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Questões de Redação - UNICAMP | Gabarito e resoluções

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Questão
2009Redação

(UNICAMP 2009) REDAO ORIENTAO GERAL: LEIA ATENTAMENTE O tema geral da prova da primeira fase O homem e os animais. A redao prope trs recortes desse tema. Propostas: Cada proposta apresenta um recorte temtico a ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Coletnea: A coletnea nica e vlida para as trs propostas. Leia toda a coletnea e selecione o que julgar pertinente para a realizao da proposta escolhida. Articule os elementos selecionados com sua experincia de leitura e reflexo.O uso da coletnea obrigatrio. ATENO sua redaoser anuladase voc desconsiderar acoletneaou fugir aorecorte temticoou no atender aotipo de textoda proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA De acordo com a poca e a cultura, o homem se relaciona de diferentes formas com os animais. Essa relao tem sido motivo de intenso debate, principalmente no que diz respeito responsabilidade do homem sobre a vida e o bem-estar das demais espcies do planeta. COLETNEA 1)O fundamento jurdico para a proteo dos animais, no Brasil, est no artigo 225 da Constituio Federal, que incumbe o Poder Pblico de proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco sua funo ecolgica, provoquem a extino das espcies ou submetam os animais crueldade. Apoiada na Constituio, a Lei 9605, de 1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, criminaliza a conduta de quem praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domsticos ou domesticados, nativos ou exticos. Contudo, perguntas inevitveis surgem: como o Brasil ainda compactua, em meio vigncia de leis ambientais avanadas, com tantas situaes de crueldade com os animais, por vezes aceitas e legitimadas pelo prprio Estado? Rinhas, farra do boi, carrocinha, rodeios, vaquejadas, circos, veculos de trao, gaiolas, vivisseco (operaes feitas em animais vivos para fins de ensino e pesquisa), abate, etc. por que se mostra to difcil coibir a ao de pessoas que agridem, exploram e matam os animais? (Adaptado de Fernando Laerte Levai, Promotoria de Defesa Animal. www.sentiens.net, 04/2008.) 2)A Cmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, no incio de 2008, uma lei que, se levada prtica, obstruiria uma parte significativa da pesquisa cientfica realizada na cidade por instituies como a Fundao Oswaldo Cruz (Fiocruz), as universidades federal e estadual do Rio de Janeiro e o Instituto Nacional do Cncer (Inca). De autoria do vereador e ator Cludio Cavalcanti, um destacado militante na defesa dos direitos dos animais, a lei tornou ilegal o uso de animais em experincias cientficas na cidade. A comunidade acadmica reagiu e mobilizou a bancada de deputados federais do Estado para ajudar a aprovar o projeto de lei conhecido como Lei Arouca. A lei municipal perderia efeito se o projeto federal sasse do papel. Paralelamente, os pesquisadores tambm decidiram partir para a desobedincia e ignorar a lei municipal. Continuaremos trabalhando com animais em pesquisas cujos protocolos foram aprovados pelos comits de tica, diz Marcelo Morales, presidente da Sociedade Brasileira de Biofsica (SBBF) e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos lderes da reao dos cientistas. A interrupo do uso de animais geraria prejuzos imediatos com repercusso nacional, como a falta de vacinas (hepatite B, raiva, meningite, BCG e febre amarela), fabricadas, no Rio, pela Fiocruz, pois a inoculao em camundongos atesta a qualidade dos antgenos antes que eles sejam aplicados nas pessoas. Tambm fundamental esclarecer populao que, se essas experincias forem proibidas, todos os nossos esforos recentes para descobrir vacinas contra dengue, Aids, malria e 2 leishmaniose seriam jogados literalmente no lixo, diz Renato Cordeiro, pesquisador do Departamento de Fisiologia e Farmacodinmica da Fiocruz. Marcelo Morales enumera outros prejuzos: pesquisas sobre clulastronco no campo da cardiologia, da neurologia e de molstias pulmonares e renais, lideradas por pesquisadores da UFRJ, e de terapias contra o cncer, realizadas pelo Inca, teriam de ser interrompidas. (Adaptado de Fabrcio Marques, Sem eles no h avano. Revista Pesquisa Fapesp, no .144, 02/2008, pp. 2-6.) 3)O Senado aprovou, em 9 de setembro de 2008, o projeto da Lei Arouca, que estabelece procedimentos para o uso cientfico de animais. A matria vai agora sano presidencial. A lei cria o Conselho Nacional de Controle de Experimentao Animal (CONCEA), que ser responsvel por credenciar instituies para criao e utilizao de animais destinados a fins cientficos e estabelecer normas para o uso e cuidado dos animais. Alm de credenciar as instituies, o CONCEA ter a atribuio de monitorar e avaliar a introduo de tcnicas alternativas que substituam o uso de animais tanto no ensino quanto nas pesquisas cientficas. O CONCEA ser presidido pelo Ministro da Cincia e Tecnologia e ter representantes dos Ministrios da Educao, do Meio Ambiente, da Sade e da Agricultura. Dentre outros membros, integram o CONCEA a Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC), a Academia Brasileira de Cincias, a Federao de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), a Federao Nacional da Indstria Farmacutica e dois representantes de sociedades protetoras dos animais legalmente estabelecidas no pas. (Adaptado de Daniela Oliveira e Carla Ferenshitz, Aps 13 anos de tramitao Lei Arouca aprovada. Jornal da Cincia (SBPC), www.jornaldaciencia.org.br, 09/2008.) 4)Grande parte de nossa sociedade acredita na necessidade incondicional das experincias com animais. Essa crena baseia-se em mitos, no em fatos, e esses mitos precisam ser divulgados a fim de evitar a consolidao de um sistema pseudo-cientfico. As experincias com animais pertencem assim como a tecnologia gentica ou o uso da energia atmica a um sistema de pesquisas e explorao que despreza a vida. Um desses mitos o de que tais experincias possibilitaram o combate s doenas e assim permitiram aumentar a mdia de vida. Esse aumento, entretanto, deve-se, principalmente, ao declnio das doenas infecciosas e conseqente diminuio da mortalidade infantil, cujas causas foram as melhorias das condies de saneamento, a tomada de conscincia em questes de higiene e uma alimentao mais saudvel, e no a introduo constante de novos medicamentos e vacinas. Da mesma maneira, os elevados coeficientes de mortalidade infantil no Terceiro Mundo podem ser atribudos aos problemas sociais, como a pobreza, a desnutrio, e no falta de medicamentos ou vacinas. Outro mito o de que as experincias com animais no prejudicam a humanidade. Na realidade, elas que tornam as atuais doenas da civilizao ainda mais estveis. A esperana da descoberta de um medicamento por meio de pesquisas com animais destri a motivao das pessoas para tomarem uma iniciativa prpria e mudarem significativamente seu estilo de vida. Enquanto nos agarramos esperana de um novo remdio contra o cncer ou contra as doenas cardiovasculares, ns mesmos e todo o sistema de sade no estamos suficientemente motivados para abolir as causas dessas enfermidades, ou seja, o fumo, as bebidas alcolicas, a alimentao inadequada, o stress, etc. Um ltimo mito a ser destacado o de que leigos, por falta de conhecimento especializado, no podem opinar sobre experincias com animais. Esse mito proporcionou, durante dezenas de anos, um campo livre para os vivisseccionistas. Deixar que os prprios pesquisadores julguem a necessidade e a importncia das experincias com animais semelhante a deixar que uma associao de aougueiros emita parecer sobre alimentao vegetariana. No sero justamente aqueles que esto engajados no sistema de experincias com animais que iro questionar a vivisseco! (Adaptado de Bernhard Rambeck, Mito das experincias em animais. Unio Internacional Protetora dos animais, www.uipa.com.br, 04/2007.) 5)A violncia exercida contra os animais suscita uma reprovao crescente por parte das opinies pblicas ocidentais, que, freqentemente, se torna ainda mais vivaz medida que diminui a familiaridade com as vtimas. Nascida da indignao com os maus-tratos infligidos aos animais domsticos e de estimao, em uma poca na qual burros e cavalos de fiacre faziam parte do ambiente cotidiano, atualmente a compaixo nutre-se da crueldade a que estariam expostos seres com os quais os amigos dos animais, urbanos em sua maioria, no tm nenhuma proximidade fsica: o gado de corte, pequenos e grandes animais de caa, os touros das touradas, as cobaias de laboratrio, os animais fornecedores de pele, as baleias e as focas, as espcies selvagens ameaadas pela caa predatria ou pela deteriorao de seu habitat, etc. As atitudes de simpatia para com os animais tambm variam, claro, segundo as tradies culturais nacionais. Todavia, na prtica, as manifestaes de simpatia pelos animais so ordenadas em uma escala de valor cujo pice ocupado pelas espcies percebidas como as mais prximas do homem em funo de seu comportamento, fisiologia, faculdades cognitivas, ou dacapacidade que lhes atribuda de sentir emoes, como os mamferos. Ningum, assim, parece se preocupar com a sorte dos arenques ou dos bacalhaus, mas os golfinhos, que com eles so por vezes arrastados pelas redes de pesca, so estritamente protegidos pelas convenes internacionais. Com relao s medusas ou s tnias, nem mesmo os membros mais militantes dos movimentos de liberao animal parecem conceder-lhes uma dignidade to elevada quanto outorgada aos mamferos e aos pssaros. O antropocentrismo, ou seja, a capacidade de se identificar com no-humanos em funo de seu suposto grau de proximidade com a espcie humana, parece assim constituir a tendncia espontnea das diversas sensibilidades ecolgicas contemporneas. (Adaptado de Philippe Descola, Estrutura ou sentimento: a relao com o animal na Amaznia. Mana, vol.4, n.1, Rio de Janeiro, 04/1998.) 6) Manifestao de militantes da ONG Vegan Staff na 60. Reunio Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC), www.veganstaff.org, 07/2008. PROPOSTA C Leia a coletnea e elabore sua carta a partir do seguinte recorte temtico: As controvrsias sobre o uso de animais em experimentao cientfica no se encerraram com a recente aprovao, pelo Senado, da Lei Arouca, que cria o CONCEA. Instrues: 1- Escolha um ponto de vista em relao ao uso de animais em experimentao cientfica. 2- Argumente no sentido de solicitar que seu ponto de vista prevalea na atuao do CONCEA. 3- Dirija sua carta a um membro do CONCEA que possa apoiar sua solicitao.

Questão
2009Redação

(UNICAMP2009) REDAO ORIENTAO GERAL: LEIA ATENTAMENTE O tema geral da prova da primeira fase O homem e os animais. A redao prope trs recortes desse tema. Propostas: Cada proposta apresenta um recorte temtico a ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Coletnea: A coletnea nica e vlida para as trs propostas. Leia toda a coletnea e selecione o que julgar pertinente para a realizao da proposta escolhida. Articule os elementos selecionados com sua experincia de leitura e reflexo. O uso da coletnea obrigatrio. ATENO sua redao ser anulada se voc desconsiderar a coletnea ou fugir ao recorte temtico ou no atender ao tipo de texto da proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA De acordo com a poca e a cultura, o homem se relaciona de diferentes formas com os animais. Essa relao tem sido motivo de intenso debate, principalmente no que diz respeito responsabilidade do homem sobre a vida e o bem-estar das demais espcies do planeta. COLETNEA 1) O fundamento jurdico para a proteo dos animais, no Brasil, est no artigo 225 da Constituio Federal, que incumbe o Poder Pblico de proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco sua funo ecolgica, provoquem a extino das espcies ou submetam os animais crueldade. Apoiada na Constituio, a Lei 9605, de 1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, criminaliza a conduta de quem praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domsticos ou domesticados, nativos ou exticos. Contudo, perguntas inevitveis surgem: como o Brasil ainda compactua, em meio vigncia de leis ambientais avanadas, com tantas situaes de crueldade com os animais, por vezes aceitas e legitimadas pelo prprio Estado? Rinhas, farra do boi, carrocinha, rodeios, vaquejadas, circos, veculos de trao, gaiolas, vivisseco (operaes feitas em animais vivos para fins de ensino e pesquisa), abate, etc. por que se mostra to difcil coibir a ao de pessoas que agridem, exploram e matam os animais? (Adaptado de Fernando Laerte Levai, Promotoria de Defesa Animal. www.sentiens.net, 04/2008.) 2) A Cmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, no incio de 2008, uma lei que, se levada prtica, obstruiria uma parte significativa da pesquisa cientfica realizada na cidade por instituies como a Fundao Oswaldo Cruz (Fiocruz), as universidades federal e estadual do Rio de Janeiro e o Instituto Nacional do Cncer (Inca). De autoria do vereador e ator Cludio Cavalcanti, um destacado militante na defesa dos direitos dos animais, a lei tornou ilegal o uso de animais em experincias cientficas na cidade. A comunidade acadmica reagiu e mobilizou a bancada de deputados federais do Estado para ajudar a aprovar o projeto de lei conhecido como Lei Arouca. A lei municipal perderia efeito se o projeto federal sasse do papel. Paralelamente, os pesquisadores tambm decidiram partir para a desobedincia e ignorar a lei municipal. Continuaremos trabalhando com animais em pesquisas cujos protocolos foram aprovados pelos comits de tica, diz Marcelo Morales, presidente da Sociedade Brasileira de Biofsica (SBBF) e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos lderes da reao dos cientistas. A interrupo do uso de animais geraria prejuzos imediatos com repercusso nacional, como a falta de vacinas (hepatite B, raiva, meningite, BCG e febre amarela), fabricadas, no Rio, pela Fiocruz, pois a inoculao em camundongos atesta a qualidade dos antgenos antes que eles sejam aplicados nas pessoas. Tambm fundamental esclarecer populao que, se essas experincias forem proibidas, todos os nossos esforos recentes para descobrir vacinas contra dengue, Aids, malria e 2 leishmaniose seriam jogados literalmente no lixo, diz Renato Cordeiro, pesquisador do Departamento de Fisiologia e Farmacodinmica da Fiocruz. Marcelo Morales enumera outros prejuzos: pesquisas sobre clulastronco no campo da cardiologia, da neurologia e de molstias pulmonares e renais, lideradas por pesquisadores da UFRJ, e de terapias contra o cncer, realizadas pelo Inca, teriam de ser interrompidas. (Adaptado de Fabrcio Marques, Sem eles no h avano. Revista Pesquisa Fapesp, no .144, 02/2008, pp. 2-6.) 3)O Senado aprovou, em 9 de setembro de 2008, o projeto da Lei Arouca, que estabelece procedimentos para o uso cientfico de animais. A matria vai agora sano presidencial. A lei cria o Conselho Nacional de Controle de Experimentao Animal (CONCEA), que ser responsvel por credenciar instituies para criao e utilizao de animais destinados a fins cientficos e estabelecer normas para o uso e cuidado dos animais. Alm de credenciar as instituies, o CONCEA ter a atribuio de monitorar e avaliar a introduo de tcnicas alternativas que substituam o uso de animais tanto no ensino quanto nas pesquisas cientficas. O CONCEA ser presidido pelo Ministro da Cincia e Tecnologia e ter representantes dos Ministrios da Educao, do Meio Ambiente, da Sade e da Agricultura. Dentre outros membros, integram o CONCEA a Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC), a Academia Brasileira de Cincias, a Federao de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), a Federao Nacional da Indstria Farmacutica e dois representantes de sociedades protetoras dos animais legalmente estabelecidas no pas. (Adaptado de Daniela Oliveira e Carla Ferenshitz, Aps 13 anos de tramitao Lei Arouca aprovada. Jornal da Cincia (SBPC), www.jornaldaciencia.org.br, 09/2008.) 4) Grande parte de nossa sociedade acredita na necessidade incondicional das experincias com animais. Essa crena baseia-se em mitos, no em fatos, e esses mitos precisam ser divulgados a fim de evitar a consolidao de um sistema pseudo-cientfico. As experincias com animais pertencem assim como a tecnologia gentica ou o uso da energia atmica a um sistema de pesquisas e explorao que despreza a vida. Um desses mitos o de que tais experincias possibilitaram o combate s doenas e assim permitiram aumentar a mdia de vida. Esse aumento, entretanto, deve-se, principalmente, ao declnio das doenas infecciosas e conseqente diminuio da mortalidade infantil, cujas causas foram as melhorias das condies de saneamento, a tomada de conscincia em questes de higiene e uma alimentao mais saudvel, e no a introduo constante de novos medicamentos e vacinas. Da mesma maneira, os elevados coeficientes de mortalidade infantil no Terceiro Mundo podem ser atribudos aos problemas sociais, como a pobreza, a desnutrio, e no falta de medicamentos ou vacinas. Outro mito o de que as experincias com animais no prejudicam a humanidade. Na realidade, elas que tornam as atuais doenas da civilizao ainda mais estveis. A esperana da descoberta de um medicamento por meio de pesquisas com animais destri a motivao das pessoas para tomarem uma iniciativa prpria e mudarem significativamente seu estilo de vida. Enquanto nos agarramos esperana de um novo remdio contra o cncer ou contra as doenas cardiovasculares, ns mesmos e todo o sistema de sade no estamos suficientemente motivados para abolir as causas dessas enfermidades, ou seja, o fumo, as bebidas alcolicas, a alimentao inadequada, o stress, etc. Um ltimo mito a ser destacado o de que leigos, por falta de conhecimento especializado, no podem opinar sobre experincias com animais. Esse mito proporcionou, durante dezenas de anos, um campo livre para os vivisseccionistas. Deixar que os prprios pesquisadores julguem a necessidade e a importncia das experincias com animais semelhante a deixar que uma associao de aougueiros emita parecer sobre alimentao vegetariana. No sero justamente aqueles que esto engajados no sistema de experincias com animais que iro questionar a vivisseco! (Adaptado de Bernhard Rambeck, Mito das experincias em animais. Unio Internacional Protetora dos animais, www.uipa.com.br, 04/2007.) 5) A violncia exercida contra os animais suscita uma reprovao crescente por parte das opinies pblicas ocidentais, que, freqentemente, se torna ainda mais vivaz medida que diminui a familiaridade com as vtimas. Nascida da indignao com os maus-tratos infligidos aos animais domsticos e de estimao, em uma poca na qual burros e cavalos de fiacre faziam parte do ambiente cotidiano, atualmente a compaixo nutre-se da crueldade a que estariam expostos seres com os quais os amigos dos animais, urbanos em sua maioria, no tm nenhuma proximidade fsica: o gado de corte, pequenos e grandes animais de caa, os touros das touradas, as cobaias de laboratrio, os animais fornecedores de pele, as baleias e as focas, as espcies selvagens ameaadas pela caa predatria ou pela deteriorao de seu habitat, etc. As atitudes de simpatia para com os animais tambm variam, claro, segundo as tradies culturais nacionais. Todavia, na prtica, as manifestaes de simpatia pelos animais so ordenadas em uma escala de valor cujo pice ocupado pelas espcies percebidas como as mais prximas do homem em funo de seu comportamento, fisiologia, faculdades cognitivas, ou dacapacidade que lhes atribuda de sentir emoes, como os mamferos. Ningum, assim, parece se preocupar com a sorte dos arenques ou dos bacalhaus, mas os golfinhos, que com eles so por vezes arrastados pelas redes de pesca, so estritamente protegidos pelas convenes internacionais. Com relao s medusas ou s tnias, nem mesmo os membros mais militantes dos movimentos de liberao animal parecem conceder-lhes uma dignidade to elevada quanto outorgada aos mamferos e aos pssaros. O antropocentrismo, ou seja, a capacidade de se identificar com no-humanos em funo de seu suposto grau de proximidade com a espcie humana, parece assim constituir a tendncia espontnea das diversas sensibilidades ecolgicas contemporneas. (Adaptado de Philippe Descola, Estrutura ou sentimento: a relao com o animal na Amaznia. Mana, vol.4, n.1, Rio de Janeiro, 04/1998.) 6) Manifestao de militantes da ONG Vegan Staff na 60. Reunio Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC), www.veganstaff.org, 07/2008. PROPOSTA A Leia a coletnea e elabore sua dissertao a partir do seguinte recorte temtico: O uso de animais em experimentao cientfica tem sido muito debatido porque envolve reivindicaes dos cientistas e dos movimentos organizados em defesa dos animais, assim como mudanas na legislao vigente. Instrues: 1- Discuta o uso de animais em experimentao cientfica. 2- Trabalhe seus argumentos no sentido de apontar as controvrsias a respeito desse uso. 3- Explore os argumentos de modo a justificar seu ponto de vista sobre essas controvrsias.

