(UNESP - 2014 - 1 FASE) A questo focaliza uma passagem do romancegua-Me, de Jos Lins do Rego (1901-1957). gua-Me Jogava com toda a alma, no podia compreender como um jogador se encostava, no se entusiasmava com a bola nos ps. Atirava-se, no temia a violncia e com a sua agilidade espantosa, fugia das entradas, dos pontaps. Quando aquele back1, num jogo de subrbio, atirou-se contra ele, recuou para derrub-lo, e com tamanha sorte que o bruto se estendeu no cho, como um fardo. E foi assim crescendo a sua fama. Aos poucos se foi adaptando ao novo Joca que se formara nos campos do Rio. Dormia no clube, mas a sua vida era cada vez mais agitada. Onde quer que estivesse, era reconhecido e aplaudido. Os garons no queriam cobrar as despesas que ele fazia e at mesmo nos nibus, quando ia descer, o motorista lhe dizia sempre: Joca, voc aqui no paga. Quando entrava no cinema era reconhecido. Vinham logo meninos para perto dele. Sabia que agradava muito. No clube tinha amigos. Havia porm o antigo center-forward2que se sentiu roubado com a sua chegada. No tinha razo. Ele fora chamado. No se oferecera. E o homem se enfureceu com Joca. Era um jogador de fama, que fora grande nos campos da Europa e por isso pouco ligava aos que no tinham o seu cartaz. A entrada de Joca, o sucesso rpido, a maravilha de agilidade e de oportunismo, que caracterizava o jogo do novato, irritava-o at ao dio. No dia em que tivera que ceder a posio, a um menino do Cabo Frio, fora para ele como se tivesse perdido as duas pernas. Viram-no chorando, e por isso concentrou em Joca toda a sua raiva. No entanto, Joca sempre o procurava. Tinha sido a sua admirao, o seu heri. 1 Beque, ou seja, o zagueiro de hoje. 2 Centroavante. (gua-Me, 1974.) Com a expresso fugia das entradas, no primeiro pargrafo, o narrador sugere que o jogador Joca manifestava em campo:
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) A prximaquestotomapor base um poema satrico do poeta portugus Joo de Deus (1830-1896) Ossos do ofcio Uma vez uma besta do tesouro, Uma besta fiscal, Ia de volta para a capital, Carregada de cobre, prata e ouro; E no caminho Encontra-se com outra carregada De cevada, Que ia para o moinho. Passa-lhe logo adiante Largo espao, Coleando arrogante E a cada passo Repicando a choquilha Que se ouvia distante. Mas salta uma quadrilha De ladres, Como lees, E qual mais presto Se lhe agarra ao cabresto. Ela reguinga, d uma sacada J cuidando Que desfazia o bando; Mas, coitada! Foi tanta a bordoada, Ah! que exclamava enfim A besta oficial: Nunca imaginei tal! Tratada assim Uma besta real!... Mas aquela que vinha atrs de mim, Por que a no tratais mal? Minha amiga, c vou no meu sossego, Tu tens um belo emprego! Tu sustentas-te a fava, e eu a troos! Tu l serves el-rei, e eu um moleiro! Ossos do ofcio, que o no h sem ossos. (Campo de flores, s/d.) A leitura da primeira estrofe sugere que a besta fiscal estava carregada de
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) Sob qualquer aspecto, este [a Revoluo Industrial] foi provavelmente o mais importante acontecimento na histria do mundo, pelo menos desde a inveno da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Gr-Bretanha. evidente que isto no foi acidental. (Eric Hobsbawm. A era das revolues: 1789-1848, 1986.) Aponte dois fatores que justifiquem a importncia dada pelo texto Revoluo Industrial e indique dois motivos do pioneirismo britnico.
(UNESP - 2014 - 2 FASE) O incio foi o problema mais complexo que a colonizao do Brasil teve de enfrentar. Tornou-se tal e nisto que se distingue do caso norte-americano to citado em paralelo com o nosso pelo objetivo que se teve em vista: aproveitar o indgena na obra da colonizao. Nos atuais Estados Unidos, como no Canad, nunca se pensou em incorporar o ndio, fosse a que ttulo, na obra colonizadora do branco. O caso da colonizao lusitana foi outro. (Caio Prado Jnior. Formao do Brasil contemporneo, 1987. Adaptado.) Caracterize a relao entre colonos e indgenas na colonizao dos Estados Unidos e identifique duas formas de aproveitamento do indgena na colonizao do Brasil.
