(UFRGS - 2019) Cena 1 1Em uma madrugada 2chuvosa, um trabalhador residente em So Paulo 3acorda, ao 4amanhecer, s cinco 5horas, toma 6rapidamente o caf da manh, dirige-se at o carro, acessa a rua, e, como de costume, faz o mesmo trajeto at o trabalho. 7Mas, em um desses inmeros dias, ouve pelo rdio que 8uma das avenidas de sua habitual rota est totalmente congestionada. A partir dessa informao e 9enquanto dirige, o trabalhador inicia um processo mental analtico para escolher uma rota alternativa que o faa chegar _____1_____ empresa no horrio de sempre. 10Para decidir sobre essa nova rota, ele dever considerar11: a nova distncia a ser percorrida, o tempo gasto no deslocamento, a quantidade de cruzamentos existentes em cada rota, em qual das rotas encontrar chuva e em quais rotas passar por reas sujeitas a alagamento. Cena 2 12Mais tarde no mesmo dia, um casal residente na mesma cidade obtm financiamento imobilirio e 13decide pela compra de um apartamento. So inmeras opes de imveis venda. Para a escolha adequada do local de sua morada em So Paulo, o casal dever levar em conta, alm do valor do apartamento, tambm outros critrios14: variao do preo dos imveis por bairro, distncia do apartamento at a escola dos filhos pequenos, tempo gasto entre o apartamento e o local de emprego do casal, preferncia por um bairro tranquilo e existncia de linha de nibus integrada ao metr nas proximidades do imvel entre outros critrios. Essas duas cenas urbanas descrevem situaes comuns _____2_____ passam diariamente muitos dos cidados residentes em grandes cidades. 15As 16protagonistas tm em comum a angstia de tomar uma deciso complexa, 17escolhida dentre vrias possibilidades oferecidas pelo espao geogrfico. Alm de mostrar que a geografia vivida no cotidiano, as duas cenas mostram tambm que, para tomar a deciso que _____3_____ seja mais conveniente, nossas 18protagonistas devero realizar, primeiramente, uma 19anlise geoespacial da cidade. Em ambas as cenas, essa anlise se desencadeia a partir de um sistema cerebral composto de 20informaes geogrficas representadas internamente na forma de mapas mentais que induziro as trs protagonistas a tomar suas decises. Em cada cena podemos visualizar uma pergunta espacial. Na primeira, o trabalhador pergunta: 21qual a melhor rota a seguir, desde este ponto onde estou at o local de meu trabalho, neste horrio de segunda-feira? Na segunda, o questionamento seria: qual o lugar da cidade que rene todos os critrios geogrficos adequados nossa moradia? 22A cena 1 um exemplo clssico de anlise de redes, enquanto a cena 2 um exemplo clssico de alocao espacial duas das tcnicas mais importantes da anlise geoespacial. 23A anlise geoespacial rene um conjunto de mtodos e tcnicas quantitativos dedicados soluo dessas e de outras perguntas 24similares, em computador, _____4_____ respostas dependem da organizao espacial de informaes geogrficas em um determinado tempo. Dada a complexidade dos modelos, muitas tcnicas de anlise geoespacial foram transformadas em linguagem computacional e reunidas, posteriormente, em um sistema de informao geogrfica. Esse fato geotecnolgico contribuiu para a 25popularizao da anlise geoespacial realizada em computadores26, que atualmente simplificada pelo termo geoprocessamento. Adaptado de: FERREIRA, Marcos Csar. Iniciao anlise geoespacial: teoria, tcnicas e exemplos para geoprocessamento. So Paulo: Editora UNESP, 2014. p. 33-34. O texto apresenta diferentes modos de organizao em sua composio. Na coluna da superior, abaixo, so listados modos de organizao do texto; na inferior, passagens que correspondem, predominantemente, a esses modos de organizao. Associe corretamente a coluna superior inferior. 1. Modo descritivo 2. Modo explicativo 3. Modo narrativo ( ) Em uma madrugada chuvosa, [...] (ref. 1). ( ) acorda, ao amanhecer, s cinco horas, toma rapidamente o caf da manh, dirige-se at o carro, acessa a rua, e, como de costume, faz o mesmo trajeto at o trabalho (ref. 3). ( ) uma das avenidas de sua habitual rota est totalmente congestionada (ref. 8). ( ) A cena 1 um exemplo clssico de anlise de redes, a cena 2 um exemplo clssico de alocao espacial duas das tcnicas mais importantes da anlise geoespacial (ref. 22). ( ) A anlise geoespacial rene um conjunto de mtodos e tcnicas quantitativos dedicados soluo dessas e de outras perguntas similares, em computador, [...] (ref. 23). A sequncia correta de preenchimento dos parnteses, de cima para baixo,