Questão
2009Redação

(UNICAMP2009) Coletnea 1) O fundamento jurdico para a proteo dos animais, no Brasil, est no artigo 225 da Constituio Federal, que incumbe o Poder Pblico de proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco sua funo ecolgica, provoquem a extino das espcies ou submetam os animais crueldade. Apoiada na Constituio, a Lei 9605, de 1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, criminaliza a conduta de quem praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domsticos ou domesticados, nativos ou exticos. Contudo, perguntas inevitveis surgem: como o Brasil ainda compactua, em meio vigncia de leis ambientais avanadas, com tantas situaes de crueldade com os animais, por vezes aceitas e legitimadas pelo prprio Estado? Rinhas, farra do boi, carrocinha, rodeios, vaquejadas, circos, veculos de trao, gaiolas, vivisseco (operaes feitas em animais vivos para fins de ensino e pesquisa), abate, etc. por que se mostra to difcil coibir a ao de pessoas que agridem, exploram e matam os animais? Adaptado de Fernando Laerte Levai, Promotoria de Defesa Animal. www.sentiens.net, 04/2008. 2) A Cmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, no incio de 2008, uma lei que, se levada prtica, obstruiria uma parte significativa da pesquisa cientfica realizada na cidade por instituies como a Fundao Oswaldo Cruz (Fiocruz), as universidades federal e estadual do Rio de Janeiro e o Instituto Nacional do Cncer (Inca). De autoria do vereador e ator Cludio Cavalcanti, um destacado militante na defesa dos direitos dos animais, a lei tornou ilegal o uso de animais em experincias cientficas na cidade. A comunidade acadmica reagiu e mobilizou a bancada de deputados federais do Estado para ajudar a aprovar o projeto de lei conhecido como Lei Arouca. A lei municipal perderia efeito se o projeto federal sasse do papel. Paralelamente, os pesquisadores tambm decidiram partir para a desobedincia e ignorar a lei municipal. Continuaremos trabalhando com animais em pesquisas cujos protocolos foram aprovados pelos comits de tica, diz Marcelo Morales, presidente da Sociedade Brasileira de Biofsica (SBBF) e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), um dos lderes da reao dos cientistas. A interrupo do uso de animais geraria prejuzos imediatos com repercusso nacional, como a falta de vacinas (hepatite B, raiva, meningite, BCG e febre amarela), fabricadas, no Rio, pela Fiocruz, pois a inoculao em camundongos atesta a qualidade dos antgenos antes que eles sejam aplicados nas pessoas. Tambm fundamental esclarecer populao que, se essas experincias forem proibidas, todos os nossos esforos recentes para descobrir vacinas contra dengue, Aids, malria e leishmaniose seriam jogados literalmente no lixo, diz Renato Cordeiro, pesquisador do Departamento de Fisiologia e Farmacodinmica da Fiocruz. Marcelo Morales enumera outros prejuzos: pesquisas sobre clulas-tronco no campo da cardiologia, da neurologia e de molstias pulmonares e renais, lideradas por pesquisadores da UFRJ, e de terapias contra o cncer, realizadas pelo Inca, teriam de ser interrompidas. Adaptado de Fabrcio Marques, Sem eles no h avano. Revista Pesquisa Fapesp, no.144, 02/2008, pp. 2-6. 3) O Senado aprovou, em 9 de setembro de 2008, o projeto da Lei Arouca, que estabelece procedimentos para o uso cientfico de animais. A matria vai agora sano presidencial. A lei cria o Conselho Nacional de Controle de Experimentao Animal (CONCEA), que ser responsvel por credenciar instituies para criao e utilizao de animais destinados a fins cientficos e estabelecer normas para o uso e cuidado dos animais. Alm de credenciar as instituies, o CONCEA ter a atribuio de monitorar e avaliar a introduo de tcnicas alternativas que substituam o uso de animais tanto no ensino quanto nas pesquisas cientficas. O CONCEA ser presidido pelo Ministro da Cincia e Tecnologia e ter representantes dos Ministrios da Educao, do Meio Ambiente, da Sade e da Agricultura. Dentre outros membros, integram o CONCEA a Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC), a Academia Brasileira de Cincias, a Federao de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), a Federao Nacional da Indstria Farmacutica e dois representantes de sociedades protetoras dos animais legalmente estabelecidas no pas. Adaptado de Daniela Oliveira e Carla Ferenshitz, Aps 13 anos de tramitao Lei Arouca aprovada. Jornal da Cincia (SBPC), www.jornaldaciencia.org.br, 09/2008. 4) Grande parte de nossa sociedade acredita na necessidade incondicional das experincias com animais. Essa crena baseia-se em mitos, no em fatos, e esses mitos precisam ser divulgados a fim de evitar a consolidao de um sistema pseudo-cientfico. As experincias com animais pertencem assim como a tecnologia gentica ou o uso da energia atmica a um sistema de pesquisas e explorao que despreza a vida. Um desses mitos o de que tais experincias possibilitaram o combate s doenas e assim permitiram aumentar a mdia de vida. Esse aumento, entretanto, deve-se, principalmente, ao declnio das doenas infecciosas e conseqente diminuio da mortalidade infantil, cujas causas foram as melhorias das condies de saneamento, a tomada de conscincia em questes de higiene e uma alimentao mais saudvel, e no a introduo constante de novos medicamentos e vacinas. Da mesma maneira, os elevados coeficientes de mortalidade infantil no Terceiro Mundo podem ser atribudos aos problemas sociais, como a pobreza, a desnutrio, e no falta de medicamentos ou vacinas. Outro mito o de que as experincias com animais no prejudicam a humanidade. Na realidade, elas que tornam as atuais doenas da civilizao ainda mais estveis. A esperana da descoberta de um medicamento por meio de pesquisas com animais destri a motivao das pessoas para tomarem uma iniciativa prpria e mudarem significativamente seu estilo de vida. Enquanto nos agarramos esperana de um novo remdio contra o cncer ou contra as doenas cardiovasculares, ns mesmos e todo o sistema de sade no estamos suficientemente motivados para abolir as causas dessas enfermidades, ou seja, o fumo, as bebidas alcolicas, a alimentao inadequada, o stress, etc. Um ltimo mito a ser destacado o de que leigos, por falta de conhecimento especializado, no podem opinar sobre experincias com animais. Esse mito proporcionou, durante dezenas de anos, um campo livre para os vivisseccionistas. Deixar que os prprios pesquisadores julguem a necessidade e a importncia das experincias com animais semelhante a deixar que uma associao de aougueiros emita parecer sobre alimentao vegetariana. No sero justamente aqueles que esto engajados no sistema de experincias com animais que iro questionar a vivisseco! Adaptado de Bernhard Rambeck, Mito das experincias em animais. Unio Internacional Protetora dos animais, www.uipa.com.br, 04/2007. 5) A violncia exercida contra os animais suscita uma reprovao crescente por parte das opinies pblicas ocidentais, que, freqentemente, se torna ainda mais vivaz medida que diminui a familiaridade com as vtimas. Nascida da indignao com os maus-tratos infligidos aos animais domsticos e de estimao, em uma poca na qual burros e cavalos de fiacre faziam parte do ambiente cotidiano, atualmente a compaixo nutre-se da crueldade a que estariam expostos seres com os quais os amigos dos animais, urbanos em sua maioria, no tm nenhuma proximidade fsica: o gado de corte, pequenos e grandes animais de caa, os touros das touradas, as cobaias de laboratrio, os animais fornecedores de pele, as baleias e as focas, as espcies selvagens ameaadas pela caa predatria ou pela deteriorao de seu habitat, etc. As atitudes de simpatia para com os animais tambm variam, claro, segundo as tradies culturais nacionais. Todavia, na prtica, as manifestaes de simpatia pelos animais so ordenadas em uma escala de valor cujo pice ocupado pelas espcies percebidas como as mais prximas do homem em funo de seu comportamento, fisiologia, faculdades cognitivas, ou da capacidade que lhes atribuda de sentir emoes, como os mamferos. Ningum, assim, parece se preocupar com a sorte dos arenques ou dos bacalhaus, mas os golfinhos, que com eles so por vezes arrastados pelas redes de pesca, so estritamente protegidos pelas convenes internacionais. Com relao s medusas ou s tnias, nem mesmo os membros mais militantes dos movimentos de liberao animal parecem conceder-lhes uma dignidade to elevada quanto outorgada aos mamferos e aos pssaros. O antropocentrismo, ou seja, a capacidade de se identificar com no-humanos em funo de seu suposto grau de proximidade com a espcie humana, parece assim constituir a tendncia espontnea das diversas sensibilidades ecolgicas contemporneas. Adaptado de Philippe Descola, Estrutura ou sentimento: a relao com o animal na Amaznia. Mana, vol.4, n.1, Rio de Janeiro, 04/1998. 6) Manifestao de militantes da ONG Vegan Staff na 60. Reunio Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC), www.veganstaff.org, 07/2008. PROPOSTA B Leia a coletnea e elabore sua narrativa a partir do seguinte recorte temtico: Os movimentos organizados em defesa dos animais tm sensibilizado uma parcela da sociedade, que busca adotar novas condutas, coerentes com princpios de responsabilidade em relao s diversas espcies. Instrues: 1- Imagine uma personagem que decide mudar de hbitos para ser coerente com sua militncia em defesa dos animais. 2- Narre os conflitos gerados por essa deciso. 3- Sua histria pode ser narrada em primeira ou terceira pessoa.

