(Pucpr 2016) Leia a carta enviada por um cidadão brasileiro a Getúlio Vargas em 1939 e considere as afirmações a seguir: Pindamonhangaba, 3 de dezembro de 1939.Exmo. Sr. Dr. Getúlio Vargas.Operário, mas sabendo ler e escrever, acompanho pela leitura dos jornais tudo quanto se relaciona com o desenvolvimento, com o progresso de nossa Pátria. Com esse interesse era natural que não me escapassem as notícias sobre a organização do Código da Família, obra meritória de que está cogitando o benemérito governo de V. Excia.Nessa expectativa, peço licença a V. Excia. para juntar a esta uma fotografia, minha, de minha mulher e de meus filhos em número de onze, esperando que o governo patriótico do Estado Novo me ampare, dando-me trabalho e aos meus filhos a fim de que honesta e dignamente eu possa cuidar da manutenção e da instrução da prole, promovendo, assim, a grandeza do nosso querido Brasil.Não quero, Exmo. Sr. Dr. Getúlio Vargas, uma esmola, mas preciso sim de trabalho e de assistência, pois agora mesmo sinto a minha saúde abalada e devo confessar a V. Excia. a minha impossibilidade. Não será isso, aliás, de admirar, pois o que pode ganhar, numa cidade do interior, um modesto ferreiro?Subscrevo, patrício, admirador e criado.Sebastião Nogueira(Fonte: Arquivo Nacional. Presidência da República. Série 17 – Ministérios. Lata 192 – 1938-1939. (Foi mantida a grafia original das cartas)) I. A carta foi escrita durante o Estado Novo, período marcado pela democracia populista de Getúlio Vargas.II. Pelo caráter ditatorial do Estado Novo, é possível afirmar que o governo não respondeu à demanda solicitada, uma vez que o assistencialismo não era uma prática política desse período.III. A partir da leitura da carta é possível afirmar que Vargas mantinha uma política de aproximação com os trabalhadores como meio de promover o desenvolvimento do país.IV. O argumento do operário Sebastião Nogueira ao solicitar auxílio ao presidente é o de cooperar como trabalhador e pai de família para a grandeza da nação brasileira. Está(ão) CORRETA(S) somente a(s) afirmação(ões):
(PUCPR 2016) O islamismo, religião monoteísta fundada por Maomé (c. 570-632), mudou o cenárioreligioso e político do Oriente Médio e de toda a bacia do Mediterrâneo. Os padrões islâmicos demoralidade e as normas que regulam a vida cotidiana são fixados pelo Alcorão, que os muçulmanosacreditam conter a palavra de Alá, tal qual revelada a Maomé. Para os muçulmanos, sua religião é aconclusão e o aperfeiçoamento do judaísmo e do cristianismo. Maomé conseguiu unificar as tribosárabes, envolvidas em constantes disputas, numa força poderosa dedicada a Alá e à difusão da féislâmica. Após a morte de Maomé, no entanto, seus sucessores não conseguiram manter a unidade, pordisputas sucessórias. Essas disputas dividiram o Islã em dois grupos principais, que permanecem até osdias de hoje. É CORRETO afirmar que esses dois grupos rivais são:
(PUC/RS -2016) A dcada de 1980 assistiu a um processo de retomada da democracia poltica no Brasil, que culminaria com a eleio do primeiro presidente civil, em 1985, e a promulgaode uma Nova Constituio, em 1988. Sobre esse processo, correto afirmar:
(Pucsp 2016) “As fugidias confissões que os inquisidores tentavam arrancar dos acusados proporcionam ao pesquisador atual as informações que ele busca – claro que com um objetivo totalmente diferente. Mas, enquanto lia os processos inquisitoriais, muitas vezes tive a impressão de estar postado atrás dos juízes para espiar seus passos, esperando, exatamente como eles, que os supostos culpados se decidissem a falar das suas crenças.” Carlo Ginzburg. O fio e os rastros. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 283-284. Adaptado. O texto aponta semelhanças entre a expectativa do inquisidor, que colhia os depoimentos daqueles que eram julgados pelo Santo Ofício, e a expectativa do pesquisador, que, séculos depois, analisa os processos inquisitoriais. O “objetivo totalmente diferente” de cada um deles pode ser assim caracterizado:
TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: Leia atentamente o texto abaixo para responder (s) questo(es) a seguir. Histria da pintura, histria do mundo O homem nunca se contentou em apenas ocupar os espaos do mundo; sentiu logo a necessidade de represent-los, reproduzi-los em imagens, formas, cores, desenh-los e pint-los na parede de uma caverna, nos muros, numa pea de pano, de papel, numa tela de monitor. Acompanhar a histria da pintura acompanhar um pouco a histria da humanidade. , ainda, descortinar o espao ntimo, o espao da imaginao, onde podemos criar as formas que mais nos interessam, nem sempre disponveis no mundo natural. Um guia notvel para aprender a ler o mundo por meio das formas com que os artistas o conceberam o livro Histria da Pintura, de uma arguta irm religiosa, da ordem de Notre Dame, chamada Wendy Beckett. Ensina-nos a ver em profundidade tudo o que os pintores criaram, e a reconhecer personagens, objetos, fatos e ideias do perodo que testemunharam. A autora comea pela Pr-Histria, pela caverna subterrnea de Altamira, em cujas paredes, entre 15000 e 12000 a.C., toscos pincis de canios ou cerdas e p de ocre e carvo deixaram imagens de bises e outros animais. E d um salto para o antigo Egito, para artistas que j obedeciam chamada regra de proporo, pela qual se garantia que as figuras retratadas como caadores de aves e mulheres lamentosas no funeral de um fara se enquadrassem numa perfeita escala de medidas. J na Grcia, a pintura de vasos costuma ter uma funo narrativa: em alguns notam-se cenas da Ilada e da Odisseia. A maior preocupao dos artistas helensticos era a fidelidade com que procuravam representar o mundo real, sobretudo em seus lances mais dramticos, como os das batalhas. A arte crist primitiva e medieval teve altos momentos, desde os consagrados figurao religiosa nas paredes dos templos, como as imagens da Virgem e do Menino, at as ilustraes de exemplares do Evangelho, as chamadas iluminuras artesanais. Na altura do sculo XII, o estilo gtico se imps, tanto na arquitetura como na pintura. Nesta, o fascnio dos artistas estava em criar efeitos de perspectiva e a iluso de espaos que parecem reais. Mas na Renascena, sobretudo na italiana, que a pintura atinge certa emancipao artstica, graas a obras de gnios como Leonardo, Michelangelo, Rafael. o imprio da perspectiva, considerada por muitos artistas como mais importante do que a prpria luz. Para alm das representaes de carter religioso, as paisagens rurais e retratos de pessoas, sobretudo das diferentes aristocracias, apresentam-se num auge de realismo. Em passos assim instrutivos, o livro da irm Wendy vai nos conduzindo por um roteiro histrico da arte da pintura e dos sucessivos feitos humanos. Desde um jogo de boliche numa estalagem at figuras femininas em atividades domsticas, de um ateli de ourives at um campo de batalha, tudo vai se oferecendo a novas tcnicas, como a da cmara escura, explorada pelo holands Vermeer, pela qual se obtinha melhor controle da luminosidade adequada e do ngulo de viso. Entram em cena asnovas criaes da tecnologia humana: os navios a vapor, os trens, as mquinas e as indstrias podem estar no centro das telas, falando do progresso. Nem faltam, obviamente, os motivos violentos dahistria: a Revoluo Francesa, a sanguinria invaso napolenica da Espanha (num quadro inesquecvelde Goya), escaramuas entre rabes. Em contraste, paisagens buclicas e jardins harmoniosos desfilamainda pelo desejo de realismo e fidedignidade na representao da natureza. Mas sobrevm uma crise do realismo, da submisso da pintura s formas dadas do mundonatural. Artistas