(UEL 2006)
“Quando é, pois, que a alma atinge a verdade? Temos de um lado que, quando ela deseja investigar com a ajuda do corpo qualquer questão que seja, o corpo, é claro, a engana radicalmente.
- Dizes uma verdade.
- Não é, por conseguinte, no ato de raciocinar, e não de outro modo, que a alma apreende, em parte, a realidade de um ser?
- Sim.
[...] - E é este então o pensamento que nos guia: durante todo o tempo em que tivermos o corpo, e nossa alma estiver misturada com essa coisa má, jamais possuiremos completamente o objeto de nossos desejos! Ora, esse objeto é, como dizíamos, a verdade.”
(PLATÃO. Fédon. Trad. Jorge Paleikat e João Cruz Costa. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 66-67.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de verdade em Platão, é correto afirmar:
O conhecimento inteligível, compreendido como verdade, está contido nas ideias que a alma possui.
A verdade reside na contemplação das sombras, refletidas pela luz exterior e projetadas no mundo sensível.
A verdade consiste na fidelidade, e como Deus é o único verdadeiramente fiel, então a verdade reside em Deus.
A principal tarefa da filosofia está em aproximar o máximo possível a alma do corpo para, dessa forma, obter a verdade.
A verdade encontra-se na correspondência entre um enunciado e os fatos que ele aponta no mundo sensível.