Questão
2008Redação

(UNICAMP- ANO - 1a fase - REDAO - A) Apresentao da Coletnea Um dos desafios do Estado a promoo da sade pblica, que envolve o tratamento e tambm a preveno de doenas. Nas discusses sobre sade pblica, crescente a preocupao com medidas preventivas. Refletir sobre tais medidas significa pensar a responsabilidade do Estado, sem desconsiderar, no entanto, o papel da sociedade e de cada indivduo. Coletnea 1) O captulo dedicado sade na Constituio Federal (1988) retrata o resultado de todo o processo desenvolvido ao longo de duas dcadas, criando o Sistema nico de Sade (SUS) e determinando que a sade direito de todos e dever do Estado (art. 196). A Constituio prev o acesso universal e igualitrio s aes e servios de sade, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais. (Adaptado de Histria do SUS em www.portal.sespa.pa.gov.br, 20/08/2007.) 2) Os grandes problemas contemporneos de sade pblica exigem a atuao eficiente do Estado que, visando proteo da sade da populao, emprega tanto os mecanismos de persuaso (informao, fomento), quanto os meios materiais (execuo de servios) e as tradicionais medidas de polcia administrativa (condicionamento e limitao da liberdade individual). Exemplar na implementao de poltica pblica o caso da dengue, que se expandiu e tem-se apresentado em algumas cidades brasileiras na forma epidmica clssica, com perspectiva de ocorrncias hemorrgicas de elevada letalidade. Um importante desafio no combate dengue tem sido o acesso aos ambientes particulares, pois os profissionais dos servios de controle encontram, muitas vezes, os imveis fechados ou so impedidos pelos proprietrios de penetrarem nos recintos. Dada a grande capacidade dispersiva do mosquito vetor, Aedes aegypti, todo o esforo de controle pode ser comprometido caso os operadores de campo no tenham acesso s habitaes. (Adaptado de Programa Nacional de Controle da Dengue. Braslia: Fundao Nacional de Sade, 2002.) 3) Com 800 mil habitantes, o Rio de Janeiro era uma cidade perigosa. Espreitando a vida dos cariocas estavam diversos tipos de doenas, bem como autoridades capazes de promover sem qualquer cerimnia uma invaso de privacidade. A capital da jovem Repblica era uma vergonha para a nao. As polticas de saneamento de Oswaldo Cruz mexeram com a vida de todo mundo. Sobretudo dos pobres. A lei que tornou obrigatria a vacinao foi aprovada pelo governo em 31 de outubro de 1904; sua regulamentao exigia comprovantes de vacinao para matrculas em escolas, empregos, viagens, hospedagens e casamentos. A reao popular, conhecida como Revolta da Vacina, se distinguiu pelo trgico desencontro de boas intenes: as de Oswaldo Cruz e as da populao. Mas em nenhum momento podemos acusar o povo de falta de clareza sobre o que acontecia sua volta. Ele tinha noo clara dos limites da ao do Estado. (Adaptado de Jos Murilo de Carvalho, Abaixo a vacina!. Revista Nossa Histria, ano 2, no . 13, novembro de 2004, p. 74.) 4) Atribuir ao doente a culpa dos males que o afligem procedimento tradicional na histria da humanidade. Na Idade Mdia, a sociedade considerava a hansenase um castigo de Deus para punir os mpios. No sculo XIX, quando a tuberculose adquiriu caractersticas epidmicas, dizia-se que a enfermidade acometia pessoas enfraquecidas pela vida devassa. Com a epidemia de Aids, a mesma histria: apenas os promscuos adquiririam o HIV. Coube cincia demonstrar que so bactrias os agentes causadores de tuberculose e hansenase, que a Aids transmitida por um vrus, e que esses microorganismos so alheios s virtudes e fraquezas humanas. O mesmo preconceito se repete agora com a obesidade, at aqui interpretada como condio patolgica associada ao pecado da gula. No entanto, a elucidao dos mecanismos de controle da fome e da saciedade tem demonstrado que engordar ou emagrecer est longe de ser mera questo de vontade. (Adaptado de Druzio Varela, O gordo e o magro. Folha de So Paulo, Ilustrada, 12/11/2005.) 5) Ns temos uma capacidade razovel de atuar na cura, recuperao da sade e reabilitao, mas uma capacidade reduzida no campo da promoo e preveno, disse o ento secretrio e hoje ministro da Sade, Jos Gomes Temporo. O objetivo do governo aumentar a cobertura nas reas de promoo da sade e medicina preventiva. Temporo afirma que as doenas cardiovasculares - como hipertenso arterial e diabetes so a principal causa de mortalidade, seguidas pelo cncer. Em ambos os casos, o controle de peso, tabagismo, ingesto de lcool, sedentarismo e hbitos alimentares tm um papel extremamente importante. Por isso, quando o Ministrio atua na educao, informao, preveno e promoo da sade, est evitando que muitas pessoas venham a adoecer. (Adaptado de Alessandra Bastos, Programas assistenciais podem desfinanciar sade em www.agenciabrasil.gov.br/notcias, 15/09/2006.) 6) Apesar das inmeras campanhas, estima-se que cerca de 30 milhes de brasileiros sejam fumantes. Segundo o Instituto Nacional do Cncer, mais de 70 mil mortes por ano podem ser atribudas ao cigarro. O SUS gasta quase R$ 200 milhes anualmente apenas com casos de cncer relacionados ao tabagismo. Diante desse quadro, a questo saber se o cerco ao fumo deveria ser ainda mais radical do que tem sido no Brasil. Ou seja, se medidas como a proibio das propagandas e a colocao de imagens chocantes em maos de cigarro so suficientes para conter o consumo. (Adaptado de O que voc acha das campanhas contra o fumo? em www.bbc.co.uk/portuguese/forum, 01/08/ 2002.) 7) Um mundo com risco cada vez maior de surtos de doenas, epidemias, acidentes industriais, desastres naturais e outras emergncias que podem rapidamente tornar-se uma ameaa sade pblica global: esse o cenrio traado pelo relatrio anual da Organizao Mundial de Sade (OMS). Segundo a OMS, desde 1967, tero sido identificadas mais trinta e nove novas doenas, alm do HIV, do Ebola, do Marburgo e da pneumonia atpica. Outras, como a malria e a tuberculose, tero sofrido mutaes e resistiro cada vez mais aos medicamentos. Estas ameaas tornaram-se um perigo muito grande para um mundo caracterizado por grande mobilidade, interdependncia econmica e interligao eletrnica. As defesas tradicionais nas fronteiras nacionais no protegem das invases de doenas ou de seus portadores, disse Margaret Chan, diretora geral da OMS. A sade pblica internacional uma aspirao coletiva, mas tambm uma responsabilidade mtua, acrescentou. O relatrio deixa recomendaes aos governos, entre as quais a implementao definitiva do regulamento sanitrio internacional e a promoo de campanhas de preveno e simulao de surtos epidmicos, para garantir respostas rpidas e eficazes. (Adaptado de OMS prev novas ameas sade pblica e pede preveno global em www.ultimahora.publico.clix.pt/sociedade, 23/08/ 2007.) 8) 9) Na 48. sesso da Comisso de Narcticos e Drogas da ONU, os EUA encabearam uma coalizo que rejeitou a proposta feita pelo Brasil de incluir os programas de reduo de danos no conceito de Sade como um direito bsico do cidado. A reduo de danos uma estratgia pragmtica para lidar com usurios de drogas injetveis. Disponibiliza seringas descartveis ou mesmo drogas de forma controlada. Procura manter o viciado em contato com especialistas no tratamento mdico e tem o principal objetivo de conter o avano da Aids no grupo de risco, evitando o uso de agulhas infectadas. Apesar de soar contraditrio primeira vista, o programa um sucesso comprovado pela classe cientfica. O Brasil um dos pases mais bem-sucedidos na estratgia, assim como a Gr-Bretanha, o Canad e a Austrlia. O Ministrio da Sade brasileiro, por exemplo, estima que os programas de reduo de danos foram capazes de diminuir em 49% os casos de Aids em usurios de drogas injetveis entre 1993 e 2002. A posio norte-americana reflete as polticas da Casa Branca, que se preocupou, por exemplo, em retirar a palavra camisinha de todos os sites do governo federal. Essa mesma filosofia aloca recursos para organizaes americanas de combate Aids que atuam fora dos EUA, pregando a abstinncia e a fidelidade como remdios fundamentais na preveno da doena. (Adaptado de Arthur Ituassu, EUA atacam programas de combate AIDS. Jornal do Brasil, 12/03/2005.) Proposta A Trabalhe sua dissertao a partir do seguinte recorte temtico: Segundo o artigo 196 da Constituio, a sade direito de todos e dever do Estado, devendo ser garantida mediante polticas pblicas. Tal responsabilidade permite ao Estado intervir no comportamento individual e coletivo com aes preventivas, que podem gerar conflitos. Instrues: 1- Discuta os desafios que as aes preventivas lanam ao Estado na promoo da sade pblica. 2- Trabalhe seus argumentos no sentido de apontar as tenses geradas por essas aes preventivas. 3- Explore os argumentos de modo a justificar seu ponto de vista sobre tais desafios e tenses.

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2008Redação

(UNICAMP- ANO - 1a fase - REDAO - B) Apresentao da Coletnea Um dos desafios do Estado a promoo da sade pblica, que envolve o tratamento e tambm a preveno de doenas. Nas discusses sobre sade pblica, crescente a preocupao com medidas preventivas. Refletir sobre tais medidas significa pensar a responsabilidade do Estado, sem desconsiderar, no entanto, o papel da sociedade e de cada indivduo. Coletnea 1) O captulo dedicado sade na Constituio Federal (1988) retrata o resultado de todo o processo desenvolvido ao longo de duas dcadas, criando o Sistema nico de Sade (SUS) e determinando que a sade direito de todos e dever do Estado (art. 196). A Constituio prev o acesso universal e igualitrio s aes e servios de sade, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais. (Adaptado de Histria do SUS em www.portal.sespa.pa.gov.br, 20/08/2007.) 2) Os grandes problemas contemporneos de sade pblica exigem a atuao eficiente do Estado que, visando proteo da sade da populao, emprega tanto os mecanismos de persuaso (informao, fomento), quanto os meios materiais (execuo de servios) e as tradicionais medidas de polcia administrativa (condicionamento e limitao da liberdade individual). Exemplar na implementao de poltica pblica o caso da dengue, que se expandiu e tem-se apresentado em algumas cidades brasileiras na forma epidmica clssica, com perspectiva de ocorrncias hemorrgicas de elevada letalidade. Um importante desafio no combate dengue tem sido o acesso aos ambientes particulares, pois os profissionais dos servios de controle encontram, muitas vezes, os imveis fechados ou so impedidos pelos proprietrios de penetrarem nos recintos. Dada a grande capacidade dispersiva do mosquito vetor, Aedes aegypti, todo o esforo de controle pode ser comprometido caso os operadores de campo no tenham acesso s habitaes. (Adaptado de Programa Nacional de Controle da Dengue. Braslia: Fundao Nacional de Sade, 2002.) 3) Com 800 mil habitantes, o Rio de Janeiro era uma cidade perigosa. Espreitando a vida dos cariocas estavam diversos tipos de doenas, bem como autoridades capazes de promover sem qualquer cerimnia uma invaso de privacidade. A capital da jovem Repblica era uma vergonha para a nao. As polticas de saneamento de Oswaldo Cruz mexeram com a vida de todo mundo. Sobretudo dos pobres. A lei que tornou obrigatria a vacinao foi aprovada pelo governo em 31 de outubro de 1904; sua regulamentao exigia comprovantes de vacinao para matrculas em escolas, empregos, viagens, hospedagens e casamentos. A reao popular, conhecida como Revolta da Vacina, se distinguiu pelo trgico desencontro de boas intenes: as de Oswaldo Cruz e as da populao. Mas em nenhum momento podemos acusar o povo de falta de clareza sobre o que acontecia sua volta. Ele tinha noo clara dos limites da ao do Estado. (Adaptado de Jos Murilo de Carvalho, Abaixo a vacina!. Revista Nossa Histria, ano 2, no . 13, novembro de 2004, p. 74.) 4) Atribuir ao doente a culpa dos males que o afligem procedimento tradicional na histria da humanidade. Na Idade Mdia, a sociedade considerava a hansenase um castigo de Deus para punir os mpios. No sculo XIX, quando a tuberculose adquiriu caractersticas epidmicas, dizia-se que a enfermidade acometia pessoas enfraquecidas pela vida devassa. Com a epidemia de Aids, a mesma histria: apenas os promscuos adquiririam o HIV. Coube cincia demonstrar que so bactrias os agentes causadores de tuberculose e hansenase, que a Aids transmitida por um vrus, e que esses microorganismos so alheios s virtudes e fraquezas humanas. O mesmo preconceito se repete agora com a obesidade, at aqui interpretada como condio patolgica associada ao pecado da gula. No entanto, a elucidao dos mecanismos de controle da fome e da saciedade tem demonstrado que engordar ou emagrecer est longe de ser mera questo de vontade. (Adaptado de Druzio Varela, O gordo e o magro. Folha de So Paulo, Ilustrada, 12/11/2005.) 5) Ns temos uma capacidade razovel de atuar na cura, recuperao da sade e reabilitao, mas uma capacidade reduzida no campo da promoo e preveno, disse o ento secretrio e hoje ministro da Sade, Jos Gomes Temporo. O objetivo do governo aumentar a cobertura nas reas de promoo da sade e medicina preventiva. Temporo afirma que as doenas cardiovasculares - como hipertenso arterial e diabetes so a principal causa de mortalidade, seguidas pelo cncer. Em ambos os casos, o controle de peso, tabagismo, ingesto de lcool, sedentarismo e hbitos alimentares tm um papel extremamente importante. Por isso, quando o Ministrio atua na educao, informao, preveno e promoo da sade, est evitando que muitas pessoas venham a adoecer. (Adaptado de Alessandra Bastos, Programas assistenciais podem desfinanciar sade em www.agenciabrasil.gov.br/notcias, 15/09/2006.) 6) Apesar das inmeras campanhas, estima-se que cerca de 30 milhes de brasileiros sejam fumantes. Segundo o Instituto Nacional do Cncer, mais de 70 mil mortes por ano podem ser atribudas ao cigarro. O SUS gasta quase R$ 200 milhes anualmente apenas com casos de cncer relacionados ao tabagismo. Diante desse quadro, a questo saber se o cerco ao fumo deveria ser ainda mais radical do que tem sido no Brasil. Ou seja, se medidas como a proibio das propagandas e a colocao de imagens chocantes em maos de cigarro so suficientes para conter o consumo. (Adaptado de O que voc acha das campanhas contra o fumo? em www.bbc.co.uk/portuguese/forum, 01/08/ 2002.) 7) Um mundo com risco cada vez maior de surtos de doenas, epidemias, acidentes industriais, desastres naturais e outras emergncias que podem rapidamente tornar-se uma ameaa sade pblica global: esse o cenrio traado pelo relatrio anual da Organizao Mundial de Sade (OMS). Segundo a OMS, desde 1967, tero sido identificadas mais trinta e nove novas doenas, alm do HIV, do Ebola, do Marburgo e da pneumonia atpica. Outras, como a malria e a tuberculose, tero sofrido mutaes e resistiro cada vez mais aos medicamentos. Estas ameaas tornaram-se um perigo muito grande para um mundo caracterizado por grande mobilidade, interdependncia econmica e interligao eletrnica. As defesas tradicionais nas fronteiras nacionais no protegem das invases de doenas ou de seus portadores, disse Margaret Chan, diretora geral da OMS. A sade pblica internacional uma aspirao coletiva, mas tambm uma responsabilidade mtua, acrescentou. O relatrio deixa recomendaes aos governos, entre as quais a implementao definitiva do regulamento sanitrio internacional e a promoo de campanhas de preveno e simulao de surtos epidmicos, para garantir respostas rpidas e eficazes. (Adaptado de OMS prev novas ameas sade pblica e pede preveno global em www.ultimahora.publico.clix.pt/sociedade, 23/08/ 2007.) 8) 9) Na 48. sesso da Comisso de Narcticos e Drogas da ONU, os EUA encabearam uma coalizo que rejeitou a proposta feita pelo Brasil de incluir os programas de reduo de danos no conceito de Sade como um direito bsico do cidado. A reduo de danos uma estratgia pragmtica para lidar com usurios de drogas injetveis. Disponibiliza seringas descartveis ou mesmo drogas de forma controlada. Procura manter o viciado em contato com especialistas no tratamento mdico e tem o principal objetivo de conter o avano da Aids no grupo de risco, evitando o uso de agulhas infectadas. Apesar de soar contraditrio primeira vista, o programa um sucesso comprovado pela classe cientfica. O Brasil um dos pases mais bem-sucedidos na estratgia, assim como a Gr-Bretanha, o Canad e a Austrlia. O Ministrio da Sade brasileiro, por exemplo, estima que os programas de reduo de danos foram capazes de diminuir em 49% os casos de Aids em usurios de drogas injetveis entre 1993 e 2002. A posio norte-americana reflete as polticas da Casa Branca, que se preocupou, por exemplo, em retirar a palavra camisinha de todos os sites do governo federal. Essa mesma filosofia aloca recursos para organizaes americanas de combate Aids que atuam fora dos EUA, pregando a abstinncia e a fidelidade como remdios fundamentais na preveno da doena. (Adaptado de Arthur Ituassu, EUA atacam programas de combate AIDS. Jornal do Brasil, 12/03/2005.) Proposta B Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temtico: O avano da tecnologia e da cincia mdica desmistifica muitos dos preconceitos em torno das doenas. Entretanto, algumas delas, consideradas atualmente problemas de sade pblica, como obesidade, alcoolismo, diabetes, AIDS, entre outras, continuam a trazer dificuldades de auto-aceitao e de relacionamento social. Instrues: 1- Imagine uma personagem que receba o diagnstico de uma doena que tema de campanhas preventivas. 2- Narre as dificuldades vividas pela personagem no convvio com a doena. 3- Sua histria pode ser narrada em primeira ou terceira pessoa.

