(FUVEST - 2023) Considere a pea publicitria para responder questo: https://plugcitarios.com/blog/2013/08/04/15-anuncios-do-greenpeace-que-deveriam-mudar-o-mundo/. Adaptado. a) Explique como imagem e texto reforam a relao entre passado e futuro expressa na pea publicitria. b) Tomando como referncia o pronome possessivo suas, em que consiste a ambiguidade do texto publicitrio?
(FUVEST - 2023) Leia o trecho e responda questo: Artistas no fazem arte apenas. Artistas criam e preservam mitos que tornam suas obras influentes. Enquanto os pintores do sculo XIX enfrentavam questes de credibilidade, Marcel Duchamp, o av da arte contempornea, fez da crena sua preocupao artstica central. Em 1917, ele declarou que um mictrio suspenso era uma obra de arte intitulada Fonte. Ao fazer isso, atribuiu aos artistas em geral um poder quase divino de designar qualquer coisa que quisessem como arte. No fcil defender esse tipo de autoridade, mas essencial para um artista que deseja obter sucesso. Numa esfera na qual tudo pode ser arte, no existe nenhuma medida objetiva de qualidade, de modo que o artista ambicioso deve estabelecer seus prprios padres de excelncia. A construo de padres exige no apenas uma imensa autoconfiana, mas tambm a convico dos outros. Como deidades competitivas, os artistas precisam hoje agir de modo a conquistar um squito fiel. Ironicamente, ser artista um ofcio. Sarah Thornton. O que um artista? Trad. Alexandre Barbosa de Souza. 2015. Adaptado. a) Considerando o sentido de arte e de artista no texto, explique por que, ironicamente, ser artista um ofcio. b) A construo de padres exige no apenas uma imensa autoconfiana, mas tambm a convico dos outros. Identifique os elementos coesivos do perodo transcrito e explique que ideia transmitem no texto.
(FUVEST - 2023) Leia o excerto e responda questo: Se os homens so estes seres da busca e se sua vocao ontolgica humanizar-se, podem, cedo ou tarde, perceber a contradio em que a educao bancria pretende mant-los e engajar-se na luta por sua libertao. Um educador humanista, revolucionrio, no h de esperar esta possibilidade. Sua ao, identificando-se, desde logo, com a dos educandos, deve orientar-se no sentido da humanizao de ambos. Do pensar autntico e no no sentido de doao, da entrega do saber. Sua ao deve estar infundida da profunda crena nos homens. Crena no seu poder criador. Isto tudo exige dele que seja um companheiro dos educandos, em suas relaes com estes. A educao bancria, em cuja prtica se d a inconciliao educadoreducandos, rechaa este companheirismo. E lgico que seja assim. No momento em que o educador bancrio vivesse a superao da contradio j no seria bancrio. J no faria depsitos. J no tentaria domesticar. J no prescreveria. Saber com os educandos, enquanto estes soubessem com ele, seria sua tarefa. J no estaria a servio da desumanizao. A servio da opresso, mas a servio da libertao. Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido, p. 86-87. Adaptado. a) Explique o sentido da expresso educao bancria, levando em conta a transferncia da palavra bancria do campo das finanas para o da educao. b) Como a repetio de j no contribui para a construo do sentido do ltimo pargrafo do texto?
(FUVEST - 2023) Considere os textos e responda questo: a) Em que consiste a ironia da imagem do texto 1 quando associada ao uso do termo infogrfico? b) Considerando a crtica veiculada pela charge, assinale a relao entre o texto 2 e o smbolo de frgil impresso na imagem do papelo do texto 1.
(FUVEST - 2023) Leia o texto e responda questo: C quer saber? Ento, vou te falar Por que as pessoas sadias adoecem? Bem alimentadas, ou no Por que perecem? Tudo est guardado na mente O que voc quer nem sempre condiz com o que outro sente Eu t falando de ateno que d colo ao corao E faz marmanjo chorar Se faltar um simples sorriso, s vezes, um olhar Que se vem da pessoa errada, no conta Amizade importante, mas o amor escancara a tampa E o que te faz feliz tambm provoca dor A cadncia do surdo no coro que se forjou E alis, c pra ns, at o mais desandado D um tempo na funo, quando percebe que amado E as pessoas se olham e no se falam Se esbarram na rua e se maltratam Usam a desculpa de que nem Cristo agradou Fal! C vai querer mesmo se comparar com o Senhor? As pessoas no so ms, elas s esto perdidas Ainda h tempo Criolo. Ainda h tempo. 2016. a) Transcreva dois versos da letra da cano que corroboram o ttulo Ainda h tempo. b) A letra da cano se constri a partir de ideias antitticas. Identifique e explique duas delas.
