a noite, as estaes do ano se sucedem sempre da mesma maneira etc.); o tempo da cultura o da transformao (isto , das mudanas nos costumes, nas leis, nas instituies sociais e polticas etc.). Para vrios filsofos e historiadores, a cultura surge quando os homens produzem as primeiras transformaes na natureza pela ao do trabalho. (Marilena Chau. Convite filosofia, 2005. Adaptado.) Texto 2 Em que consiste, ento, a alienao do trabalho? Primeiro, que o trabalho externo ao trabalhador, isto , no pertence ao seu ser, que ele no se afirma em seu trabalho, mas nega-se nele, que no se sente bem, mas infeliz, que no desenvolve nenhuma energia fsica e espiritual livre, mas mortifica seu fsico e arruna o seu esprito. O trabalhador s se sente, por conseguinte e em primeiro lugar, junto a si quando est fora do trabalho, e fora de si quando est no trabalho. Ele est em casa quando no trabalha e, quando trabalha, no est em casa. O seu trabalho no , portanto, um trabalho voluntrio, mas forado. O trabalho no , por isso, a satisfao de uma carncia, mas somente um meio de satisfazer necessidades fora dele. (Karl Marx. Manuscritos econmico-filosficos, 2008. Adaptado.) a) Com base no texto 1, diferencie tempo natural e tempo cultural. b) Como Karl Marx entende a alienao do trabalho? Relacione o conceito de alienao do trabalho noo de tempo cultural apresentada no texto 1.
(UNESP - 2020 - 2 FASE) Texto 1 No sentido mais amplo do progresso do pensamento, o esclarecimento tem perseguido sempre o objetivo de livrar os homens do medo e de investi-los na posio de senhores. Mas a terra totalmente esclarecida resplandece sob o signo de uma calamidade triunfal. O programa do esclarecimento era o desencantamento do mundo. Sua meta era dissolver os mitos e substituir a imaginao pelo saber. Francis Bacon, o pai da filosofia experimental, capturou bem a mentalidade da cincia que se fez depois dele. O saber que poder no conhece barreira alguma. O que os homens querem aprender da natureza como empreg-la para dominar completamente a ela e aos homens. Nada mais importa. (Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. Dialtica do esclarecimento, 1985. Adaptado.) Texto 2 A crise ambiental para a qual o modelo insustentvel de desenvolvimento do ser humano conduziu a Terra tem facetas preocupantes: as mudanas climticas ameaadoras e transversais, a perda dramtica de biodiversidade, a reduo drstica da gua doce disponvel, a poluio letal do ar, a profuso de plsticos nos mares e oceanos, a pesca excessiva. (Esther Snchez e Manuel Planelles. As mudanas sem precedentes necessrias para evitar uma catstrofe ambiental global. https://brasil.elpais.com, 13.03.2019. Adaptado.) a) Com base no texto 1, explique o que seria o desencantamento do mundo e o programa do esclarecimento. b) Relacione o princpio da cincia moderna, presente no texto 1, com a crise ambiental, descrita no texto 2.