Questão
2008Redação

(UNICAMP- ANO - 1a fase - REDAO - C) Apresentao da Coletnea Um dos desafios do Estado a promoo da sade pblica, que envolve o tratamento e tambm a preveno de doenas. Nas discusses sobre sade pblica, crescente a preocupao com medidas preventivas. Refletir sobre tais medidas significa pensar a responsabilidade do Estado, sem desconsiderar, no entanto, o papel da sociedade e de cada indivduo. Coletnea 1) O captulo dedicado sade na Constituio Federal (1988) retrata o resultado de todo o processo desenvolvido ao longo de duas dcadas, criando o Sistema nico de Sade (SUS) e determinando que a sade direito de todos e dever do Estado (art. 196). A Constituio prev o acesso universal e igualitrio s aes e servios de sade, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais. (Adaptado de Histria do SUS em www.portal.sespa.pa.gov.br, 20/08/2007.) 2) Os grandes problemas contemporneos de sade pblica exigem a atuao eficiente do Estado que, visando proteo da sade da populao, emprega tanto os mecanismos de persuaso (informao, fomento), quanto os meios materiais (execuo de servios) e as tradicionais medidas de polcia administrativa (condicionamento e limitao da liberdade individual). Exemplar na implementao de poltica pblica o caso da dengue, que se expandiu e tem-se apresentado em algumas cidades brasileiras na forma epidmica clssica, com perspectiva de ocorrncias hemorrgicas de elevada letalidade. Um importante desafio no combate dengue tem sido o acesso aos ambientes particulares, pois os profissionais dos servios de controle encontram, muitas vezes, os imveis fechados ou so impedidos pelos proprietrios de penetrarem nos recintos. Dada a grande capacidade dispersiva do mosquito vetor, Aedes aegypti, todo o esforo de controle pode ser comprometido caso os operadores de campo no tenham acesso s habitaes. (Adaptado de Programa Nacional de Controle da Dengue. Braslia: Fundao Nacional de Sade, 2002.) 3) Com 800 mil habitantes, o Rio de Janeiro era uma cidade perigosa. Espreitando a vida dos cariocas estavam diversos tipos de doenas, bem como autoridades capazes de promover sem qualquer cerimnia uma invaso de privacidade. A capital da jovem Repblica era uma vergonha para a nao. As polticas de saneamento de Oswaldo Cruz mexeram com a vida de todo mundo. Sobretudo dos pobres. A lei que tornou obrigatria a vacinao foi aprovada pelo governo em 31 de outubro de 1904; sua regulamentao exigia comprovantes de vacinao para matrculas em escolas, empregos, viagens, hospedagens e casamentos. A reao popular, conhecida como Revolta da Vacina, se distinguiu pelo trgico desencontro de boas intenes: as de Oswaldo Cruz e as da populao. Mas em nenhum momento podemos acusar o povo de falta de clareza sobre o que acontecia sua volta. Ele tinha noo clara dos limites da ao do Estado. (Adaptado de Jos Murilo de Carvalho, Abaixo a vacina!. Revista Nossa Histria, ano 2, no . 13, novembro de 2004, p. 74.) 4) Atribuir ao doente a culpa dos males que o afligem procedimento tradicional na histria da humanidade. Na Idade Mdia, a sociedade considerava a hansenase um castigo de Deus para punir os mpios. No sculo XIX, quando a tuberculose adquiriu caractersticas epidmicas, dizia-se que a enfermidade acometia pessoas enfraquecidas pela vida devassa. Com a epidemia de Aids, a mesma histria: apenas os promscuos adquiririam o HIV. Coube cincia demonstrar que so bactrias os agentes causadores de tuberculose e hansenase, que a Aids transmitida por um vrus, e que esses microorganismos so alheios s virtudes e fraquezas humanas. O mesmo preconceito se repete agora com a obesidade, at aqui interpretada como condio patolgica associada ao pecado da gula. No entanto, a elucidao dos mecanismos de controle da fome e da saciedade tem demonstrado que engordar ou emagrecer est longe de ser mera questo de vontade. (Adaptado de Druzio Varela, O gordo e o magro. Folha de So Paulo, Ilustrada, 12/11/2005.) 5) Ns temos uma capacidade razovel de atuar na cura, recuperao da sade e reabilitao, mas uma capacidade reduzida no campo da promoo e preveno, disse o ento secretrio e hoje ministro da Sade, Jos Gomes Temporo. O objetivo do governo aumentar a cobertura nas reas de promoo da sade e medicina preventiva. Temporo afirma que as doenas cardiovasculares - como hipertenso arterial e diabetes so a principal causa de mortalidade, seguidas pelo cncer. Em ambos os casos, o controle de peso, tabagismo, ingesto de lcool, sedentarismo e hbitos alimentares tm um papel extremamente importante. Por isso, quando o Ministrio atua na educao, informao, preveno e promoo da sade, est evitando que muitas pessoas venham a adoecer. (Adaptado de Alessandra Bastos, Programas assistenciais podem desfinanciar sade em www.agenciabrasil.gov.br/notcias, 15/09/2006.) 6) Apesar das inmeras campanhas, estima-se que cerca de 30 milhes de brasileiros sejam fumantes. Segundo o Instituto Nacional do Cncer, mais de 70 mil mortes por ano podem ser atribudas ao cigarro. O SUS gasta quase R$ 200 milhes anualmente apenas com casos de cncer relacionados ao tabagismo. Diante desse quadro, a questo saber se o cerco ao fumo deveria ser ainda mais radical do que tem sido no Brasil. Ou seja, se medidas como a proibio das propagandas e a colocao de imagens chocantes em maos de cigarro so suficientes para conter o consumo. (Adaptado de O que voc acha das campanhas contra o fumo? em www.bbc.co.uk/portuguese/forum, 01/08/ 2002.) 7) Um mundo com risco cada vez maior de surtos de doenas, epidemias, acidentes industriais, desastres naturais e outras emergncias que podem rapidamente tornar-se uma ameaa sade pblica global: esse o cenrio traado pelo relatrio anual da Organizao Mundial de Sade (OMS). Segundo a OMS, desde 1967, tero sido identificadas mais trinta e nove novas doenas, alm do HIV, do Ebola, do Marburgo e da pneumonia atpica. Outras, como a malria e a tuberculose, tero sofrido mutaes e resistiro cada vez mais aos medicamentos. Estas ameaas tornaram-se um perigo muito grande para um mundo caracterizado por grande mobilidade, interdependncia econmica e interligao eletrnica. As defesas tradicionais nas fronteiras nacionais no protegem das invases de doenas ou de seus portadores, disse Margaret Chan, diretora geral da OMS. A sade pblica internacional uma aspirao coletiva, mas tambm uma responsabilidade mtua, acrescentou. O relatrio deixa recomendaes aos governos, entre as quais a implementao definitiva do regulamento sanitrio internacional e a promoo de campanhas de preveno e simulao de surtos epidmicos, para garantir respostas rpidas e eficazes. (Adaptado de OMS prev novas ameas sade pblica e pede preveno global em www.ultimahora.publico.clix.pt/sociedade, 23/08/ 2007.) 8) 9) Na 48. sesso da Comisso de Narcticos e Drogas da ONU, os EUA encabearam uma coalizo que rejeitou a proposta feita pelo Brasil de incluir os programas de reduo de danos no conceito de Sade como um direito bsico do cidado. A reduo de danos uma estratgia pragmtica para lidar com usurios de drogas injetveis. Disponibiliza seringas descartveis ou mesmo drogas de forma controlada. Procura manter o viciado em contato com especialistas no tratamento mdico e tem o principal objetivo de conter o avano da Aids no grupo de risco, evitando o uso de agulhas infectadas. Apesar de soar contraditrio primeira vista, o programa um sucesso comprovado pela classe cientfica. O Brasil um dos pases mais bem-sucedidos na estratgia, assim como a Gr-Bretanha, o Canad e a Austrlia. O Ministrio da Sade brasileiro, por exemplo, estima que os programas de reduo de danos foram capazes de diminuir em 49% os casos de Aids em usurios de drogas injetveis entre 1993 e 2002. A posio norte-americana reflete as polticas da Casa Branca, que se preocupou, por exemplo, em retirar a palavra camisinha de todos os sites do governo federal. Essa mesma filosofia aloca recursos para organizaes americanas de combate Aids que atuam fora dos EUA, pregando a abstinncia e a fidelidade como remdios fundamentais na preveno da doena. (Adaptado de Arthur Ituassu, EUA atacam programas de combate AIDS. Jornal do Brasil, 12/03/2005.) Proposta C Trabalhe sua carta a partir do seguinte recorte temtico: O governo brasileiro tem promovido campanhas de alcance nacional, a fim de combater o tabagismo, o uso de lcool e drogas, a proliferao da dengue, do vrus da Aids e da gripe, entre outras doenas que comprometem a sade pblica. Instrues: 1- Escolha uma campanha promovida pelo Ministrio da Sade que, na sua opinio, deva ser mantida. 2- Argumente no sentido de apontar aspectos positivos da estratgia dessa campanha. 3- Dirija sua carta ao Ministro da Sade, justificando a manuteno da campanha escolhida.

Questão 1
2007Redação

(UNICAMP - 2007) ORIENTAO GERAL: LEIA ATENTAMENTE O tema geral da prova de primeira fase AGRICULTURA. A redao props trs recortes desse tema. Propostas: Cada proposta apresenta um recorte temtico a ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pagina de resposta. Coletnea: A coletnea nica e vlida para as trs propostas. Leia toda a coletnea e selecione o que julgar pertinente para realizao da proposta escolhida. Articule os elementos selecionados com sua experincia de leitura e reflexo. O uso da coletnea obrigatrio. ATENO - Sua redaoser anulada se voc fugir ao recorte temtico da proposta escolhida ou desconsiderar a coletnea ou no atender ao tipo de texto da proposta escolhida. 1) O acar O branco do meu acar que adoar o meu caf nesta manh em Ipanema no foi produzido por mim nem surgiu dentro do aucareiro por milagre Vejo-o puro e afvel ao paladar como beijo de moa, gua na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este acar no foi feito por mim Este acar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia. Este acar veio de uma usina de acar do Pernambuco ou do Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este acar era cana e veio dos canaviais extensos que no nascem por acaso no regao do vale. Em lugares distantes, onde no h hospital nem escolas, homens que no sabem ler e morrem de fome aos 27 anos plantaram e colheram a cana que viraria acar. Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este acar branco e puro com que adoo meu caf esta manh em Ipanema (Ferreira Gullar, Dentro da noite veloz. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1975) 2)Se eu pudesse alguma coisa com Deus, lhe rogaria quisesse dar muita geada anualmente nas terras de serra acima, onde se faz o acar; porque a cultura da cana tem sido muito prejudicial aos povos: 1) porque tem abandonado ou diminudo a cultura do milho e do algodo e a criao dos porcos; estes gneros tm encarecido, assim como a cultura de trigo, e do algodo e azeites de mamona; 2) porque tem introduzido muita escravatura, o que empobrece os lavradores, corrompe os costumes e leva desprezo pelo trabalho de enxada; 3 porque tem devastado as belas matas e reduzido a taperas muitas herdades; 4) porque rouba muitos braos agricultura, que se empregam no carreto dos africanos; 5) porque exige grande nmero de bestas muares que no procriam e consomem muito milho; 6) porque diminuiria a feitura da cachaa, que to prejudicial do moral e fsico. (Adaptado de Jos Bonifcio de Andrada e Silva [1763-1838], Projetos para o Brasil. So Paulo: Companhia de Letras, 1998, p.181,182). 3)Uma parceria entre rgos pblicos e iniciativa privada prev o fornecimento de oleaginosas produzidas em assentamentos rurais paulistas para a fabricao do biodiesel. De um lado, a parceria proporcionar aos assentados uma nova fonte de renda. De outro, facilitar o cumprimento da exigncia do programa nacional de biodiesel que estabelece que, no estado de So Paulo, 30% das oleaginosas para a produo do biodiesel sejam provenientes da agricultura familiar, para que as indstrias tenham acesso reduo de impostos federais. (Adaptado de Alessandra Nogueira, Alternativa para os assentamentos. Energia Brasileira, n 3, jun. 2006, p. 63). 4)Parece que os orixs da Bahia j previam. O mesmo dend que ferve a moqueca e frita o acaraj pode tambm mover os trios eltricos no Carnaval. O biotrio, trio eltrico de ultima gerao, movido a biodiesel, conquista o folio e atrai a ateno dos investidores. Se aproveitarem a dica dos biotrios e usarem o diesel, os sistemas de transporte coletivo dos cetros urbanos transferiro recursos que hoje financiam o petrodiesel para as lavouras das plantas oleaginosas, ajudando a despoluir as cidades. /A auto-suficincia em petrleo, meta conquistada, menos importante hoje do que foi no passado. O desafio agora gerar excedentes para exportar energias renovveis por meio do econegcio que melhorem a qualidade do ambiente urbano, com a ocupao e gerao de renda no campo, alimentando as economias rurais e redistribuindo riquezas. (Adaptado de Eduardo Athayde. Biodisel no Carnaval da Bahia Folha de S. Paulo, 28/02/2006, p.A3) 5)Especialistas dizem que, nos EUA, com o aumento dos preos de petrleo, os agricultores esto dirigindo uma parte maior de suas colheita para a produo de combustvel do que para alimento ou rao para animais. A nova estimativa salienta a crescente concorrncia entre alimentos e combustvel, que poder colocar os ricos motoristas de carro do Ocidente contra os consumidores famintos nos pases em desenvolvimento (Adaptado de Menos milho, mais etanol. Energia Brasileira, n 3. jun. 2006, p.39). 6)O agronegcio responde por um tero do PIB, 42% das exportaes e 37% dos empregos. Com o clima privilegiado, solo frtil, disponibilidade de gua, rica biodiversidade e mo-de-obra qualificada, o Brasil capaz de colher at duas safras anuais de gros. As palavras so do Ministrio da Agricultura e correspondem aos fatos. Essa , no entanto, apenas a metade da histria. H uma srie de questes debatidas: Como distribuir a riqueza gerada no campo? Que impactos o agronegcio causa na sociedade, na forma de desemprego, concentrao de renda e poder, xodo rural, contaminao de gua e do solo e destruio de bioma? Quanto tempo essa bonana vai durar, tendo em vista a exausto dos recursos naturais? O descuido socioambiental vai servir de argumento para a criao de barreiras no-tarifricas, como vivemos com a China na questo da soja contaminada por agrotxico? (Adaptado de Amlia Safatle e Flvia Pardini, Gros na Balana. Carta Capital, 01/09/2004, p.42) 7)No que diz respeito poltica de comrcio internacional da produo agrcola, no basta batalhar pela reduo de tarifas aduaneiras e pela diminuio de subsdios concedidos aos produtores e exportadores no mundo rico. Tambm no basta combater o protecionismo disfarado pelo excesso de normas tarifricas. Este problema real, mas, se for superado, ainda restaro regras de fiscalizao perfeitamente razoveis e necessrias a todos os pases. O Brasil no est apenas atrasado em seu sistema de controle sanitrio, em relao s normas em vigor nos pases mais desenvolvidos. A deficincia, neste momento, mais grave. Houve um retrocesso em relao aos padres alcanados h alguns anos e a economia brasileira j est sendo punida por isso. (Adaptao de Nem tudo protecionismo. O Estado de S. Paulo, 14/07/2006, p. B14.) 8)A marcha para o oeste nos Estados Unidos, no sculo XIX, s tornou realidade depois da padronizao do arado de ao, por volta de 1830. A partir do momento em que o solo duro pde ser arado, a regio se tornou uma das mais produtivas do mundo. No Brasil, o desbravamento do Centro-Oeste, no sculo XX, tambm foi resultado da tecnologia. Os primeiros agricultores do cerrado perderam quase todo investimento porque suas sementes no vingavam no solo da regio. Johanna Dbereiner descobriu que bactrias poderiam ser utilizadas para diminuir a necessidade de gastos com adubos qumicos. A descoberta permitiu a expanso de culturas subtropicais em direo ao Equador. (Adaptado de Eduardo Salgado, Tecnologia a servio do desbravamento. Veja, 29/09/2004, p.100). 9) Devido s presses de fazendeiros do Meio-Oeste e de empresas do setor agrcola que querem proteger o etanol norte-americano, produzido com base no milho, contra a competio do lcool brasileiro base de acar, os Estados Unidos impuseram uma tarifa (US$ 0,14 por litro) que inviabiliza a importao do produto brasileiro. E o fizeram mesmo que o etanol base de acar brasileiro produza oito vezes mais energia do que o combustvel fssil utilizado em sua produo, enquanto o etanol de milho norteamericano s produz 130% mais energia do que sua produo consome. Eles o fizeram mesmo que o etanol base de acar reduza mais a emisses dos gases responsveis pelos efeitos estufa do que o etanol de milho. E o fizeram mesmo que o etanol base de cana-de-acar pudesse facilmente ser produzido nos pases tropicais pobres da frica e do Caribe e talvez ajudar a reduzir sua pobreza. (Adaptado de Thomas Friedman, To burro quanto quisermos. Folha de S. Paulo, 21/09/2006, p. B2). PROPOSTA A Leia a coletnea e trabalhe sua dissertao a partir do seguinte recorte temtico: A introduo de novas prticas agrcolas produz impactos de ordem social, econmica, poltica e ambiental, envolvendo conflitos de interesses de difcil soluo. Cabe a uma poltica agrcola consistente administrar esses conflitos, propondo diretrizes que considerem o que plantar, onde, como e para que plantar. Pensar sobre a gerao de bioenergia um desafio para a poltica agrcola atual. Instrues: 1) Discuta o que significa destinar a produo agrcola brasileira para a gerao de bioenergia. 2) Trabalhe seus argumentos no sentido de apontar os impactos positivos, negativose os impasses dessa destinao. 3) Explore tais argumentos de modo a justificar seu ponto de vista.

