(UNESP - 2014 - 2 FASE) As questes abaixofocalizam uma passagem de um livro do astrnomo, escritor e divulgador cientfico Carl Sagan (1934-1996) e uma tira de Ado Iturrusgarai publicada no jornal Folha de S.Paulo. No existem perguntas imbecis exceo das crianas (que no sabem o suficiente para deixar de fazer as perguntas importantes), poucos de ns passam muito tempo pensando por que a Natureza como ; de onde veio o Cosmos, ou se ele sempre existiu; se o tempo vai um dia voltar atrs, e os efeitos vo preceder as causas; ou se h limites elementares para o que os humanos podem conhecer. H at crianas, e eu conheci algumas delas, que desejam saber como um buraco negro; qual o menor pedao de matria; por que nos lembramos do passado, mas no do futuro; e por que h um Universo. De vez em quando, tenho a sorte de lecionar num jardim de infncia ou numa classe do primeiro ano primrio. Muitas dessas crianas so cientistas natos embora tenham mais desenvolvido o lado da admirao que o do ceticismo. So curiosas, intelectualmente vigorosas. Perguntas provocadoras e perspicazes saem delas aos borbotes. Demonstram enorme entusiasmo. Sempre recebo uma srie de perguntas encadeadas. Elas nunca ouviram falar da noo de perguntas imbecis. Mas, quando falo a estudantes do ltimo ano do secundrio, encontro algo diferente. Eles memorizam os fatos. Porm, de modo geral, a alegria da descoberta, a vida por trs desses fatos, se extinguiu em suas mentes. Perderam grande parte da admirao e ganharam muito pouco ceticismo. Ficam preocupados com a possibilidade de fazer perguntas imbecis; esto dispostos a aceitar respostas inadequadas; no fazem perguntas encadeadas; a sala fica inundada de olhares de esguelha para verificar, a cada segundo, se eles tm a aprovao de seus pares. Vm para a aula com as perguntas escritas em pedaos de papel que sub-repticiamente examinam, esperando a sua vez, e sem prestar ateno discusso em que seus colegas esto envolvidos naquele momento. Algo aconteceu entre o primeiro ano primrio e o ltimo ano secundrio, e no foi apenas a puberdade. Eu diria que , em parte, a presso dos pares para no se sobressair (exceto nos esportes); em parte, o fato de a sociedade ensinar gratificaes a curto prazo; em parte, a impresso de que a cincia e a matemtica no vo dar a ningum um carro esporte; em parte, que to pouco seja esperado dos estudantes; e, em parte, que haja poucas recompensas ou modelos de papis para uma discusso inteligente sobre cincia e tecnologia ou at para o aprendizado em si mesmo. Os poucos que continuam interessados so difamados como nerds, geeks ou grinds.* * Grias norte-americanas para designar pessoas chatas, desinteressantes, esquisitas e, nesse caso, estudantes muito aplicados. (Carl Sagan. O mundo assombrado pelos demnios, 1997.) H at crianas, e eu conheci algumas delas, que desejam saber como um buraco negro; qual o menor pedao de matria; por que nos lembramos do passado, mas no do futuro; e por que h um Universo. Explique com que finalidade, no plano semntico, o autor intercalou a orao destacada sequncia do perodo transcrito.
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questo toma por base um trecho do artigoHorror a aprender(06.01.1957), escrito pelo historiador e crtico literrio Afrnio Coutinho (1911-2000), e uma tira blogueBlogoides. Horror a aprender Se quisssemos numa frmula definir a mentalidade mais ou menos generalizada dos que militam na vida literria brasileira, no lograramos descobrir outra que melhor se prestasse do que esta: horror a aprender. Nosso autodidatismo enraizado, nossa falta de hbito universitrio, fazem com que aprender, entre ns, seja motivo de inferioridade intelectual. Ningum gosta de aprender. Ningum se quer dar ao trabalho de aprender. Porque j se nasce sabendo. Todos somos mestres antes de ser discpulos. Aprender o qu? Pois j sabemos tudo de nascena! Ignoramos essa verdade de extrema sabedoria: s os bons discpulos do grandes mestres, e s bom mestre quem foi um dia bom discpulo e continua com o esprito aberto a um perptuo aprendizado. Quem sabe aprender sabe ensinar, e s quem gosta de aprender tem o direito de dar lies. Como pode divulgar e orientar conhecimentos quem mantm o esprito impermevel a qualquer aprendizagem? Nossos jovens intelectuais, em sua maioria, primam pelo pedantismo, autossuficincia e falta de humildade de esprito. So mestres antes de ter sido discpulos. Saber no os preocupa, estudar, ningum lhes viu os estudos. s meter-lhes na mo uma pena e cair-lhes ao alcance uma coluna de jornal, e l vem doutrinao leviana e prosa de meia-tigela. No lhes importa verificar se esto arrombando portas abertas ou chovendo no molhado. (No hospital das letras, 1963.) Indique a contradio da personagem mais nova da tira em pretender criar um blogue intelectual sobre Saramago.