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) A prximaquestotomapor base um poema satrico do poeta portugus Joo de Deus (1830-1896) Ossos do ofcio Uma vez uma besta do tesouro, Uma besta fiscal, Ia de volta para a capital, Carregada de cobre, prata e ouro; E no caminho Encontra-se com outra carregada De cevada, Que ia para o moinho. Passa-lhe logo adiante Largo espao, Coleando arrogante E a cada passo Repicando a choquilha Que se ouvia distante. Mas salta uma quadrilha De ladres, Como lees, E qual mais presto Se lhe agarra ao cabresto. Ela reguinga, d uma sacada J cuidando Que desfazia o bando; Mas, coitada! Foi tanta a bordoada, Ah! que exclamava enfim A besta oficial: Nunca imaginei tal! Tratada assim Uma besta real!... Mas aquela que vinha atrs de mim, Por que a no tratais mal? Minha amiga, c vou no meu sossego, Tu tens um belo emprego! Tu sustentas-te a fava, e eu a troos! Tu l serves el-rei, e eu um moleiro! Ossos do ofcio, que o no h sem ossos. (Campo de flores, s/d.) Empregada na segunda estrofe, a palavra choquilha no registrada em alguns dicionrios. No entanto, pelo contexto dessa estrofe, sobretudo pela presena da forma verbal repicando, torna-se possvel verificar que significa
(UNESP - 2014 - 2 FASE) A charge ilustra as trs ordens sociais existentes na Frana antes da Revoluo de 1789. Identifique essas trs ordens e justifique o posicionamento dos personagens na charge.
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A transformao do Rio de Janeiro em corte real comeou apenas dois meses antes da chegada do prncipe regente, quando notcias do exlio real to agradveis quanto chocantes, cheias de sustos e alegrias foram recebidas. Entretanto, como descobriram os residentes da cidade, os preparativos iniciais para acomodar Dom Joo e os exilados marcaram apenas o comeo da transformao do Rio de Janeiro em corte real, pois o projeto de construir uma nova cidade e capital imperial perdurou por todo o reinado brasileiro do prncipe regente. Construir uma corte real significava construir uma cidade ideal; uma cidade na qual tanto a arquitetura mundana como a monumental, juntamente com as prticas sociais e culturais dos seus residentes, projetassem uma imagem inequivocamente poderosa e virtuosa da autoridade e do governo reais. (Kirsten Schultz. Versalhes tropical, 2008. Adaptado.) Explique o principal motivo da transferncia da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, e indique duas mudanas importantes por que o Rio de Janeiro passou para receber e abrigar a famlia real.
(UNESP - 2014 - 1 FASE) A questo focaliza uma passagem do romancegua-Me, de Jos Lins do Rego (1901-1957). gua-Me Jogava com toda a alma, no podia compreender como um jogador se encostava, no se entusiasmava com a bola nos ps. Atirava-se, no temia a violncia e com a sua agilidade espantosa, fugia das entradas, dos pontaps. Quando aquele back1, num jogo de subrbio, atirou-se contra ele, recuou para derrub-lo, e com tamanha sorte que o bruto se estendeu no cho, como um fardo. E foi assim crescendo a sua fama. Aos poucos se foi adaptando ao novo Joca que se formara nos campos do Rio. Dormia no clube, mas a sua vida era cada vez mais agitada. Onde quer que estivesse, era reconhecido e aplaudido. Os garons no queriam cobrar as despesas que ele fazia e at mesmo nos nibus, quando ia descer, o motorista lhe dizia sempre: Joca, voc aqui no paga. Quando entrava no cinema era reconhecido. Vinham logo meninos para perto dele. Sabia que agradava muito. No clube tinha amigos. Havia porm o antigo center-forward2que se sentiu roubado com a sua chegada. No tinha razo. Ele fora chamado. No se oferecera. E o homem se enfureceu com Joca. Era um jogador de fama, que fora grande nos campos da Europa e por isso pouco ligava aos que no tinham o seu cartaz. A entrada de Joca, o sucesso rpido, a maravilha de agilidade e de oportunismo, que caracterizava o jogo do novato, irritava-o at ao dio. No dia em que tivera que ceder a posio, a um menino do Cabo Frio, fora para ele como se tivesse perdido as duas pernas. Viram-no chorando, e por isso concentrou em Joca toda a sua raiva. No entanto, Joca sempre o procurava. Tinha sido a sua admirao, o seu heri. 1 Beque, ou seja, o zagueiro de hoje. 2 Centroavante. (gua-Me, 1974.) No primeiro pargrafo, predominam verbos empregados no
(UNESP - 2014 - 2 FASE) 1. Exigimos, baseando-nos no direito dos povos a disporem de si mesmos, a reunio de todos os alemes em uma Grande Alemanha. 2. Exigimos a ab-rogao [revogao] dos Tratados de Versalhes e de Saint-Germain. 3. Exigimos territrios para a alimentao de nosso povo e para o estabelecimento de seu excedente de populao. 4. No pode ser cidado seno aquele que faz parte do povo. No pode fazer parte do povo seno aquele que tem sangue alemo, qualquer que seja sua confisso. Consequentemente, nenhum judeu pode fazer parte do povo. 5. Aquele que no cidado no pode viver na Alemanha seno como hspede e deve ser submisso legislao aplicvel aos estrangeiros. (Programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemes, 1920. In: Ktia M. de Queirs Mattoso. Textos e documentos para o estudo da histria contempornea (1789-1963), 1977. Adaptado.) Explique as origens da exigncia contida no item 2 do Programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemes e cite duas aes, realizadas pelos nazistas aps sua chegada ao poder, que derivaram do que proposto nos itens 4 e 5 desse Programa.