Questão 2
2007Redação

(UNICAMP - 2007) ORIENTAO GERAL: LEIA ATENTAMENTE O tema geral da prova de primeira fase AGRICULTURA. A redao props trs recortes desse tema. Propostas: Cada proposta apresenta um recorte temtico a ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pagina de resposta. Coletnea: A coletnea nica e vlida para as trs propostas. Leia toda a coletnea e selecione o que julgar pertinente para realizao da proposta escolhida. Articule os elementos selecionados com sua experincia de leitura e reflexo. O uso da coletnea obrigatrio. ATENO - Sua redaoser anulada se voc fugir ao recorte temtico da proposta escolhida ou desconsiderar a coletnea ou no atender ao tipo de texto da proposta escolhida. 1) O acar O branco do meu acar que adoar o meu caf nesta manh em Ipanema no foi produzido por mim nem surgiu dentro do aucareiro por milagre Vejo-o puro e afvel ao paladar como beijo de moa, gua na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este acar no foi feito por mim Este acar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia. Este acar veio de uma usina de acar do Pernambuco ou do Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este acar era cana e veio dos canaviais extensos que no nascem por acaso no regao do vale. Em lugares distantes, onde no h hospital nem escolas, homens que no sabem ler e morrem de fome aos 27 anos plantaram e colheram a cana que viraria acar. Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este acar branco e puro com que adoo meu caf esta manh em Ipanema (Ferreira Gullar, Dentro da noite veloz. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1975) 2)Se eu pudesse alguma coisa com Deus, lhe rogaria quisesse dar muita geada anualmente nas terras de serra acima, onde se faz o acar; porque a cultura da cana tem sido muito prejudicial aos povos: 1) porque tem abandonado ou diminudo a cultura do milho e do algodo e a criao dos porcos; estes gneros tm encarecido, assim como a cultura de trigo, e do algodo e azeites de mamona; 2) porque tem introduzido muita escravatura, o que empobrece os lavradores, corrompe os costumes e leva desprezo pelo trabalho de enxada; 3 porque tem devastado as belas matas e reduzido a taperas muitas herdades; 4) porque rouba muitos braos agricultura, que se empregam no carreto dos africanos; 5) porque exige grande nmero de bestas muares que no procriam e consomem muito milho; 6) porque diminuiria a feitura da cachaa, que to prejudicial do moral e fsico. (Adaptado de Jos Bonifcio de Andrada e Silva [1763-1838], Projetos para o Brasil. So Paulo: Companhia de Letras, 1998, p.181,182). 3)Uma parceria entre rgos pblicos e iniciativa privada prev o fornecimento de oleaginosas produzidas em assentamentos rurais paulistas para a fabricao do biodiesel. De um lado, a parceria proporcionar aos assentados uma nova fonte de renda. De outro, facilitar o cumprimento da exigncia do programa nacional de biodiesel que estabelece que, no estado de So Paulo, 30% das oleaginosas para a produo do biodiesel sejam provenientes da agricultura familiar, para que as indstrias tenham acesso reduo de impostos federais. (Adaptado de Alessandra Nogueira, Alternativa para os assentamentos. Energia Brasileira, n 3, jun. 2006, p. 63). 4)Parece que os orixs da Bahia j previam. O mesmo dend que ferve a moqueca e frita o acaraj pode tambm mover os trios eltricos no Carnaval. O biotrio, trio eltrico de ultima gerao, movido a biodiesel, conquista o folio e atrai a ateno dos investidores. Se aproveitarem a dica dos biotrios e usarem o diesel, os sistemas de transporte coletivo dos cetros urbanos transferiro recursos que hoje financiam o petrodiesel para as lavouras das plantas oleaginosas, ajudando a despoluir as cidades. /A auto-suficincia em petrleo, meta conquistada, menos importante hoje do que foi no passado. O desafio agora gerar excedentes para exportar energias renovveis por meio do econegcio que melhorem a qualidade do ambiente urbano, com a ocupao e gerao de renda no campo, alimentando as economias rurais e redistribuindo riquezas. (Adaptado de Eduardo Athayde. Biodisel no Carnaval da Bahia Folha de S. Paulo, 28/02/2006, p.A3) 5)Especialistas dizem que, nos EUA, com o aumento dos preos de petrleo, os agricultores esto dirigindo uma parte maior de suas colheita para a produo de combustvel do que para alimento ou rao para animais. A nova estimativa salienta a crescente concorrncia entre alimentos e combustvel, que poder colocar os ricos motoristas de carro do Ocidente contra os consumidores famintos nos pases em desenvolvimento (Adaptado de Menos milho, mais etanol. Energia Brasileira, n 3. jun. 2006, p.39). 6)O agronegcio responde por um tero do PIB, 42% das exportaes e 37% dos empregos. Com o clima privilegiado, solo frtil, disponibilidade de gua, rica biodiversidade e mo-de-obra qualificada, o Brasil capaz de colher at duas safras anuais de gros. As palavras so do Ministrio da Agricultura e correspondem aos fatos. Essa , no entanto, apenas a metade da histria. H uma srie de questes debatidas: Como distribuir a riqueza gerada no campo? Que impactos o agronegcio causa na sociedade, na forma de desemprego, concentrao de renda e poder, xodo rural, contaminao de gua e do solo e destruio de bioma? Quanto tempo essa bonana vai durar, tendo em vista a exausto dos recursos naturais? O descuido socioambiental vai servir de argumento para a criao de barreiras no-tarifricas, como vivemos com a China na questo da soja contaminada por agrotxico? (Adaptado de Amlia Safatle e Flvia Pardini, Gros na Balana. Carta Capital, 01/09/2004, p.42) 7)No que diz respeito poltica de comrcio internacional da produo agrcola, no basta batalhar pela reduo de tarifas aduaneiras e pela diminuio de subsdios concedidos aos produtores e exportadores no mundo rico. Tambm no basta combater o protecionismo disfarado pelo excesso de normas tarifricas. Este problema real, mas, se for superado, ainda restaro regras de fiscalizao perfeitamente razoveis e necessrias a todos os pases. O Brasil no est apenas atrasado em seu sistema de controle sanitrio, em relao s normas em vigor nos pases mais desenvolvidos. A deficincia, neste momento, mais grave. Houve um retrocesso em relao aos padres alcanados h alguns anos e a economia brasileira j est sendo punida por isso. (Adaptao de Nem tudo protecionismo. O Estado de S. Paulo, 14/07/2006, p. B14.) 8)A marcha para o oeste nos Estados Unidos, no sculo XIX, s tornou realidade depois da padronizao do arado de ao, por volta de 1830. A partir do momento em que o solo duro pde ser arado, a regio se tornou uma das mais produtivas do mundo. No Brasil, o desbravamento do Centro-Oeste, no sculo XX, tambm foi resultado da tecnologia. Os primeiros agricultores do cerrado perderam quase todo investimento porque suas sementes no vingavam no solo da regio. Johanna Dbereiner descobriu que bactrias poderiam ser utilizadas para diminuir a necessidade de gastos com adubos qumicos. A descoberta permitiu a expanso de culturas subtropicais em direo ao Equador. (Adaptado de Eduardo Salgado, Tecnologia a servio do desbravamento. Veja, 29/09/2004, p.100). 9) Devido s presses de fazendeiros do Meio-Oeste e de empresas do setor agrcola que querem proteger o etanol norte-americano, produzido com base no milho, contra a competio do lcool brasileiro base de acar, os Estados Unidos impuseram uma tarifa (US$ 0,14 por litro) que inviabiliza a importao do produto brasileiro. E o fizeram mesmo que o etanol base de acar brasileiro produza oito vezes mais energia do que o combustvel fssil utilizado em sua produo, enquanto o etanol de milho norteamericano s produz 130% mais energia do que sua produo consome. Eles o fizeram mesmo que o etanol base de acar reduza mais a emisses dos gases responsveis pelos efeitos estufa do que o etanol de milho. E o fizeram mesmo que o etanol base de cana-de-acar pudesse facilmente ser produzido nos pases tropicais pobres da frica e do Caribe e talvez ajudar a reduzir sua pobreza. (Adaptado de Thomas Friedman, To burro quanto quisermos. Folha de S. Paulo, 21/09/2006, p. B2). PROPOSTA B Leia a coletnea e trabalhe sua narrao a partir do seguinte recorte temtico: As prticas agrcolas podem ser alteradas pela introduo de novas tecnologias, pela redefinio de culturas agrcolas, pela mudana na destinao dos plantios, pelas modificaes na organizao do trabalho. Tais alteraes deixam marcas profundas na paisagem fsica e humana das regies do pas. Instrues: 1) Crie um(a) personagem que viveu um processo de transformao na agricultura de alguma regio do Brasil. 2) Narre as consequncias desse processo de transformao na vida do(a) personagem e descreva o cenrio rural onde ocorreu. 3) Sua histria pode ser narrada em primeira ou terceira pessoa.

Questão 3
2007Redação

(UNICAMP - 2007) ORIENTAO GERAL: LEIA ATENTAMENTE O tema geral da prova de primeira fase AGRICULTURA. A redao props trs recortes desse tema. Propostas: Cada proposta apresenta um recorte temtico a ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pagina de resposta. Coletnea: A coletnea nica e vlida para as trs propostas. Leia toda a coletnea e selecione o que julgar pertinente para realizao da proposta escolhida. Articule os elementos selecionados com sua experincia de leitura e reflexo. O uso da coletnea obrigatrio. ATENO - Sua redaoser anulada se voc fugir ao recorte temtico da proposta escolhida ou desconsiderar a coletnea ou no atender ao tipo de texto da proposta escolhida. 1) O acar O branco do meu acar que adoar o meu caf nesta manh em Ipanema no foi produzido por mim nem surgiu dentro do aucareiro por milagre Vejo-o puro e afvel ao paladar como beijo de moa, gua na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este acar no foi feito por mim Este acar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia. Este acar veio de uma usina de acar do Pernambuco ou do Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este acar era cana e veio dos canaviais extensos que no nascem por acaso no regao do vale. Em lugares distantes, onde no h hospital nem escolas, homens que no sabem ler e morrem de fome aos 27 anos plantaram e colheram a cana que viraria acar. Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este acar branco e puro com que adoo meu caf esta manh em Ipanema (Ferreira Gullar, Dentro da noite veloz. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1975) 2)Se eu pudesse alguma coisa com Deus, lhe rogaria quisesse dar muita geada anualmente nas terras de serra acima, onde se faz o acar; porque a cultura da cana tem sido muito prejudicial aos povos: 1) porque tem abandonado ou diminudo a cultura do milho e do algodo e a criao dos porcos; estes gneros tm encarecido, assim como a cultura de trigo, e do algodo e azeites de mamona; 2) porque tem introduzido muita escravatura, o que empobrece os lavradores, corrompe os costumes e leva desprezo pelo trabalho de enxada; 3 porque tem devastado as belas matas e reduzido a taperas muitas herdades; 4) porque rouba muitos braos agricultura, que se empregam no carreto dos africanos; 5) porque exige grande nmero de bestas muares que no procriam e consomem muito milho; 6) porque diminuiria a feitura da cachaa, que to prejudicial do moral e fsico. (Adaptado de Jos Bonifcio de Andrada e Silva [1763-1838], Projetos para o Brasil. So Paulo: Companhia de Letras, 1998, p.181,182). 3)Uma parceria entre rgos pblicos e iniciativa privada prev o fornecimento de oleaginosas produzidas em assentamentos rurais paulistas para a fabricao do biodiesel. De um lado, a parceria proporcionar aos assentados uma nova fonte de renda. De outro, facilitar o cumprimento da exigncia do programa nacional de biodiesel que estabelece que, no estado de So Paulo, 30% das oleaginosas para a produo do biodiesel sejam provenientes da agricultura familiar, para que as indstrias tenham acesso reduo de impostos federais. (Adaptado de Alessandra Nogueira, Alternativa para os assentamentos. Energia Brasileira, n 3, jun. 2006, p. 63). 4)Parece que os orixs da Bahia j previam. O mesmo dend que ferve a moqueca e frita o acaraj pode tambm mover os trios eltricos no Carnaval. O biotrio, trio eltrico de ultima gerao, movido a biodiesel, conquista o folio e atrai a ateno dos investidores. Se aproveitarem a dica dos biotrios e usarem o diesel, os sistemas de transporte coletivo dos cetros urbanos transferiro recursos que hoje financiam o petrodiesel para as lavouras das plantas oleaginosas, ajudando a despoluir as cidades. /A auto-suficincia em petrleo, meta conquistada, menos importante hoje do que foi no passado. O desafio agora gerar excedentes para exportar energias renovveis por meio do econegcio que melhorem a qualidade do ambiente urbano, com a ocupao e gerao de renda no campo, alimentando as economias rurais e redistribuindo riquezas. (Adaptado de Eduardo Athayde. Biodisel no Carnaval da Bahia Folha de S. Paulo, 28/02/2006, p.A3) 5)Especialistas dizem que, nos EUA, com o aumento dos preos de petrleo, os agricultores esto dirigindo uma parte maior de suas colheita para a produo de combustvel do que para alimento ou rao para animais. A nova estimativa salienta a crescente concorrncia entre alimentos e combustvel, que poder colocar os ricos motoristas de carro do Ocidente contra os consumidores famintos nos pases em desenvolvimento (Adaptado de Menos milho, mais etanol. Energia Brasileira, n 3. jun. 2006, p.39). 6)O agronegcio responde por um tero do PIB, 42% das exportaes e 37% dos empregos. Com o clima privilegiado, solo frtil, disponibilidade de gua, rica biodiversidade e mo-de-obra qualificada, o Brasil capaz de colher at duas safras anuais de gros. As palavras so do Ministrio da Agricultura e correspondem aos fatos. Essa , no entanto, apenas a metade da histria. H uma srie de questes debatidas: Como distribuir a riqueza gerada no campo? Que impactos o agronegcio causa na sociedade, na forma de desemprego, concentrao de renda e poder, xodo rural, contaminao de gua e do solo e destruio de bioma? Quanto tempo essa bonana vai durar, tendo em vista a exausto dos recursos naturais? O descuido socioambiental vai servir de argumento para a criao de barreiras no-tarifricas, como vivemos com a China na questo da soja contaminada por agrotxico? (Adaptado de Amlia Safatle e Flvia Pardini, Gros na Balana. Carta Capital, 01/09/2004, p.42) 7)No que diz respeito poltica de comrcio internacional da produo agrcola, no basta batalhar pela reduo de tarifas aduaneiras e pela diminuio de subsdios concedidos aos produtores e exportadores no mundo rico. Tambm no basta combater o protecionismo disfarado pelo excesso de normas tarifricas. Este problema real, mas, se for superado, ainda restaro regras de fiscalizao perfeitamente razoveis e necessrias a todos os pases. O Brasil no est apenas atrasado em seu sistema de controle sanitrio, em relao s normas em vigor nos pases mais desenvolvidos. A deficincia, neste momento, mais grave. Houve um retrocesso em relao aos padres alcanados h alguns anos e a economia brasileira j est sendo punida por isso. (Adaptao de Nem tudo protecionismo. O Estado de S. Paulo, 14/07/2006, p. B14.) 8)A marcha para o oeste nos Estados Unidos, no sculo XIX, s tornou realidade depois da padronizao do arado de ao, por volta de 1830. A partir do momento em que o solo duro pde ser arado, a regio se tornou uma das mais produtivas do mundo. No Brasil, o desbravamento do Centro-Oeste, no sculo XX, tambm foi resultado da tecnologia. Os primeiros agricultores do cerrado perderam quase todo investimento porque suas sementes no vingavam no solo da regio. Johanna Dbereiner descobriu que bactrias poderiam ser utilizadas para diminuir a necessidade de gastos com adubos qumicos. A descoberta permitiu a expanso de culturas subtropicais em direo ao Equador. (Adaptado de Eduardo Salgado, Tecnologia a servio do desbravamento. Veja, 29/09/2004, p.100). 9) Devido s presses de fazendeiros do Meio-Oeste e de empresas do setor agrcola que querem proteger o etanol norte-americano, produzido com base no milho, contra a competio do lcool brasileiro base de acar, os Estados Unidos impuseram uma tarifa (US$ 0,14 por litro) que inviabiliza a importao do produto brasileiro. E o fizeram mesmo que o etanol base de acar brasileiro produza oito vezes mais energia do que o combustvel fssil utilizado em sua produo, enquanto o etanol de milho norteamericano s produz 130% mais energia do que sua produo consome. Eles o fizeram mesmo que o etanol base de acar reduza mais a emisses dos gases responsveis pelos efeitos estufa do que o etanol de milho. E o fizeram mesmo que o etanol base de cana-de-acar pudesse facilmente ser produzido nos pases tropicais pobres da frica e do Caribe e talvez ajudar a reduzir sua pobreza. (Adaptado de Thomas Friedman, To burro quanto quisermos. Folha de S. Paulo, 21/09/2006, p. B2). PROPOSTA C Leia a coletnea e trabalhe sua carta a partir do seguinte recorte temtico: A relao da agricultura com o comrcio internacional est marcada por barreiras tarifrias, sanitrias, ambientais, que demandam constantes negociaes entre os produtores agrcolas e o Estado. Instrues: 1) Escolha um produto agrcola brasileiro de exportao ou seu derivado. 2) Argumente, a partir do ponto de vista de um produtor, contra uma barreira internacional imposta a esse produto. 3) Dirija sua carta a uma associao representativa do setor, solicitando medidas efetivas. OBS.: Ao assinar a carta, use apenas suas iniciais, de modo a no se identificar.

