(UNICAMP - 2003 - 2 fase - Questão 5)
No folheto intitulado "Saúde da mulher - orientações", distribuído em consultórios médicos, encontramos estas informações acerca de um produto que, aqui, chamaremos "P":
A liberdade da mulher pode ficar comprometida quando surge em sua vida o risco de uma gravidez indesejada. Para estas situações, ela pode contar com P, um método de Contracepção de Emergência, ou pós-ato sexual, capaz de evitar a gestação com grande margem de segurança. O ginecologista poderá orientá-la sobre o uso correto desse método. [...] P é um método indolor, bastante prático e quase sem efeitos colaterais. Deve ser tomado num período de até 72 horas após o ato sexual desprotegido, sendo mais efetivo nas primeiras 48 horas. Age inibindo ou retardando a ovulação e torna o útero um ambiente impróprio para que o óvulo se implante. Dessa forma, não pode ser considerado um método abortivo, já que, quando atua, ainda não houve implantação do óvulo no útero.
a) A posição assumida no texto se baseia em uma distinção entre (medicamento) contraceptivo e (medicamento) abortivo. Explique o que vem a ser aborto para os fabricantes de P.
b) A partir do trecho transcrito, pode-se dizer que o folheto toma posição numa polêmica que tem um aspecto ético-religioso e um aspecto científico. Qual é a questão ético-religiosa da polêmica? Qual é a questão científica?