(UNESP - 2020 - 1 FASE) Leia o soneto VII, de Cludio Manuel da Costa, para responder s questes. Onde estou? Este stio desconheo: Quem fez to diferente aquele prado? Tudo outra natureza tem tomado, E em contempl-lo, tmido, esmoreo. Uma fonte aqui houve; eu no me esqueo De estar a ela um dia reclinado; Ali em vale um monte est mudado: Quanto pode dos anos o progresso! rvores aqui vi to florescentes, Que faziam perptua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes. Eu me engano: a regio esta no era; Mas que venho a estranhar, se esto presentes Meus males, com que tudo degenera! (Cludio Manuel da Costa. Obras, 2002.) No soneto, o eu lrico expressa um sentimento de inadequao que, a seu turno, se faz presente na seguinte citao:
(UNESP - 2020 - 1 FASE) Leia o soneto VII, de Cludio Manuel da Costa, para responder s questes. Onde estou? Este stio desconheo: Quem fez to diferente aquele prado? Tudo outra natureza tem tomado, E em contempl-lo, tmido, esmoreo. Uma fonte aqui houve; eu no me esqueo De estar a ela um dia reclinado; Ali em vale um monte est mudado: Quanto pode dos anos o progresso! rvores aqui vi to florescentes, Que faziam perptua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes. Eu me engano: a regio esta no era; Mas que venho a estranhar, se esto presentes Meus males, com que tudo degenera! (Cludio Manuel da Costa.Obras, 2002.) Considerando o contexto histrico-geogrfico de produo do soneto, as transformaes na paisagem assinaladas pelo eu lrico relacionam-se seguinte atividade econmica:
(UNESP - 2020 - 1 FASE) Leia o soneto VII, de Cludio Manuel da Costa, para responder s questes. Onde estou? Este stio desconheo: Quem fez to diferente aquele prado? Tudo outra natureza tem tomado, E em contempl-lo, tmido, esmoreo. Uma fonte aqui houve; eu no me esqueo De estar a ela um dia reclinado; Ali em vale um monte est mudado: Quanto pode dos anos o progresso! rvores aqui vi to florescentes, Que faziam perptua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes. Eu me engano: a regio esta no era; Mas que venho a estranhar, se esto presentes Meus males, com que tudo degenera! (Cludio Manuel da Costa.Obras, 2002.) O eu lrico recorre ao recurso expressivo conhecido como hiprbole no verso:
(UNESP - ANO - 2 FASE) O Brasil o maior produtor mundial de cana-de-acar, que, hoje, o insumo bsico de uma ampla variedade de produtos e servios de valor agregado, como o etanol e a bioeletricidade. A principal atratividade do etanol o grande benefcio para o meio ambiente: estima-se que, em substituio gasolina, seja possvel evitar at 90% das emisses de gases do efeito estufa. J a bioeletricidade, mais novo e importante produto do setor sucroenergtico, produzida a partir do bagao e da palha da cana-de-acar, permitindo o aproveitamento desses resduos para a gerao de energia. (www.unica.com.br. Adaptado.) a) Uma das razes pelas quais a combusto do etanol benfica ao meio ambiente o fato de ele ser obtido de fonte renovvel. Explique por que a queima de um combustvel de fonte renovvel, como o etanol, em comparao queima de combustveis fsseis, contribui para uma menor concentrao de CO2 na atmosfera. Justifique se a produo de bioeletricidade a partir da utilizao da palha e do bagao da cana-de-acar aumenta ou diminui essa concentrao de CO2 na atmosfera. b) Nas usinas, a cana-de-acar moda para a extrao do caldo de cana, ou garapa, matria-prima para a sntese do etanol. Que processo biolgico resulta na sntese desse combustvel a partir da garapa? Alm do etanol, que gs produzido ao longo desse processo?
(UNESP - 2020 - 1 FASE) Leia o soneto VII, de Cludio Manuel da Costa, para responder s questes. Onde estou? Este stio desconheo: Quem fez to diferente aquele prado? Tudo outra natureza tem tomado, E em contempl-lo, tmido, esmoreo. Uma fonte aqui houve; eu no me esqueo De estar a ela um dia reclinado; Ali em vale um monte est mudado: Quanto pode dos anos o progresso! rvores aqui vi to florescentes, Que faziam perptua a primavera: Nem troncos vejo agora decadentes. Eu me engano: a regio esta no era; Mas que venho a estranhar, se esto presentes Meus males, com que tudo degenera! (Cludio Manuel da Costa.Obras, 2002.) Est reescrito em ordem direta, sem prejuzo de seu sentido original, o seguinte verso:
(UNESP - ANO - 2 FASE) As figuras de 1 a 3 apresentam os conjuntos cromossmicos (caritipos) de machos de trs espcies de mamferos: Homo sapiens (homem), Canis familiaris (co) e Felis catus (gato), no necessariamente nessa ordem. As figuras 4 e 5 apresentam, respectivamente, os caritipos de machos de Bos taurus (boi) e de Capra hircus (bode). Para a elaborao de caritipos, os cromossomos em metfase so fotografados e organizados lado a lado, segundo seus pares homlogos. Nessa sequncia (de 1 a 5), os caritipos esto em escalas diferentes. a) Sabendo-se que o gato tem um nmero cromossmico menor que o do co, qual o nmero diploide do Homo sapiens, do Canis familiaris e do Felis catus, respectivamente? Cite uma caracterstica, evidente nos caritipos, que permite afirmar que os cromossomos apresentados so metafsicos. b) As espcies Bos taurus e Capra hircus apresentam caritipos muito parecidos, com a mesma ploidia e, exceo do cromossomo X, tm cromossomos de mesma morfologia. Como se explica o fato de conjuntos cromossmicos to semelhantes determinarem caractersticas fenotpicas to diferentes quanto aquelas que distinguem os bois dos bodes?
