Muito antes de a farmacologia moderna desvendar cientificamente a ação da cafeína sobre o sistema nervoso central, especialmente seu efeito estimulante, as comunidades indígenas da Amazônia se beneficiavam das propriedades desta substância no alívio da fadiga, por meio do emprego do guaraná, sem necessariamente compreender sua composição química ou outras possibilidades terapêuticas.
(Ediara R. G. Rios et al. “Senso comum, ciência e filosofia – elo dos saberes necessários à promoção da saúde”. Ciência & Saúde Coletiva, 2007. Adaptado.)
O excerto ressalta um aspecto importante para o estudo do conhecimento, segundo o qual
o senso comum pode engendrar o desenvolvimento de uma teoria científica
as proposições teóricas se sobrepõem às demonstrações empíricas.
o poder de convencimento é superior ao efeito dos argumentos.
os usos de cafeína por indígenas têm cunho essencialmente religioso.
o saber é relevante em uma comunidade quando corroborado pela ciência.