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) Ask a mayor of a developing country city about his or her most pressing problems, and solid waste management generally will be high on the list. For many cities, solid waste management is their single largest budget item and largest employer. It is also a critical matter of public health, environmental quality, quality of life, and economic development. A city that cannot effectively manage its waste is rarely able to manage more complex services such as health, education or transportation. And no one wants to live in a city surrounded by garbage. As the world urbanizes, the situation is becoming more acute. More people mean more garbage, especially in fastgrowing cities where the bulk of waste is generated. We estimate that cities currently generate roughly 1.3 billion tonnes of solid waste per year; with current urbanization trends, this figure will grow to 2.2 billion tonnes per year by 2025 an increase of 70 percent. Managing waste will also become more expensive. Expenditures that today total $205 billion will grow to $375 billion. The cost impacts will be most severe in low income countries already struggling to meet basic social and infrastructure needs, particularly for their poorest residents. Because it is such a major issue, waste management also represents a great opportunity for cities. Managed well, solid waste management practices can reduce greenhouse gas emission levels in a city, including short-lived climate pollutants that are far more potent than carbon dioxide. A citys ability to keep solid waste out of drainage ditches can also influence whether a neighborhood floods after a heavy storm. (www.worldbank.org. Adaptado.) No trecho do terceiro pargrafo this figure will grow , a palavra figure refere-se, no texto, a
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) Ask a mayor of a developing country city about his or her most pressing problems, and solid waste management generally will be high on the list. For many cities, solid waste management is their single largest budget item and largest employer. It is also a critical matter of public health, environmental quality, quality of life, and economic development. A city that cannot effectively manage its waste is rarely able to manage more complex services such as health, education or transportation. And no one wants to live in a city surrounded by garbage. As the world urbanizes, the situation is becoming more acute. More people mean more garbage, especially in fastgrowing cities where the bulk of waste is generated. We estimate that cities currently generate roughly 1.3 billion tonnes of solid waste per year; with current urbanization trends, this figure will grow to 2.2 billion tonnes per year by 2025 an increase of 70 percent. Managing waste will also become more expensive. Expenditures that today total $205 billion will grow to $375 billion. The cost impacts will be most severe in low income countries already struggling to meet basic social and infrastructure needs, particularly for their poorest residents. Because it is such a major issue, waste management also represents a great opportunity for cities. Managed well, solid waste management practices can reduce greenhouse gas emission levels in a city, including short-lived climate pollutants that are far more potent than carbon dioxide. A citys ability to keep solid waste out of drainage ditches can also influence whether a neighborhood floods after a heavy storm. (www.worldbank.org. Adaptado.) Segundo o texto, o maior impacto do aumento de custos da gesto de resduos slidos ser sobre
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questo toma por base um trecho do artigoHorror a aprender(06.01.1957), escrito pelo historiador e crtico literrio Afrnio Coutinho (1911-2000), e uma tira blogueBlogoides. Horror a aprender Se quisssemos numa frmula definir a mentalidade mais ou menos generalizada dos que militam na vida literria brasileira, no lograramos descobrir outra que melhor se prestasse do que esta: horror a aprender. Nosso autodidatismo enraizado, nossa falta de hbito universitrio, fazem com que aprender, entre ns, seja motivo de inferioridade intelectual. Ningum gosta de aprender. Ningum se quer dar ao trabalho de aprender. Porque j se nasce sabendo. Todos somos mestres antes de ser discpulos. Aprender o qu? Pois j sabemos tudo de nascena! Ignoramos essa verdade de extrema sabedoria: s os bons discpulos do grandes mestres, e s bom mestre quem foi um dia bom discpulo e continua com o esprito aberto a um perptuo aprendizado. Quem sabe aprender sabe ensinar, e s quem gosta de aprender tem o direito de dar lies. Como pode divulgar e orientar conhecimentos quem mantm o esprito impermevel a qualquer aprendizagem? Nossos jovens intelectuais, em sua maioria, primam pelo pedantismo, autossuficincia e falta de humildade de esprito. So mestres antes de ter sido discpulos. Saber no os preocupa, estudar, ningum lhes viu os estudos. s meter-lhes na mo uma pena e cair-lhes ao alcance uma coluna de jornal, e l vem doutrinao leviana e prosa de meia-tigela. No lhes importa verificar se esto arrombando portas abertas ou chovendo no molhado. (No hospital das letras, 1963.) Considerando a natureza dos respectivos gneros textuais, estabelea a diferena entre o artigo e a tira quanto ao modo de manifestarem seus julgamentos crticos.
