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Português | Literatura | modernismo no Brasil | autores da 2a fase modernista na poesia | Carlos Drummond de Andrade
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(UNESP - 2021 - 2ª FASE)

Leia o poema “Ausência”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder a questão.

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

(Corpo, 2015.)

Depreende-se do poema que

A

a ausência, uma vez incorporada, torna-se parte constitutiva do eu lírico.

B

a ausência, convertida em falta, passa a suprir uma carência do eu lírico.

C

a falta e a ausência, convertidas em instâncias internas, aliviam a solidão do eu lírico.

D

a falta e a ausência, uma vez personificadas, tornam-se companheiras do eu lírico.

E

a falta, uma vez convertida em ausência, passa a ser verbalizada pelo eu lírico.