(UNESP - 2020 - 1 FASE) Examine os grficos. As dinmicas climticas representadas nos grficos 1 e 2 correspondem, respectivamente, aos espaos retratados em
(UNESP - ANO - 2 FASE) Os artrpodes apresentados nas imagens de 1 a 4 so os vetores da doena de Chagas, da peste bubnica, da leishmaniose e da febre maculosa, no necessariamente nessa ordem. No cladograma, as letras A, B, C e D representam as relaes filogenticas entre os artrpodes das figuras, no necessariamente na mesma ordem em que aparecem nas imagens. a) Quais imagens apresentam, respectivamente, os artrpodes vetores da doena de Chagas, da peste bubnica, da leishmaniose e da febre maculosa? Qual dessas doenas no transmitida pela picada do respectivo vetor? b) Sabendo que, no cladograma apresentado, a letra B corresponde ao artrpode representado na figura 3, a quais nmeros correspondem, respectivamente, as letras A, C e D? Considerando as classes taxonmicas s quais pertencem as espcies de artrpodes apresentadas nas imagens, justifique a posio da espcie representada pela letra A no cladograma.
(UNESP - 2020 - 1 FASE) Para responder s questes, leia o trecho de uma fala do personagem Quincas Borba, extrada do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, publicado originalmente em 1891. [] O encontro de duas expanses, ou a expanso de duas formas, pode determinar a supresso de uma delas; mas, rigorosamente, no h morte, h vida, porque a supresso de uma condio da sobrevivncia da outra, e a destruio no atinge o princpio universal e comum. Da o carter conservador e benfico da guerra. Supe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire foras para transpor a montanha e ir outra vertente, onde h batatas em abundncia; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, no chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanio. A paz, nesse caso, a destruio; a guerra a conservao. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Da a alegria da vitria, os hinos, aclamaes, recompensas pblicas e todos os demais efeitos das aes blicas. Se a guerra no fosse isso, tais demonstraes no chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem s comemora e ama o que lhe aprazvel ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ao que virtualmente a destri. Ao vencido, dio ou compaixo; ao vencedor, as batatas. [...] Aparentemente, h nada mais contristador que uma dessas terrveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal um benefcio, no s porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistncia, como porque d lugar observao, descoberta da droga curativa. A higiene filha de podrides seculares; devemo-la a milhes de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo ganho. (Quincas Borba, 2016.) Est empregado em sentido figurado o termo sublinhado em:
(UNESP - 2020 - 2 FASE) Em quatro tubos de ensaio contendo iguais volumes de solues aquosas cidas de HCl com mesma concentrao em mol/L, foram acrescentadas iguais quantidades, em mol, de quatro substncias diferentes, sob forma de p, como ilustra a imagem. Em cada tubo houve reao qumica, evidenciada pela produo de gs e pelo desaparecimento total do slido. a) Classifique as substncias slidas acrescentadas aos tubos de ensaio de acordo com os seguintes critrios: aquelas que so boas condutoras de eletricidade. aquelas que apresentam ligaes covalentes. b) Em qual dos tubos houve produo de maior volume de gs? Justifique sua resposta.