(UNESP - 2014 - 1 FASE) Leia o texto para responder questo How can consumers find out if a corporation is greenwashing environmentally unsavory practices? June 29, 2013 In essence, greenwashing involves falsely conveying to consumers that a given product, service, company or institution factors environmental responsibility into its offerings and/or operations. CorpWatch, a non-profit organization dedicated to keeping tabs on the social responsibility (or lack thereof) of U.S.-based companies, characterizes greenwashing as the phenomena of socially and environmentally destructive corporations, attempting to preserve and expand their markets or power by posing as friends of the environment. One of the groups leading the charge against greenwashing is Greenpeace. Corporations are falling all over themselves, reports the group, to demonstrate that they are environmentally conscious. The average citizen is finding it more and more difficult to tell the difference between those companies genuinely dedicated to making a difference and those that are using a green curtain to conceal dark motives. Greenpeace launched its Stop Greenwash campaign in 2009 to call out bad actors and help consumers make better choices. The most common greenwashing strategy, the group says, is when a company touts an environmental program or product while its core business is inherently polluting or unsustainable. Another involves what Greenpeace calls ad bluster: using targeted advertising or public relations to exaggerate a green achievement so as to divert attention from actual environmental problems or spending more money bragging about green behavior than on actual deeds. In some cases, companies may boast about corporate green commitments while lobbying behind the scenes against environmental laws. Greenpeace also urges vigilance about green claims that brag about something the law already requires: For example, if an industry or company has been forced to change a product, clean up its pollution or protect an endangered species, then uses Public Relations campaigns to make such action look proactive or voluntary. For consumers, the best way to avoid getting greenwashed is to be educated about who is truly green and who is just trying to look that way to make more money. Look beyond advertising claims, read ingredient lists or askemployees about the real information on their companys environmental commitment. Also, look for labels that show if a given offering has been inspected by a reliable third-party. For example, the U.S. Department of Agricultures Certified Organic label can only go on products that meet the federal governments organic standard. Just because a label says made with organic ingredients or all-natural does not mean the product qualifies as Certified Organic, so be sure to look beyond the hype. (www.scientificamerican.com. Adaptado.) O trecho do ltimo pargrafo Look beyond advertising claims, read ingredient lists or ask employees about the real information on their companys environmental commitment. Also, look for labels that show if a given offering has been inspected by a reliable third-party. apresenta
(UNESP - 2014 - 2 FASE) As questes abaixofocalizam uma passagem de um livro do astrnomo, escritor e divulgador cientfico Carl Sagan (1934-1996) e uma tira de Ado Iturrusgarai publicada no jornal Folha de S.Paulo. No existem perguntas imbecis exceo das crianas (que no sabem o suficiente para deixar de fazer as perguntas importantes), poucos de ns passam muito tempo pensando por que a Natureza como ; de onde veio o Cosmos, ou se ele sempre existiu; se o tempo vai um dia voltar atrs, e os efeitos vo preceder as causas; ou se h limites elementares para o que os humanos podem conhecer. H at crianas, e eu conheci algumas delas, que desejam saber como um buraco negro; qual o menor pedao de matria; por que nos lembramos do passado, mas no do futuro; e por que h um Universo. De vez em quando, tenho a sorte de lecionar num jardim de infncia ou numa classe do primeiro ano primrio. Muitas dessas crianas so cientistas natos embora tenham mais desenvolvido o lado da admirao que o do ceticismo. So curiosas, intelectualmente vigorosas. Perguntas provocadoras e perspicazes saem delas aos borbotes. Demonstram enorme entusiasmo. Sempre recebo uma srie de perguntas