(UNICAMP - 2024) Em sua pgina nas redes sociais, @sebastiao.salgados criou o Festival Miojo Literrio (Instagram) em comemorao ao Dia do Escritor (#sebastiaoseriesescritores). O desafio era que seus seguidores assumissem a mscara discursiva de um(a) escritor(a) literrio(a) para narrar o ato de comer um miojo. A primeira provocao se deu com a seguinte postagem: Voc escritora? Sou sim. Ento fala: Comi um miojo. Vrios seguidores toparam o desafio, como, por exemplo, o internauta @aldanuzio, que assumiu ser o poeta Gonalves Dias, e escreveu: Texto 1 Minha terra tem miojo E no de Sabi galinha caipira Tempero que aqui no h. Em cismar sozinho noite No sabes prazer que me d O fervor em trs minutos Macarro melhor no h. Texto 2 Cano do exlio (Gonalves Dias) Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabi, As aves, que aqui gorjeiam, No gorjeiam como l. ... Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi... a) Considerando as formas de intertextualidade entre o tema comer um miojo e o poema de Gonalves Dias, pode-se dizer que a produo do internauta uma parfrase ou uma pardia? Justifique sua resposta, com base nos textos 1 e 2. b) Para este Vestibular Unicamp 2024, voc leu a obra literria Alice no pas das maravilhas, de Lewis Carroll. Aceite o desafio de @sebastiao.salgados, entre no pas das maravilhas e elabore um dilogo em discurso direto, entre o Coelho Branco e o Chapeleiro Maluco. O dilogo deve mostrar ao menos uma caracterstica de cada um dos personagens, o Coelho e o Chapeleiro, com mnimo de 3 e mximo de 5 linhas.
(UNICAMP - 2023- 2 fase) A palavra aporofobia, ainda no dicionarizada, definida pela Academia Brasileira de Letras como: s.f. repdio, averso ou desprezo pelos pobres ou desfavorecidos; hostilidade para com pessoas em situao de pobreza ou misria. [Do grego -poros, pobre, desamparado, sem recursos + -fobia.] (Disponvel em https://www.academia.org.br/nossa-lingua/nova-palavra/aporofobia. Acesso em 08/09/2022.) Atualmente, a palavra tem sido usada para denunciar no s atitudes individuais, mas tambm arquiteturas, discursos e movimentos que expressem averso aos mais pobres. Quando essa luta se espalhou pelas redes sociais, o Padre Jlio Lancellotti passou a usar o termo em suas falas e a receber imagens de situaes aporofbicas, trazendo luz a um debate at ento invisvel. Padre Jlio cita um exemplo: Se o Gil do Vigor sentar l na porta da vitrine de um shopping, algum vai chamar a polcia para tir-lo? No, mas se for um catador de papel, ele nem vai entrar no shopping. O Gil negro e o catador negro. Por que um pode sentar e outro no? (Adaptado de BORGES, Thas. A gente banaliza a crueldade, diz padre Jlio Lancellotti, sobre averso a pobres. Correio 24horas. 22/01/2022.) a) As imagens 1 e 2 denunciam formas de aporofobia. Diga qual o tipo de aporofobia em cada caso, recorrendo, em sua explicao, a elementos das imagens. b)Voc deseja se posicionar, nas suas redes sociais, a respeito da matria. Assuma a voz do catador de papel envolvido na situao relatada e responda pergunta do Padre Jlio Lancelotti. Esse texto dever ter entre 40 e 50 palavras. Ateno: no copie trechos da matria.
(UNICAMP - 2023- 2 fase) Mrcia est decorando sua casa para o Natal e pretende cobrir uma pilastra com um papel de parede de temas natalinos e depois enrolar uma fita de lmpadas de led na pilastra coberta, dando uma nica volta, de modo que o ponto em que a fita comea a ser enrolada esteja exatamente embaixo do ponto onde ela termina, como ilustrado na figura a seguir. A pilastra tem o formato de um cilindro circular reto com 3 m de altura; a medida do permetro da circunferncia da base 1 m, e sua lateral ser coberta completamente com papel de parede colado sem sobreposio. a) Sabendo que o metro quadrado do papel de parede custa R$ 20,00, determine quanto Mrcia ter que gastar em papel de parede para cobrir a pilastra como ela quer. b) Qual o menor comprimento que a fita de led precisa ter para ser possvel esta instalao?
