Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
MEDICINAITA - IMEENEMENTRAR
Logo do Facebook   Logo do Instagram   Logo do Youtube

Conquiste sua aprovação na metade do tempo!

No Kuadro, você aprende a estudar com eficiência e conquista sua aprovação muito mais rápido. Aqui você aprende pelo menos 2x mais rápido e conquista sua aprovação na metade do tempo que você demoraria estudando de forma convencional.

Questões - UNICAMP 2004 | Gabarito e resoluções

chevron left center91-105 de 111chevron right center
Questão
2004Português

(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 1) Em matria recentemente publicada no Caderno Sinapse da Folha de S. Paulo, apresentada uma definio de media training: ensinar profissionais a lidarem com a imprensa e se sarem bem nas entrevistas. Na parte final da reportagem, o jornalista faz a seguinte ressalva: O media training no se restringe a corporaes. A Universidade X distribui para seus profissionais uma cartilha com dicas para que professores e mdicos possam ter um bom relacionamento com a imprensa. Ironicamente intitulado de Corra que a Imprensa vem a, o manual aponta gafes cometidas e d dicas sobre a melhor forma de atender um reprter. (Adaptado de Vincius Queiroz Galvo, Treinamento antigafe, Caderno Sinapse, 30/09/2003, p. 32). a) No trecho acima, as aspas so utilizadas em dois momentos diferentes. Transcreva as passagens entre aspas e explique seu uso em cada uma delas. b) Podemos relacionar o ttulo da cartilha com o ttulo em portugus da conhecida comdia norte-americana Corra que a polcia vem a, que trata de um inspetor de polcia atrapalhado. Explicite os sentidos da palavra correr nos ttulos do filme e do manual.

Questão
2004Português

(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 8) Considere a seguinte passagem, que se encontra em um dos ltimos captulos do romance A Brasileira de Prazins: So impenetrveis os segredos revelados no tribunal da penitncia por Marta ao seu diretor espiritual. O padre Osrio, no obstante, suspeitava que a penitente revelasse, com escrupulosa conscincia, solicitada por midas averiguaes do missionrio, saudades, reminiscncias sensualistas, carnalidades que se lhe formalizavam no esprito dementado, enfim, vises e sonhos com Jos Dias. (Camilo Castelo Branco, A Brasileira de Prazins. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995). a) Por que Marta fica conhecida como a senhora Brasileira de Prazins? b) Qual a relao entre Marta e Jos Dias quando ela se confessa ao missionrio? c) Padre Osrio e Frei Joo, o missionrio confessor, tinham explicaes diferentes para o fato de Marta ter um esprito dementado. Quais so elas e o que indicam sobre o pensamento da poca?

Questão
2004Geografia

(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 24) As figuras abaixo representam a hidrografia e a vegetao do continente africano. Observe-as atentamente e faa o que se pede: Adaptado de Maria Helena Simielli, Geoatlas. So Paulo: Editora tica, 21. ed., 1997, p. 14-56; e de Igor Moreira, O Espao Geogrfico: Geografia Geral e do Brasil. So Paulo: Editora tica, 47. ed., 2002, p. 192. a) Se 80% do territrio africano (que de aproximadamente 30 milhes de Km2 ) est dentro da zona intertropical, por que esse continente apresenta uma hidrografia pobre? b) Qual a relao existente entre a vegetao e os tipos climticos na frica? Justifique. c) Qual o principal mecanismo que explica a formao do deserto do Calaari? Justifique.

Questão
2004Geografia

(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 23) No Brasil, as empresas estatais assumiram crescente parcela da formao de capital, com a constituio de grandes empresas setoriais de atuao em todo o territrio nacional. Uma dessas empresas a Petrobras, que completa 50 anos no pice de seu vigor financeiro. A Petrobras est envolta, at os dias atuais, em um debate entre liberais e nacionalistas que marcou sua criao, em 1953, por Getlio Vargas, sob o lema o petrleo nosso. (Adaptado de Srgio Prado, Aspectos Federativos do Investimento Estatal, em Rui de B.A. Affonso e Pedro L. B. Silva (orgs.), Empresas Estatais e Federao. So Paulo: FUNDAP, 1996, p. 11 e Folha de S. Paulo, Caderno Especial Petrobras 1953-2003, 03/10/2003). a) Desde que foi criada at meados de 1990, a Petrobras operou como monoplio estatal de explorao, produo e de refino. O que mudou na indstria petrolfera no Brasil com a quebra do monoplio estatal do petrleo? b) Como a Petrobras vem reagindo quebra do monoplio estatal de petrleo? c) Em qual estado brasileiro h a maior concentrao das atividades de produo petrolfera e em qual estado h a maior concentrao das atividades de refino?

Questão
2004Geografia

(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 22) Os mapas abaixo representam a situao das massas de ar que atuam no Brasil no solstcio de vero e no solstcio de inverno. Observe e faa o que se pede: Adaptado de Marcos de Amorim Coelho e Nilce Bueno Soncin. Geografia do Brasil. So Paulo: Editora Moderna, 1985, p.48 e 50. a) Durante o inverno, por que a massa polar consegue atingir mais facilmente a regio amaznica? b) Por que a massa tropical continental atuante no Brasil apenas no vero? c) Na Zona da Mata nordestina, por que as chuvas concentram-se no solstcio de inverno?