encadeadas. Elas nunca ouviram falar da noo de perguntas imbecis. Mas, quando falo a estudantes do ltimo ano do secundrio, encontro algo diferente. Eles memorizam os fatos. Porm, de modo geral, a alegria da descoberta, a vida por trs desses fatos, se extinguiu em suas mentes. Perderam grande parte da admirao e ganharam muito pouco ceticismo. Ficam preocupados com a possibilidade de fazer perguntas imbecis; esto dispostos a aceitar respostas inadequadas; no fazem perguntas encadeadas; a sala fica inundada de olhares de esguelha para verificar, a cada segundo, se eles tm a aprovao de seus pares. Vm para a aula com as perguntas escritas em pedaos de papel que sub-repticiamente examinam, esperando a sua vez, e sem prestar ateno discusso em que seus colegas esto envolvidos naquele momento. Algo aconteceu entre o primeiro ano primrio e o ltimo ano secundrio, e no foi apenas a puberdade. Eu diria que , em parte, a presso dos pares para no se sobressair (exceto nos esportes); em parte, o fato de a sociedade ensinar gratificaes a curto prazo; em parte, a impresso de que a cincia e a matemtica no vo dar a ningum um carro esporte; em parte, que to pouco seja esperado dos estudantes; e, em parte, que haja poucas recompensas ou modelos de papis para uma discusso inteligente sobre cincia e tecnologia ou at para o aprendizado em si mesmo. Os poucos que continuam interessados so difamados como nerds, geeks ou grinds.* * Grias norte-americanas para designar pessoas chatas, desinteressantes, esquisitas e, nesse caso, estudantes muito aplicados. (Carl Sagan. O mundo assombrado pelos demnios, 1997.) Estabelea a relao que h entre o que comunicado, com humor bastante inteligente, pela tira de Ado Iturrusgarai e a preocupao que, no terceiro pargrafo, Sagan detecta nos estudantes do ensino mdio norte-americano.
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) Ask a mayor of a developing country city about his or her most pressing problems, and solid waste management generally will be high on the list. For many cities, solid waste management is their single largest budget item and largest employer. It is also a critical matter of public health, environmental quality, quality of life, and economic development. A city that cannot effectively manage its waste is rarely able to manage more complex services such as health, education or transportation. And no one wants to live in a city surrounded by garbage. As the world urbanizes, the situation is becoming more acute. More people mean more garbage, especially in fastgrowing cities where the bulk of waste is generated. We estimate that cities currently generate roughly 1.3 billion tonnes of solid waste per year; with current urbanization trends, this figure will grow to 2.2 billion tonnes per year by 2025 an increase of 70 percent. Managing waste will also become more expensive. Expenditures that today total $205 billion will grow to $375 billion. The cost impacts will be most severe in low income countries already struggling to meet basic social and infrastructure needs, particularly for their poorest residents. Because it is such a major issue, waste management also represents a great opportunity for cities. Managed well, solid waste management practices can reduce greenhouse gas emission levels in a city, including short-lived climate pollutants that are far more potent than carbon dioxide. A citys ability to keep solid waste out of drainage ditches can also influence whether a neighborhood floods after a heavy storm. (www.worldbank.org. Adaptado.) De acordo com o texto, quando h uma boa gesto de resduos slidos,
(UNESP - 2014 - 1 FASE) Leia o texto para responder questo How can consumers find out if a corporation is greenwashing environmentally unsavory practices? June 29, 2013 In essence, greenwashing involves falsely conveying to consumers that a given product, service, company or institution factors environmental responsibility into its offerings and/or operations. CorpWatch, a non-profit organization dedicated to keeping tabs on the social responsibility (or lack thereof) of U.S.