(Unifesp 2013) Leia o poema Prece, de Fernando Pessoa.
Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.
Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.
Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia –,
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância –
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
(Fernando Pessoa. Mensagem, 1995.)
Extraído do livro Mensagem, o poema pode ser considerado nacionalista, na medida em que o eu lírico
apresenta Portugal como uma nação decadente, que não faz jus ao seu passado de heroísmo e glórias.
inspira-se no passado de heroísmo do povo português que, no presente, já não acredita na sua história.
busca reviver o sonho de uma da nação grandiosa, cantando um Portugal almejado por seus feitos gloriosos.
reconhece o desejo de o povo português glorificar seus heróis, o que não foi possível até o seu presente.
descreve o Portugal de seu tempo como uma nação gloriosa e marcada por histórias de heroísmo.