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) A prximaquestotomapor base um poema satrico do poeta portugus Joo de Deus (1830-1896) Ossos do ofcio Uma vez uma besta do tesouro, Uma besta fiscal, Ia de volta para a capital, Carregada de cobre, prata e ouro; E no caminho Encontra-se com outra carregada De cevada, Que ia para o moinho. Passa-lhe logo adiante Largo espao, Coleando arrogante E a cada passo Repicando a choquilha Que se ouvia distante. Mas salta uma quadrilha De ladres, Como lees, E qual mais presto Se lhe agarra ao cabresto. Ela reguinga, d uma sacada J cuidando Que desfazia o bando; Mas, coitada! Foi tanta a bordoada, Ah! que exclamava enfim A besta oficial: Nunca imaginei tal! Tratada assim Uma besta real!... Mas aquela que vinha atrs de mim, Por que a no tratais mal? Minha amiga, c vou no meu sossego, Tu tens um belo emprego! Tu sustentas-te a fava, e eu a troos! Tu l serves el-rei, e eu um moleiro! Ossos do ofcio, que o no h sem ossos. (Campo de flores, s/d.) Na terceira estrofe, com relao orao principal do perodo de que faz parte, a orao que exclamava enfim expressa
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) particularmente no Oeste da provncia de So Paulo o Oeste de 1840, no o de 1940 que os cafezais adquirem seu carter prprio, emancipando-se das formas de explorao agrria estereotipadas desde os tempos coloniais no modelo clssico da lavoura canavieira e do engenho de acar. (Srgio Buarque de Holanda. Razes do Brasil, 1987.) Cite duas semelhanas e duas diferenas significativas entre a explorao agrria cafeeira no Oeste paulista do sculo XIX e a que predominou na lavoura canavieira no Nordeste colonial.
(UNESP - 2014 - 1 FASE) A questo focaliza uma passagem do romancegua-Me, de Jos Lins do Rego (1901-1957). gua-Me Jogava com toda a alma, no podia compreender como um jogador se encostava, no se entusiasmava com a bola nos ps. Atirava-se, no temia a violncia e com a sua agilidade espantosa, fugia das entradas, dos pontaps. Quando aquele back1, num jogo de subrbio, atirou-se contra ele, recuou para derrub-lo, e com tamanha sorte que o bruto se estendeu no cho, como um fardo. E foi assim crescendo a sua fama. Aos poucos se foi adaptando ao novo Joca que se formara nos campos do Rio. Dormia no clube, mas a sua vida era cada vez mais agitada. Onde quer que estivesse, era reconhecido e aplaudido. Os garons no queriam cobrar as despesas que ele fazia e at mesmo nos nibus, quando ia descer, o motorista lhe dizia sempre: Joca, voc aqui no paga. Quando entrava no cinema era reconhecido. Vinham logo meninos para perto dele. Sabia que agradava muito. No clube tinha amigos. Havia porm o antigo center-forward2que se sentiu roubado com a sua chegada. No tinha razo. Ele fora chamado. No se oferecera. E o homem se enfureceu com Joca. Era um jogador de fama, que fora grande nos campos da Europa e por isso pouco ligava aos que no tinham o seu cartaz. A entrada de Joca, o sucesso rpido, a maravilha de agilidade e de oportunismo, que caracterizava o jogo do novato, irritava-o at ao dio. No dia em que tivera que ceder a posio, a um menino do Cabo Frio, fora para ele como se tivesse perdido as duas pernas. Viram-no chorando, e por isso concentrou em Joca toda a sua raiva. No entanto, Joca sempre o procurava. Tinha sido a sua admirao, o seu heri. 1 Beque, ou seja, o zagueiro de hoje. 2 Centroavante. (gua-Me, 1974.) Quando entrava no cinema era reconhecido. A lngua portuguesa aceita muitas variaes na ordem dos termos na orao e no perodo, desde que no causem a desestruturao sinttica e a perturbao ou quebra do sentido. Assinale a alternativa em que a reordenao dos elementos no altera a estrutura do perodo em destaque e mantm o mesmo sentido.