REDAÇÃO Pai da pátria O termo vem do latim pater patriae e simboliza o papel de determinada personalidade na formação da unidade nacional e de sua independência. O nosso Pai da Pátria não é um, mas dois: Dom Pedro I e José Bonifácio. Cada nação tem o seu, que serve de modelo de heroísmo e dignidade. O Pai da Pátria está acima de nós, como numa família tradicional. Não em valor, que valorosos somos todos, mas em representatividade. O Pai da Pátria poderia, inclusive, ser o epíteto de todo chefe do executivo, não fosse, especialmente no nosso caso, uma piada. Há pesquisas sérias sobre a importância de se ter um pai reconhecido em certidão. O Brasil, de forma simbólica, tem os dois já citados, mas, na prática, é como se fôssemos filhos de um pai fantasma, que não nos deu o senso de inclusão familiar, de responsabilidade e de orgulho, deixando-nos à deriva. Quem me dera ser crédula, confiante. Do tipo que admite estarmos em meio a uma crise medonha, mas que dela brotará um Estado maior, melhor. Já fui assim otimista, mas o tempo passou e me cobrou alguma lucidez e coragem para encarar a realidade. Agora não me é mais dada a alternativa de embarcar num faz de conta, acreditar em devaneios: o fato é que sempre estivemos irreversivelmente lascados, pois desde que essa história começou (1500), foi um tropeço atrás de outro, um país descoberto por engano, por causa de uns ventos inesperados que conduziram as caravelas para outro destino que não a Índia e foram parar aqui sem querer, e quem dá importância ao que foi sem querer? Descuidos não são levados a sério, nunca fomos e jamais seremos a primeira opção nem pra nós mesmos. O Brasil é um acidente de percurso do qual se tenta tirar alguma vantagem para que o engano de rota não resulte em total perda de tempo. Se você discorda, se ainda acredita que um dia seremos um país íntegro, digno, consistente, me declaro invejosa da sua fé. Sou uma ratazana descrente que não abandona o navio porque tem parentes no convés, apenas por isso. Sorte a minha, e provavelmente a sua, de que colecionamos algumas vitórias particulares: amigos fiéis, o gosto pela música, amar e ser amado, gozar de boa saúde, poder ir ao cinema de vez em quando, não ter vergonha do passado e acreditar-se merecedor de um banho de sol, de um banho de mar, de um banho de chuva, essas trivialidades naturais que mantêm o corpo e a alma azeitados. A vida vale a pena em sua simplicidade, aquela que ainda comove, pois rara. Mas não nos gabemos, pois ainda que nossa família nuclear e nossa trajetória pessoal não nos envergonhem, somos todos habitantes de uma pátria órfã. Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/martha-medeiros/noticia/2017/08/pai-da-patria-9867095.html. Acesso em: 09 out. 2017. Como é possível ver, o texto de Martha Medeiros é enriquecido por vários recursos que permitem à autora formular o seu ponto de vista de maneira muito clara. Há metáforas, ironias, argumentos e exemplos, entre outros recursos; e tudo está a serviço das ideias defendidas no conjunto do texto. Após a leitura, você, certamente, construiu uma opinião sobre o que diz a autora. Você pode ter concordado integralmente com o texto ou apenas parcialmente; pode ter discordado integralmente ou apenas parcialmente. É assim mesmo! Muitas vezes, lemos um texto e concordamos integralmente com ele, pois suas ideias coincidem com o que pensamos a respeito daquele assunto; outras vezes, concordamos apenas parcialmente com os argumentos apresentados, porque há pontos dos quais discordamos. O contrário também é possível. Podemos discordar integralmente das ideias expressas em um texto, porque temos um entendimento completamente diferente a respeito daquele assunto; por vezes, enfim, podemos