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(FUVEST -2006 - 1 FASE )Noite de S. Joo para alm d

Português | Literatura | modernismo em Portugal | autores portugueses no modernismo | Fernando Pessoa
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(FUVEST - 2006 - 1 FASE )

Noite de S. João para além do muro do meu quintal.
Do lado de cá, eu sem noite de S. João.
Porque há S. João onde o festejam.
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite,
Um ruído de gargalhadas, os baques dos saltos.
E um grito casual de quem não sabe que eu existo.

(Alberto Caeiro, "Poesia".)

Considerando-se este poema no contexto das tendências dominantes da poesia de Caeiro, pode-se afirmar que, neste texto, o afastamento da festa de São João é vivido pelo eu-lírico como

A

oportunidade de manifestar seu desapreço pelas festividades que mesclam indevidamente o sagrado e o profano.

B

ânsia de integração em uma sociedade que o rejeita por causa de sua excentricidade e estranheza.

C

uma ocasião de criticar a persistência de costumes tradicionais, remanescentes no Portugal do Modernismo.

D

frustração, uma vez que não experimenta as emoções profundas nem as reflexões filosóficas que tanto aprecia.

E

reconhecimento de que só tem realidade efetiva o que corresponde à experiência dos próprios sentidos.