como Manet, Degas, Monet e Renoir aplicam-se a um novo modo de ver, pelo qual aimagem externa se submete viso ntima do artista, que a tudo projeta agora de modo sugestivo,numa luz mais ou menos difusa, apanhando uma realidade moldada mais pela impresso da imaginaocriativa do que pelas formas ntidas naturais. No Impressionismo, uma catedral pode ser pouco maisque uma grande massa luminosa, cujas formas arquitetnicas mais se adivinham do que se traam.Associada Belle poque, a arte do final do sculo XIX e incio do XX guardar ainda certa inocncia davida provinciana, no campo, ou na vida mundana dos cafs, na cidade. Desfazendo-se quase que inteiramente dos traos dos impressionistas, artistas como Van Goghe Czanne, explorando novas liberdades, fazem a arte ganhar novas tcnicas e aproximar-se daabstrao. A dimenso psicolgica do artista transparece em seus quadros: o quarto modestssimo de Van Gogh sugere um cotidiano angustiado, seus campos de trigo parecem um dourado a saltar da tela. APrimeira Grande Guerra eliminar compreenses mais inocentes do mundo, e o sculo XX em marchaacentuar as cores dramticas, convulsionadas, as formas quase irreconhecveis de uma realidade fraturada. O cubismo, o expressionismo e o abstracionismo (Picasso, Kandinsky e outros) interferemradicalmente na viso natural do mundo. Por outro lado, menos libertrio, doutrinas totalitaristas,como a stalinista e a nazifascista, pretendero que os artistas se submetam s suas ideologias. JMondrian far escola com a geometria das formas, Salvador Dal expandir o surrealismo dos sonhos, emuitas tendncias contemporneas passam a sofrer certa orientao do mercado da arte, agoraespeculada como mercadoria. Em suma, a histria da pintura nos ensina a entender o que podemos ver do mundo e de nsmesmos. As peas de um museu parecem estar ali paralisadas, mas basta um pouco da nossaateno a cada uma delas para que a vida ali contida se manifeste. Com a arte da pintura aprenderam asartes e tcnicas visuais do nosso tempo: a fotografia, o cinema, a televiso devem muito ao que ohomem aprendeu pela fora do olhar. Novos recursos ampliam ou restringem nosso campo de viso:atualmente muitos andam de cabea baixa, apontando os olhos para a pequena tela de um celular.Ironicamente, algum pode baixar nessa telinha A criao do homem, que Michelangelo produziupara eternizar a beleza do forro da Capela Sistina. (BATISTA, Domenico, indito) Observe a figura abaixo e leia o texto. O relevo remete a um trecho da Ilada, de Homero, e mostra, com acentuado vigor dramtico, o transporte do corpo do heri Heitor, amparado pelo pai, Pramo, rei de Troia. (In: DIVALTE G. Figueira. Histria. So Paulo: tica, 2003, p. 36) Com base na figura e no texto, pode-se afirmar que a obra
(Pucpr 2016) De acordo com Boris Fausto (1999, p. 484) e sobre o período da Ditadura Militar no Brasil, “O governo Médici não se limitou à repressão. Distinguiu claramente entre um setor significativo, mas minoritário na sociedade, adversário do regime, e a massa da população que vivia um dia a dia de alguma esperança nesses anos de prosperidade econômica. A repressão acabou com o primeiro setor, enquanto a propaganda encarregou-se de, pelo menos, neutralizar o segundo. Para alcançar este último objetivo, o governo contou com o grande avanço das telecomunicações no país, após 1964”. Sobre esse avanço e sobre o Governo Médici, marque a alternativa CORRETA.
(PUC/RS -2016) Em maro de 1964, um movimento militar derrubou o ento presidente Joo Goulart (PTB), dando origem a uma nova fase da histria brasileira, na qual se estabeleceu uma Ditadura Militar, que durou at meados dos anos 1980. Sobre as causas que deram origem ao Golpe Militar de 1964, NO possvel incluir
(PUC/RJ -2016) Sobre a conquista espanhola da Amrica nos sculos XV e XVI, assinale a afirmativa CORRETA.
