(UFU - 2015 - 1 FASE) Dentre os filsofos do chamado sculo das luzes, que preconizavam a difuso do saber como o meio mais eficaz para se pr fim superstio, ignorncia, ao imprio da opinio e do preconceito, e que acreditavam estar dando uma contribuio enorme para o progresso do esprito humano, Rousseau, certamente, ocupa um lugar no muito cmodo. NASCIMENTO, Milton Meira. Rousseau: da servido liberdade. In. WEFFORT, Francisco C. Os Clssicos da Poltica, Vol. 1. So Paulo: tica, 1991, p. 189. Sobre a filosofia poltica de Rousseau, correto afirmar que
(UFU - 2015 - 1 FASE) A maior parte daqueles que escreveram alguma coisa a propsito das repblicas ou supe, ou nos pede, ou requer que acreditemos que o homem uma criatura que nasce apta para a sociedade. HOBBES, T. Do cidado. Traduo de Renato Janine Ribeiro. So Paulo: Martins Fontes, 2002 . p. 25. Hobbes refutava a pretensa sociabilidade natural do homem. Assinale a alternativa que, segundo Hobbes, justifica a associao dos homens em uma comunidade poltica.
(UFU - 2015- 1 FASE) Nas ltimas dcadas, o Brasil experimentou mudanas demogrficas, sociais, culturais, econmicas e polticas significativas. A crescente insero das mulheres no mercado de trabalho e na poltica, a melhoria de seu nvel educacional, a reduo da fecundidade, a postergao da maternidade, a reduo da resistncia a novos atributos para os papeis feminino e masculino so algumas delas. No entanto, os ritmos de tais mudanas parecem seguir descompassados. PICANO, Felcia Silva. Amlia e a mulher de verdade: representaes dos papeis da mulher e do homem em relao ao trabalho e vida familiar. Em: ARAJO, C. SCALON, C. (org.). Gnero, famlia e trabalho no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005. De acordo com o trecho acima, as desigualdades de gnero na insero no mercado de trabalho persistiriam devido
(UFU - 2015- 1 FASE) O encontro de culturas distintas e o convvio com a alteridade so temas recorrentes da histria da humanidade. As reaes a uma cultura diversa sua e as formas como as diferenas culturais so concebidas tm variado ao longo do tempo. Atualmente, a Antropologia entende que a diversidade cultural tem origem
(UFU - 2015- 1 FASE) O discurso sobre a formao da identidade nacional brasileira tem como uma de suas vertentes o estudo das consequncias do encontro de trs matrizes tnicas: o negro, o europeu (branco) e o indgena. Em meio a este debate, e contrariando as teorias raciais, elaborou-se uma tese conhecida como democracia racial, caracterizada por
(UFU - 2015 - 1 FASE) A questo da demarcao de terras indgenas tem ao longo do tempo suscitado diversos conflitos. Mais recentemente, observou-se a possibilidade de modificar os critrios de demarcao, pois, conforme seus crticos, os regulamentos vigentes possibilitariam a ao de indgenas civilizados, ou seja, aqueles que supostamente teriam perdido sua identidade indgena, e que agora a reivindicavam com o intuito de obter terras. No centro deste debate, encontra-se a definio do que ser indgena, enfim, a definio dos critrios definidores de uma etnia. Para os estudos antropolgicos atuais, define-se uma etnia por meio da
(UFU - 2015- 1 FASE) A concepo da Sociologia de Durkheim se baseia em uma teoria do fato social. Seu objetivo demonstrar que pode e deve existir uma Sociologia objetiva e cientfica, conforme o modelo das outras cincias, tendo por objeto o fato social. ARON, R. As etapas do pensamento sociolgico. So Paulo: Martins Fontes, 1995. p. 336. Em vista do exposto, assinale a alternativa correta.
