(UNICAMP - 2015)
O relato a seguir é parte da biografia de um homem que passou sua infância no atual Mali.
Em novembro de 1918, a África, como a metrópole, festejou o fim da Grande Guerra Mundial e a vitória da França e seus aliados (…). Estávamos orgulhosos do papel desempenhado pelos soldados africanos na frente de batalha. (…) Os sobreviventes que voltaram em 1918-1919 foram a causa de um novo fenômeno social que influiu na evolução da mentalidade nativa. Estou falando do fim do mito do homem branco como ser invencível e sem defeitos.
(Amadou Hampâté Bâ, Amkoullel, o menino fula. São Paulo: Palas Athena/Casa das Áfricas, 2003, p. 312-313.)
Considerando o relato acima, é correto afirmar que
a presença dos soldados africanos contribuiu para construir uma identidade africana sustentada nos princípios bélicos do imperialismo europeu.
a presença de soldados africanos nos conflitos contribuiu para o questionamento do mito da superioridade do homem branco.
o autor, ao apresentar a fragilidade do homem branco, instaurou um discurso inverso de superioridade dos africanos.
o autor, ao apresentar o norte da África como parte da França, exaltou o projeto imperialista francês e suas estratégias de integração cultural.