discordar apenas parcialmente, pois há pontos com os quais concordamos. Os leitores sabem que é sempre assim, e os autores também sabem. O mais importante, porém, é reconhecer que o debate deve ser feito com tolerância e ética. Assim, a partir da leitura do texto de Martha Medeiros e das observações feitas acima, elabore um texto dissertativo que apresente o seu ponto de vista acerca das ideias da autora sobre o Brasil. Considere que o seu texto pode ser lido pela autora, logo ele terá de conter a sua opinião, de maneira bem fundamentada, com argumentos que sustentem o seu ponto de vista, para que a autora entenda claramente o posicionamento adotado. Em resumo, em seu texto, você deve se posicionar a respeito das ideias da autora sobre o Brasil: contestá-las parcial ou integralmente; aprová-las parcial ou integralmente. Instruções A versão final do texto deve respeitar as observações abaixo. 1 - Conter um título na linha destinada a esse fim. 2 - Ter a extensão mínima de30 linhas, excluído o título aquém disso, seu texto não será avaliado, e máxima de 50 linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas. 3 - Ser escrita, na folha definitiva, com caneta e em letra legível, de tamanho regular.
PROVA DE REDAÇÃO Leia a surpreendente e generosa confissão feita pelo moçambicano Mia Couto: Muitas vezes nos queixamos de que os jovens de hoje vivem uma cultura de imitação. Mas os jovens de ontem também o fizeram. E isso sucede em todo o mundo, em todos os tempos. Eu também já imitei e creio que quase tudo começa por via da inspiração de modelos exteriores. (...). O melhor modo de criar um estilo próprio é receber influências, as mais diversas e variadas influências. COUTO, M. Despir a voz. In:____. E se Obama fosse africano? Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. Sim, Mia Couto, um dos maiores escritores da atualidade, diz que o seu estilo não nasceu do nada, que o outro, os modelos exteriores, serviram-lhe de inspiração. Na verdade, o que o autor destaca é a sutil diferença existente entre a mera repetição e a inspiração, que permite criar o novo. Ter um estilo é saber criar a partir do já estabelecido. Ter um estilo é singularizar-se em meio à pluralidade. Não muito distante do que disse o escritor, está a declaração de Elis Regina, uma das grandes cantoras do Brasil, a um programa de televisão: Eu realmente devo a Ângela Maria ter descoberto que podia ser cantora; comecei a minha carreira de cantora imitando descaradamente é com extrema felicidade que eu confesso isso Ângela Maria; até hoje, em certos momentos de minhas apresentações, eu saco na minha voz a voz de Ângela Maria, e tenho profundo orgulho disso. E Ângela Maria é, para mim, a maior cantora que o Brasil já teve até hoje... Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=D7Z0f7gqZvk. Acesso em: 02 dez. 2016. A grande Elis Regina, cujo estilo é inconfundível, também soube criar seu jeito, seu estilo, imitando. Como se pode ver, tanto o escritor quanto a cantora usam a ideia geral de imitaçãocomo algo positivo, como algo a partir do que conseguiram achar o seu estilo: de escrever, em um caso; de cantar, em outro. A imitação, nesses dois exemplos, é um ponto de partida; não um ponto de chegada. A respeito do mesmo tema, e em uma direção bastante crítica, o filósofo francês Dany-Robert Dufour (2008) afirma que o mundo atual dá pouco, ou nenhum, lugar àquele que se distingue dos demais. Parece que o estilo de hoje em dia, então, é exatamente não ter estilo, é permanecer no universo do mesmo, da imitação. Você já deve ter percebido: a imitação que produziu o novo, um novo estilo, em Mia Couto e em Elis Regina, também pode ser vista como causa da repetição sem estilo, conforme opinião de Dufour. Tudo depende de como cada um de nós se relaciona com o mesmo e com o diferente. Ora, para ter um estilo não é necessário produzir uma obra de arte, como os exemplos de Mia Couto ou de Elis Regina poderiam, em um primeiro momento, levar a crer; ter um estilo é, antes, poder dizer este sou eu,este é o meu jeito. É essa singularidade que faz, de cada um, um