(FUVEST - 2023) Leia o fragmento e responda questo: A histria do gnero biografia nasceu de tal maneira colada historiografia do XIX que, a princpio, nem ao menos recebeu nome ou alcunha. Afinal, ele resumia a prpria disciplina. O modelo dessa forma de fazer histria era aquele que consagrava ao profissional a capacidade de enaltecer e engrandecer aquele que seria biografado. Histrias de reis, prncipes, senadores e governantes eram as mais recomendadas, para todo aquele que quisesse dignificar seu personagem, mas tambm sua ptria e nacionalidade. No Brasil, o gnero foi amplamente praticado pelo Instituto Histrico e Geogrfico que nasceu voltado ao enaltecimento do Imprio. S se faziam estudos de grandes vultos, assim como era prtica do estabelecimento fazer biografia dos outros prceros e dos da casa. Assim, ao lado das trajetrias de reis, rainhas, governadores gerais, literatos de fama, realizavam-se, no dia a dia da instituio, relatos biogrficos sobre os scios locais. No por coincidncia media-se a importncia do associado, a partir da pessoa que realizava sua biografia. Isto , quando um dos scios falecia, dizia a regra local que era preciso realizar uma pea biogrfica que seria impressa nas pginas da revista do estabelecimento. muito fcil entender a economia interna da instituio que costumava avaliar a relevncia do homenageado a partir da projeo e proeminncia daquele que redigia a homenagem, a qual tambm era dirigida instituio e prpria nao, como num jogo de domin. Lilia Moritz Schwarcz. Biografia como gnero e problema. 2013. Adaptado. Disponvel em: https://repositorio.usp.br/item/002720404 a) Tendo em vista as informaes sobre o gnero biografia, explique o sentido da expresso jogo de domin no texto. b) Considerando a funo sinttica da locuo a princpio e da orao quando um dos scios falecia, justifique a utilizao das vrgulas.
(FUVEST- 2023- 1 fase) TEXTO PARA AS QUESTES 05 E 06 Luc Boltanski e ve Chiapello demonstram com clareza e sagacidade a capacidade antropofgica do capitalismo financeiro que engole a linguagem do protesto e da libertao para transform-la e utiliz-la para legitimar a dominao social e poltica a partir do prprio mercado. Na dimenso do mundo do trabalho, por exemplo, todo um novo vocabulrio teve que ser inventado para escamotear as novas transformaes e melhor oprimir o trabalhador. Com essa linguagem aparentemente libertadora, passa-se a impresso de que o ambiente de trabalho melhorou e o trabalhador se emancipou. Assim houve um esforo dirigido para transformar o trabalhador em colaborador, para eufemizar e esconder a conscincia de sua superexplorao; tenta-se tambm exaltar os supostos valores de liderana para possibilitar que, a partir de agora, o prprio funcionrio, no mais o patro, passe a controlar e vigiar o colega de trabalho. Ou, ainda, h a inteno de difundir a cultura do empreendedorismo, segundo a qual todo mundo pode ser empresrio de si mesmo. E, o mais importante, se ele falhar nessa empreitada, a culpa apenas dele. necessrio sempre culpar individualmente a vtima pelo fracasso socialmente construdo. SOUZA, Jess.Como o racismo criou o Brasil. Rio de Janeiro: Estao Brasil, 2021. O uso dos verbos passar (2 pargrafo) e tentar (3 pargrafo) no texto, em sua forma pronominal, revela
(FUVEST - 2023) Leia o poema e responda questo: Pequei, Senhor; mas no porque hei pecado, Da vossa alta clemncia me despido; Porque, quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um s gemido: Que a mesma culpa, que vos h ofendido, Vos tem para o perdo lisonjeado. Se uma ovelha perdida e j cobrada, Glria tal e prazer to repentino Vos deu, como afirmais na sacra histria, Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a; e no queirais, pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glria. Gregrio de Matos Neste conhecido soneto de Gregrio de Matos, o eu lrico, visando ao convencimento de seu interlocutor, se vale de um rebaixamento retrico com relao a Deus. a) Para qual atributo divino o eu lrico apela nos quartetos? Justifique, com base no texto, a sua resposta. b) Ao se dirigir a Deus, o argumento do qual o eu lrico lana mo se apresenta em forma de silogismo, ou seja, um raciocnio estruturado a partir de duas premissas, com base nas quais se deduz uma concluso. Na folha de respostas, descreva, com as suas palavras, as premissas e a concluso presentes nos tercetos do poema.
(FUVEST- 2023- 1 fase) TEXTO PARA AS QUESTES 07 E 08 Os verbos detonar e avariar, no texto, so exemplos de
(FUVEST- 2023- 1 fase) TEXTO PARA AS QUESTES 07 E 08 Da leitura da tira, depreende-se que
(FUVEST - 2023) Leia os versos e responda questo: Ambio gera injustia. Injustia, covardia. Dos heris martirizados nunca se esquece a agonia. Por horror ao sofrimento, ao valor se renuncia. E, sombra de exemplos graves, nascem geraes opressas. Quem se mata em sonho, esforo, mistrios, viglias, pressas? Quem confia nos amigos? Quem acredita em promessas? Que tempos medonhos chegam, depois de to dura prova? Quem vai saber, no futuro, o que se aprova ou reprova? De que alma que vai ser feita essa humanidade nova? Ceclia Meireles trecho final do Romance LIX ou Da Reflexo dos Justos, de Romanceiro da Inconfidncia. a) Como se articula a sequncia ambio, injustia e covardia formada no poema com o episdio fatal de Tiradentes? b) A voz lrica interroga quais sero as consequncias dos acontecimentos brbaros da histria sobre as novas geraes. Por que essa uma reflexo dos justos?