Questão
2006Redação

(UNICAMP - 2006) REDAO ORIENTAO GERAL: LEIA ATENTAMENTE Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema geral da prova (MEIOS DE TRANSPORTE), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea e selecione os elementos que julgar pertinentes para a realizao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. ATENO Sua redao ser anulada se voc fugir ao recorte temtico da proposta escolhida; e/ou desconsiderar a coletnea; e/ou no atender ao tipo de texto da proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA Em uma poca em que quase tudo tende a circular de modo virtual, pessoas e mercadorias continuam a se deslocar fisicamente de um lugar para outro. Por isso, importante refletir sobre os meios de transporte que possibilitam esse deslocamento. 1) Governar construir estradas. (Washington Lus) 2)Em funo do caf, aparelharam-se portos, criaram-se novos mecanismos de crdito, empregos, revolucionaram-se os transportes. (....) Era preciso superar os inconvenientes resultantes dos caminhos precrios, das cargas em lombo de burro que encareciam custos e dificultavam o fluxo adequado dos produtos. Por volta de 1850, a economia cafeeira do vale do Paraba chegou ao auge. O problema do transporte foi em grande parte solucionado com a construo da Estrada de Ferro D. Pedro II, mais tarde denominada Central do Brasil. As maiores iniciativas de construo de estradas de ferro decorreram da necessidade de melhorar as condies de transporte das principais mercadorias de exportao para os portos mais importantes do pas. (...) O governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) ficou associado instalao da indstria automobilstica, incentivando a produo de automveis e caminhes com capitais privados, especialmente estrangeiros. Estes foram atrados ao Brasil graas s facilidades concedidas e graas tambm s potencialidades do mercado brasileiro. (...) Vista em termos numricos e de organizao empresarial, a instalao da indstria automobilstica representou um inegvel xito. Porm, ela se enquadrou no propsito de criar uma civilizao do automvel em detrimento da ampliao de meios de transporte coletivo para a grande massa. (...) Como as ferrovias foram, na prtica, abandonadas, o Brasil se tornou cada vez mais dependente da extenso e conservao das rodovias e do uso dos derivados de petrleo na rea de transportes. (...) No governo Mdici, o projeto da rodovia Transamaznica representou um bom exemplo do esprito do capitalismo selvagem. Foi construda para assegurar o controle brasileiro da regio um eterno fantasma na tica dos militares e para assentar em agrovilas trabalhadores nordestinos. Aps provocar muita destruio e engordar as empreiteiras, a obra resultou em um fracasso. (Adaptado de Boris Fausto, Histria concisa do Brasil. So Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado, 2002, p. 269-270.) 3) 4) O agronegcio o setor mais afetado pela precariedade da infra-estrutura de transporte no pas. Isso porque o surto de desenvolvimento das lavouras comercialmente mais rentveis se deu nas chamadas fronteiras agrcolas, no corao do pas, em regies distantes da costa. Como o cultivo chegou antes do asfalto, a maior parte da produo cruza o pas chacoalhando em caminhes. No trajeto para a costa, nas estradas mal conservadas, a trepidao do veculo faz com que uma quantidade equivalente a cerca de 3% de toda a safra se extravie, calcula Paulo Tarso Resende, da Fundace. O uso de hidrovias reduziria o desperdcio, mas faltam investimentos, diz ele. Perda de igual escala ocorre no porto, com multas e atrasos no translado para os navios, pois as instalaes so deficientes, faltam contineres e as embarcaes tm de esperar em fi las at conseguir vaga para atracar. (Adaptado de Juliana Garon, Precariedade afeta mais o agronegcio, em www.agr.feis.unesp.br, 13/02/2005.) 5) O avio Sou mais ligeiro que um carro, Corro bem mais que um navio. Sou o passarinho maior Que at hoje voc na sua vida j viu. Vo l por cima das nuvens Onde o azul muda de tom. E se eu quiser ultrapasso fcil A barreira do som. Minha barriga foi feita Pra muita gente levar. Trago pessoas de frias E homens que vm e que vo trabalhar. (...) Se voc me v l no alto Voando na imensido, Eu fi co to pequenininho Que caibo na palma da mo. (Toquinho. CD Pra gente mida II, Mercury Records, 1993.) 6) Chegamos ao territrio do trem-fantasma. Sua permanncia to viva no imaginrio popular que j virou atrativo obrigatrio nos parques de diverses. O aspecto ldico dessa representao est profundamente inscrito no inconsciente coletivo da sociedade industrial. O trenzinho de madeira ou eltrico um dos brinquedos mais persistentes, um dos meios de transporte mais acessveis ao mundo encantado da infncia. E no tm sido poucas as imagens literrias, pictricas ou fotocinematogrficas que identificam a locomotiva com o animal antediluviano. Esta mquina incrvel que j signifi cou o fi o condutor das mudanas revolucionrias passada, agora, para trs. expulsa do terreno da histria. Dinossauro resfolegante e inclassificvel, a locomotiva est condenada a vagar incontinenti pelos campos e redutos afl itos da solido. (Francisco Foot Hardman, Trem fantasma: a modernidade na selva. So Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 39.) 7) Para Cristina Bodini, presidente da comisso de trnsito da Associao Nacional de Transportes Pblicos (ANTP), os acidentes como o que aconteceu ontem com um nibus da prefeitura de Itatinga que transportava estudantes universitrios geralmente so causados porque muitos veculos so obsoletos. (...) Segundo Lus Carlos Franchini, gerente de fiscalizao da Agncia Reguladora de Transportes do Estado de So Paulo (ARTESP), os veculos de transporte de estudantes so obrigados a passar por uma vistoria a cada seis meses. No entanto, o nibus acidentado pertencia prefeitura de Itatinga, e por isso a ARTESP no vistoriava esse veculo. Por se tratar de um carro oficial, a prefeitura que deve proporcionar um agente fiscalizador, disse Franchini. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de So Paulo (DER) e a Polcia Rodoviria Estadual, no possvel saber quantos acidentes envolvendo veculos escolares acontecem atualmente nas estradas de So Paulo. O motivo que os carros envolvidos em acidentes no so separados por categoria. Segundo o DER, entre janeiro e junho de 2005, houve 35.141 acidentes nas estradas paulistas, que provocaram 18.527 vtimas, das quais, 1.175 fatais. (Pablo Lpez Guelli, Veculos obsoletos causam acidente. Folha de S. Paulo, 17/09/2005, p.C5.) 8) Paralelamente ao processo de privatizao das vias terrestres, o Governo criou a Agncia Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Essa Agncia regulamenta os transportes rodovirio, ferrovirio e dutovirio (gases, leos e minrios). Dentre suas atividades, esto o acompanhamento e fiscalizao dos contratos das concessionrias; o controle do transporte fretado (de passageiros e de cargas), de multas rodovirias, de registro de transporte de cargas, de excesso de peso, de vale-pedgio; o combate ao transporte clandestino, e o estabelecimento de regulamentos e procedimentos de execuo de obras e servios. A seguir, trecho da entrevista do diretor-geral da ANTT, Jos Alexandre Nogueira de Resende: A ANTT criou canais de comunicao com os usurios atravs de 0800, internet e uma Ouvidoria. Como tem sido essa experincia? Recebemos contribuies do Brasil inteiro. Atualmente, so mais de 1500 por dia, que servem de apoio nossa fiscalizao. So denncias, queixas, sugestes, e at mesmo crticas com relao atuao da prpria agncia. As agncias reguladoras se caracterizam pelo processo de transparncia. As decises so tomadas atravs de audincias pblicas. A importncia do registro nacional do transportador rodovirio de cargas fi cou clara com essas contribuies que esto chegando, e h anos no era dada ateno a esse assunto. No transporte de passageiros temos recebido mais contribuies e isso nos levou a uma srie de audincias para discutir a nova regulamentao do transporte de fretamento. (Adaptado de http://www.estradas.com.br, 19/09/2005.) PROPOSTA A Com o auxlio de elementos presentes na coletnea, trabalhe sua dissertao a partir do seguinte recorte temtico: Diferentes so os meios de transporte, assim como as polticas adotadas pelo Estado para viabiliz-los. O Estado pode atuar de forma mais direta, por meio de financiamentos, concesses, isenes e privilgios fiscais, ou apenas exercer um papel regulador dos diversos setores envolvidos. Instrues 1) Discuta que meio(s) de transporte deve(m) ser priorizado(s) para atender s necessidades da realidade brasileira atual. 2) Trabalhe seus argumentos no sentido de explicitar como esse(s) meio(s) pode(m) ser viabilizado(s) e qual poderia ser o papel do Estado nesse processo. 3) Explore tais argumentos de modo a justificar seu ponto de vista.

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2006Redação

(UNICAMP - 2006) REDAO ORIENTAO GERAL: LEIA ATENTAMENTE Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema geral da prova (MEIOS DE TRANSPORTE), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea e selecione os elementos que julgar pertinentes para a realizao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. ATENO Sua redao ser anulada se voc fugir ao recorte temtico da proposta escolhida; e/ou desconsiderar a coletnea; e/ou no atender ao tipo de texto da proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA Em uma poca em que quase tudo tende a circular de modo virtual, pessoas e mercadorias continuam a se deslocar fisicamente de um lugar para outro. Por isso, importante refletir sobre os meios de transporte que possibilitam esse deslocamento. 1) Governar construir estradas. (Washington Lus) 2)Em funo do caf, aparelharam-se portos, criaram-se novos mecanismos de crdito, empregos, revolucionaram-se os transportes. (....) Era preciso superar os inconvenientes resultantes dos caminhos precrios, das cargas em lombo de burro que encareciam custos e dificultavam o fluxo adequado dos produtos. Por volta de 1850, a economia cafeeira do vale do Paraba chegou ao auge. O problema do transporte foi em grande parte solucionado com a construo da Estrada de Ferro D. Pedro II, mais tarde denominada Central do Brasil. As maiores iniciativas de construo de estradas de ferro decorreram da necessidade de melhorar as condies de transporte das principais mercadorias de exportao para os portos mais importantes do pas. (...) O governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) ficou associado instalao da indstria automobilstica, incentivando a produo de automveis e caminhes com capitais privados, especialmente estrangeiros. Estes foram atrados ao Brasil graas s facilidades concedidas e graas tambm s potencialidades do mercado brasileiro. (...) Vista em termos numricos e de organizao empresarial, a instalao da indstria automobilstica representou um inegvel xito. Porm, ela se enquadrou no propsito de criar uma civilizao do automvel em detrimento da ampliao de meios de transporte coletivo para a grande massa. (...) Como as ferrovias foram, na prtica, abandonadas, o Brasil se tornou cada vez mais dependente da extenso e conservao das rodovias e do uso dos derivados de petrleo na rea de transportes. (...) No governo Mdici, o projeto da rodovia Transamaznica representou um bom exemplo do esprito do capitalismo selvagem. Foi construda para assegurar o controle brasileiro da regio um eterno fantasma na tica dos militares e para assentar em agrovilas trabalhadores nordestinos. Aps provocar muita destruio e engordar as empreiteiras, a obra resultou em um fracasso. (Adaptado de Boris Fausto, Histria concisa do Brasil. So Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado, 2002, p. 269-270.) 3) 4) O agronegcio o setor mais afetado pela precariedade da infra-estrutura de transporte no pas. Isso porque o surto de desenvolvimento das lavouras comercialmente mais rentveis se deu nas chamadas fronteiras agrcolas, no corao do pas, em regies distantes da costa. Como o cultivo chegou antes do asfalto, a maior parte da produo cruza o pas chacoalhando em caminhes. No trajeto para a costa, nas estradas mal conservadas, a trepidao do veculo faz com que uma quantidade equivalente a cerca de 3% de toda a safra se extravie, calcula Paulo Tarso Resende, da Fundace. O uso de hidrovias reduziria o desperdcio, mas faltam investimentos, diz ele. Perda de igual escala ocorre no porto, com multas e atrasos no translado para os navios, pois as instalaes so deficientes, faltam contineres e as embarcaes tm de esperar em fi las at conseguir vaga para atracar. (Adaptado de Juliana Garon, Precariedade afeta mais o agronegcio, em www.agr.feis.unesp.br, 13/02/2005.) 5) O avio Sou mais ligeiro que um carro, Corro bem mais que um navio. Sou o passarinho maior Que at hoje voc na sua vida j viu. Vo l por cima das nuvens Onde o azul muda de tom. E se eu quiser ultrapasso fcil A barreira do som. Minha barriga foi feita Pra muita gente levar. Trago pessoas de frias E homens que vm e que vo trabalhar. (...) Se voc me v l no alto Voando na imensido, Eu fi co to pequenininho Que caibo na palma da mo. (Toquinho. CD Pra gente mida II, Mercury Records, 1993.) 6) Chegamos ao territrio do trem-fantasma. Sua permanncia to viva no imaginrio popular que j virou atrativo obrigatrio nos parques de diverses. O aspecto ldico dessa representao est profundamente inscrito no inconsciente coletivo da sociedade industrial. O trenzinho de madeira ou eltrico um dos brinquedos mais persistentes, um dos meios de transporte mais acessveis ao mundo encantado da infncia. E no tm sido poucas as imagens literrias, pictricas ou fotocinematogrficas que identificam a locomotiva com o animal antediluviano. Esta mquina incrvel que j signifi cou o fi o condutor das mudanas revolucionrias passada, agora, para trs. expulsa do terreno da histria. Dinossauro resfolegante e inclassificvel, a locomotiva est condenada a vagar incontinenti pelos campos e redutos afl itos da solido. (Francisco Foot Hardman, Trem fantasma: a modernidade na selva. So Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 39.) 7) Para Cristina Bodini, presidente da comisso de trnsito da Associao Nacional de Transportes Pblicos (ANTP), os acidentes como o que aconteceu ontem com um nibus da prefeitura de Itatinga que transportava estudantes universitrios geralmente so causados porque muitos veculos so obsoletos. (...) Segundo Lus Carlos Franchini, gerente de fiscalizao da Agncia Reguladora de Transportes do Estado de So Paulo (ARTESP), os veculos de transporte de estudantes so obrigados a passar por uma vistoria a cada seis meses. No entanto, o nibus acidentado pertencia prefeitura de Itatinga, e por isso a ARTESP no vistoriava esse veculo. Por se tratar de um carro oficial, a prefeitura que deve proporcionar um agente fiscalizador, disse Franchini. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de So Paulo (DER) e a Polcia Rodoviria Estadual, no possvel saber quantos acidentes envolvendo veculos escolares acontecem atualmente nas estradas de So Paulo. O motivo que os carros envolvidos em acidentes no so separados por categoria. Segundo o DER, entre janeiro e junho de 2005, houve 35.141 acidentes nas estradas paulistas, que provocaram 18.527 vtimas, das quais, 1.175 fatais. (Pablo Lpez Guelli, Veculos obsoletos causam acidente. Folha de S. Paulo, 17/09/2005, p.C5.) 8) Paralelamente ao processo de privatizao das vias terrestres, o Governo criou a Agncia Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Essa Agncia regulamenta os transportes rodovirio, ferrovirio e dutovirio (gases, leos e minrios). Dentre suas atividades, esto o acompanhamento e fiscalizao dos contratos das concessionrias; o controle do transporte fretado (de passageiros e de cargas), de multas rodovirias, de registro de transporte de cargas, de excesso de peso, de vale-pedgio; o combate ao transporte clandestino, e o estabelecimento de regulamentos e procedimentos de execuo de obras e servios. A seguir, trecho da entrevista do diretor-geral da ANTT, Jos Alexandre Nogueira de Resende: A ANTT criou canais de comunicao com os usurios atravs de 0800, internet e uma Ouvidoria. Como tem sido essa experincia? Recebemos contribuies do Brasil inteiro. Atualmente, so mais de 1500 por dia, que servem de apoio nossa fiscalizao. So denncias, queixas, sugestes, e at mesmo crticas com relao atuao da prpria agncia. As agncias reguladoras se caracterizam pelo processo de transparncia. As decises so tomadas atravs de audincias pblicas. A importncia do registro nacional do transportador rodovirio de cargas fi cou clara com essas contribuies que esto chegando, e h anos no era dada ateno a esse assunto. No transporte de passageiros temos recebido mais contribuies e isso nos levou a uma srie de audincias para discutir a nova regulamentao do transporte de fretamento. (Adaptado de http://www.estradas.com.br, 19/09/2005.) PROPOSTA B Com o auxlio de elementos presentes na coletnea, trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temtico: Os meios de transporte sempre alimentaram o imaginrio das pessoas em todas as fases da vida. Desde a infncia, os brinquedos e jogos exprimem e estimulam esse imaginrio. Instrues 1) Imagine a histria de um(a) personagem que, na infncia, era fascinado(a) por um brinquedo ou jogo representativo de um meio de transporte. 2) Narre a origem do encanto pelo brinquedo e o significado (positivo ou negativo) que esse encanto teve na vida adulta do(a) personagem. 3) Sua histria pode ser narrada em primeira ou terceira pessoa.