ser único. E você o que pensa sobre essa questão? As pessoas, hoje em dia, apenas repetem, imitam ou conseguem produzir um estilo próprio? Considerando as reflexões acima, elabore uma dissertação sobre o que é ter um estilo Para tanto, você deve: - apresentar o seu entendimento sobre o que é ter um estilo; - exemplificar ou com fatos, ou com acontecimentos ou com situações da vida cotidiana, sua ou de qualquer outra pessoa, o que é ter um estilo; - desenvolver argumentos que evidenciem que o exemplo dado permite identificar um estilo singular. Instruções A versão final do seu texto deve: 1 - conter um título na linha destinada a esse fim; 2 - ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título aquém disso, seu texto não será avaliado , e máxima de 50 linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas. 3 - ser escrita, na folha definitiva, com caneta e em letra legível, de tamanho regular.
Prova de Redação Observe a charge abaixo. Marco Aurelio. Zero Hora. 7 nov. 2015. A charge faz referência à Feira do Livro de Porto Alegre. Na imagem, vê-se um grande número de pessoas, provavelmente visitantes, que não tiram os olhos de seus tablets e smartphones, o que sugere certa redução do protagonismo do livro, mesmo em uma feira de livros. O autor da charge apresenta seu ponto de vista sobre essa situação de uma perspectiva, sem dúvida, crítica, que pode ser inferida da expressão facial do livreiro. Essa questão adquire contornos mais complexos, se avaliada a partir da passagem abaixo, também recentemente publicada. [ ] fiquei sabendo que aAmazon Books a livraria onIine mais famosa do mundo havia inaugurado sua primeira loja física nos Estados Unidos. Depois de duas décadas de vendas pela internet, ameaçando a existência das livrarias tradicionais, a gigante do comércio eletrônico se instalou numa loja de shopping com os 6 mil títulos mais vendidos e mais bem avaliados no seu site. Ou seja: em vez do texto virtual, para os leitores digitais, ou da encomenda online, as pessoas poderão pegar o livro na mão, apertar como se fosse um tomate, folhear e cheirar à vontade, exatamente como fazem os frequentadores da nossa feira porto-alegrense. E o mais importante: poderão levar o produto com elas, abrir e consumir em qualquer lugar, sem necessidade de bateria, wi-fi ou 3G,. Adaptado de: SOUZA, Nilson. Livros e tomates. Zero Hora. Segundo Caderno. 7 nov. 2015. p.7. Finalmente, e a título de informação suplementar, cabe lembrar a opinião de Umberto Eco e JeanOaude Carriere, em um livro cujo título é sugestivo,Não contem com o fim do livro. Das duas, uma: ou o livro permanecerá o suporte da leitura, ou existirá alguma coisa similar ao que o livro nunca deixou de ser, mesmo antes da invenção da tipografia, As variações em torno do objeto livro não modificaram sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos anos, O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez inventados, não podem ser aprimorados, Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher [] O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro, Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é (ECO, Umbertoi CARRIERE, lean-Claude. Não contem com o Fim do livro. Trad. André Telles. Rio de Janeiro-São Paulo: Record, 2010. p. 14.) A partir da leitura dos textos e considerando que, atualmente, discute-se, de diferentes pontos de vista, o futuro do livro no mundo contemporâneo, escreva um texto dissertativo sobre o tema abaixo: O livro na era da digitalização do escrito e da adoção de novas ferramentas de leitura Para desenvolver seu texto, defenda um ponto de vista específico de abordagem do tema; apresente argumentos que fundamentem seu ponto de vista sobre a abordagem do tema. Instruções A versão final do seu texto deve: 1 conter um título na linha destinada a esse fim; 2 ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título aquém disso, .seu texto nãoserá avaliado -, e máxima de 50 linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas. 3 ser escrita, na folha definitiva, com caneta e em letra legível, de tamanho regular.