(FUVEST - 2023) Leia o trecho e responda questo: No dia em que Luisaltino no foi trabalhar na roa - disse que estava perrengue - Pai teve uma hora em que quis conversar com Miguilim. Drelina, a Chica e Tomezinho tinham trazido o almoo e voltaram para casa. Pai fez um cigarro, e falou do feijodas-guas, e de quantos carros de milho que podia vender para seo Braz do Bio. Perguntou. Mas Miguilim no sabia responder, no achou jeito, cabea dele no dava para esses assuntos. Pai fechou a cara. Pai disse: Vigia, Miguilim: alil? Miguilim olhou e no respondeu. No estava vendo. Era uma plantao brotando da terra, l adiante, mas direito ele no estava enxergando. Pai calou a boca, muitas vezes. Mas, de noite, em casa, mesmo na frente de Miguilim, pai disse Me que ele no prestava, que menino bom era o Dito, que Deus tinha levado para si, era muito melhor tivesse levado Miguilim em vez do Dito. Guimares Rosa, Campo Geral, In: Manuelzo e Miguilim (Corpo de Baile). a) No trecho acima, o Pai diz preferir Dito a Miguilim. Preencha as lacunas da folha de respostas, substituindo os termos originais por outro verbo e outro adjetivo, respectivamente, que salientem o mesmo critrio de valor do Pai a respeito dos filhos. b) Reproduza uma frase do trecho que apresente uma caracterstica de Miguilim, a qual ser enfocada, em tom esperanoso, no arremate da narrativa. Em seguida, justifique a sua escolha.
(FUVEST - 2023) Leia os fragmentos e responda questo: I. (...) No Minha terra tem palmeiras, nome admirabilssimo que eu invejo, h poemas excelentes e muita coisa boa. Mas como voc ainda est muito inteligente de cabea pra cair no lirismo, repare que h muita coisa que contada com memria em vez de vivida com sensao evocada. Disso um tal ou qual elemento prosaico que diminui a variedade do verso livre porque o confunde com a prosa. Todos ns temos isso. Mrio de Andrade carta de 1924 a Carlos Drummond de Andrade, recolhida em A Lio do amigo. II. CANO DO EXLIO Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi; As aves, que aqui gorjeiam, No gorjeiam como l. (...) No permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para l; Sem que disfrute os primores Que no encontro por c; Sem quinda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabi. Gonalves Dias Primeiros cantos. III. EUROPA, FRANA E BAHIA Meus olhos brasileiros sonhando exotismos. Paris. A torre Eiffel alastrada de antenas como um caranguejo. Os cais bolorentos de livros judeus e a gua suja do Sena escorrendo sabedoria. (...) Meus olhos brasileiros se enjoam da Europa. (...) Chega! Meus olhos brasileiros se fecham saudosos. Minha boca procura a Cano do exlio. Como era mesmo a Cano do exlio? Eu to esquecido de minha terra... Ai terra que tem palmeiras onde canta o sabi! Carlos Drummond de Andrade Alguma poesia. a) Embora tivesse grande respeito pelas ideias de Mrio de Andrade, Drummond no aderiu sem reservas ao nacionalismo literrio do amigo. Isso pode explicar a troca do ttulo do livro Minha terra tem palmeiras por Alguma poesia? Comente a sua resposta. b) De acordo com Mrio de Andrade, o senso crtico afasta Drummond da poesia mais sentimental. A partir dessa nota, analise a diferena entre a viso romntica da Cano do exlio e a viso moderna de Europa, Frana e Bahia.
(FUVEST - 2024) A partir da leitura de Dois irmos, com o foco na questo da paternidade de Nael, narrador do romance, pode-se afirmar:
(FUVEST - 2023- 1 fase) Mas no medimos os tempos que passam, quando os medimos pela sensibilidade. Quem pode medir os tempos passados que j no existem ou os futuros que ainda no chegaram? S se algum se atrever a dizer que pode medir o que no existe! Quando est decorrendo o tempo, pode perceb-lo e medi-lo. Quando, porm, j estiver decorrido, no o pode perceber nem medir, porque esse tempo j no existe. Santo Agostinho. Confisses. O tempo fsico e o tempo psicolgico se diferenciam na medida em que o primeiro se firma na objetividade e o segundo, na subjetividade. De acordo com os argumentos de Santo Agostinho, pode-se dizer que, no romance Angstia, de Graciliano Ramos, a passagem que melhor exprime a durao interior :