(UNICAMP - 2023- 1 fase) O texto apresenta a reproduo de uma postagem em Twitter do ilustrador e quadrinista Paulo Bruno. Considerando o texto e as duas imagens do tute, assinale a alternativa que melhor descreve o sentido de interpretao nesse contexto particular de uso.
(UNICAMP - 2023- 2 fase) Fiquei pensando em algo para escrever na estreia da minha coluna aqui no portal da Agncia de Notcias das Favelas - ANF. Pensei em vrios temas, e todos, obviamente, com assuntos relacionados favela. Na busca sobre o que escrever, resolvi abordar os dois termos usados para denominar as reas carentes do Estado do Rio de Janeiro: favela e comunidade. Mas, por qual motivo esse assunto me chamaria ateno se, afinal, tudo a mesma coisa? E que diferena faz chamar de comunidade ou favela? Chamar de comunidade no o mais correto, o mais bonito? Comunidade carente e morador de comunidade so termos ditos politicamente corretos pelas autoridades governamentais para substituir os termos favela e favelado. Mesmo os moradores usam esses termos sem questionar se essa mudana de nome traria benefcios. A alterao foi decidida em meados de 1990, pelo ento Prefeito do Rio de Janeiro, sem uma consulta aos principais interessados: os moradores das favelas. Essa mudana fez com que acabasse o preconceito que existia desde o surgimento da primeira favela? A resposta obviamente no. Fizeram questo de substituir o nome favela por comunidade, mas no mudaram a realidade das reas, que ainda sofrem com a falta de saneamento bsico, moradias, pavimentao, sade, educao, segurana pblica, entre tantos outros problemas. Caro leitor, j parou para refletir sobre todas as vezes que te chamam de morador de comunidade com inteno de no ofender, mas te negam um simples bom dia? Ou te olham com desconfiana? Ou aplaudem as invases policiais? (Adaptado de Carla Regina. Favela, comunidade carente formada por favelados. Agncia de Notcias das Favelas, 29/10/2019.) a) Explique por que houve a mudana de termos e por que, na perspectiva da autora da matria, tal mudana ineficaz. b) Imagine que voc mora numa favela/comunidade e resolveu se posicionar a respeito da mudana dos termos. Escreva um comentrio, concordando com Carla Regina, a ser postado no site que publicou a matria. Relate brevemente uma situao de preconceito que justifique sua posio. Seu texto deve ter entre 40 e 50 palavras. Ateno: no copie trechos do texto da autora.
(UNICAMP - 2023- 1 fase) Voc provavelmente j encontrou pelas redes sociais o famigerado #sqn, aquele jeito telegrfico de dizer que tal coisa muito legal, s que no. Agora, imagine uma lngua diferente do portugus que tenha incorporado um conceito parecido na prpria estrutura das palavras, criando o que foi apelidado de sufixo frustrativo. Bom, assim no kotiria, um idioma da famlia lingustica tukano falado por indgenas do Alto Rio Negro, na fronteira do Brasil com a Colmbia. Para exprimir a funo frustrativa, o kotiria usa um sufixo com a forma -ma. Voc quer dizer que foi at um lugar sem conseguir o que queria indo at l? Basta pegar o verbo ir, que waa em kotiria, e acrescentar o sufixo: waama, ir em vo. (Adaptado de: LOPES, R. J. L. A sofisticao das lnguas indgenas. Superinteressante, 18/11/2021.) O excerto, retirado de uma revista de jornalismo cientfico, exemplifica um processo de formao de palavras na lngua indgena kotiria e o compara com o uso da hashtag #sqn. correto afirmar que essa comparao
(UNICAMP - 2023- 2 fase) Uma pesquisadora est testando o efeito de um medicamento em uma bactria. Sabe-se que a funo que descreve a quantida de de bactrias vivas na amostra em um tempo t, dado em minutos, , com b e Cdependendo de caractersticas da bactria e do medicamento. a)Para uma certa amostra com 5 milhes de bactrias, verificou-se que, nos primeiros 10 minutos, 9/10 da quantidade de bactrias na amostra morreram. Qual a quantidade de bactrias vivas que restaram aps 20 minutos? b)Numa outra amostra, onde foi descoberto experimentalmente que b = 3, quanto tempo levar para que a quantidade de bactrias fique reduzida metade? Dados:.
