(UEFS 2015 - Meio do ano)
O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. O que Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre a mais, no meio da alegria, e inda mais alegre ainda no meio da tristeza! Só assim de repente, na horinha em que se quer, de propósito — por coragem. Será? Era o que eu às vezes achava.
ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 449.
O texto em destaque é um fragmento da obra Grande Sertão: veredas, do escritor modernista Guimarães Rosa. Segundo as reflexões do sujeito narrador Riobaldo, a vida pode ser vista como
o trânsito da existência, marcada pela mistura instável de experiências ambivalentes, que exigem a coragem do ser humano.
a ambiguidade de vivências que, em vez de gerar a alegria, reforçam a tristeza e a insegurança nas tomadas de decisões.
uma grande dúvida sobre o que realmente é importante e essencial para a felicidade e satisfação do homem.
uma prova única capaz de transformar o viver das pessoas na concretização do desejo de felicidade.
um repertório existencial de reflexões que garantem todas as sensações positivas para o indivíduo.