(UFRGS - 2016) Andr Devinne procura cultivar a ingenuidade uma defesa contra tudo 1o que 2no entende. 3Pressente: h alguma coisa irresolvida que 4est em parte alguma, mas os nervos sentem- ___1___Quem sabe seja uma espcie de vergonha. Quem sabe o medo enigmtico dos quarenta anos. Certamente no a angstia de se ver lavando o carro numa tarde de sbado5, um homem de sua posio. at com delicadeza que se entrega ao sol das trs da tarde, agachado, sem camisa, esfregando o pano sujo no pneu, num ritual disfarado em que evita formular seu tranquilo desespero. Assim: ele est numa guerra, mas por acaso6; de onde est, submerso na ingenuidade, 7 qual 8se agarra sem saber, no consegue ver o inimigo. 9Talvez no haja nenhum. 10 Filha, no fique a no sol sem camisa. A menina recuou at a sombra. Agachou-se, olhos negros no pai. 11 Voc vai pra praia hoje? Andr Devinne contemplou o pneu lavado: um bom trabalho. 12 No sei. Falou com a me? Ela est pintando. A filha tem o mesmo olhar da me, 13quando Laura, da janela do ateli, observa o mar da Barra, transformando aquela estreita faixa de azul acima da Lagoa, numa outra faixa, de outra cor, mas igualmente suave, na tela em branco. Um olhar que investiga sem ferir que parece, de fato, ver o que est l. Devinne espreguiou-se esticando as pernas14. Largou o pano imundo no balde, sentou-se e olhou o cu, o horizonte, as duas faixas de mar, o azul da Lagoa, vivendo momentaneamente o prazer de proprietrio. Lembrou-se da lio de ingls Its a nice day, isnt it? e tentou ___2___de imediato, mas era tarde: o corpo inteiro se povoou de lembrana e ansiedade, exigindo explicaes. Estava indo bem, a professora era uma mulher competente, agradvel, independente. Talvez justo por isso, ele tenha cometido aquela estupidez. Sem pensar, voltou a cabea e acenou para Laura, que do janelo do ateli respondeu-___3___com um gesto. A filha insistiu: Pai, voc vai pra praia? Mudar todos os assuntos. Julinha, o que , o que ? Vive casando 15e est sempre solteiro? Ela riu. Ah, pai. Essa fcil. O padre! TEZZA, C. O fantasma da infncia. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2007. p. 9-10. Considere as seguintes propostas de reescrita de segmentos do texto, envolvendo transposio de discurso direto para indireto. I. Filha, no fique a no sol (ref. 10): Devinne pediu filha que no fique no sol. II. Voc vai pra praia hoje? (ref. 11): A filha de Devinne lhe pergunta se ia pra praia hoje. III. No sei. Falou com a me? (ref. 12): Devine respondeu filha que no sabia e perguntou-lhe se ela tinha falado com sua me. Quais esto corretas?
