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VestibularEdição do vestibular
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(UNICAMP - 2006 - 2 FASE )Leia o seguinte dilogo d

(UNICAMP - 2006 - 2 FASE )  Leia o seguinte diálogo de O demônio Familiar, de José de Alencar:


Eduardo – Assim, não amas a tua noiva?
Azevedo – Não, decerto.
Eduardo – É rica, talvez; casas por conveniências?
Azevedo – Ora, meu amigo, um moço de trinta anos, que tem, como eu, uma fortuna independente, não precisa tentar a chasse au mariage. Com trezentos contos pode-se viver.
Eduardo – E viver brilhantemente; porém não compreendo então o motivo...
Azevedo – Eu te digo! Estou completamente blasé, estou gasto para essa vida de flaneur dos salões; Paris me saciou. Mabille e Château des Fleurs embriagaram-me tantas vezes de prazer que me deixaram insensível. O amor é hoje para mim um copo de Cliqcot que espuma no cálice, mas já não me tolda o espírito!
(José de Alencar, “O demônio familiar” (Cena XIII, Ato Primeiro), em Obra Completa, Vol. IV. Rio de Janeiro: J. Aguilar, 1960, p. 92.)


a) O que o diálogo acima revela sobre a visão que Azevedo tem do casamento?
b) Em que essa visão difere da opinião de Eduardo sobre o casamento?
c) Que ponto de vista prevalece no desfecho da peça? Justifi que sua resposta.