(ENEM - 2012) NIEMAN, D. Exerccio e sade. So Paulo: Manole, 1999 (adaptado). A partir dos efeitos fisiolgicos do exerccio fsico no organismo, apresentados na figura, so adaptaes benficas sade de um indivduo:
(ENEM - 2012) Com o advento da internet, as verses de revistas e livros tambm se adaptaram s novas tecnologias. A anlise do texto publicitrio apresentado revela que o surgimento das novas tecnologias
(ENEM - 2012) Leia atentamente o trecho abaixo. Ele era o inimigo do rei, nas palavras de seu bigrafo, Lira Neto. Ou, ainda, um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil. Assim era Jos de Alencar (1829-1877), o conhecido autor deO guaranieIracema, tido como o pai do romance no Brasil. Alm de criar clssicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e histricos, ele foi tambm folhetinista, diretor de jornal, autor de peas de teatro, advogado, deputado federal e at ministro da Justia. Para ajudar na descoberta das mltiplas facetas desse personagem do sculo XIX, parte de seu acervo indito ser digitalizada. Histria Viva, n. 99, 2011. Com base no texto, que trata do papel do escritor Jos de Alencar e da futura digitalizao de sua obra, depreende-se que
(ENEM - 2012) eu gostava muito de passe... sa com as minhascolegas... brinc na porta di casa di vlei... and de patins... bicicleta... quando eu levava um tombo ou outro... eu era a::... a palhaa da turma... ((risos))... eu acho que foi uma das fases mais... assim... gostosas da minha vida foi... essa fase de quinze... dos meus treze aos dezessete anos... A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nvel de ensino fundamental. Projeto Fala Goiana, UFG, 2010 (indito). Um aspecto da composio estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada da lngua
(ENEM - 2012) Verbo ser QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que ser? ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os trs. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente s principiaa ser quando cresce? terrvel, ser? Di? bom? triste? Ser: pronunciado to depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? No d para entender. No vou ser. No quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer. ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. A inquietao existencial do autor com a autoimagem corporal e a sua corporeidade se desdobra em questes existenciais que tm origem
(ENEM - 2012) E como manejava bem os cordis de seus tteres, ou ele mesmo, ttere voluntrio e consciente, como entregava o brao, as pernas, a cabea, o tronco, como se desfazia de suas articulaes e de seus reflexos quando achava nisso convenincia. Tambm ele soubera apoderar-se dessa arte, mais artifcio, toda feita de sutilezas e grosserias, de expectativa e oportunidade, de insnia e submisso, de silncios e rompantes, de anulao e prepotncia. Conhecia a palavra exata para o momento preciso, a frase picante ou obscena no ambiente adequado, o tom humilde diante do superior til, o grosseiro diante do inferior, o arrogante quando o poderoso em nada o podia prejudicar. Sabia desfazer situaes equivocadas, e armar intrigas das quais se saa sempre bem, e sabia, por experincia prpria, que a fortuna se ganha com uma frase, num dado momento, que este momento nico, irrecupervel, irreversvel, exige um estado de alerta para sua apropriao. RAWET, S. O aprendizado. In: Dilogo. Rio de janeiro: GRD, 1963 (fragmentado). No conto, o autor retrata criticamente a habilidade do personagem no manejo de discursos diferentes segundos a posio do interlocutor na sociedade. A crtica conduta do personagem est centrada
(ENEM - 2012) Labaredas nas trevas Fragmentos do dirio secreto de Teodor Konrad Nalecz Korzeniowski 20 DE JULHO [1912] Peter Sumerville pede-me que escreva um artigo sobre Crane. Envio-lhe uma carta: Acredite-me, prezado senhor,nenhum jornal ou revista se interessaria por qualquer coisa que eu, ou outra pessoa, escrevesse sobre Stephen Crane. Ririam da sugesto. [...] Dificilmente encontro algum, agora, que saiba quem Stephen Crane ou lembre-se de algo dele. Para os jovens escritores que esto surgindo ele simplesmente no existe. 20 DE DEZEMBRO [1919] Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal. Sou reconhecido como o maior escritor vivo da lngua inglesa. J se passaram dezenove anos desde que Crane morreu, mas eu no o esqueo. E parece que outros tambm no. The London Mercury resolveu celebrar os vinte e cinco anos de publicao de um livro que, segundo eles, foi um fenmeno hoje esquecido e me pediram um artigo. FONSECA, R. Romance negro e outras histrias. So Paulo: Companhia das Letras, 1992 (fragmento). Na construo de textos literrios, os autores recorrem com frequncia a expresses metafricas. Ao empregar o enunciado metafrico Muito peixe foi embrulhado pelas folhas de jornal, pretendeu-se estabelecer, entre os dois fragmentos do texto em questo, uma relao semntica de
(ENEM - 2012) O efeito de sentido da charge provocado pela combinao de informaes visuais e recursos lingusticos. No contexto da ilustrao, a frase proferida recorre