(UNESP - 2020 - 1 FASE) Para responder s questes, leia o trecho de uma fala do personagem Quincas Borba, extrada do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, publicado originalmente em 1891. [] O encontro de duas expanses, ou a expanso de duas formas, pode determinar a supresso de uma delas; mas, rigorosamente, no h morte, h vida, porque a supresso de uma condio da sobrevivncia da outra, e a destruio no atinge o princpio universal e comum. Da o carter conservador e benfico da guerra. Supe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire foras para transpor a montanha e ir outra vertente, onde h batatas em abundncia; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, no chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanio. A paz, nesse caso, a destruio; a guerra a conservao. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Da a alegria da vitria, os hinos, aclamaes, recompensas pblicas e todos os demais efeitos das aes blicas. Se a guerra no fosse isso, tais demonstraes no chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem s comemora e ama o que lhe aprazvel ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ao que virtualmente a destri. Ao vencido, dio ou compaixo; ao vencedor, as batatas. [...] Aparentemente, h nada mais contristador que uma dessas terrveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal um benefcio, no s porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistncia, como porque d lugar observao, descoberta da droga curativa. A higiene filha de podrides seculares; devemo-la a milhes de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo ganho. (Quincas Borba, 2016.) Considerando o contexto histrico de produo, verifica-se no trecho uma aluso irnica
(UNESP - 2020 - 1 FASE) Para responder s questes, leia o trecho de uma fala do personagem Quincas Borba, extrada do romance Quincas Borba, de Machado de Assis, publicado originalmente em 1891. [] O encontro de duas expanses, ou a expanso de duas formas, pode determinar a supresso de uma delas; mas, rigorosamente, no h morte, h vida, porque a supresso de uma condio da sobrevivncia da outra, e a destruio no atinge o princpio universal e comum. Da o carter conservador e benfico da guerra. Supe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire foras para transpor a montanha e ir outra vertente, onde h batatas em abundncia; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, no chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanio. A paz, nesse caso, a destruio; a guerra a conservao. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Da a alegria da vitria, os hinos, aclamaes, recompensas pblicas e todos os demais efeitos das aes blicas. Se a guerra no fosse isso, tais demonstraes no chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem s comemora e ama o que lhe aprazvel ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ao que virtualmente a destri. Ao vencido, dio ou compaixo; ao vencedor, as batatas. [...] Aparentemente, h nada mais contristador que uma dessas terrveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse suposto mal um benefcio, no s porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistncia, como porque d lugar observao, descoberta da droga curativa. A higiene filha de podrides seculares; devemo-la a milhes de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo ganho. (Quincas Borba, 2016.) Em mas, rigorosamente, no h morte, h vida, porque a supresso de uma condio da sobrevivncia da outra e As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, os termos sublinhados estabelecem relao, respectivamente, de
(UNESP - 2020 - 2 FASE) Parte das areias das praias do litoral sul do Esprito Santo conhecida pelos depsitos minerais contendo radioistopos na estrutura cristalina. A inspeo visual, por meio de lupa, de amostras dessas areias revela serem constitudas basicamente de misturas de duas fraes: uma, em maior quantidade, com gros irregulares variando de amarelo escuro a translcido, que podem ser atribudos ocorrncia de quartzo, silicatos agregados e monazitas; e outra, com gros bem mais escuros, facilmente atrados por um m, contendo xidos de ferro magnticos associados a minerais no magnticos. As frmulas qumicas das monazitas presentes nessas areias foram estimadas a partir dos teores elementares de terras raras e trio e so compatveis com a frmula Ce3+ 0,494La3+ 0,24Nd3+ 0,20Th4+ 0,05(PO4 3 ). (Flvia dos Santos Coelho et al. xidos de ferro e monazita de areias de praias do Esprito Santo. Qumica Nova, vol. 28, no 2, maro/abril de 2005. Adaptado.) a) Qual o nome do processo de separao de misturas utilizado para separar as partes escuras das claras da areia monaztica? Com base na frmula qumica apresentada, demonstre que a monazita eletricamente neutra. b) O principal responsvel pela radioatividade da areia monaztica o trio-232, um emissor de partculas alfa. Escreva a equao que representa essa emisso e calcule o nmero de nutrons do nucldeo formado.