-based companies, characterizes greenwashing as the phenomena of socially and environmentally destructive corporations, attempting to preserve and expand their markets or power by posing as friends of the environment. One of the groups leading the charge against greenwashing is Greenpeace. Corporations are falling all over themselves, reports the group, to demonstrate that they are environmentally conscious. The average citizen is finding it more and more difficult to tell the difference between those companies genuinely dedicated to making a difference and those that are using a green curtain to conceal dark motives. Greenpeace launched its Stop Greenwash campaign in 2009 to call out bad actors and help consumers make better choices. The most common greenwashing strategy, the group says, is when a company touts an environmental program or product while its core business is inherently polluting or unsustainable. Another involves what Greenpeace calls ad bluster: using targeted advertising or public relations to exaggerate a green achievement so as to divert attention from actual environmental problems or spending more money bragging about green behavior than on actual deeds. In some cases, companies may boast about corporate green commitments while lobbying behind the scenes against environmental laws. Greenpeace also urges vigilance about green claims that brag about something the law already requires: For example, if an industry or company has been forced to change a product, clean up its pollution or protect an endangered species, then uses Public Relations campaigns to make such action look proactive or voluntary. For consumers, the best way to avoid getting greenwashed is to be educated about who is truly green and who is just trying to look that way to make more money. Look beyond advertising claims, read ingredient lists or askemployees about the real information on their companys environmental commitment. Also, look for labels that show if a given offering has been inspected by a reliable third-party. For example, the U.S. Department of Agricultures Certified Organic label can only go on products that meet the federal governments organic standard. Just because a label says made with organic ingredients or all-natural does not mean the product qualifies as Certified Organic, so be sure to look beyond the hype. (www.scientificamerican.com. Adaptado.) No trecho final do ltimo pargrafo all-natural does not mean the product qualifies as Certified Organic, so be sure to look beyond the hype. , a conjuno so pode ser substituda, sem alterao de sentido, por
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questo focaliza um trecho de um poema de 1869 do poeta romntico portugus Guilherme Braga (1845-1874) e uma marcha de carnaval de Wilson Batista (1913-1968) e Roberto Martins (1909-1992), gravada em 1948. Em dezembro Olhai: naquele operrio Tudo fora, nimo e vida; Se o trabalho o seu calvrio Sobe-o de cabea erguida. Deus deu-lhe um anjo na esposa, E as filhas so to pequenas Que delas a mais idosa Conta dez anos apenas. Tem cinco, e todas to belas Que, ao ver-lhes a alegre infncia, Julga estar vendo as estrelas E o cu a menos distncia; Por isso, quando o trabalho Lhe fatiga as mos calosas, Tem no suor o fresco orvalho Que d seiva quelas rosas, [...] Depois, da ceia ao convite, Toda a famlia o rodeia mesa, aonde o apetite Faz soberba a humilde ceia. [...] No entanto, como a existncia No tem em si nada estvel, Num dia de decadncia Este obreiro infatigvel, Por ter gasto a noite inteira Na luta, cede ao cansao, E cai da mquina beira, E a roda esmaga-lhe um brao... Ai! o infortnio severo! Bastou por tanto um s dia Para entrar o desespero Donde fugiu a alegria! Empenha em vo tudo, a esmo, Pouco dinheiro lhe fica, E no lhe cobre esse mesmo As despesas da botica. Pobre me, pobres crianas! J, de momento em momento, Vo minguando as esperanas, Vai crescendo o sofrimento; (Heras e violetas, 1869.) Pedreiro Waldemar Voc conhece O pedreiro Waldemar? No conhece? Mas eu vou lhe apresentar De madrugada Toma o trem da Circular Faz tanta casa E no tem casa pra morar Leva a marmita Embrulhada no jornal Se tem almoo, Nem sempre tem jantar O Waldemar, Que mestre no ofcio Constri um edifcio E depois no pode entrar. (Roberto Lapiccirella (org.), Antologia musical popular brasileira, 1996.) Na segunda estrofe do trecho reproduzido do poema, Guilherme Braga se serve da palavraidosanum sentido que no o habitualmente empregado hoje. Estabelea essa diferena com base no contexto em que a palavra empregada.
