(UNESP - 2014/2 - 1a fase)
Tradição de pensamento ético fundada pelos ingleses Jeremy Bhentam e John Stuart Mill, o utilitarismo almeja muito simplesmente o bem comum, procurando eficiência: servirá aos propósitos morais a decisão que diminuir o sofrimento ou aumentar a felicidade geral da sociedade. No caso da situação dos povos nativos brasileiros, já se destinou às reservas indígenas uma extensão de terra equivalente a 13% do território nacional, quase o dobro do espaço destinado à agricultura, de 7%. Mas a mortalidade infantil entre a população indígena é o dobro da média nacional e, em algumas etnias, 90% dos integrantes dependem de cestas básicas para sobreviver. Este é um ponto em que o cômputo utilitarista de prejuízos e benefícios viria a calhar: a felicidade dos índios não é proporcional à extensão de terra que lhes é dado ocupar.
(Veja, 25.10.2013. Adaptado.)
A aplicação sugerida da ética utilitarista para a população indígena brasileira é baseada em
uma ética de fundamentos universalistas que deprecia fatores conjunturais e históricos.
critérios pragmáticos fundamentados em uma relação entre custos e benefícios.
princípios de natureza teológica que reconhecem o direito inalienável do respeito à vida humana.
uma análise dialética das condições econômicas geradoras de desigualdades sociais.
critérios antropológicos que enfatizam o respeito absoluto às diferenças de natureza étnica.