Questão
2004Geografia

(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 20) O Mar de Aral, nutrido pelas guas do Amu Darya e Syr Darya, apresenta hoje uma situao dramtica. Foi o quarto maior corpo de gua interno do mundo, mas comeou a secar nos anos 60, quando a ento Unio Sovitica decidiu alterar sua posio de importadora de algodo para auto-suficiente e exportadora desse produto. (Adaptado de Ulisses Capozoli, Universidade Livre da Mata Atlntica, www.wwiuma.org.br). a) De que forma a prtica da agricultura comprometeu a disponibilidade de gua no mar de Aral? b) Cite trs causas que interferem na potabilidade das guas superficiais. c) Aponte trs impactos ambientais provocados pela atividade agrcola em reas com baixo potencial hdrico.

Questão
2004Geografia

(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 19) Nas recentes polticas de transportes traadas pelo Governo Federal prioridade a explorao do transporte hidrovirio, uma vez que o pas possui cerca de 42.000 quilmetros de vias navegveis. a) Cite duas hidrovias dentre as que vm sendo priorizadas pelo Governo Federal. b) Por que o transporte hidrovirio passou a ser valorizado recentemente no Brasil? c) Aponte uma facilidade e uma dificuldade de carter fsico-natural ou econmico para a implantao de hidrovias no Brasil.

Questão
2004Geografia

(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 18) A seqncia de mapas representada abaixo indica a posio das placas tectnicas em diferentes perodos geolgicos, evidenciando uma dinmica constante, ora de formao de supercontinentes, ora de continentes fragmentados separados por oceanos. A partir da anlise dos mapas, responda: Adaptado de www.scotese.com a) Por que as placas tectnicas se movimentam? b) O territrio brasileiro caracterizado pela ausncia de processos vulcnicos atuais, embora haja evidncias de antigos vulces e extensos campos de lavas eruptivas. Por que houve a ocorrncia de vulces e de campos de lavas eruptivas? c) Como a dinmica das placas tectnicas pode interferir na distribuio biogeogrfica de animais terrestres?

Questão
2004Geografia

(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 14) O mapa abaixo indica as maiores concentraes de focos de queimadas no Brasil no ms de julho de 2003. A partir desse mapa, responda: Adaptado de www.cptec.inpe.br/products/clima/imgrads-gif/queimada0307gif a) Explique os motivos pelos quais ocorre significativa concentrao de queimadas em duas reas do territrio brasileiro: em uma faixa na forma de arco que se estende dos estados do Piau/Maranho at o Acre e no estado de So Paulo. b) Aponte duas conseqncias ambientais das queimadas. c) Indique duas prticas alternativas para evitar o manejo do solo com a prtica de queimadas.