(UNICAMP - 2023- 2 fase) Leia o texto e responda, em portugus, s questes. Glass impacts in our lives in myriad ways. To celebrate its pivotal role in moving us towards a more sustainable future and how it supports the evolution of a fairer society, the United Nations has declared 2022 to be the International Year of Glass. Alicia Durn, President of the International Commission on Glass, highlights its importance in the delivery of COVID-19 vaccines: Glass is vital in making sure we can preserve these vaccines. That is because glass does not leach chemicals into the vaccine, nor does it alter the chemistry of the drug. Being 100% recyclable and inherently sustainable, glass can be infinitely melted and reformed. Melting glass requires considerable energy to reach the necessary high temperatures (1500C) and, currently, 95% of all glass melting uses fossil fuels, mostly natural gas or heavy oil. Melting soda-lime-silica glass from raw materials requires a theoretical energy of about 2.6 MJ/kg. When only cullet* is used instead of raw materials, this is reduced to 1.9 MJ/kg. *cullet: recycled broken or waste glass used in glassmaking (Adaptado de: https://www.saint-gobain.com/en/magazine/why-2022-international-year-glass, acessado em 14/10/2022; DURN, Alicia; PARKER, John M. (Eds.). Welcome to the Glass Age. Madri: Editorial CSC, 2022.) a) Por que o material abordado no texto foi escolhido pelas Naes Unidas como o material do ano de 2022? Cite duas razes que reforam a relevncia desse material na entrega das vacinas contra COVID-19. b) Um forno usado para produzir o material descrito acima. Nesse forno, j em operao, so adicionados insumos para produo de uma massa do referido material, de forma que tais materiais sejam fundidos em um intervalo de tempo . Para isso, necessrio que haja um aumento na potncia fornecida ao forno. Sem considerar qualquer nova perda de calor pelo forno, calcule a diferena entre os aumentos de potncia para as duas seguintes situaes: i) se o insumo for 100% composto por material reciclado (100% glass), ii) se o insumo no contiver material reciclado (100% raw materials). Alm disso, em qual situao o consumo de potncia menor?
(UNICAMP - 2023- 2 fase) Texto 1 Texto 2 Eu sou apenas um rapaz latino-americano / Sem dinheiro no banco, / Sem parentes importantes, e vindo do interior / Mas sei que tudo proibido, / alis, eu queria dizer / Que tudo permitido (...) (Belchior, Apenas um rapaz latino-americano. Alucinaes, 1976.) Texto 3 A Amrica Latina padece da falta de uma expresso unnime que compreenda a todas as naes situadas ao sul do Rio Bravo e que se estendem pelo vasto continente at a Patagnia e a Terra do Fogo. (Adaptado de DE LA TORRE, Vctor Ral Haya. El problema historico de Nuestra America. Amauta, Lima, p. 20, fevereiro de 1928.) a)O Brasil faz parte da identidade latino-americana. A partir da leitura dos textos e de seus conhecimentos, justifique essa afirmao, apresentando um aspecto econmico e outro cultural como parte de sua resposta. b)O texto 1 uma releitura da obra Amrica invertida, de 1943, criada pelo uruguaio Joaqun Torres Garca. A obra original o mapa ao fundo. Como a obra original dialoga com a produo de certo imaginrio latino-americano das dcadas de 1960-1970? Como a releitura proposta na imagem de 2022 ressignifica a identidade latino-americana?
(UNICAMP - 2023- 1 fase) Na ltima crnica da srie Bons dias!, de 29 de agosto de 1889, srie na qual um tema so as questes gerais em torno do curandeirismo, o narrador enuncia: Ho de fazer-me esta justia, ainda os meus mais ferrenhos inimigos; que no sou curandeiro, eu no tenho parente curandeiro, no conheo curandeiro, e nunca vi cara, fotografia ou relquia, sequer, de curandeiro. Quando adoeo, no de espinhela cada*, coisa que podia aconselhar-me a curanderia; sempre de molstias latinas ou gregas. Estou na regra; pago impostos, sou jurado, no me podem arguir a menor quebra de dever pblico. (ASSIS, Machado de. Bons dias! Campinas: Editora da UNICAMP, p. 295, 2008.) *espinhela cada: designao popular para doenas caracterizadas por dores pelo corpo (peito, costas e pernas), alm de cansao fsico. Na profisso de f, feita pelo narrador da crnica no pargrafo citado, percebe-se
(UNICAMP - 2023- 2 fase) Considere a funo real,definida para. a)Calcule. b)Encontre todos os valores detais que.
