(UNESP - 2013/2 - 1a fase)
[...] até a década de 1870, apesar das pressões, os escravos continuavam a ser a mão de obra fundamental para a lavoura brasileira, sendo que nessa época todos os 643 municípios do Império [...] ainda continham escravos.
(Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.)
A redução da importância do trabalho escravo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre outros fatores,
ao aumento das fugas e rebeliões escravas e ao crescimento das correntes migratórias em direção ao Brasil.
ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do Paraíba em manter escravos e à intensa propaganda abolicionista direcionada aos próprios escravos.
à firme oposição da Igreja Católica ao escravismo e ao temor de que se repetisse, no Brasil, uma revolução escrava como a que ocorrera em Cuba.
à pressão inglesa e francesa pelo fim do tráfico e à dificuldade de adaptação do escravo ao trabalho na lavoura do café.
à diminuição do preço do escravo no mercado interno e à atuação abolicionista da Guarda Nacional.