(UFU - 2015 - 1 FASE) O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, completou 31 anos de existncia e foi responsvel, dentre outras coisas, por manter na agenda nacional a questo da concentrao fundiria, da reforma agrria e da justia social. Durante sua trajetria pode-se perceber momentos de maior e menor mobilizao, tratando de bandeiras histricas e que tm relao direta com o cotidiano da sociedade e dos histricos estrangulamentos que impedem nosso desenvolvimento. Acerca da histria do MST, correto afirmar que:
(UFU - 2015 - 1 FASE) A Comisso Nacional da Verdade (CNV) foi instituda em 16 de maio de 2012 com o objetivo de trazer tona os crimes cometidos pelo Estado brasileiro entre os anos 1946 e 1988, em especial durante a Ditadura Civil-Militar. Entre esses crimes se destacam a deteno ilegal ou arbitrria, a tortura, a execuo sumria, arbitrria ou extrajudicial e, por fim, o desaparecimento forado e ocultao de cadver. Tal como aponta seu relatrio publicado em dezembro de 2014, a CNV situou o Brasil entre as dezenas de pases que [...] criaram uma comisso da verdade para lidar com o legado de graves violaes de direitos humanos. Com a significativa presena que detm no cenrio internacional, o reconhecimento do Estado brasileiro de que o aperfeioamento da democracia no prescinde do tratamento do passado fortalece a percepo de que sobram no mundo cada vez menos espaos para a impunidade. Relatrio da Comisso Nacional da Verdade. Disponvel em http://www.cnv.gov.br/images/pdf/relatorio/volume_1_digital.pdf. Acesso em: 22 fev. 2015. O que justifica a criao de uma comisso com a natureza da CNV a necessidade de:
(UFU - 2015- 1 FASE) Observe o seguinte trecho da msica Sem Sade composta por Gabriel, O Pensador; Mem e Fbio Fonseca: Pelo amor de Deus algum me ajude! Eu j paguei o meu plano de sade mas agora ningum quer me aceitar E eu t com d, dot, num sei no que vai d! Emergncia! Eu t passando mal V morrer aqui na porta do hospital Era mais fcil eu ter ido direto pro Instituto Mdico Legal Porque isso aqui t deprimente, doutor Considerando a relao entre problema social, problema sociolgico e a denncia apresentada na letra da msica, relacionada rea da sade, a denncia apresentada pela msica
(UFU - 2015 - 1 FASE) Em 2006, o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos) lanou um estudo intitulado A jornada de trabalho no Brasil na qual se pode ler que [...] com exceo das conquistas obtidas em acordos ou convenes coletivas desde a Constituio de 1988, praticamente todas as alteraes nos direitos trabalhistas foram no sentido de diminuir direitos e/ou de intensificar o ritmo de trabalho. DIEESE. A Jornada de Trabalho no Brasil. Disponvel em http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BA5F4B7012BAB0CD8FE72AD/Prod02_2006.pdf. Acesso em: 22 fev. 2015. Tomando por base as reflexes de Karl Marx acerca da jornada de trabalho e seus conhecimentos sobre a realidade nacional, correto afirmar que:
(UFU - 2015 - 1 FASE) Quando aborda o carnaval de Salvador/BA, Ftima Teles afirma que este festejo Foi incorporado onda neoliberal do capital fetiche e ficou restrito s classes privilegiadas que abandonaram os cordes e fecharam-se nos luxos dos camarotes ou nos blocos, cordes fechados por compra de abads. Portanto hoje, atrs do trio eltrico s no vai a classe menos favorecida, a classe que vive de salrio suado e s vai atrs do trio eltrico quem pode pagar caro, uma minoria que concentra renda de alguma forma. (...) A festa j no mais popular, mas a festa de uma minoria privilegiada. Olhando para o carnaval de Salvador lembramos do compositor baiano Gilberto Gil quando ele canta mundo to desigual, tudo to desigual, de um lado esse carnaval, de outro a fome total... Ftima Teles. A mercantilizao do carnaval soteropolitano. Disponvel em: http://www.vermelho.org.br/noticia/258814-11. Acesso em: 22 fev. 2015. Implcitas no fragmento acima esto vrias categorias marxianas utilizadas, neste caso, para a interpretao das transformaes ocorridas em umas das mais importantes festas populares do pas. Assim, correto afirmar que:
(UFU - 2015 - 2aFASE) Por muito tempo, os antroplogos acreditaram (com argumentos muito parecidos com aqueles utilizados pela teoria apocaltica da indstria cultural) que o mundo caminha para a homogeneizao definitiva. Por isso a pressa de estudar as outras culturas antes que elas desapaream, antes que tudo fique igual para sempre. O estudo de fenmenos como o mundo funk carioca mostra que novas diferenas podem ser criadas a qualquer momento, mesmo dentro de uma realidade controlada‟ pelas multinacionais do disco e da televiso. VIANNA, Hermano. Funk e cultura popular carioca. Estudos Histricos, Rio de Janeiro, vol. 3, n. 6, 1990, p. 244-253. A) De acordo com o texto, o movimento funk pode ser considerado uma expresso cultural criada pelos jovens brasileiros? Cite duas razes que justifiquem a resposta. B) A partir da concepo antropolgica de cultura, haveria uma forma de hierarquizar estilos musicais? Explique.
(UFU - 2015 - 2aFASE) Considere o depoimento a seguir. Tenho uma filha, de sete anos e, ao chegar em casa depois da conversa sobre os ndios, resolvi olhar o caderno dela para ver o que a professora havia feito no dia 19 de abril. Fiquei surpresa quando vi a folha de xrox colada no caderno dela, com uma figura de ndio numa oca, de arco e flecha, no meio de rvores, e escrito para colorir‟, e mais abaixo, em letras grandes, 19 de abril: Dia do ndio!‟ Parece que eu havia voltado no tempo. Era s uma imagem, mas fiquei pensando que esse o ndio que ficar guardado na memria das crianas, como ficou na minha, aquele homem sorrindo, nu, que vive com os animais e mora em uma oca. (Marta, Pedagogia). BONIN, Iara Tatiana. Narrativas sobre diferena indgena: como se produz um lugar de ndio no contexto escolar. Revista Brasileira de Estudos Pedaggicos, Braslia, v. 89, n. 222, p. 312-324, maio/ago. 2008. A) Identifique, a partir do relato acima, trs exemplos de uma perspectiva etnocntrica utilizada para caracterizar os povos indgenas brasileiros. B) Aponte dois procedimentos capazes de eliminar vises etnocntricas acerca da condio dos povos indgenas brasileiros.
(UFU - 2015 - 2aFASE) Durkheim acreditava que os acontecimentos sociais poderiam ser observados como coisas, isto , como objetos, assim poderiam ser estudados e analisados. Para isso, ele desenvolveu o conceito de fato social e uma metodologia de anlise. A) O que fato social para Durkheim? B) Cite e explique trs caractersticas do fato social para Durkheim.