(UNICAMP - 2023- 1 fase) Conheo um povo sem poligamia: o povo macua. Este povo deixou as suas razes e apoligamou-se por influncia da religio. Islamizou-se. (...) Conheo um povo de tradio poligmica: o meu, do sul do meu pas. Inspirado no papa, nos padres e nos santos, disse no poligamia. Cristianizou-se. Jurou deixar os costumes brbaros de casar com muitas mulheres para tornar-se mongamo ou celibatrio. (...) Um dia dizem no aos costumes, sim ao cristianismo e lei. No momento seguinte, dizem no onde disseram sim, ou sim onde disseram no. (CHIZIANE, Paulina. Niketche. Uma histria de poligamia. So Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 92.) Baseando-se no excerto e na leitura da obra, correto afirmar que
(UNICAMP - 2023- 2 fase) Acontece, porm, que a verdade sobre a fome incomoda os governos e fere as suscetibilidades patriticas e, por isso mesmo, so frequentemente vedadas ao grande pblico, pelas respectivas censuras polticas (...) Ser a calamidade da fome um fenmeno natural, inerente prpria vida, uma contingncia irremovvel como a morte? Ou ser a fome uma praga social criada pelo prprio homem? (CASTRO, Josu de. Geopoltica da Fome. Rio de Janeiro: Casa do Estudante do Brasil, 2a ed., 1953.) Vivemos em um pas que produz muito alimento e tem muita gente passando fome. Para alm do escndalo tico, isso uma aberrao em termos de organizao econmica e social. No plano moral, beira o criminoso: so 33 milhes de pessoas famintas, enquanto exportamos e produzimos mais de trs quilos, s de gros, por pessoa por dia. (DOWBOR, Ladislau. Fome, uma deciso poltica e corporativa. In: CAMPELLO, Tereza; BORTOLETTO, Ana Paula (orgs.). Da fome fome: dilogos com Josu de Castro. So Paulo: Elefante, 2022, p. 181.) a) Para Josu de Castro, h poucos debates sobre a fome. Por que a questo da fome ocultada dos debates contemporneos? A insegurana alimentar uma questo moral e poltica? A partir dos textos, justifique suas respostas. b)Cite um aspecto histrico e um social que explicam a existncia da fome no Brasil. Analise, a partir do grfico, o que houve com a questo da insegurana alimentar no pas, desde o incio do sculo XXI.
(UNICAMP - 2023- 2 fase) Texto A The heat generated by humans is altering the earths weather through an increase in temperature, which leads to sea level rise. This increases the threat of extreme weather events, such as hurricanes. To reduce the risk of such events in the future, communities can bolster their resilience to the impacts of hurricanes by: Preserving coastal wetlands, dunes, and reefs to absorb storm surge. Improving beaches infrastructure that affords coastal protection, such as seawalls. Encouraging residents in areas that have had historically low hurricane risk to buy flood insurance. Preparing directly prior to a storms arrival by boarding windows, clearing property of potential flying debris, and having an evacuation plan. Texto B (https://theweek.com/cartoons/811037/editorial-cartoon-gulf-coast-climate-change-hoax-rising-ocean-levels-property-value-decline. Acesso em 29/08/2022.) Transcrio dos textos: Placa menor, dentro do barco: RISING SEAS Barco: GOLF COAST a)Cite um efeito do aquecimento global citado tanto no texto A quanto no texto B e indique o fenmeno meteorolgico extremo abordado no texto A. Em seguida, explique por que os dizeres da placa maior, na charge, evidenciam uma contradio. b)Aponte uma condio da atmosfera e uma condio do oceano relacionadas gnese do fenmeno meteorolgico abordado no texto A. Cite, ainda com base no texto A, uma medida individual e uma medida coletiva atravs das quais as comunidades podem se tornar mais resilientes frente aos eventos climticos extremos.
(UNICAMP - 2023- 2 fase) a) Aponte dois conflitos geopolticos envolvendo a China e os Estados Unidos (EUA) e que esto situados na regio destacada no mapa. Explique os interesses envolvidos em cada um deles. b) Que recursos naturais so disputados no Mar da China Meridional e quais os principais produtos transportados por navegao na regio?