(ENEM - 2012) Com o texto eletrnico, enfim, parece estar ao alcance de nossos olhos e de nossas mos um sonho muito antigo da humanidade, que se poderia resumir em duas palavras, universalidade e interatividade. As luzes, que pensavam que Gutenberg tinha propiciado aos homens uma promessa universal, cultivavam um modo de utopia. Elas imaginavam poder, a partir das prticas privadas de cada um, construir um espao de intercmbio crtico das ideias e opinies. O sonho de Kant era que cada um fosse ao mesmo tempo leitor e autor, que emitisse juzos sobre as instituies de seu tempo, quaisquer que elas fossem e que, ao mesmo tempo, pudesse refletir sobre o juzo emitido pelos outros. Aquilo que outrora s era permitido pela comunicao manuscrita ou a circulao dos impressos encontra hoje um suporte poderoso com o texto eletrnico. CHARTIER, R. A aventura do livro: do leitor ao navegador. So Paulo: Imprensa Oficial do Estado de So Paulo; Unesp, 1998. No trecho apresentado, o socilogo Roger Chartier caracteriza o texto eletrnico como um poderoso suporte que coloca ao alcance da humanidade o antigo sonho de universalidade e interatividade, uma vez que cada um passa a ser, nesse espao de interao social, leitor eautor ao mesmo tempo. A universalidade e a interatividade que o texto eletrnico possibilita esto diretamente relacionadas funo social da internet de
(ENEM - 2012) O senhor Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamento de voc, se dirigiu ao autor chamando-o o senhor: Senhora: Aquele a quem chamastes senhor aqui est, de peito magoado e cara triste, para vos dizer que senhor ele no , de nada, nem de ningum. Bem o sabeis, por certo, que a nica nobreza do plebeu est em no querer esconder sua condio, e esta nobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores ricos e nobres a quem chamveis voc escolhestes a mim para tratar de senhor, e bem de ver que s podereis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e na prata de meus cabelos. Senhor de muitos anos, eis a; o territrio onde eu mando no pas do tempo que foi. Essa palavra senhor, no meio de uma frase, ergueu entre ns um muro frio e triste. Vi o muro e calei: no de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas tambm no era a vez primeira. BRAGA, R. A borboleta amarela. Rio de Janeiro: Record, 1991. A escolha do tratamento que se queira atribuir a algum geralmente considera as situaes especficas de uso social. A violao desse princpio causou um mal-estar no autor da carta. O trecho que descreve essa violao :
(ENEM - 2012) Que estratgia argumentativa leva o personagem do terceiro quadrinho a persuadir sua interlocutora?
(ENEM - 2012) No somos to especiais Todas as caractersticas tidas como exclusivas dos humanos so compartilhadas por outros animais, ainda que em menor grau. INTELIGNCIA A ideia de que somos os nicos animais racionais tem sido destruda desde os anos 40. A maioria das aves e mamferos tem algum tipo de raciocnio. AMOR O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, parecido em vrias espcies, como os corvos, que tambm criam laos duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte. CONSCINCIA Chimpanzs se reconhecem no espelho. Orangotangos observam e enganam humanos distrados. Sinais de que sabem quem so e se distinguem dos outros. Ou seja, so conscientes. CULTURA O primatologista Frans de Waal juntou vrios exemplos de cetceos e primatas que so capazes de aprender novos hbitos e de transmiti-los para as geraes seguintes. O que cultura se no isso? BURGIERMAN, D. Superinteressante, n. 190, jul. 2003. O ttulo do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relao aos outros animais. As estratgias argumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista so
(ENEM - 2012) TEXTO I Antigamente Antigamente, os pirralhos dobravam a lngua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braos de Morfeu, era capaz de entrar no couro. No devia tambm se esquecer de lavar os ps, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. No ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que no entendesse patavina da instruo moral e cvica. O verdadeiro smart calava botina de botes para comparecer todo lir ao copo dgua, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras que eram um precipcio, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os cois, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco. ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento). TEXTO II Palavras do arco da velha Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos no mais o so no portugus brasileiro atual. Esse fenmeno revela que
(ENEM - 2012) BROWNE, D. Folha de S. Paulo, 13 ago. 2011. As palavras e as expresses so mediadoras dos sentidos produzidos nos textos. Na fala de Hagar, a expresso como se ajuda a conduzir o contedo enunciado para o campo da
(ENEM - 2012) Cabeludinho Quando a V me recebeu nas frias, ela me apresentou aos amigos: Este meu neto. Ele foi estudar no Rio e voltou de ateu. Ela disse que eu voltei de ateu. Aquela preposio deslocada me fantasiava de ateu. Como quem dissesse no Carnaval: aquele menino est fantasiado de palhao. Minha av entendia de regncias verbais. Ela falava de srio. Mas todo-mundo riu. Porque aquela preposio deslocada podia fazer de uma informao um chiste. E fez. E mais: eu acho que buscar a beleza nas palavras uma solenidade de amor. E pode ser instrumento de rir. De outra feita, no meio da pelada um menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho. Eu no disiliminei ningum. Mas aquele verbo novo trouxe um perfume de poesia nossa quadra. Aprendinessas frias a brincar de palavras mais do que trabalhar com elas. Comecei a no gostar de palavra engavetada. Aquela que no pode mudar de lugar. Aprendi a gostar mais das palavras pelo que elas entoam do que pelo que elas informam. Por depois ouvi um vaqueiro a cantar com saudade: Ai morena, no me escreve / que eu no sei a ler. Aquele a preposto ao verbo ler, ao meu ouvir, ampliava a solido do vaqueiro. BARROS, M. Memrias inventadas: a infncia. So Paulo: Planeta, 2003. No texto, o autor desenvolve uma reflexo sobre diferentes possibilidades de uso da lngua e sobre os sentidos que esses usos podem produzir, a exemplo das expresses voltou de ateu, disilimina esse e eu no sei a ler. Com essa reflexo, o autor destaca