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(UFU - 2015 - 1 FASE)Quando aborda o carnaval de S

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

Quando aborda o carnaval de Salvador/BA, Fátima Teles afirma que este festejo

Foi incorporado à onda neoliberal do capital fetiche e ficou restrito às classes privilegiadas que abandonaram os cordões e fecharam-se nos luxos dos camarotes ou nos blocos, cordões fechados por compra de abadás. Portanto hoje, atrás do trio elétrico só não vai a classe menos favorecida, a classe que vive de salário suado e só vai atrás do trio elétrico quem pode pagar caro, uma minoria que concentra renda de alguma forma. (...) A festa já não é mais popular, mas é a festa de uma minoria privilegiada. Olhando para o carnaval de Salvador lembramos do compositor baiano Gilberto Gil quando ele canta “ó mundo tão desigual, tudo é tão desigual, de um lado esse carnaval, de outro a fome total...”

Fátima Teles. A mercantilização do carnaval soteropolitano. Disponível em: <http://www.vermelho.org.br/noticia/258814-11>. Acesso em: 22 fev. 2015.


Implícitas no fragmento acima estão várias categorias marxianas utilizadas, neste caso, para a interpretação das transformações ocorridas em umas das mais importantes festas populares do país. Assim, é correto afirmar que:

A

Abadás e camarotes, exclusividades de uma elite, são portadores de uma aura mágica a quem se confere poderes especiais e destacada como desencantamento do mundo.

B

O carnaval foi mergulhado nas águas gélidas do cálculo egoísta, vendo extraídos seus conteúdos e naturezas mais autênticos, mas sendo finalmente democratizado.

C

Quando mercantilizado, o carnaval perde seu caráter público e se privatiza, produzindo um acesso seletivo e dependente mais do marcador racial do que classista.

D

Tal como revelara Marx, o capitalismo traz consigo a tendência de mercantilizar as relações sociais. Ao que tudo indica, o carnaval também se transformou numa mercadoria.