Questão
2004Redação

(UNICAMP - 2004 - 1a fase) O tema geral da prova da primeira fase CIDADE. REDAO Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema geral da prova (CIDADE), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea e selecione os elementos que julgar pertinentes para a realizao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. ATENO Sua redao ser anulada se voc: a) fugir ao recorte do tema na proposta escolhida; b) desconsiderar a coletnea; c) no atender ao tipo de texto da proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA A cidade um lugar significativo da experincia humana. Ela tem sido objeto de reflexo de gegrafos, urbanistas, historiadores, profissionais da sade, estudiosos da linguagem, filsofos, engenheiros, matemticos, artistas, enfim, de muitos profissionais que procuram entender seu funcionamento. Ao atrair tantas e to variadas atenes, a cidade mostra-se complexa e multifacetada. COLETNEA 1. No primeiro sinal verde aps o relgio do canteiro central marcar 12h40min, cerca de cem pessoas atravessaram a Avenida Paulista, na altura da Rua Augusta. De repente, tiraram um sapato, bateram com o solado repetidas vezes no cho, calaram-no novamente e seguiram seu caminho. Um novo tipo de manifestao poltica? Longe disso. O que a Paulista viu foi a primeira flash mob (multido instantnea) brasileira. O fenmeno, mania na Europa e nos Estados Unidos, consiste em reunir o maior nmero de pessoas no menor tempo possvel - por e-mail e celular - para fazer alguma coisa estranha simultaneamente. Os nova-iorquinos j invadiram uma loja e gritaram em frente a um dinossauro de brinquedo. Na verso brasileira, ficou decidido tirar o sapato e bat-lo no cho, como que para tirar areia de dentro. (Adaptado de Anglica Freitas, 40 segundos de frenesi na Paulista. Flash Mob chega a So Paulo, Estado de S.Paulo, 14 de agosto de 2003). 2. No produtivo ano de 1979, o grupo encapuzou, com sacos de lixo, as esttuas da cidade, visando chamar a ateno das pessoas que nunca, ou quase nunca, reparavam em seu dia-a-dia as obras de arte em nossa cidade. Na manh seguinte, a imprensa registrou o fato. No mesmo ano vedaram as portas das principais galerias [de lojas] com um X em fita crepe, deixando um bilhete em cada uma: O que est dentro fica, o que est fora se expande. Em 1980, o grupo, em mais uma ao noturna, estendeu 100 metros de plstico vermelho pelos cruzamentos e entradas no anel virio da Avenida Paulista com rua Consolao. O Detran, porm, desmontava essa e outras aes do grupo, que realizou uma srie de 18 intervenes pela cidade at 1982, quando dissolveu-se. (Adaptado de Celso Gitahy, Graffiteiros passo a passo rumo virada do milnio, Revista do Patrimnio Histrico, 2, n. 3, 1995, p. 30). 3. O MAPA Olho o mapa da cidade Como quem examinasse A anatomia de um corpo ( nem que fosse o meu corpo.) Sinto uma dor infinita Das ruas de Porto Alegre Onde jamais passarei. H tanta esquina esquisita, Tanta nuana de paredes, H tanta moa bonita, Nas ruas que no andei. (E h uma rua encantada Que nem em sonhos sonhei...) Quando eu for, um dia desses, Poeira ou folha levada No vento da madrugada, Serei um pouco do nada Invisvel, delicioso Que faz com que o teu ar Parea mais um olhar, Suave mistrio amoroso, Cidade de meu andar (Deste j to longo andar!) E talvez de meu repouso... (Mrio Quintana, Apontamentos de Histria Sobrenatural. Porto Alegre: Globo, IEL, 1976). 4. As favelas se constituem atravs de um processo arquitetnico e urbanstico singular que compe uma esttica prpria, uma esttica das favelas. (...) Um barraco de favela construdo pelo prprio morador, inicialmente, a partir de fragmentos de materiais encontrados por acaso. A construo cotidiana e continuamente inacabada. (...) O tecido urbano da favela malevel e flexvel, o percurso que determina os caminhos. (...) As ruelas e becos so quase sempre extremamente estreitos e intrincados. Subir o morro uma experincia de percepo espacial singular, a partir das primeiras quebradas se descobre um ritmo de andar que o prprio percurso impe. (Adaptado de Paola Berenstein Jacques, Esttica das favelas, em www.anf.org.br). 5. O dia-a-dia das sociedades gira em torno dos objetos fixos, naturais ou criados, aos quais se aplica o trabalho. Fixos e fluxos combinados caracterizam o modo de vida de cada formao social. Fixos e fluxos influem-se mutuamente. A grande cidade um fixo enorme, cruzado por fluxos enormes (homens, produtos, mercadorias, ordens, idias), diversos em volume, intensidade, ritmo, durao e sentido. Alis, as cidades se distinguem umas das outras por esses fixos e fluxos. (Milton Santos, Fixos e fluxos cenrio para a cidade sem medo, em O pas distorcido. O Brasil, a globalizao e a cidadania. So Paulo: Publifolha, 2002). 