(UNESP - 2012 - 1a Fase) Os centros artísticos, na verdade, poderiam ser definidos como lugares caracterizados pela presença de um número razoável de artistas e de grupos significativos de consumidores, que por motivações variadas — glorificação familiar ou individual, desejo de hegemonia ou ânsia de salvação eterna — estão dispostos a investir em obras de arte uma parte das suas riquezas. Este último ponto implica, evidentemente, que o centro seja um lugar ao qual afluem quantidades consideráveis de recursos eventualmente destinados à produção artística. Além disso, poderá ser dotado de instituições de tutela, formação e promoção de artistas, bem como de distribuição das obras. Por fim, terá um público muito mais vasto que o dos consumidores propriamente ditos: um público não homogêneo, certamente (...).
(Carlo Ginzburg. A micro-história e outros ensaios, 1991.)
Os “centros artísticos” descritos no texto podem ser identificados
nos mosteiros medievais, onde se valorizava especialmente a arte sacra.
nas cidades modernas, onde floresceu o Renascimento cultural.
nos centros urbanos romanos, onde predominava a escultura gótica.
nas cidades-estados gregas, onde o estilo dórico era hegemônico.
nos castelos senhoriais, onde prevalecia a arquitetura românica.