(UNESP - 2014 - 2 FASE)As questes abaixo tomam por base um trecho da conferncia Sobre algumas lendas do Brasil, de Olavo Bilac (1865-1918), e um soneto do mesmo autor, utilizado por ele para ilustrar seus argumentos. Sendo cada homem todo o universo, tem dentro de si todos os deuses, todas as potestades superiores e inferiores que dirigem o universo. (Tudo, se existe objetivamente, porque existe subjetivamente; tudo existe em ns, porque tudo criado e alimentado por ns). E esta considerao nos leva ao assunto e explanao do meu tema. Existem em ns todas as entidades fantsticas, que, segundo a crena popular, enchem a nossa terra: so sentimentos humanos, que, saindo de cada um de ns, personalizam-se, e comeam a viver na vida exterior, como mitos da comunho. Tup, demiurgo criador, e o seu Anhang, demiurgo destruidor. o eterno dualismo, governando todas as fases religiosas, toda a histria mitolgica da humanidade. J entre os persas e os iranianos, na religio de Zoroastro, havia um deus de bondade, Ormuz, e um deus de maldade, Ahriman. A religio de Mans, na Babilnia, no criou a ideia do dualismo; acentuou-a, precisou-a; a base da religio dos maniqueus era a oposio e o contraste da luz e da treva: o mundo visvel, segundo eles, era o resultado da mistura desses dois elementos eternamente inimigos. Mas em todos os grandes povos, e em todas as pequenas tribos, sempre houve, em todos os tempos, a concepo desse conflito: e esse conflito perdura no catolicismo, fixado na concepo de Deus e do Diabo. Os nossos ndios sempre tiveram seu Tup e o seu Anhang... Ora, o selvagemdas margens do Amazonas, do So Francisco e do Paran compreende os dois demiurgos, porque os sente dentro de si mesmo. E ns, os civilizados do litoral, compreendemos e contemos em ns esses dois princpios antagnicos, Deus e o Diabo. Cada um de vs tem uma arena ntima em que a todo o instante combatem um gnio do bem e um gnio do mal: No s bom, nem s mau: s triste e humano... Vives ansiando em maldies e preces, Como se, a arder, no corao tivesses O tumulto e o clamor de um largo oceano. Pobre, no bem como no mal, padeces; E, rolando num vrtice vesano*, Oscilas entre a crena e o desengano, Entre esperanas e desinteresses. Capaz de horrores e de aes sublimes, No ficas das virtudes satisfeito, Nem te arrependes, infeliz, dos crimes: E, no perptuo ideal que te devora, Residem juntamente no teu peito Um demnio que ruge e um deus que chora... * Vesano: louco, demente, delirante, insensato. (ltimas conferncias e discursos, 1927.) O conferencista Olavo Bilac sugere que, apesar da diferena de credos, as religies se filiam a um mesmo princpio. Que princpio esse e o que origina no mbito religioso?
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) Ask a mayor of a developing country city about his or her most pressing problems, and solid waste management generally will be high on the list. For many cities, solid waste management is their single largest budget item and largest employer. It is also a critical matter of public health, environmental quality, quality of life, and economic development. A city that cannot effectively manage its waste is rarely able to manage more complex services such as health, education or transportation. And no one wants to live in a city surrounded by garbage. As the world urbanizes, the situation is becoming more acute. More people mean more garbage, especially in fastgrowing cities where the bulk of waste is generated. We estimate that cities currently generate roughly 1.3 billion tonnes of solid waste per year; with current urbanization trends, this figure will grow to 2.2 billion tonnes per year by 2025 an increase of 70 percent. Managing waste will also become more expensive. Expenditures that today total $205 billion will grow to $375 billion. The cost impacts will be most severe in low income countries already struggling to meet basic social and infrastructure needs, particularly for their poorest residents. Because it is such a major issue, waste management also represents a great opportunity for cities. Managed well, solid waste management practices can reduce greenhouse gas emission levels in a city, including short-lived climate pollutants that are far more potent than carbon dioxide. A citys ability to keep solid waste out of drainage ditches can also influence whether a neighborhood floods after a heavy storm. (www.worldbank.org. Adaptado.) No trecho do ltimo pargrafo A citys ability to keep solid waste out of drainage ditches can also influence whether a neighborhood floods after a heavy storm. , a palavra whether pode ser substituda, sem alterao de sentido, por