6. Cidades globais so aquelas que concentram percia e conhecimento em servios ligados globalizao, independente do tamanho de sua populao. (...) Megacidade outra categoria dos estudos urbanos. As megacidades so reas urbanas com mais de 10 milhes de habitantes. (...) Algumas so megacidades e cidades globais, simultaneamente, como Nova York e So Paulo. (...) As cidades mdias so outra categoria de classificao das cidades, com populao entre 50 mil e 800 mil habitantes. Abaixo de 50 mil so as pequenas cidades, ideal utpico de moradia feliz no imaginrio de milhares de pessoas. (Maria da Glria Gohn, O futuro das cidades, em www.lite.fae.unicamp.br/revista/art03.htm). 7. Se, por hiptese absurda, pudssemos levantar e traduzir graficamente o sentido da cidade resultante da experincia inconsciente de cada habitante e depois sobrepusssemos por transparncia todos esses grficos, obteramos uma imagem muito semelhante de uma pintura de Jackson Pollock, por volta de 1950: uma espcie de mapa imenso, formado de linhas e pontos coloridos, um emaranhado inextrincvel de sinais, de traados aparentemente arbitrrios, de filamentos tortuosos, embaraados, que mil vezes se cruzam, se interrompem, recomeam e, depois de estranhas voltas, retornam ao ponto de onde partiram. (Giulio Carlo Argan, Histria da arte como histria da cidade. Trad. Pier Luigi Cabra. So Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 231). 8. A heterogeneidade de freqentadores dos shopping centers vem se ampliando e ntida numa cidade como So Paulo, uma vez que estes, outrora destinados somente a grupos com alto poder aquisitivo, vm abarcando, em sua expanso por outras regies, grupos que antes no faziam parte da clientela usual. A idia de um espao elitizado vai sendo substitudapela de um espao interclasses. Alm disso, uma centralidade ldica sobrepe-se centralidade do consumo, sobretudo na esfera do lazer: especialmente aos fins de semana, os shopping centers transformam-se em cenrios, onde ocorrem encontros, paqueras, derivas, cio, exibio, tdio, passeio, consumo simblico. Tornam-se uma espcie de praa interbairros que organiza a convivncia, nem sempre amena, de grupos e redes sociais, sobretudo jovens, de diversos locais da cidade. (Adaptado de Heitor Frgoli Jr., Os Shoppings de So Paulo e a trama do urbano: um olhar antropolgico, em Silvana Maria Pitaudi e Heitor Frgoli Jr. (orgs.), Shopping Centers espao, cultura e modernidade nas cidades brasileiras. So Paulo: Editora Unesp, s/d, p. 78). 9. O tombamento de espaos como terreiros de candombl, stios remanescentes de quilombos, vilas operrias, edificaes tpicas de migrantes e outros dessa ordem, isto , ligados ao modo de vida (moradia, trabalho, religio) de grupos sociais e/ou etnicamente diferenciados j no causa muita estranheza: apesar de ainda pouco comum, a incluso de itens como esses na lista do patrimnio cultural oficial mostra a presena de outros valores que ampliam os critrios tradicionais imperantes nos rgos de preservao. Em 1994 ocorreu, entretanto, um tombamento em So Paulo que de certa maneira se diferencia at mesmo dos acima citados: trata-se do Parque do Povo, uma rea de 150.000 m2 , localizada em regio nobre e das mais valorizadas da cidade. Dividida em vrios campos de futebol de terra, ocupada por times conhecidos como de vrzea. (Adaptado de Jos Guilherme Cantor Magnani e Naira Morgado, Futebol de vrzea tambm patrimnio, Revista do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional, n. 24, 1996, p. 175). 10. Na Rocinha no h quem no respeite o Doutor (cirurgio aposentado Waldir Jazbik, 75 anos). Morador h 19 anos da maior favela da zona sul do Rio de Janeiro, ele sabe que pode caminhar pelas ruas de l sem medo, mesmo morando em uma habitao fora dos padres locais. Sua casa, em estilo colonial, fica num terreno com mais de 10.000 m2 . (...) Meus amigos da high society diziam que eu era maluco. Eu poderia ter escolhido uma casa num condomnio fechado aqui perto, mas preferi vir para c. (...) S vim para c porque quero viver a vida que eu mereo viver. (Adaptado de Antonio Gois e Gabriela Wolthers, Mdico busca vida tranqila na Rocinha, Folha de S.Paulo, 17 de agosto de 2003, p. C4). PROPOSTA C Trabalhe sua carta a partir do seguinte recorte temtico: As definies do que patrimnio histrico tm mudado, incorporando mbitos e aspectos que ampliam o alcance do conceito e, com isso, o raio de ao da legislao. Fala-se em patrimnio edificado, mas tambm em patrimnio afetivo. Tudo o que relevante para determinada comunidade pode ser considerado patrimnio. Instrues: Escolha um bem urbano, material ou no, que voc considere relevante para ser preservado em sua cidade; Argumente em favor da preservao desse bem; Dirija a carta a uma pessoa que, na sua opinio, pode vir a se tornar um aliado na luta pelo tombamento desse bem.