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) A prximaquestotomapor base um poema satrico do poeta portugus Joo de Deus (1830-1896) Ossos do ofcio Uma vez uma besta do tesouro, Uma besta fiscal, Ia de volta para a capital, Carregada de cobre, prata e ouro; E no caminho Encontra-se com outra carregada De cevada, Que ia para o moinho. Passa-lhe logo adiante Largo espao, Coleando arrogante E a cada passo Repicando a choquilha Que se ouvia distante. Mas salta uma quadrilha De ladres, Como lees, E qual mais presto Se lhe agarra ao cabresto. Ela reguinga, d uma sacada J cuidando Que desfazia o bando; Mas, coitada! Foi tanta a bordoada, Ah! que exclamava enfim A besta oficial: Nunca imaginei tal! Tratada assim Uma besta real!... Mas aquela que vinha atrs de mim, Por que a no tratais mal? Minha amiga, c vou no meu sossego, Tu tens um belo emprego! Tu sustentas-te a fava, e eu a troos! Tu l serves el-rei, e eu um moleiro! Ossos do ofcio, que o no h sem ossos. (Campo de flores, s/d.) Considerando que a stira se apresenta sob forma de fbula, com personagens animais assumindo modos de agir e pensar tipicamente humanos, verifica-se que a atitude da besta real em relao outra traduz um preconceito de
(UNESP - 2014 - 1 FASE) A questo focaliza uma passagem do romancegua-Me, de Jos Lins do Rego (1901-1957). gua-Me Jogava com toda a alma, no podia compreender como um jogador se encostava, no se entusiasmava com a bola nos ps. Atirava-se, no temia a violncia e com a sua agilidade espantosa, fugia das entradas, dos pontaps. Quando aquele back1, num jogo de subrbio, atirou-se contra ele, recuou para derrub-lo, e com tamanha sorte que o bruto se estendeu no cho, como um fardo. E foi assim crescendo a sua fama. Aos poucos se foi adaptando ao novo Joca que se formara nos campos do Rio. Dormia no clube, mas a sua vida era cada vez mais agitada. Onde quer que estivesse, era reconhecido e aplaudido. Os garons no queriam cobrar as despesas que ele fazia e at mesmo nos nibus, quando ia descer, o motorista lhe dizia sempre: Joca, voc aqui no paga. Quando entrava no cinema era reconhecido. Vinham logo meninos para perto dele. Sabia que agradava muito. No clube tinha amigos. Havia porm o antigo center-forward2que se sentiu roubado com a sua chegada. No tinha razo. Ele fora chamado. No se oferecera. E o homem se enfureceu com Joca. Era um jogador de fama, que fora grande nos campos da Europa e por isso pouco ligava aos que no tinham o seu cartaz. A entrada de Joca, o sucesso rpido, a maravilha de agilidade e de oportunismo, que caracterizava o jogo do novato, irritava-o at ao dio. No dia em que tivera que ceder a posio, a um menino do Cabo Frio, fora para ele como se tivesse perdido as duas pernas. Viram-no chorando, e por isso concentrou em Joca toda a sua raiva. No entanto, Joca sempre o procurava. Tinha sido a sua admirao, o seu heri. 1 Beque, ou seja, o zagueiro de hoje. 2 Centroavante. (gua-Me, 1974.) Atitude que, no ltimo pargrafo, melhor sintetiza a reao do antigo center-forward ao sucesso de Joca:
(UNESP - 2014 - 2 FASE)Nos primeiros anos da dcada de 1980, a Argentina e o Brasil trilharam, finalmente, o caminho da democracia. Naquele perodo, em um e outro pas, as manifestaes da sociedade vieram tona, em vrios nveis. (Boris Fausto e Fernando Devoto. Brasil e Argentina: um ensaio de histria comparada (1850-2002), 2004.) Compare os processos de democratizao ocorridos no Brasil e na Argentina nos anos 1980, a partir de dois aspectos: situao econmica interna; punio aos responsveis por violncias praticadas durante os respectivos regimes militares.