(ENEM - 2015) Dia do Msico, do Professor, da Secretria, do Veterinrio... Muitas so as datas comemoradas ao longo do ano e elas, ao darem visibilidade a segmentos especficos da sociedade, oportunizam uma reflexo sobre a responsabilidade social desses segmentos. Nesse contexto, est inserida a propaganda da Associao Brasileira de Imprensa (ABI), em que se combinam elementos verbais e no verbais para se abordar a estreita relao entre imprensa, cidadania, informao e opinio. Sobre essa relao, depreende-se do texto da ABI que,
(ENEM - 2015) O rap, palavra formada pelas iniciais de rhythm and poetry (ritmo e poesia), junto com as linguagens da dana (o break dancing) e das artes plsticas (o grafite), seria difundido, para alm dos guetos, com o nome de cultura hip hop. O break dancing surge como uma dana de rua. O grafite nasce de assinaturas inscritas pelos jovens com sprays nos muros, trens e estaes de metr de Nova York. As linguagens do rap, do break dancing e do grafite se tornaram os pilares da cultura hip hop. DAYRELL, J. A msica entra em cena: o rap e o funk na socializao da juventude. Belo Horizonte: UFMG. 2005 (adaptado). Entre as manifestaes da cultura hip hop apontadas no texto, o break se caracteriza como um tipo de dana que representa aspectos contemporneos por meio de movimentos
(ENEM - 2015) Primeiro surgiu o homem nu de cabea baixa. Deus veio num raio. Ento apareceram os bichos que comiam os homens. E se fez o fogo, as especiarias, a roupa, a espada e o dever. Em seguida criou a filosofia, que explicava como no fazer o que no devia ser feito. Ento surgiram os nmeros racionais e a Histria, organizando os eventos sem sentido. A fome desde sempre, das coisas e das pessoas. Foram inventados o calmante e o estimulante. E algum apagou a luz. E cada um se vira como pode, arrancando as cascas das feridas que alcana. BONASSI, F. 15 cenas do descobrimento de Brasis. In: MORICONI, . (Org.). Os cem melhores contos do sculo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. A narrativa enxuta e dinmica de Fernando Bonassi configura um painel evolutivo da histria da humanidade. Nele, a projeo do olhar contemporneo manifesta uma percepo que
(ENEM -2015) Cntico VI Tu tens medo de Acabar. No vs que acabas todo o dia, Que morres no amor. Na tristeza. Na dvida. No desejo. Que s sempre outro. Que s sempre o mesmo. Que morrers por idades imensas. At no teres medo de morrer. E ento sers eterno. MEIRELES, C.Antologia potica. Rio de Janeiro: Record, 1963. (fragmento) A poesia de Ceclia Meireles revela concepes sobre o homem em seu aspecto existencial. Em Cntico VI, o eu lrico exorta seu interlocutor a perceber, como inerente condio humana,
(ENEM - 2015) Essa pequena Meu tempo curto, o tempo dela sobra Meu cabelo cinza, o dela cor de abbora Temo que no dure muito a nossa novela, mas Eu sou to feliz com ela Meu dia voa e ela no acorda Vou at a esquina, ela quer ir para a Flrida Acho que nem sei direito o que que ela fala, mas No canso de contempl-la Feito avarento, conto os meus minutos Cada segundo que se esvai Cuidando dela, que anda noutro mundo Ela que esbanja suas horas ao vento, ai s vezes ela pinta a boca e sai Fique vontade, eu digo, take your time Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas O blues j valeu a pena CHICO BUARQUE. Disponvel em: www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 31 jun. 2012. O texto Essa pequena registra a expresso subjetiva do enunciador, trabalhada em uma linguagem informal, comum na msica popular. Observa-se, como marca da variedade coloquial da linguagem presente no texto, o uso de