Questão
2004Redação

(UNICAMP - 2004 - 1a fase) O tema geral da prova da primeira fase CIDADE. REDAO Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema geral da prova (CIDADE), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea e selecione os elementos que julgar pertinentes para a realizao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. ATENO Sua redao ser anulada se voc: a) fugir ao recorte do tema na proposta escolhida; b) desconsiderar a coletnea; c) no atender ao tipo de texto da proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA A cidade um lugar significativo da experincia humana. Ela tem sido objeto de reflexo de gegrafos, urbanistas, historiadores, profissionais da sade, estudiosos da linguagem, filsofos, engenheiros, matemticos, artistas, enfim, de muitos profissionais que procuram entender seu funcionamento. Ao atrair tantas e to variadas atenes, a cidade mostra-se complexa e multifacetada. COLETNEA 1. No primeiro sinal verde aps o relgio do canteiro central marcar 12h40min, cerca de cem pessoas atravessaram a Avenida Paulista, na altura da Rua Augusta. De repente, tiraram um sapato, bateram com o solado repetidas vezes no cho, calaram-no novamente e seguiram seu caminho. Um novo tipo de manifestao poltica? Longe disso. O que a Paulista viu foi a primeira flash mob (multido instantnea) brasileira. O fenmeno, mania na Europa e nos Estados Unidos, consiste em reunir o maior nmero de pessoas no menor tempo possvel - por e-mail e celular - para fazer alguma coisa estranha simultaneamente. Os nova-iorquinos j invadiram uma loja e gritaram em frente a um dinossauro de brinquedo. Na verso brasileira, ficou decidido tirar o sapato e bat-lo no cho, como que para tirar areia de dentro. (Adaptado de Anglica Freitas, 40 segundos de frenesi na Paulista. Flash Mob chega a So Paulo, Estado de S.Paulo, 14 de agosto de 2003). 2. No produtivo ano de 1979, o grupo encapuzou, com sacos de lixo, as esttuas da cidade, visando chamar a ateno das pessoas que nunca, ou quase nunca, reparavam em seu dia-a-dia as obras de arte em nossa cidade. Na manh seguinte, a imprensa registrou o fato. No mesmo ano vedaram as portas das principais galerias [de lojas] com um X em fita crepe, deixando um bilhete em cada uma: O que est dentro fica, o que est fora se expande. Em 1980, o grupo, em mais uma ao noturna, estendeu 100 metros de plstico vermelho pelos cruzamentos e entradas no anel virio da Avenida Paulista com rua Consolao. O Detran, porm, desmontava essa e outras aes do grupo, que realizou uma srie de 18 intervenes pela cidade at 1982, quando dissolveu-se. (Adaptado de Celso Gitahy, Graffiteiros passo a passo rumo virada do milnio, Revista do Patrimnio Histrico, 2, n. 3, 1995, p. 30). 3. O MAPA Olho o mapa da cidade Como quem examinasse A anatomia de um corpo ( nem que fosse o meu corpo.) Sinto uma dor infinita Das ruas de Porto Alegre Onde jamais passarei. H tanta esquina esquisita, Tanta nuana de paredes, H tanta moa bonita, Nas ruas que no andei. (E h uma rua encantada Que nem em sonhos sonhei...) Quando eu for, um dia desses, Poeira ou folha levada No vento da madrugada, Serei um pouco do nada Invisvel, delicioso Que faz com que o teu ar Parea mais um olhar, Suave mistrio amoroso, Cidade de meu andar (Deste j to longo andar!) E talvez de meu repouso... (Mrio Quintana, Apontamentos de Histria Sobrenatural. Porto Alegre: Globo, IEL, 1976). 4. As favelas se constituem atravs de um processo arquitetnico e urbanstico singular que compe uma esttica prpria, uma esttica das favelas. (...) Um barraco de favela construdo pelo prprio morador, inicialmente, a partir de fragmentos de materiais encontrados por acaso. A construo cotidiana e continuamente inacabada. (...) O tecido urbano da favela malevel e flexvel, o percurso que determina os caminhos. (...) As ruelas e becos so quase sempre extremamente estreitos e intrincados. Subir o morro uma experincia de percepo espacial singular, a partir das primeiras quebradas se descobre um ritmo de andar que o prprio percurso impe. (Adaptado de Paola Berenstein Jacques, Esttica das favelas, em www.anf.org.br). 5. O dia-a-dia das sociedades gira em torno dos objetos fixos, naturais ou criados, aos quais se aplica o trabalho. Fixos e fluxos combinados caracterizam o modo de vida de cada formao social. Fixos e fluxos influem-se mutuamente. A grande cidade um fixo enorme, cruzado por fluxos enormes (homens, produtos, mercadorias, ordens, idias), diversos em volume, intensidade, ritmo, durao e sentido. Alis, as cidades se distinguem umas das outras por esses fixos e fluxos. (Milton Santos, Fixos e fluxos cenrio para a cidade sem medo, em O pas distorcido. O Brasil, a globalizao e a cidadania. So Paulo: Publifolha, 2002). 6. Cidades globais so aquelas que concentram percia e conhecimento em servios ligados globalizao, independente do tamanho de sua populao. (...) Megacidade outra categoria dos estudos urbanos. As megacidades so reas urbanas com mais de 10 milhes de habitantes. (...) Algumas so megacidades e cidades globais, simultaneamente, como Nova York e So Paulo. (...) As cidades mdias so outra categoria de classificao das cidades, com populao entre 50 mil e 800 mil habitantes. Abaixo de 50 mil so as pequenas cidades, ideal utpico de moradia feliz no imaginrio de milhares de pessoas. (Maria da Glria Gohn, O futuro das cidades, em www.lite.fae.unicamp.br/revista/art03.htm). 7. Se, por hiptese absurda, pudssemos levantar e traduzir graficamente o sentido da cidade resultante da experincia inconsciente de cada habitante e depois sobrepusssemos por transparncia todos esses grficos, obteramos uma imagem muito semelhante de uma pintura de Jackson Pollock, por volta de 1950: uma espcie de mapa imenso, formado de linhas e pontos coloridos, um emaranhado inextrincvel de sinais, de traados aparentemente arbitrrios, de filamentos tortuosos, embaraados, que mil vezes se cruzam, se interrompem, recomeam e, depois de estranhas voltas, retornam ao ponto de onde partiram. (Giulio Carlo Argan, Histria da arte como histria da cidade. Trad. Pier Luigi Cabra. So Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 231). 8. A heterogeneidade de freqentadores dos shopping centers vem se ampliando e ntida numa cidade como So Paulo, uma vez que estes, outrora destinados somente a grupos com alto poder aquisitivo, vm abarcando, em sua expanso por outras regies, grupos que antes no faziam parte da clientela usual. A idia de um espao elitizado vai sendo substitudapela de um espao interclasses. Alm disso, uma centralidade ldica sobrepe-se centralidade do consumo, sobretudo na esfera do lazer: especialmente aos fins de semana, os shopping centers transformam-se em cenrios, onde ocorrem encontros, paqueras, derivas, cio, exibio, tdio, passeio, consumo simblico. Tornam-se uma espcie de praa interbairros que organiza a convivncia, nem sempre amena, de grupos e redes sociais, sobretudo jovens, de diversos locais da cidade. (Adaptado de Heitor Frgoli Jr., Os Shoppings de So Paulo e a trama do urbano: um olhar antropolgico, em Silvana Maria Pitaudi e Heitor Frgoli Jr. (orgs.), Shopping Centers espao, cultura e modernidade nas cidades brasileiras. So Paulo: Editora Unesp, s/d, p. 78). 9. O tombamento de espaos como terreiros de candombl, stios remanescentes de quilombos, vilas operrias, edificaes tpicas de migrantes e outros dessa ordem, isto , ligados ao modo de vida (moradia, trabalho, religio) de grupos sociais e/ou etnicamente diferenciados j no causa muita estranheza: apesar de ainda pouco comum, a incluso de itens como esses na lista do patrimnio cultural oficial mostra a presena de outros valores que ampliam os critrios tradicionais imperantes nos rgos de preservao. Em 1994 ocorreu, entretanto, um tombamento em So Paulo que de certa maneira se diferencia at mesmo dos acima citados: trata-se do Parque do Povo, uma rea de 150.000 m2 , localizada em regio nobre e das mais valorizadas da cidade. Dividida em vrios campos de futebol de terra, ocupada por times conhecidos como de vrzea. (Adaptado de Jos Guilherme Cantor Magnani e Naira Morgado, Futebol de vrzea tambm patrimnio, Revista do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional, n. 24, 1996, p. 175). 10. Na Rocinha no h quem no respeite o Doutor (cirurgio aposentado Waldir Jazbik, 75 anos). Morador h 19 anos da maior favela da zona sul do Rio de Janeiro, ele sabe que pode caminhar pelas ruas de l sem medo, mesmo morando em uma habitao fora dos padres locais. Sua casa, em estilo colonial, fica num terreno com mais de 10.000 m2 . (...) Meus amigos da high society diziam que eu era maluco. Eu poderia ter escolhido uma casa num condomnio fechado aqui perto, mas preferi vir para c. (...) S vim para c porque quero viver a vida que eu mereo viver. (Adaptado de Antonio Gois e Gabriela Wolthers, Mdico busca vida tranqila na Rocinha, Folha de S.Paulo, 17 de agosto de 2003, p. C4). PROPOSTA B Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temtico: Hoje, mais do que nunca, podemos afirmar que a cidade no dorme. Alm de freqentarem bares, clubes, cinemas e bailes, h um crescente nmero de pessoas que circulam noite pela cidade, fsica ou virtualmente, trabalhando, consumindo, estudando, divertindo-se. Instrues: Imagine a histria de um(a) personagem que encontre um grupo que vivencia a noite e, identificando-se com ele, passe a ver a cidade a partir de uma nova perspectiva; Narre o encontro, o processo de descoberta e a transformao que o(a) personagem experimentou; Sua histria pode ser narrada em primeira ou em terceira pessoa.

