(UFU - 2016 - 2ª FASE) Em 1519, a cidade do México-Tenochtitlán contava com cerca de 400 mil habitantes, o que significa que, na época, era provavelmente a maior cidade do mundo, e que essa sociedade urbanizada com certeza dispunha de elites perfeitamente formadas para que pudesse funcionar de maneira eficaz. Compreende-se que, para administrar uma cidade de tal importância, os invasores não pudessem se abster dos saberes sofisticados, do prestígio e da influência da nobreza índia. Essa nobreza tinha uma formação notável. Antes da conquista espanhola, era formada em colégios de ensino superior, os calmecac, onde aprendia os saberes, os mitos, os rituais e as artes do mundo pré-colombiano. [...]
GRUZINSKI, Serge. O renascimento ameríndio. In: NOVAES, Adauto (org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 285-286 (Adaptado).
O texto discorre acerca das relações entre os conquistadores espanhóis e os indígenas durante o longo período de colonização da América.
A respeito desse tema, faça o que se pede.
A) Discuta como o impacto da presença de uma elite letrada nativa em terras americanas afetou a colonização espanhola.
B) Considerando as diferenças culturais existentes entre os indígenas da América Espanhola e da América Portuguesa, caracterize as distintas estratégias usadas por colonizadores espanhóis e portugueses em relação aos nativos.