(UEL 2018 - 2a fase) O capitalismo tornou-se hegemônico na última década do século XX. No curso do seu desenvolvimento, esse sistema socioeconômico sofreu muitas transformações. Entre elas, cabe destacar, na esfera das relações de produção, a transição do padrão de estruturação técnica e organizacional fordista pelo padrão toyotista – que alguns, de modo abrangente, denominam “acumulação flexível”. Nessa transição, uma série de mudanças políticas, jurídicas e culturais ocorreram de modo entrelaçado, seja respondendo àquelas transformações ou, então, antecipando-se a elas. De acordo com o sociólogo brasileiro Ricardo Antunes, na década de 1980,
o toyotismo penetra, mescla ou mesmo substitui o padrão fordista dominante em várias partes do mundo globalizado. Vivem-se formas transitórias de produção, cujos desdobramentos são também agudos, no que diz respeito aos direitos do trabalho.
(ANTUNES, R. Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 2.ed. São Paulo: Cortez, 1995. p.16.)
Com base nessa contextualização e os conhecimentos científicos sobre o tema, explique os motivos pelos quais a recente reestruturação técnica e organizacional do modo de produção capitalista repercutiu sobre a legislação trabalhista e intensificou os conflitos sindicais e políticos no Brasil atual.