Questão
2004Geografia

(UNICAMP - 2004 - 1a fase) O fenmeno da urbanizao ocorre em escala mundial, tanto nos pases ricos quanto nos pases pobres e em diferentes hierarquias. Considerando que as megacidades so aquelas que apresentam mais de 10 milhes de habitantes e que as cidades globais so os centros da economia mundial, observe o quadro a seguir e responda: (Adaptado de www.fnuap.org.br/ESTRUT/SERV/arquivos/TAB_Indicadores8.xls). a) Quais so as trs megacidades que no perodo 1975-2000 apresentaram as maiores taxas de crescimento? Aponte as principais razes desse significativo crescimento. b) Dentre as megacidades, Nova Iorque e Tquio so os principais exemplos de cidades globais. Identifique duas caractersticas das cidades globais. c) Explique uma conseqncia scio-econmica do crescimento acelerado das megacidades nos pases pobres. Justifique sua resposta.

Questão
2004Redação

(Unicamp - 2004) O tema geral da prova da primeira fase CIDADE. REDAO Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema geral da prova (CIDADE), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea e selecione os elementos que julgar pertinentes para a realizao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. ATENO Sua redao ser anulada se voc: a) fugir ao recorte do tema na proposta escolhida; b) desconsiderar a coletnea; c) no atender ao tipo de texto da proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA A cidade um lugar significativo da experincia humana. Ela tem sido objeto de reflexo de gegrafos, urbanistas, historiadores, profissionais da sade, estudiosos da linguagem, filsofos, engenheiros, matemticos, artistas, enfim, de muitos profissionais que procuram entender seu funcionamento. Ao atrair tantas e to variadas atenes, a cidade mostra-se complexa e multifacetada. COLETNEA 1. No primeiro sinal verde aps o relgio do canteiro central marcar 12h40min, cerca de cem pessoas atravessaram a Avenida Paulista, na altura da Rua Augusta. De repente, tiraram um sapato, bateram com o solado repetidas vezes no cho, calaram-no novamente e seguiram seu caminho. Um novo tipo de manifestao poltica? Longe disso. O que a Paulista viu foi a primeira flash mob (multido instantnea) brasileira. O fenmeno, mania na Europa e nos Estados Unidos, consiste em reunir o maior nmero de pessoas no menor tempo possvel - por e-mail e celular - para fazer alguma coisa estranha simultaneamente. Os nova-iorquinos j invadiram uma loja e gritaram em frente a um dinossauro de brinquedo. Na verso brasileira, ficou decidido tirar o sapato e bat-lo no cho, como que para tirar areia de dentro. (Adaptado de Anglica Freitas, 40 segundos de frenesi na Paulista. Flash Mob chega a So Paulo, Estado de S.Paulo, 14 de agosto de 2003). 2. No produtivo ano de 1979, o grupo encapuzou, com sacos de lixo, as esttuas da cidade, visando chamar a ateno das pessoas que nunca, ou quase nunca, reparavam em seu dia-a-dia as obras de arte em nossa cidade. Na manh seguinte, a imprensa registrou o fato. No mesmo ano vedaram as portas das principais galerias [de lojas] com um X em fita crepe, deixando um bilhete em cada uma: O que est dentro fica, o que est fora se expande. Em 1980, o grupo, em mais uma ao noturna, estendeu 100 metros de plstico vermelho pelos cruzamentos e entradas no anel virio da Avenida Paulista com rua Consolao. O Detran, porm, desmontava essa e outras aes do grupo, que realizou uma srie de 18 intervenes pela cidade at 1982, quando dissolveu-se. (Adaptado de Celso Gitahy, Graffiteiros passo a passo rumo virada do milnio, Revista do Patrimnio Histrico, 2, n. 3, 1995, p. 30). 3. O MAPA Olho o mapa da cidade Como quem examinasse A anatomia de um corpo ( nem que fosse o meu corpo.) Sinto uma dor infinita Das ruas de Porto Alegre Onde jamais passarei. H tanta esquina esquisita, Tanta nuana de paredes, H tanta moa bonita, Nas ruas que no andei. (E h uma rua encantada Que nem em sonhos sonhei...) Quando eu for, um dia desses, Poeira ou folha levada No vento da madrugada, Serei um pouco do nada Invisvel, delicioso Que faz com que o teu ar Parea mais um olhar, Suave mistrio amoroso, Cidade de meu andar (Deste j to longo andar!) E talvez de meu repouso... (Mrio Quintana, Apontamentos de Histria Sobrenatural. Porto Alegre: Globo, IEL, 1976). 4. As favelas se constituem atravs de um processo arquitetnico e urbanstico singular que compe uma esttica prpria, uma esttica das favelas. (...) Um barraco de favela construdo pelo prprio morador, inicialmente, a partir de fragmentos de materiais encontrados por acaso. A construo cotidiana e continuamente inacabada. (...) O tecido urbano da favela malevel e flexvel, o percurso que determina os caminhos. (...) As ruelas e becos so quase sempre extremamente estreitos e intrincados. Subir o morro uma experincia de percepo espacial singular, a partir das primeiras quebradas se descobre um ritmo de andar que o prprio percurso impe. (Adaptado de Paola Berenstein Jacques, Esttica das favelas, em www.anf.org.br). 5. O dia-a-dia das sociedades gira em torno dos objetos fixos, naturais ou criados, aos quais se aplica o trabalho. Fixos e fluxos combinados caracterizam o modo de vida de cada formao social. Fixos e fluxos influem-se mutuamente. A grande cidade um fixo enorme, cruzado por fluxos enormes (homens, produtos, mercadorias, ordens, idias), diversos em volume, intensidade, ritmo, durao e sentido. Alis, as cidades se distinguem umas das outras por esses fixos e fluxos. (Milton Santos, Fixos e fluxos cenrio para a cidade sem medo, em O pas distorcido. O Brasil, a globalizao e a cidadania. So Paulo: Publifolha, 2002). 