(ENEM 2016)
Participei de uma entrevista com o músico Renato Teixeira. Certa hora. alguém pediu para listar as diferenças entre a música sertaneja antiga e a atual. A resposta dele surpreendeu a todos: "Não há diferença alguma. A música caipira sempre foi a mesma. É uma música que espelha a vida do homem no campo, e a música não mente. O que mudou não foi a música, mas a vida no campo". Faz todo sentido: a música caipira de raiz exalava uma solidão, um certo distanciamento do país "moderno". Exigir o mesmo de uma música feita hoje, num interior conectado, globalizado e rico como o que temos, é impossível. Para o bem ou para o mal, a música reflete seu próprio tempo.
BARCINSKI, A. Mudou a música ou mudaram os caipiras? Folha de São Paulo, 4 jun, 2012 (adaptado)
A questão cultural indicada no texto ressalta o seguinte aspecto socioeconômico do atual campo brasileiro
Crescimento do sistema de produção extensiva.
Expansão de atividades das novas ruralidades.
Persistência de relações de trabalho compulsório.
Contenção da politica de subsídios agrícolas.
Fortalecimento do modelo de organização cooperativa.