(ENEM - 2015)
Yaô
Aqui có no terreiro
Pelú adié
Faz inveja pra gente
Que não tem mulher
No jacutá de preto velho
Há uma festa de yaô
Ôi tem nêga de Ogum
De Oxalá, de lemanjá
Mucama de Oxossi é caçador
Ora viva Nanã
Nanã Buruku
Yô yoo
Yô yooo
No terreiro de preto velho iaiá
Vamos saravá (a quem meu pai?)
Xangô!
VIANA, G. Agó, Pixinguinha! 100 Anos. Som Livre, 1997.
A canção Yaô foi composta na década de 1930 por Pixinguinha, em parceria com Gastão Viana, que escreveu a letra. O texto mistura o português com o iorubá, língua usada por africanos escravizados trazidos para o Brasil. Ao fazer uso do iorubá nessa composição, o autor
promove uma crítica bem-humorada às religiões afro-brasileiras, destacando diversos orixás.
ressalta uma mostra da marca da cultura africana, que se mantém viva na produção musical brasileira.
evidencia a superioridade da cultura africana e seu caráter de resistência à dominação do branco.
deixa à mostra a separação racial e cultural que caracteriza a constituição do povo brasileiro.
expressa os rituais africanos com maior autenticidade, respeitando as referências originais.