(UFU - 2018 - 2ª FASE)
As interrupções frequentes e o tom quase irônico dos congressistas deixavam claro que estávamos assistindo ao mais bem produzido “puxão de orelha” da história da internet. A imagem do jovem empresário acuado, sendo constrangido perante os “representantes do povo”, é poderosa: algo está sendo feito.
O prazer quase sádico que se sente com a reprimenda é justificável: em sua saga para tornar o mundo mais “aberto e conectado”, o Facebook já errou muito. Com os erros, costumam vir as desculpas e, com elas, algumas mudanças.
O que não muda é o modelo de negócios da empresa que, graças à coleta massiva de dados de usuários, pode oferecer sofisticadas ferramentas de direcionamento de anúncios, serviço esse que é responsável por grande parte de sua invejável receita de US$ 40,6 bilhões, só em 2017. O que parece não ter ficado claro é que Zuckerberg não construiu tudo isso sozinho. O Facebook só existe – e continuará existindo – da forma como ele é porque o Congresso dos EUA nunca implementou um modelo regulatório que protegesse satisfatoriamente a privacidade dos usuários de internet. Sempre que surgiram propostas nesse sentido, elas foram sumariamente rechaçadas.
ANTONIALLI, Dennys. Audiencias de Zuckerberg no Congresso dos EUA foram teatro de cúmplices. O Estado de S. Paulo. 12 abr. 2018. Disponível em: . Acesso em: 12 abr. 2018.
Considerando-se o emprego das aspas no texto, discorra sobre a opinião do autor com relação aos temas abaixo. Indique outros elementos, retirados do texto, que justifiquem sua resposta.
A) Facebook.
B) Congresso norte-americano