(Pucrs 2016) A década de 1920 foi um período importante de transição na história política do Brasil Republicano, sendo caracterizada
(Pucsp 2016) Profundamente identificado com a política saneadora e, principalmente, regeneradora implantada pelo presidente Rodrigues Alves (1902-1906), Pereira Passos foi nomeado o homem forte do projeto que visava fazer da capital da República uma vitrine do discurso civilizatório. Julia ODonnell. A invenção de Copacabana. Culturas urbanas e estilos de vida no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 2013, p. 52. O projeto mencionado no texto envolveu, entre outras iniciativas,
Para responder àquestãoa seguir, considere o texto abaixo. Euclides fora um dos que deram à nossa história um estilo: uma forma de pensar e sentir o país (...) Não casualmente ele conferira lugar especial ao fenômeno da mestiçagem (...) Ele teria descoberto nossa tendência à fusão, nossa aptidão para a domesticação da natureza e para a religiosidade. A figura do sertanejo como forte de espírito por excelência era o símbolo de nossa originalidade completa. (GOMES, Ângela de Castro. História e historiadores. A política cultural do Estado Novo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 195) 1. (Puccamp 2016) A Revolta de Canudos, no sertão nordestino, apresentava, entre suas motivações,
(Puccamp 2016) A imposição, pelas metrópoles, de leis severas às populações de suas colônias, contribuiu para acirrar movimentos pela independência nas Américas. Isso pode ser constatado ao examinarmos o impacto
(PUC/Camp - 2016) Os homens reunidos em sociedade (relevem-me este tom meio pedante) esto virtual e tacitamente obrigados a obedecer s leis formuladas por eles mesmos para a convenincia comum. H, porm, leis que eles no impuseram, que acharam feitas, que precederam as sociedades, e que se ho de cumprir no por uma determinao de jurisprudncia humana, mas por uma necessidade divina e eterna. Entre essas, e antes de todas, figura a da luta pela vida (...) (ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 432) A imposio, pelas metrpoles, de leis severas s populaes de suas colnias, contribuiu para acirrar movimentos pela independncia nas Amricas. Isso pode ser constatado ao examinarmos o impacto
(PUC/SP -2016) Desde a promulgao da constituio de 1988, o sistema partidrio e o legislativo constituram as principais vias pelas quais as demandas da populao foram canalizadas para o sistema poltico. As mudanas socioeconmicas desde ento promovidas podem ser insuficientes, mas no so poucas. E foram alcanadas por meio do voto e de sua representao no executivo e no legislativo. (Argelina Cheibub Figueiredo. O Brasil na encruzilhada: democracia ou reformas?, in Angela Alonso e Miriam Dolhnikoff (org.). 1964, do golpe democracia. So Paulo: Hedra, 2015, p. 40.) A partir do texto, pode-se afirmar que, aps o fim do regime militar brasileiro (1964-1985),
(PUC/Camp -2016) Deve ter sido importante para Drummond o poema do escritor chileno Pablo Neruda, lido na cidade do Mxico em 1942 e logo depois afixado em cartazes nas ruas da cidade: Canto a Stalingrado. O poema de Neruda no fala de vitria, e sim de resistncia, alm de clamar de modo indignado pela abertura da Segunda Frente que viria aliviar a Unio Sovitica da presso nazista. J na Carta a Stalingrado, de Drummond, o ncleo propriamente do poema se espraia tanto para o lado pico, que relaciona a vitria de Stalingrado aos destinos da humanidade, como para o lado lrico, em que a batalha vista a partir das suas ressonncias no eu. (MOURA, Murilo Marcondes de. O mundo sitiado. So Paulo: Editora 34, 2016, p. 128) A batalha de Stalingrado foi um evento significativo da participao da Unio Sovitica (URSS) na II Guerra. A respeito da posio e das alianas desse pas nesse conflito mundial, correto afirmar que