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2006Redação

(UNICAMP - 2006) REDAO ORIENTAO GERAL: LEIA ATENTAMENTE Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema geral da prova (MEIOS DE TRANSPORTE), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea e selecione os elementos que julgar pertinentes para a realizao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. ATENO Sua redao ser anulada se voc fugir ao recorte temtico da proposta escolhida; e/ou desconsiderar a coletnea; e/ou no atender ao tipo de texto da proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA Em uma poca em que quase tudo tende a circular de modo virtual, pessoas e mercadorias continuam a se deslocar fisicamente de um lugar para outro. Por isso, importante refletir sobre os meios de transporte que possibilitam esse deslocamento. 1) Governar construir estradas. (Washington Lus) 2)Em funo do caf, aparelharam-se portos, criaram-se novos mecanismos de crdito, empregos, revolucionaram-se os transportes. (....) Era preciso superar os inconvenientes resultantes dos caminhos precrios, das cargas em lombo de burro que encareciam custos e dificultavam o fluxo adequado dos produtos. Por volta de 1850, a economia cafeeira do vale do Paraba chegou ao auge. O problema do transporte foi em grande parte solucionado com a construo da Estrada de Ferro D. Pedro II, mais tarde denominada Central do Brasil. As maiores iniciativas de construo de estradas de ferro decorreram da necessidade de melhorar as condies de transporte das principais mercadorias de exportao para os portos mais importantes do pas. (...) O governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) ficou associado instalao da indstria automobilstica, incentivando a produo de automveis e caminhes com capitais privados, especialmente estrangeiros. Estes foram atrados ao Brasil graas s facilidades concedidas e graas tambm s potencialidades do mercado brasileiro. (...) Vista em termos numricos e de organizao empresarial, a instalao da indstria automobilstica representou um inegvel xito. Porm, ela se enquadrou no propsito de criar uma civilizao do automvel em detrimento da ampliao de meios de transporte coletivo para a grande massa. (...) Como as ferrovias foram, na prtica, abandonadas, o Brasil se tornou cada vez mais dependente da extenso e conservao das rodovias e do uso dos derivados de petrleo na rea de transportes. (...) No governo Mdici, o projeto da rodovia Transamaznica representou um bom exemplo do esprito do capitalismo selvagem. Foi construda para assegurar o controle brasileiro da regio um eterno fantasma na tica dos militares e para assentar em agrovilas trabalhadores nordestinos. Aps provocar muita destruio e engordar as empreiteiras, a obra resultou em um fracasso. (Adaptado de Boris Fausto, Histria concisa do Brasil. So Paulo: Edusp/Imprensa Oficial do Estado, 2002, p. 269-270.) 3) 4) O agronegcio o setor mais afetado pela precariedade da infra-estrutura de transporte no pas. Isso porque o surto de desenvolvimento das lavouras comercialmente mais rentveis se deu nas chamadas fronteiras agrcolas, no corao do pas, em regies distantes da costa. Como o cultivo chegou antes do asfalto, a maior parte da produo cruza o pas chacoalhando em caminhes. No trajeto para a costa, nas estradas mal conservadas, a trepidao do veculo faz com que uma quantidade equivalente a cerca de 3% de toda a safra se extravie, calcula Paulo Tarso Resende, da Fundace. O uso de hidrovias reduziria o desperdcio, mas faltam investimentos, diz ele. Perda de igual escala ocorre no porto, com multas e atrasos no translado para os navios, pois as instalaes so deficientes, faltam contineres e as embarcaes tm de esperar em fi las at conseguir vaga para atracar. (Adaptado de Juliana Garon, Precariedade afeta mais o agronegcio, em www.agr.feis.unesp.br, 13/02/2005.) 5) O avio Sou mais ligeiro que um carro, Corro bem mais que um navio. Sou o passarinho maior Que at hoje voc na sua vida j viu. Vo l por cima das nuvens Onde o azul muda de tom. E se eu quiser ultrapasso fcil A barreira do som. Minha barriga foi feita Pra muita gente levar. Trago pessoas de frias E homens que vm e que vo trabalhar. (...) Se voc me v l no alto Voando na imensido, Eu fi co to pequenininho Que caibo na palma da mo. (Toquinho. CD Pra gente mida II, Mercury Records, 1993.) 6) Chegamos ao territrio do trem-fantasma. Sua permanncia to viva no imaginrio popular que j virou atrativo obrigatrio nos parques de diverses. O aspecto ldico dessa representao est profundamente inscrito no inconsciente coletivo da sociedade industrial. O trenzinho de madeira ou eltrico um dos brinquedos mais persistentes, um dos meios de transporte mais acessveis ao mundo encantado da infncia. E no tm sido poucas as imagens literrias, pictricas ou fotocinematogrficas que identificam a locomotiva com o animal antediluviano. Esta mquina incrvel que j signifi cou o fi o condutor das mudanas revolucionrias passada, agora, para trs. expulsa do terreno da histria. Dinossauro resfolegante e inclassificvel, a locomotiva est condenada a vagar incontinenti pelos campos e redutos afl itos da solido. (Francisco Foot Hardman, Trem fantasma: a modernidade na selva. So Paulo: Companhia das Letras, 1988, p. 39.) 7) Para Cristina Bodini, presidente da comisso de trnsito da Associao Nacional de Transportes Pblicos (ANTP), os acidentes como o que aconteceu ontem com um nibus da prefeitura de Itatinga que transportava estudantes universitrios geralmente so causados porque muitos veculos so obsoletos. (...) Segundo Lus Carlos Franchini, gerente de fiscalizao da Agncia Reguladora de Transportes do Estado de So Paulo (ARTESP), os veculos de transporte de estudantes so obrigados a passar por uma vistoria a cada seis meses. No entanto, o nibus acidentado pertencia prefeitura de Itatinga, e por isso a ARTESP no vistoriava esse veculo. Por se tratar de um carro oficial, a prefeitura que deve proporcionar um agente fiscalizador, disse Franchini. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de So Paulo (DER) e a Polcia Rodoviria Estadual, no possvel saber quantos acidentes envolvendo veculos escolares acontecem atualmente nas estradas de So Paulo. O motivo que os carros envolvidos em acidentes no so separados por categoria. Segundo o DER, entre janeiro e junho de 2005, houve 35.141 acidentes nas estradas paulistas, que provocaram 18.527 vtimas, das quais, 1.175 fatais. (Pablo Lpez Guelli, Veculos obsoletos causam acidente. Folha de S. Paulo, 17/09/2005, p.C5.) 8) Paralelamente ao processo de privatizao das vias terrestres, o Governo criou a Agncia Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Essa Agncia regulamenta os transportes rodovirio, ferrovirio e dutovirio (gases, leos e minrios). Dentre suas atividades, esto o acompanhamento e fiscalizao dos contratos das concessionrias; o controle do transporte fretado (de passageiros e de cargas), de multas rodovirias, de registro de transporte de cargas, de excesso de peso, de vale-pedgio; o combate ao transporte clandestino, e o estabelecimento de regulamentos e procedimentos de execuo de obras e servios. A seguir, trecho da entrevista do diretor-geral da ANTT, Jos Alexandre Nogueira de Resende: A ANTT criou canais de comunicao com os usurios atravs de 0800, internet e uma Ouvidoria. Como tem sido essa experincia? Recebemos contribuies do Brasil inteiro. Atualmente, so mais de 1500 por dia, que servem de apoio nossa fiscalizao. So denncias, queixas, sugestes, e at mesmo crticas com relao atuao da prpria agncia. As agncias reguladoras se caracterizam pelo processo de transparncia. As decises so tomadas atravs de audincias pblicas. A importncia do registro nacional do transportador rodovirio de cargas fi cou clara com essas contribuies que esto chegando, e h anos no era dada ateno a esse assunto. No transporte de passageiros temos recebido mais contribuies e isso nos levou a uma srie de audincias para discutir a nova regulamentao do transporte de fretamento. (Adaptado de http://www.estradas.com.br, 19/09/2005.) PROPOSTA C Com o auxlio de elementos presentes na coletnea, trabalhe sua carta a partir do seguinte recorte temtico: A atuao da sociedade civil, por meio de movimentos sociais ou aes individuais, fundamental para a gesto dos meios de transporte. Um estmulo para essa atuao so os canais de comunicao direta com os usurios, criados por agncias reguladoras de transporte. Instrues 1) Selecione um problema relativo segurana nas estradas. 2) Argumente no sentido de demonstrar como esse problema afeta os usurios das rodovias. 3) Dirija sua carta a uma agncia reguladora de rodovias, apresentando uma reivindicao. OBS.: Ao assinar a carta, use apenas suas iniciais, de modo a no se identificar.

Questão
2005Redação

(UNICAMP - 2005 - 1a fase) Tema: O tema da prova de redao o Rdio. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea para depois selecionar os elementos que julgar pertinentes elaborao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema da prova de redao (o Rdio), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. ATENO- sua redaoser anuladase voc desconsiderar acoletneaou fugir aorecortetemticoou no atender aotipo de textoda proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA O rdio demonstra constantemente sua condio de veculo indispensvel no cotidiano das pessoas, ao contrrio do que muitos podem pensar, quando o consideram um meio de difuso ultrapassado. Desde sua inveno, na passagem para o sculo XX, poca em que era conhecido como telgrafo sem fio, o papel que exerce na sociedade vem se reafirmando. Nem o advento da televiso, nem o da Internet, determinou o seu fim. Por isso, o rdio um objeto de reflexo instigante. COLETNEA 1. A primeira transmisso de rdio realizada no Brasil ocorreu no dia 07 de setembro de 1922, na cerimnia de abertura do Centenrio da Independncia, na Esplanada do Castelo. Foi um grande acontecimento. O pblico ouviu o pronunciamento do presidente da Repblica, Epitcio Pessoa, a pera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal, alm de conferncias e diversas atraes. Muitas pessoas ficaram impressionadas, pensando que se tratava de algo sobrenatural. (...) Os primeiros a utilizar o rdio na publicidade foram grandes empresas, como Philips, Gessy e Bayer, que patrocinavam programas de auditrio e radionovelas. Na poltica, o rdio tambm exerceu enorme influncia: a propaganda eleitoral, pronunciamentos do presidente e a Hora do Brasil faziam parte da programao e alcanavam milhares de ouvintes. A partir de 1939, com o incio da Segunda Guerra Mundial, o rdio se transformou em um importante veculo para difundir fatos dirios e notcias do front. Surgia o radiojornalismo, sendo o Reprter Esso marco dessa poca. (Adaptado de Rdio no Brasil, em www.sunrise.com.br/amoradio, 29 de agosto de 2004). 2. Ligada poltica de integrao nacional do governo Getlio Vargas, em 1935 era criada a Hora do Brasil, programa obrigatrio de notcias oficiais. O programa existe at hoje, de segunda a sexta-feira, com o nome de A Voz do Brasil. A partir dos anos 90, sua obrigatoriedade tem sido contestada por vrias emissoras e algumas tm conseguido, por medidas judiciais, no transmiti-lo ou, ao menos, no no horrio das 19h00 s 20h00. (Adaptado de Gisela Swetlana Ortriwano, Radiojornalismo no Brasil: fragmentos de histria, Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 71). 3. Ao Pequeno Aparelho de Rdio Voc, pequena caixa que trouxe comigo Cuidando que suas vlvulas no quebrassem Ao correr do barco ao trem, do trem ao abrigo Para ouvir o que meus inimigos falassem Junto a meu leito, para minha dor atroz No fim da noite, de manh bem cedo, Lembrando as suas vitrias e o medo: Prometa jamais perder a voz! (1938-1941) (Bertold Brecht, Poemas 1913-1956. Seleo e traduo Paulo Csar de Souza. So Paulo: Ed. 34, 2000, p. 272). 4. Eu ouvia o rdio com avidez de quem gosta muito dele. Outras pessoas ouviam-no comigo. Mas ... quem ouvia a minha rdio? Ainda no tinha sido inventado o transistor, essa maravilha da tecnologia que em certo sentido revitalizou a vida do rdio depois do advento da televiso. Rdio a pilha ainda no existia. S os de imensas e custosas baterias ou ento os que eram movidos a geradores acoplados, ou mesmo movidos a acumuladores de autos em geral. (Flvio Arajo, O rdio, o futebol e a vida. So Paulo: Editora SENAC So Paulo, 2001, p. 37). 5. A Internet como meio de comunicao prev a coexistncia e complementaridade de diversas mdias. O rdio da Internet j nasce buscando em outros meios recursos que possam ser agregados mensagem radiofnica. Isso significa a possibilidade de criao de produtos radiofnicos numa seqncia particular para cada ouvinte, inclusive com a opo de suprimir trechos ou escolher entre dois enfoques de interesse. Essa possibilidade oferecida pela Internet atua fortemente sobre o rdio e sobre uma de suas principais caractersticas como meio de comunicao: a instantaneidade. Em relao ainda ao pblico, a capacidade de agregar audincias de regies antes inacessveis possibilita a existncia e sobrevivncia de projetos voltados a determinados segmentos de pblico, que podem ser pequenos localmente mas no globalmente. (Adaptado de Lgia Maria Trigo-de-Souza, Rdios.internet.br: o rdio que caiu na rede..., Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 94-5). 6. Rumo Oeste O rdio no carro canta pelas cidades. J sei onde est a melhor garapa de Araras, o melhor algodo em Leme. Em Pirassununga o hbito do ngelus ainda veste de santa qualquer tarde. O locutor e seu melhor emplastro para curar no peito aquela velha aflio. Todas as rdios abrem para o mundo o corao do largo e um recado de Ester: esta cano vai para W.J. que ainda no esqueci O cu de todas as rdios se estende para a capital: o que se dana em New York direto para So Simo. Para voc, Lucinha, mexer o que Deus lhe deu. A velha teia das cidades enleia agora as estrelas. ao som da stima badalada do corao da Matriz desligue o rdio! e respire de passagem tudo o que fica: so ondas soltas no ar. (Alcides Villaa, Viagem de Trem. So Paulo: Duas Cidades, 1988, p. 80). 7. Para aqueles que pensam em mdia globalizada no Brasil, basta uma viagem exploratria pelas cidades de interior para perceber que a histria no bem assim. Existem lugares em que as pessoas ainda se comunicam com recados afixados em rvores da Praa Central. No acredita? Pois o maior grupo de cutelaria do Brasil escolheu o rdio como forma de alcanar seu pblico alvo. O objetivo divulgar a marca de ferramentas e equipamentos, cuja distribuio pulverizada em milhares de pequenos pontos-de-venda e cooperativas, atravs de programaes especiais. (Adaptado de Ao p do rdio, Revista Grandes Idias de Marketing, n. 46, junho de 2000). 8. Navegando pelo site www.radiolivre.org encontramos informaes sobre duas novas rdios: Esto abertas as inscries para a rdio Interferncia. O prazo vai at 20 de agosto. A rdio interferncia um coletivo horizontal e heterogneo que busca possibilitar a comunicao de uma forma aberta, sem controle ou reivindicaes. uma rdio livre. Um espao onde no h patrulhas estticas ou ideolgicas. Um lugar onde todos os discursos podem existir. uma forma diferente de ver o mundo e que tenta ser alternativa aos grandes meios de comunicao e s tentativas de se construir um discurso contra-hegemnico baseadas no pensamento nico e na representao. Um grupo onde todos tm autonomia, mas onde, ao mesmo tempo, h uma construo coletiva. (17 de agosto de 2004). Rdio Uhmmmmm... Agora pode ser conectada em grande parte da rea central de Porto Alegre, na freqncia 105,7 FM, a mais nova rdio livre da cidade. Informando, debatendo, confundindo e questionando pelas ondas de rdio. Ainda em fase experimental, a rdio Uhmmmm... tocada no maior amadorismo, mas com muita paixo e convico de que o acesso a informaes diferenciadas realmente faz a diferena. (6 de junho de 2004). 9. As manifestaes da presena do rdio como elemento de construo da histria individual se do de diversas maneiras. Vinculaes so estabelecidas atravs de identificaes com tipos de programas em que esto presentes o musical, o jornalstico, a publicidade. Da escuta radiofnica guardam-se recordaes que acabam sendo recriadas, repetidas, reconfiguradas com o passar dos anos. (Adaptado de Graziela Soares Bianchi, A participao do rdio nas construes e sentidos do rural vivido e midiatizado, em www.bocc.ubi.pt, 15 de agosto de 2004). PROPOSTA A Trabalhe sua dissertao a partir do seguinte recorte temtico: A permanente reconfigurao do rdio, com suas mudanas na forma de transmisso e de recepo, mostra-nos a fora desse meio de informao, divulgao, entretenimento e contato. Instrues: Discuta o rdio como meio de difuso e aproximao; Argumente no sentido de demonstrar sua atualidade; Explore argumentos que destaquem as vrias formas de sua presena na sociedade.

