(Puccamp 2017)
As páginas reproduzidas a seguir fazem parte de publicação do Instituto A gente transforma. Seus componentes apresentam-se assim: “Nós somos um movimento que nasceu a partir de um impulso, uma inquietação e entendimento da necessidade de valorização do ser humano e seus saberes legítimos ancestrais, como ferramenta de transformação e liberdade.” Usam o design como ferramenta para expor a alma brasileira, a partir do mergulho na cultura dos povos que formam o nosso país.
Observe com cuidado o conjunto abaixo reproduzido.
Ancestralidade
Quando o antigo bogoió foi encontrado na casa de dona Chica, em 2012, as artesãs perceberam que o futuro estava no passado. Ou melhor, que o futuro estava no conhecimento, na ancestralidade, na cultura, na fé e na resistência representada pelo artesanato. O artesanato tem o espírito da resistência e da rebeldia. Não há peças iguais em Várzea Queimada. Elas carregam a personalidade de seus autores. O antigo e o novo se misturam na Toca das Possibilidades.
Aqui, não há limites para a criatividade.
Instituto A gente transforma: Várzea Queimada. p. 8, 9 e 15)
Sobre o que se tem no texto, afirma-se com correção:
a) Palavras de sentido oposto, que normalmente se excluiriam, estão combinadas, para reforçar a expressão, em as artesãs perceberam que o futuro estava no passado.
b) A expressão Ou melhor introduz uma retificação, visto que a palavra futuro, usada na frase anterior, não foi empregada em seu sentido próprio.
c) As formas verbais empregadas para expressar as ações, em foi encontrado e perceberam, impedem que essas sejam entendidas como concomitantes.
d) Se, em lugar do verbo “haver”, em Não há peças iguais em Várzea Queimada, tivesse sido empregado “existir”, este verbo deveria também ser usado no singular, para que fosse mantida a correção gramatical.