(UNICAMP - 2013 - 1 FASE) O estudo da Ilustração nunca mais foi o mesmo após o holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. A crença ingênua no poder regenerador da razão inviabilizou-se. Estilhaçou-se a cômoda certeza de que as Luzes foram a filosofia da burguesia triunfante, e dos quatro pontos da Europa surgiram evidências acerca da amplitude e variação do fenômeno, que não caberia mais considerar nem apenas burguês, nem eminentemente francês, nem restrito ao século XVIII.
(Adaptado de Laura de Mello e Souza, em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/as-paixoesintelectuais. Acessado em 20/08/2012.)
A partir do texto, é correto afirmar que:
A experiência do holocausto, no século XX, pode ser interpretada como a negação do projeto das Luzes, porque rejeita a eficácia do poder do Estado.
A compreensão das Luzes não se prende à explicação do triunfo da burguesia, exigindo um estudo mais amplo sobre seus impactos na Europa.
O projeto das Luzes difundia o ideário do progresso e, contraditoriamente, ensejava o conhecimento científico.
O ideário das Luzes ajuda a compreender as revoluções liberais dos séculos XVIII e XIX, que defendiam a intolerância religiosa.