6. Cidades globais so aquelas que concentram percia e conhecimento em servios ligados globalizao, independente do tamanho de sua populao. (...) Megacidade outra categoria dos estudos urbanos. As megacidades so reas urbanas com mais de 10 milhes de habitantes. (...) Algumas so megacidades e cidades globais, simultaneamente, como Nova York e So Paulo. (...) As cidades mdias so outra categoria de classificao das cidades, com populao entre 50 mil e 800 mil habitantes. Abaixo de 50 mil so as pequenas cidades, ideal utpico de moradia feliz no imaginrio de milhares de pessoas. (Maria da Glria Gohn, O futuro das cidades, em www.lite.fae.unicamp.br/revista/art03.htm). 7. Se, por hiptese absurda, pudssemos levantar e traduzir graficamente o sentido da cidade resultante da experincia inconsciente de cada habitante e depois sobrepusssemos por transparncia todos esses grficos, obteramos uma imagem muito semelhante de uma pintura de Jackson Pollock, por volta de 1950: uma espcie de mapa imenso, formado de linhas e pontos coloridos, um emaranhado inextrincvel de sinais, de traados aparentemente arbitrrios, de filamentos tortuosos, embaraados, que mil vezes se cruzam, se interrompem, recomeam e, depois de estranhas voltas, retornam ao ponto de onde partiram. (Giulio Carlo Argan, Histria da arte como histria da cidade. Trad. Pier Luigi Cabra. So Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 231). 8. A heterogeneidade de freqentadores dos shopping centers vem se ampliando e ntida numa cidade como So Paulo, uma vez que estes, outrora destinados somente a grupos com alto poder aquisitivo, vm abarcando, em sua expanso por outras regies, grupos que antes no faziam parte da clientela usual. A idia de um espao elitizado vai sendo substitudapela de um espao interclasses. Alm disso, uma centralidade ldica sobrepe-se centralidade do consumo, sobretudo na esfera do lazer: especialmente aos fins de semana, os shopping centers transformam-se em cenrios, onde ocorrem encontros, paqueras, derivas, cio, exibio, tdio, passeio, consumo simblico. Tornam-se uma espcie de praa interbairros que organiza a convivncia, nem sempre amena, de grupos e redes sociais, sobretudo jovens, de diversos locais da cidade. (Adaptado de Heitor Frgoli Jr., Os Shoppings de So Paulo e a trama do urbano: um olhar antropolgico, em Silvana Maria Pitaudi e Heitor Frgoli Jr. (orgs.), Shopping Centers espao, cultura e modernidade nas cidades brasileiras. So Paulo: Editora Unesp, s/d, p. 78). 9. O tombamento de espaos como terreiros de candombl, stios remanescentes de quilombos, vilas operrias, edificaes tpicas de migrantes e outros dessa ordem, isto , ligados ao modo de vida (moradia, trabalho, religio) de grupos sociais e/ou etnicamente diferenciados j no causa muita estranheza: apesar de ainda pouco comum, a incluso de itens como esses na lista do patrimnio cultural oficial mostra a presena de outros valores que ampliam os critrios tradicionais imperantes nos rgos de preservao. Em 1994 ocorreu, entretanto, um tombamento em So Paulo que de certa maneira se diferencia at mesmo dos acima citados: trata-se do Parque do Povo, uma rea de 150.000 m2 , localizada em regio nobre e das mais valorizadas da cidade. Dividida em vrios campos de futebol de terra, ocupada por times conhecidos como de vrzea. (Adaptado de Jos Guilherme Cantor Magnani e Naira Morgado, Futebol de vrzea tambm patrimnio, Revista do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional, n. 24, 1996, p. 175). 10. Na Rocinha no h quem no respeite o Doutor (cirurgio aposentado Waldir Jazbik, 75 anos). Morador h 19 anos da maior favela da zona sul do Rio de Janeiro, ele sabe que pode caminhar pelas ruas de l sem medo, mesmo morando em uma habitao fora dos padres locais. Sua casa, em estilo colonial, fica num terreno com mais de 10.000 m2 . (...) Meus amigos da high society diziam que eu era maluco. Eu poderia ter escolhido uma casa num condomnio fechado aqui perto, mas preferi vir para c. (...) S vim para c porque quero viver a vida que eu mereo viver. (Adaptado de Antonio Gois e Gabriela Wolthers, Mdico busca vida tranqila na Rocinha, Folha de S.Paulo, 17 de agosto de 2003, p. C4). PROPOSTA A Trabalhe sua dissertao a partir do seguinte recorte temtico: A cidade o lugar da vida, espao fsico no qual acontecem encontros, negociaes, tenses, num dinamismo permanente de criao e transformao. Instrues: Discuta a cidade como um espao mltiplo; Argumente em favor de uma viso dessa multiplicidade; Explore os argumentos para mostrar que a cidade um espao que se configura a partir de relaes diversas. PROPOSTA B Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temtico: Hoje, mais do que nunca, podemos afirmar que a cidade no dorme. Alm de freqentarem bares, clubes, cinemas e bailes, h um crescente nmero de pessoas que circulam noite pela cidade, fsica ou virtualmente, trabalhando, consumindo, estudando, divertindo-se. Instrues: Imagine a histria de um(a) personagem que encontre um grupo que vivencia a noite e, identificando-se com ele, passe a ver a cidade a partir de uma nova perspectiva; Narre o encontro, o processo de descoberta e a transformao que o(a) personagem experimentou; Sua histria pode ser narrada emprimeiraou emterceira pessoa. PROPOSTA C Trabalhe sua carta a partir do seguinte recorte temtico: As definies do que patrimnio histrico tm mudado, incorporando mbitos e aspectos que ampliam o alcance do conceito e, com isso, o raio de ao da legislao. Fala-se em patrimnio edificado, mas tambm em patrimnio afetivo. Tudo o que relevante para determinada comunidade pode ser considerado patrimnio. Instrues: Escolha um bem urbano,material ou no, que voc considere relevante para ser preservado em sua cidade; Argumenteem favorda preservao desse bem; Dirija a carta a uma pessoa que, na sua opinio, pode vir a se tornar um aliado na luta pelo tombamento desse bem.