Questão
2005Redação

(UNICAMP - 2005 - 1a fase) Tema: O tema da prova de redao o Rdio. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea para depois selecionar os elementos que julgar pertinentes elaborao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema da prova de redao (o Rdio), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. ATENO- sua redaoser anuladase voc desconsiderar acoletneaou fugir aorecortetemticoou no atender aotipo de textoda proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA O rdio demonstra constantemente sua condio de veculo indispensvel no cotidiano das pessoas, ao contrrio do que muitos podem pensar, quando o consideram um meio de difuso ultrapassado. Desde sua inveno, na passagem para o sculo XX, poca em que era conhecido como telgrafo sem fio, o papel que exerce na sociedade vem se reafirmando. Nem o advento da televiso, nem o da Internet, determinou o seu fim. Por isso, o rdio um objeto de reflexo instigante. COLETNEA 1. A primeira transmisso de rdio realizada no Brasil ocorreu no dia 07 de setembro de 1922, na cerimnia de abertura do Centenrio da Independncia, na Esplanada do Castelo. Foi um grande acontecimento. O pblico ouviu o pronunciamento do presidente da Repblica, Epitcio Pessoa, a pera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal, alm de conferncias e diversas atraes. Muitas pessoas ficaram impressionadas, pensando que se tratava de algo sobrenatural. (...) Os primeiros a utilizar o rdio na publicidade foram grandes empresas, como Philips, Gessy e Bayer, que patrocinavam programas de auditrio e radionovelas. Na poltica, o rdio tambm exerceu enorme influncia: a propaganda eleitoral, pronunciamentos do presidente e a Hora do Brasil faziam parte da programao e alcanavam milhares de ouvintes. A partir de 1939, com o incio da Segunda Guerra Mundial, o rdio se transformou em um importante veculo para difundir fatos dirios e notcias do front. Surgia o radiojornalismo, sendo o Reprter Esso marco dessa poca. (Adaptado de Rdio no Brasil, em www.sunrise.com.br/amoradio, 29 de agosto de 2004). 2. Ligada poltica de integrao nacional do governo Getlio Vargas, em 1935 era criada a Hora do Brasil, programa obrigatrio de notcias oficiais. O programa existe at hoje, de segunda a sexta-feira, com o nome de A Voz do Brasil. A partir dos anos 90, sua obrigatoriedade tem sido contestada por vrias emissoras e algumas tm conseguido, por medidas judiciais, no transmiti-lo ou, ao menos, no no horrio das 19h00 s 20h00. (Adaptado de Gisela Swetlana Ortriwano, Radiojornalismo no Brasil: fragmentos de histria, Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 71). 3. Ao Pequeno Aparelho de Rdio Voc, pequena caixa que trouxe comigo Cuidando que suas vlvulas no quebrassem Ao correr do barco ao trem, do trem ao abrigo Para ouvir o que meus inimigos falassem Junto a meu leito, para minha dor atroz No fim da noite, de manh bem cedo, Lembrando as suas vitrias e o medo: Prometa jamais perder a voz! (1938-1941) (Bertold Brecht, Poemas 1913-1956. Seleo e traduo Paulo Csar de Souza. So Paulo: Ed. 34, 2000, p. 272). 4. Eu ouvia o rdio com avidez de quem gosta muito dele. Outras pessoas ouviam-no comigo. Mas ... quem ouvia a minha rdio? Ainda no tinha sido inventado o transistor, essa maravilha da tecnologia que em certo sentido revitalizou a vida do rdio depois do advento da televiso. Rdio a pilha ainda no existia. S os de imensas e custosas baterias ou ento os que eram movidos a geradores acoplados, ou mesmo movidos a acumuladores de autos em geral. (Flvio Arajo, O rdio, o futebol e a vida. So Paulo: Editora SENAC So Paulo, 2001, p. 37). 5. A Internet como meio de comunicao prev a coexistncia e complementaridade de diversas mdias. O rdio da Internet j nasce buscando em outros meios recursos que possam ser agregados mensagem radiofnica. Isso significa a possibilidade de criao de produtos radiofnicos numa seqncia particular para cada ouvinte, inclusive com a opo de suprimir trechos ou escolher entre dois enfoques de interesse. Essa possibilidade oferecida pela Internet atua fortemente sobre o rdio e sobre uma de suas principais caractersticas como meio de comunicao: a instantaneidade. Em relao ainda ao pblico, a capacidade de agregar audincias de regies antes inacessveis possibilita a existncia e sobrevivncia de projetos voltados a determinados segmentos de pblico, que podem ser pequenos localmente mas no globalmente. (Adaptado de Lgia Maria Trigo-de-Souza, Rdios.internet.br: o rdio que caiu na rede..., Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 94-5). 6. Rumo Oeste O rdio no carro canta pelas cidades. J sei onde est a melhor garapa de Araras, o melhor algodo em Leme. Em Pirassununga o hbito do ngelus ainda veste de santa qualquer tarde. O locutor e seu melhor emplastro para curar no peito aquela velha aflio. Todas as rdios abrem para o mundo o corao do largo e um recado de Ester: esta cano vai para W.J. que ainda no esqueci O cu de todas as rdios se estende para a capital: o que se dana em New York direto para So Simo. Para voc, Lucinha, mexer o que Deus lhe deu. A velha teia das cidades enleia agora as estrelas. ao som da stima badalada do corao da Matriz desligue o rdio! e respire de passagem tudo o que fica: so ondas soltas no ar. (Alcides Villaa, Viagem de Trem. So Paulo: Duas Cidades, 1988, p. 80). 7. Para aqueles que pensam em mdia globalizada no Brasil, basta uma viagem exploratria pelas cidades de interior para perceber que a histria no bem assim. Existem lugares em que as pessoas ainda se comunicam com recados afixados em rvores da Praa Central. No acredita? Pois o maior grupo de cutelaria do Brasil escolheu o rdio como forma de alcanar seu pblico alvo. O objetivo divulgar a marca de ferramentas e equipamentos, cuja distribuio pulverizada em milhares de pequenos pontos-de-venda e cooperativas, atravs de programaes especiais. (Adaptado de Ao p do rdio, Revista Grandes Idias de Marketing, n. 46, junho de 2000). 8. Navegando pelo site www.radiolivre.org encontramos informaes sobre duas novas rdios: Esto abertas as inscries para a rdio Interferncia. O prazo vai at 20 de agosto. A rdio interferncia um coletivo horizontal e heterogneo que busca possibilitar a comunicao de uma forma aberta, sem controle ou reivindicaes. uma rdio livre. Um espao onde no h patrulhas estticas ou ideolgicas. Um lugar onde todos os discursos podem existir. uma forma diferente de ver o mundo e que tenta ser alternativa aos grandes meios de comunicao e s tentativas de se construir um discurso contra-hegemnico baseadas no pensamento nico e na representao. Um grupo onde todos tm autonomia, mas onde, ao mesmo tempo, h uma construo coletiva. (17 de agosto de 2004). Rdio Uhmmmmm... Agora pode ser conectada em grande parte da rea central de Porto Alegre, na freqncia 105,7 FM, a mais nova rdio livre da cidade. Informando, debatendo, confundindo e questionando pelas ondas de rdio. Ainda em fase experimental, a rdio Uhmmmm... tocada no maior amadorismo, mas com muita paixo e convico de que o acesso a informaes diferenciadas realmente faz a diferena. (6 de junho de 2004). 9. As manifestaes da presena do rdio como elemento de construo da histria individual se do de diversas maneiras. Vinculaes so estabelecidas atravs de identificaes com tipos de programas em que esto presentes o musical, o jornalstico, a publicidade. Da escuta radiofnica guardam-se recordaes que acabam sendo recriadas, repetidas, reconfiguradas com o passar dos anos. (Adaptado de Graziela Soares Bianchi, A participao do rdio nas construes e sentidos do rural vivido e midiatizado, em www.bocc.ubi.pt, 15 de agosto de 2004). PROPOSTA B Trabalhe sua narrativa a partir do seguinte recorte temtico: Ouvir rdio uma prtica comum na sociedade moderna. O rdio um veculo que atinge o ouvinte em muitas situaes: o radinho na cozinha que acompanha as refeies, o rdio no nibus, no campo de futebol, no carro, na lanchonete, o rdio-relgio no quarto de dormir, o walkman na caminhada, o rdio na Internet. O rdio o companheiro de toda hora. Instrues: Imagine a histria de um(a) ouvinte para quem o rdio essencial; Narre as circunstncias em que o rdio se tornou importante na vida desse(a) personagem; Construa sua narrativa em primeira ou em terceira pessoa.

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2005Redação

(UNICAMP - 2005 - 1a fase) Tema: O tema da prova de redao o Rdio. Coletnea: um conjunto de textos de natureza diversa que serve de subsdio para a sua redao. Sugerimos que voc leia toda a coletnea para depois selecionar os elementos que julgar pertinentes elaborao da proposta escolhida. Um bom aproveitamento da coletnea no significa referncia a todos os textos. Esperamos, isso sim, que os elementos selecionados sejam articulados com a sua experincia de leitura e reflexo. Se desejar, voc pode valer-se tambm de elementos presentes nos enunciados das questes da prova. ATENO: a coletnea nica e vlida para as trs propostas. Proposta: Escolha uma das trs propostas para a redao (dissertao, narrao ou carta) e assinale sua escolha no alto da pgina de resposta. Cada proposta faz um recorte do tema da prova de redao (o Rdio), que deve ser trabalhado de acordo com as instrues especficas. ATENO- sua redaoser anuladase voc desconsiderar acoletneaou fugir aorecortetemticoou no atender aotipo de textoda proposta escolhida. APRESENTAO DA COLETNEA O rdio demonstra constantemente sua condio de veculo indispensvel no cotidiano das pessoas, ao contrrio do que muitos podem pensar, quando o consideram um meio de difuso ultrapassado. Desde sua inveno, na passagem para o sculo XX, poca em que era conhecido como telgrafo sem fio, o papel que exerce na sociedade vem se reafirmando. Nem o advento da televiso, nem o da Internet, determinou o seu fim. Por isso, o rdio um objeto de reflexo instigante. COLETNEA 1. A primeira transmisso de rdio realizada no Brasil ocorreu no dia 07 de setembro de 1922, na cerimnia de abertura do Centenrio da Independncia, na Esplanada do Castelo. Foi um grande acontecimento. O pblico ouviu o pronunciamento do presidente da Repblica, Epitcio Pessoa, a pera O Guarani, de Carlos Gomes, transmitida diretamente do Teatro Municipal, alm de conferncias e diversas atraes. Muitas pessoas ficaram impressionadas, pensando que se tratava de algo sobrenatural. (...) Os primeiros a utilizar o rdio na publicidade foram grandes empresas, como Philips, Gessy e Bayer, que patrocinavam programas de auditrio e radionovelas. Na poltica, o rdio tambm exerceu enorme influncia: a propaganda eleitoral, pronunciamentos do presidente e a Hora do Brasil faziam parte da programao e alcanavam milhares de ouvintes. A partir de 1939, com o incio da Segunda Guerra Mundial, o rdio se transformou em um importante veculo para difundir fatos dirios e notcias do front. Surgia o radiojornalismo, sendo o Reprter Esso marco dessa poca. (Adaptado de Rdio no Brasil, em www.sunrise.com.br/amoradio, 29 de agosto de 2004). 2. Ligada poltica de integrao nacional do governo Getlio Vargas, em 1935 era criada a Hora do Brasil, programa obrigatrio de notcias oficiais. O programa existe at hoje, de segunda a sexta-feira, com o nome de A Voz do Brasil. A partir dos anos 90, sua obrigatoriedade tem sido contestada por vrias emissoras e algumas tm conseguido, por medidas judiciais, no transmiti-lo ou, ao menos, no no horrio das 19h00 s 20h00. (Adaptado de Gisela Swetlana Ortriwano, Radiojornalismo no Brasil: fragmentos de histria, Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 71). 3. Ao Pequeno Aparelho de Rdio Voc, pequena caixa que trouxe comigo Cuidando que suas vlvulas no quebrassem Ao correr do barco ao trem, do trem ao abrigo Para ouvir o que meus inimigos falassem Junto a meu leito, para minha dor atroz No fim da noite, de manh bem cedo, Lembrando as suas vitrias e o medo: Prometa jamais perder a voz! (1938-1941) (Bertold Brecht, Poemas 1913-1956. Seleo e traduo Paulo Csar de Souza. So Paulo: Ed. 34, 2000, p. 272). 4. Eu ouvia o rdio com avidez de quem gosta muito dele. Outras pessoas ouviam-no comigo. Mas ... quem ouvia a minha rdio? Ainda no tinha sido inventado o transistor, essa maravilha da tecnologia que em certo sentido revitalizou a vida do rdio depois do advento da televiso. Rdio a pilha ainda no existia. S os de imensas e custosas baterias ou ento os que eram movidos a geradores acoplados, ou mesmo movidos a acumuladores de autos em geral. (Flvio Arajo, O rdio, o futebol e a vida. So Paulo: Editora SENAC So Paulo, 2001, p. 37). 5. A Internet como meio de comunicao prev a coexistncia e complementaridade de diversas mdias. O rdio da Internet j nasce buscando em outros meios recursos que possam ser agregados mensagem radiofnica. Isso significa a possibilidade de criao de produtos radiofnicos numa seqncia particular para cada ouvinte, inclusive com a opo de suprimir trechos ou escolher entre dois enfoques de interesse. Essa possibilidade oferecida pela Internet atua fortemente sobre o rdio e sobre uma de suas principais caractersticas como meio de comunicao: a instantaneidade. Em relao ainda ao pblico, a capacidade de agregar audincias de regies antes inacessveis possibilita a existncia e sobrevivncia de projetos voltados a determinados segmentos de pblico, que podem ser pequenos localmente mas no globalmente. (Adaptado de Lgia Maria Trigo-de-Souza, Rdios.internet.br: o rdio que caiu na rede..., Revista USP, n. 56, dez.jan.fev. 2002/2003, p. 94-5). 6. Rumo Oeste O rdio no carro canta pelas cidades. J sei onde est a melhor garapa de Araras, o melhor algodo em Leme. Em Pirassununga o hbito do ngelus ainda veste de santa qualquer tarde. O locutor e seu melhor emplastro para curar no peito aquela velha aflio. Todas as rdios abrem para o mundo o corao do largo e um recado de Ester: esta cano vai para W.J. que ainda no esqueci O cu de todas as rdios se estende para a capital: o que se dana em New York direto para So Simo. Para voc, Lucinha, mexer o que Deus lhe deu. A velha teia das cidades enleia agora as estrelas. ao som da stima badalada do corao da Matriz desligue o rdio! e respire de passagem tudo o que fica: so ondas soltas no ar. (Alcides Villaa, Viagem de Trem. So Paulo: Duas Cidades, 1988, p. 80). 7. Para aqueles que pensam em mdia globalizada no Brasil, basta uma viagem exploratria pelas cidades de interior para perceber que a histria no bem assim. Existem lugares em que as pessoas ainda se comunicam com recados afixados em rvores da Praa Central. No acredita? Pois o maior grupo de cutelaria do Brasil escolheu o rdio como forma de alcanar seu pblico alvo. O objetivo divulgar a marca de ferramentas e equipamentos, cuja distribuio pulverizada em milhares de pequenos pontos-de-venda e cooperativas, atravs de programaes especiais. (Adaptado de Ao p do rdio, Revista Grandes Idias de Marketing, n. 46, junho de 2000). 8. Navegando pelo site www.radiolivre.org encontramos informaes sobre duas novas rdios: Esto abertas as inscries para a rdio Interferncia. O prazo vai at 20 de agosto. A rdio interferncia um coletivo horizontal e heterogneo que busca possibilitar a comunicao de uma forma aberta, sem controle ou reivindicaes. uma rdio livre. Um espao onde no h patrulhas estticas ou ideolgicas. Um lugar onde todos os discursos podem existir. uma forma diferente de ver o mundo e que tenta ser alternativa aos grandes meios de comunicao e s tentativas de se construir um discurso contra-hegemnico baseadas no pensamento nico e na representao. Um grupo onde todos tm autonomia, mas onde, ao mesmo tempo, h uma construo coletiva. (17 de agosto de 2004). Rdio Uhmmmmm... Agora pode ser conectada em grande parte da rea central de Porto Alegre, na freqncia 105,7 FM, a mais nova rdio livre da cidade. Informando, debatendo, confundindo e questionando pelas ondas de rdio. Ainda em fase experimental, a rdio Uhmmmm... tocada no maior amadorismo, mas com muita paixo e convico de que o acesso a informaes diferenciadas realmente faz a diferena. (6 de junho de 2004). 9. As manifestaes da presena do rdio como elemento de construo da histria individual se do de diversas maneiras. Vinculaes so estabelecidas atravs de identificaes com tipos de programas em que esto presentes o musical, o jornalstico, a publicidade. Da escuta radiofnica guardam-se recordaes que acabam sendo recriadas, repetidas, reconfiguradas com o passar dos anos. (Adaptado de Graziela Soares Bianchi, A participao do rdio nas construes e sentidos do rural vivido e midiatizado, em www.bocc.ubi.pt, 15 de agosto de 2004). PROPOSTA C Trabalhe sua carta a partir do seguinte recorte temtico: Atendendo aos vrios segmentos do pblico em diferentes horrios, as emissoras de rdio definem sua programao em torno de um leque variado de opes: programas de msica, esportes, informao, religio, etc. Programas que um dia fizeram muito sucesso j no existem mais, como a rdio-novela e os programas de auditrio. Instrues: Imagine um programa de rdio que, em sua opinio, deva sair do ar; Argumente pela retirada desse programa da grade de programao; Dirija a carta a um interlocutor que possa interferir nessa deciso

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