PROVA DE REDAÇÃO ( ... ) Amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância digam não, mesmo esquecendo a canção. O que importa é ouvir a voz que vem do coração, pois, seja o que vier, venha o que vier, qualquer dia, amigo, eu volto a te encontrar. Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar. Canção da América (Milton Nascimento e Fernando Brant) A música canção da América, composta por Milton Nascimento e Fernando Brant, de onde foi extraída a passagem acima, fala daquela amizade capaz de resistir à distância e ao tempo, característica de uma época em que o contato físico entre amigos era a forma mais usual de aproximação. Era um tempo em que se valorizavam os poucos e verdadeiros amigos. Atualmente, com a conectividade das redes sociais, a realidade é outra. Hoje é possível manter-se em contato contínuo com pessoas que estejam em qualquer lugar do planeta, o que permite multiplicar de modo expressivo o número de amizades. Paradoxalmente, o apego ao mundo virtual parece estar promovendo um outro tipo de distanciamento, já que não é incomum, hoje em dia, ver amigos reunidos em um mesmo ambiente físico, mas isolados uns dos outros pela força atrativa dos tablets e dos smartphones. Levando em conta esse cenário, reflita sobre o tema a seguir. Na sua opinião, o que é a amizade nos dias de hoje? Para tanto, você deve: - expressar a sua opinião sobre o que caracteriza a amizade nos dias atuais; - apresentar argumentos que justifiquem o ponto de vista assumido; e - organizar esses argumentos em um texto dissertativo. Instruções A versão final do seu texto deve: 1 - conter um título na linha destinada a esse fim; 2 - ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título - aquém disso, seu texto não será avaliado -, emáxima de 50 linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas; 3 - ser escrita, na folha definitiva, à caneta e com letra legível, de tamanho regular.
PROVA DE REDAÇÃO O que faz de uma obra um clássico, na nossa cultura? Essa pergunta pode receber diferentes respostas, que enfocam desde aspectos sociológicos e estéticos, até políticos e epistemológicos. Na literatura, clássico, por vezes, designa os escritores que atingiram a maturidade literária; por outras, os escritores modelares; também pode designar apenas os escritores da literatura latina ou grega; e, ainda, aparece na antítese clássico/romântico. Segundo a filósofa Carolina Araújo, o clássico se mantém de dois modos: como a referência acadêmica essencial à formação, e como a reinvenção do passado que supõe essa referência e amplia-a, introduzindo o novo. Coexistem, no clássico, portanto, o passado e o presente. O escritor Ítalo Calvino acredita que um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer, e acrescenta: dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado. Como é possível ver, clássico, hoje em dia, é uma palavra que pode ter vários sentidos. Existem livros que tiveram grande contribuição para a sociedade como um todo e, por isso, tornaram-se clássicos da literatura. Existem, também, aqueles que fazem a mesma diferença revolucionária para uma pessoa em particular, passando assim a ser o seu clássico. Isso quer dizer que todo mundo tem seu próprio clássico, mesmo que, para o senso comum, ele não seja tão clássico assim. Todo mundo tem aquele livro que leu e ficou guardado carinhosamente na memória; aquele que leu mais de uma vez, mais de duas vezes, repetidas vezes ao longo da vida; aquele que tem lugar permanente e cativo na estante ou na mesa de cabeceira. Nessa perspectiva, quem diz o que é clássico é você mesmo, pois, como lembra, ainda, Calvino, os clássicos não são lidos por dever ou por respeito, mas só por amor. ARAÚJO, Carolina. O clássico como problema. Poiésis, n. 11, p.11-24, nov. 2008. Adaptado de: Qual o seu clássico? Disponível em: http://blog.estantevirtual.com.br/ 2010/11/17/qual-seu-livro-classico/. Acesso em: 20 nov. 2013. Considerando que um livro clássico, o seu clássico, é aquele que nunca saiu da sua cabeça, aquele que você sempre pensa em voltar a ler, aquele que você recomendaria ao seu melhor amigo: - identifique um livro que seja o seu clássico; - explique por que ele mereceu esse lugar em sua vida; - apresente argumentos que justifiquem sua escolha; - redija uma dissertação, defendendo seu ponto de vista. Instruções A versão final do seu texto deve: 1 - conter um título na linha destinada a esse fim; 2 - ter a extensão mínima de 30 linhas, excluído o título aquém disso, seu texto não será avaliado, e máxima de 50 linhas. Segmentos emendados, ou rasurados, ou repetidos, ou linhas em branco terão esses espaços descontados do cômputo total de linhas. 3 - ser escrita, na folha definitiva, à caneta e com letra legível, de tamanho regular.