(ENEM -2015) Carta ao Tom 74 Rua Nascimento Silva, cento e sete Voc ensinando pra Elizete As canes de cano do amor demais Lembra que tempo feliz Ah, que saudade, Ipanema era s felicidade Era como se o amor doesse em paz Nossa famosa garota nem sabia A que ponto a cidade turvaria Esse Rio de amor que se perdeu Mesmo a tristeza da gente era mais bela E alm disso se via da janela Um cantinho de cu e o Redentor , meu amigo, s resta uma certeza, preciso acabar com essa tristeza preciso inventar de novo o amor MORAES, V.; TOQUINHO. Bossa Nova, sua histria, sua gente. So Paulo: Universal: Philips, 1975 (fragmento). O trecho da cano de Toquinho e Vincius de Moraes apresenta marcas do gnero textual carta, possibilitando que o eu potico e o interlocutor
(ENEM - 2015) 14 coisas que voc no deve jogar na privada Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e os animais. Tambm deixa mais difcil obter a gua que ns mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos: cotonete e fio dental; medicamento e preservativo; leo de cozinha; ponta de cigarro; poeira de varrio de casa; fio de cabelo e pelo de animais; tinta que no seja base de gua; querosene, gasolina, solvente, tner. Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como leo de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que daro a destinao final adequada. MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentvel, jul.-ago. 2013 (adaptado). O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, alm do foco no interlocutor, que caracteriza a funo conativa da linguagem, predomina tambm nele a funo referencial, que busca
(ENEM - 2015) Embalagens usadas e resduos devem ser descartados adequadamente Todos os meses so recolhidas das rodovias brasileiras centenas de milhares de toneladas de lixo. S nos 22,9 mil quilmetros das rodovias paulistas so 41,5 mil toneladas. O hbito de descartar embalagens, garrafas, papis e bitucas de cigarro pelas rodovias persiste e tem aumentado nos ltimos anos. O problema que o lixo acumulado na rodovia, alm de prejudicar o meio ambiente, pode impedir o escoamento da gua, contribuir para as enchentes, provocar incndios, atrapalhar o trnsito e at causar acidentes. Alm dos perigos que o lixo representa para os motoristas, o material descartado poderia ser devolvido para a cadeia produtiva. Ou seja, o papel que est sobrando nas rodovias poderia ter melhor destino. Isso tambm vale para os plsticos inservveis, que poderiam se transformar em sacos de lixo, baldes, cabides e at acessrios para os carros. Disponvel em: www.girodasestradas.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012. Os gneros textuais correspondem a certos padres de composio de texto, determinados pelo contexto em que so produzidos, pelo pblico a que eles se destinam, por sua finalidade. Pela leitura do texto apresentado, reconhece-se que sua funo
(ENEM - 2015) da sua memria mil e mui tos out ros ros tos sol tos pou coa pou coa pag amo meu ANTUNES, A. 2 ou + corpos no mesmo espao. So Paulo: Perspectiva, 1998. Trabalhando com recursos formais inspirados no Concretismo, o poema atinge uma expressividade que se caracteriza pela
(ENEM - 2015) A emergncia da sociedade da informao est associada a um conjunto de profundas transformaes ocorridas desde as ltimas duas dcadas do sculo XX. Tais mudanas ocorrem em dimenses distintas da vida humana em sociedade, as quais interagem de maneira sinrgica e confluem para projetar a informao e o conhecimento como elementos estratgicos, dos pontos de vista econmico-produtivo, poltico e sociocultural. A sociedade da informao caracteriza-se pela crescente utilizao de tcnicas de transmisso, armazenamento de dados e informaes a baixo custo, acompanhadas por inovaes organizacionais, sociais e legais. Ainda que tenha surgido motivada por um conjunto de transformaes na base tcnico-cientfica, ela se investe de um significado bem mais abrangente. LEGEY, L. -R; ALBAGLI, S. Disponvel em: www.dgz.org.br. Acesso em: 4 dez. 2012(adaptado). O mundo contemporneo tem sido caracterizado pela crescente utilizao das novas tecnologias e pelo acesso informao cada vez mais facilitado. De acordo com o texto, a sociedade da informao corresponde a uma mudana na organizao social porque:
(ENEM - 2015) Embora particularidades na produo mediada pela tecnologia aproximem a escrita da oralidade, isso no significa que as pessoas estejam escrevendo errado. Muitos buscam, to somente, adaptar o uso da linguagem ao suporte utilizado: O contexto que define o registro de lngua. Se existe um limite de espao, naturalmente, o sujeito ir usar mais abreviaturas, como faria no papel, afirma um professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia do Cefet-MG. Da mesma forma, preciso considerar a capacidade do destinatrio de interpretar corretamente a mensagem emitida. No entendimento do pesquisador, a escola, s vezes, insiste em ensinar um registro utilizado apenas em contextos especficos, o que acaba por desestimular o aluno, que no v sentido em empregar tal modelo em outras situaes. Independentemente dos aparatos tecnolgicos da atualidade, o emprego social da lngua revela-se muito mais significativo do que seu uso escolar, conforme ressalta a diretora de Divulgao Cientfica da UFMG: A dinmica da lngua oral sempre presente. No falamos ou escrevemos da mesma forma que nossos avs. Some-se a isso o fato de os jovens se revelarem os principais usurios das novas tecnologias, por meio das quais conseguem se comunicar com facilidade. A professora ressalta, porm, que as pessoas precisam ter discernimento quanto s distintas situaes, a fim de dominar outros cdigos. SILVA JR., M. G.; FONSECA. V. Revista Minas Faz Cincia, n. 51, set.-nov. 2012 (adaptado). Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de informao e de comunicao, usos particulares da escrita foram surgindo. Diante dessa nova realidade, segundo o texto, cabe escola levar o aluno a
(ENEM - 2015) A ptria Ama, com f e orgulho, a terra em que nasceste! Criana! no vers nenhum pas como este! Olha que cu! que mar! que rios! que floresta! A Natureza, aqui, perpetuamente em festa, um seio de me a transbordar carinhos. V que vida h no cho! v que vida h nos ninhos, Que se balanam no ar, entre os ramos inquietos! V que luz, que calor, que multido de insetos! V que grande extenso de matas, onde impera, Fecunda e luminosa, a eterna primavera! Boa terra! jamais negou a quem trabalha O po que mata a fome, o teto que agasalha... Quem com o seu suor a fecunda e umedece, V pago o seu esforo, e feliz, e enriquece! Criana! no vers pas nenhum como este: Imita na grandeza a terra em que nasceste! BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929. Publicado em 1904, o poema A ptria harmoniza-se com um projeto ideolgico em construo na Primeira Repblica. O discurso potico de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que
(ENEM - 2015) O Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artsticas europeias do incio do sculo XX. Ren Magritte, pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produes. Um trao do Surrealismo presente nessa pintura o(a)
(ENEM - 2015) Ya Aqui c no terreiro Pel adi Faz inveja pra gente Que no tem mulher No jacut de preto velho H uma festa de ya i tem nga de Ogum De Oxal, de lemanj Mucama de Oxossi caador Ora viva Nan Nan Buruku Y yoo Y yooo No terreiro de preto velho iai Vamos sarav (a quem meu pai?) Xang! VIANA, G. Ag, Pixinguinha! 100 Anos. Som Livre, 1997. A cano Ya foi composta na dcada de 1930 por Pixinguinha, em parceria com Gasto Viana, que escreveu a letra. O texto mistura o portugus com o iorub, lngua usada por africanos escravizados trazidos para o Brasil. Ao fazer uso do iorub nessa composio, o autor
(ENEM - 2015) As formas plsticas nas produes africanas conduziram artistas modernos do incio do sculo XX, como Pablo Picasso, a algumas proposies artsticas denominadas vanguardas. A mscara remete :