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VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questo 7)Sobre O Crime

(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questão 7)

Sobre O Crime do Padre Amaro, romance de Eça de Queirós, o poeta Antero de Quental, em carta dirigida ao autor, afirmou: “A longanimidade, a indiferença inteligente com que V. descreve aquela pobre gente e os seus casos, encantou-me. Com efeito, aquela gente não merece ódio nem desprezo. Aquilo, no fundo, é uma pobre gente, uma boa gente, vítimas da confusão moral do meio de que nasceram, fazendo o mal inocentemente, em parte porque não entendem mais nem melhor, em parte porque os arrasta a paixão, o instinto, como pobres seres espontâneos, sem a menor transcendência.”

a) Aceitando-se essas considerações de Antero de Quental, em qual ato específico residiria o verdadeiro “crime” do Padre Amaro?

b) Eça trata com sarcasmo as libertinagens, tanto do clero como de algumas figuras da sociedade portuguesa da província. Se, como disse Antero de Quental, são todos vítimas da confusão moral do meio, arrastados pela paixão e pelo instinto, como se pode justificar o sarcasmo por parte do escritor?

c) Contrabalançando essa espécie de degradação moral em que suas personagens estão mergulhadas, nos capítulos finais de O Crime do Padre Amaro salientam-se as figuras de um sacerdote e de um médico, que justificam uma visão mais positiva do mundo. Quem são eles?