(UNESP - 2014 - 1 FASE) Examine a tira. No segundo quadrinho da tira, a expresso that sort of thing refere-se a
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE)A questo focaliza um trecho de um poema de 1869 do poeta romntico portugus Guilherme Braga (1845-1874) e uma marcha de carnaval de Wilson Batista (1913-1968) e Roberto Martins (1909-1992), gravada em 1948. Em dezembro Olhai: naquele operrio Tudo fora, nimo e vida; Se o trabalho o seu calvrio Sobe-o de cabea erguida. Deus deu-lhe um anjo na esposa, E as filhas so to pequenas Que delas a mais idosa Conta dez anos apenas. Tem cinco, e todas to belas Que, ao ver-lhes a alegre infncia, Julga estar vendo as estrelas E o cu a menos distncia; Por isso, quando o trabalho Lhe fatiga as mos calosas, Tem no suor o fresco orvalho Que d seiva quelas rosas, [...] Depois, da ceia ao convite, Toda a famlia o rodeia mesa, aonde o apetite Faz soberba a humilde ceia. [...] No entanto, como a existncia No tem em si nada estvel, Num dia de decadncia Este obreiro infatigvel, Por ter gasto a noite inteira Na luta, cede ao cansao, E cai da mquina beira, E a roda esmaga-lhe um brao... Ai! o infortnio severo! Bastou por tanto um s dia Para entrar o desespero Donde fugiu a alegria! Empenha em vo tudo, a esmo, Pouco dinheiro lhe fica, E no lhe cobre esse mesmo As despesas da botica. Pobre me, pobres crianas! J, de momento em momento, Vo minguando as esperanas, Vai crescendo o sofrimento; (Heras e violetas, 1869.) Pedreiro Waldemar Voc conhece O pedreiro Waldemar? No conhece? Mas eu vou lhe apresentar De madrugada Toma o trem da Circular Faz tanta casa E no tem casa pra morar Leva a marmita Embrulhada no jornal Se tem almoo, Nem sempre tem jantar O Waldemar, Que mestre no ofcio Constri um edifcio E depois no pode entrar. (Roberto Lapiccirella (org.), Antologia musical popular brasileira, 1996.) Explique o carter metafrico do emprego da palavrarosasna quarta estrofe do trecho reproduzido do poema de Guilherme Braga.
(UNESP - 2014 - 2 FASE)As questes abaixo tomam por base um trecho da conferncia Sobre algumas lendas do Brasil, de Olavo Bilac (1865-1918), e um soneto do mesmo autor, utilizado por ele para ilustrar seus argumentos. Sendo cada homem todo o universo, tem dentro de si todos os deuses, todas as potestades superiores e inferiores que dirigem o universo. (Tudo, se existe objetivamente, porque existe subjetivamente; tudo existe em ns, porque tudo criado e alimentado por ns). E esta considerao nos leva ao assunto e explanao do meu tema. Existem em ns todas as entidades fantsticas, que, segundo a crena popular, enchem a nossa terra: so sentimentos humanos, que, saindo de cada um de ns, personalizam-se, e comeam a viver na vida exterior, como mitos da comunho. Tup, demiurgo criador, e o seu Anhang, demiurgo destruidor. o eterno dualismo, governando todas as fases religiosas, toda a histria mitolgica da humanidade. J entre os persas e os iranianos, na religio de Zoroastro, havia um deus de bondade, Ormuz, e um deus de maldade, Ahriman. A religio de Mans, na Babilnia, no criou a ideia do dualismo; acentuou-a, precisou-a; a base da religio dos maniqueus era a oposio e o contraste da luz e da treva: o mundo visvel, segundo eles, era o resultado da mistura desses dois elementos eternamente inimigos. Mas em todos os grandes povos, e em todas as pequenas tribos, sempre houve, em todos os tempos, a concepo desse conflito: e esse conflito perdura no catolicismo, fixado na concepo de Deus e do Diabo. Os nossos ndios sempre tiveram seu Tup e o seu Anhang... Ora, o selvagemdas margens do Amazonas, do So Francisco e do Paran compreende os dois demiurgos, porque os sente dentro de si mesmo. E ns, os civilizados do litoral, compreendemos e contemos em ns esses dois princpios antagnicos, Deus e o Diabo. Cada um de vs tem uma arena ntima em que a todo o instante combatem um gnio do bem e um gnio do mal: No s bom, nem s mau: s triste e humano... Vives ansiando em maldies e preces, Como se, a arder, no corao tivesses O tumulto e o clamor de um largo oceano. Pobre, no bem como no mal, padeces; E, rolando num vrtice vesano*, Oscilas entre a crena e o desengano, Entre esperanas e desinteresses. Capaz de horrores e de aes sublimes, No ficas das virtudes satisfeito, Nem te arrependes, infeliz, dos crimes: E, no perptuo ideal que te devora, Residem juntamente no teu peito Um demnio que ruge e um deus que chora... * Vesano: louco, demente, delirante, insensato. (ltimas conferncias e discursos, 1927.) No soneto, Bilac explicita sua concepo do homem. Apresente o aspecto mais importante dessa concepo.