Questão
2004Geografia

(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 17) . Apesar de importantes diferenciaes, o crescimento das atividades de turismo, recreao e lazer nas ltimas dcadas tem sido muito intenso em todo o mundo, com indicadores de que esse dinamismo ir continuar e se acentuar ainda mais nos prximos anos. Cada vez mais existe uma relao direta entre o turismo, recreao e lazer e outros setores econmico-sociais, como a agropecuria, a indstria e os servios em escalas diferenciadas. (Adaptado de Adyr Balastreri Rodrigues, Apresentao, em Adyr Balastreri Rodrigues, Turismo, Modernidade, Globalizao. 2ed., So Paulo: HUCITEC, 2000, p. 163). a) Quais as principais razes que explicam um crescente contingente de turistas no mundo? b) O fenmeno do turismo influencia os lugares, s vezes, com pequenas transformaes, outras vezes, redefine sua dinmica de maneira intensa e irreversvel. Aponte duas modificaes espaciais produzidas pelo turismo urbano. c) Indique trs atividades do setor tercirio que se ampliam com a dinamizao do turismo urbano.

Questão
2004Geografia

(UNICAMP - 2004 - 2 fase - Questo 16) . A representao abaixo corresponde a uma poro de uma carta topogrfica de escala 1: 50.000 e a distncia entre as curvas de nvel de 20 metros. Baseado na carta, faa o que se pede: Adaptado de IBGE. Carta Topogrfica Folha SF. 22-Z-C-II-4, Folha Santo Antonio da Platina/PR, escala 1: 50.000. a) Considerando que a distncia entre dois pontos hipotticos (A e B) na carta de 3,8 cm, qual a distncia real em quilmetros entre esses dois pontos? b) Utilizando os pontos cardeais, indique o sentido do escoamento das guas do rio. c) Qual margem do rio a mais indicada para culturas temporrias? Justifique.

chevron left center91-105 de 111chevron right center