(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) TEXTO 1 Foi assim que, com Paracelso (1493-1541), nasceu e se imps a iatroqumica. E os iatroqumicos, em certos casos, chegaram a alcanar grandes xitos, muito embora as justificaes de suas teorias, vistas com os olhos da cincia moderna, apaream-nos hoje bastante fantasiosas. Assim, por exemplo, com base na ideia de que o ferro associado ao planeta vermelho Marte e a Marte, deus da guerra coberto de sangue e de ferro, administraram com sucesso sais de ferro a doentes anmicos - e hoje conhecemos as razes cientficas desse sucesso. (Giovanni Reale e Drio Antiseri. Histria da filosofia, vol. 2, 1991. Adaptado.) TEXTO 2 A cincia busca compreender a realidade de maneira racional, descobrindo relaes universais e necessrias entre os fenmenos, o que permite prever acontecimentos e, consequentemente, tambm agir sobre a natureza. Para tanto, a cincia utiliza mtodos rigorosos e atinge um tipo de conhecimento sistemtico, preciso e objetivo. (Maria Lcia de A. Aranha e Maria Helena P. Martins. Temas de filosofia, 1992.) Baseando-se na descrio do mtodo cientfico do texto 2, explique por que as fundamentaes da iatroqumica podem ser caracterizadas como fantasiosas.
(UNESP - 2014 - 2 FASE) Texto 1 Um dos elementos centrais do pensamento mtico e de sua forma de explicar a realidade o apelo ao sobrenatural, ao mistrio, ao sagrado, magia. As causas dos fenmenos naturais, aquilo que acontece aos homens, tudo governado por uma realidade exterior ao mundo humano e natural, a qual s os sacerdotes, os magos, os iniciados so capazes de interpretar. Os sacerdotes, os rituais religiosos, os orculos servem como intermedirio pontes entre o mundo humano e o mundo divino. Os cultos e os sacrifcios religiosos encontrados nessas sociedades so, assim, formas de se agradecer esses favores ou de se aplacar a ira dos deuses. (Danilo Marcondes. Iniciao histria da filosofia, 2001. Adaptado.) Texto 2 Ao longo da histria, a corrente filosfica do Empirismo foi associada s seguintes caractersticas: 1. Negao de qualquer conhecimento ou princpio inato, que deva ser necessariamente reconhecido como vlido, sem nenhuma confirmao ou verificao. 2. Negao do suprassensvel, entendido como qualquer realidade no passvel de verificao e aferio de qualquer tipo. 3. nfase na importncia da realidade atual ou imediatamente presente aos rgos de verificao e comprovao, ou seja, no fato: essa nfase consequncia do recurso evidncia sensvel. (Nicola Abbagnano. Dicionrio de filosofia, 2007. Adaptado.) Com base nos textos apresentados, comente a oposio entre o pensamento mtico e a corrente filosfica do empirismo.
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) Para responder questo, leia o fragmento de um romance de rico Verssimo (1905-1975) O defunto dominava a casa com a sua presena enorme. Anoitecia, e os homens que cercavam o morto ali na sala ainda no se haviam habituado ao seu silncio espesso. Fazia um calor opressivo. Do quarto contguo vinham soluos sem choro. Pareciam pedaos arrancados dum grito de dor nico e descomunal, davam uma impresso de dilaceramento, de agonia sincopada. As velas ardiam e o cheiro da cera derretida se casava com o perfume adocicado das flores que cobriam o caixo. A mistura enjoativa inundava o ar como uma emanao mesma do defunto, entrava pelas narinas dos vivos e lhes dava a sensao desconfortante duma comunho com a morte. O velho calvo que estava a um canto da sala, voltou a cabea para o militar a seu lado e cochichou: Est fazendo falta aqui o Tico, capito. O oficial ainda no conhecia o Tico. Era novo na cidade. Ento o velho explicou. O Tico era um sujeito que sabia animar os velrios, contava histrias, tinha um jeito especial de levar a conversa, deixando todo o mundo vontade. Sem o Tico era o diabo... Por onde andaria aquela alma? Entrou um homem magro, alto, de preto. Cumprimentou com um aceno discreto de cabea, caminhou devagarinho at o cadver e ergueu o leno branco que lhe cobria o rosto. Por alguns segundos fitou na cara morta os olhos tristes. Depois deixou cair o leno, afastou-se enxugando as lgrimas com as costas das mos e entrou no quarto vizinho. O velho calvo suspirou. Pouca gente... O militar passou o leno pela testa suada. Muito pouca. E o calor est brabo. E ainda cedo. O capito tirou o relgio: faltava um quarto para as oito. (Um lugar ao sol, 1978.) A fora expressiva da locuo silncio espesso resulta do fato de o substantivo e o adjetivo
(UNESP - 2014 - 1 FASE) Para responder questo, leia o fragmento de um texto publicado em 1867 no seminrioCabrio. So Paulo, 10 de maro de 1867. Estamos em plena quaresma. A populao paulista azafama-se a preparar-se para a lavagem geral das conscincias nas guas lustrais do confessionrio e do jejum. A cambuquira* e o bacalhau afidalgam-se no mercado. A carne, msera condenada pelos santos conclios, fica reduzida aos pouqussimos dentes acatlicos da populao, e desce quase a zero na pauta dos preos. O que no sobe nem desce na escala dos fatos normais a vilania, a usura, o egosmo, a estatstica dos crimes e o monto de fatos vergonhosos, perversos, ruins e feios que precedem todas as contries oficiais do confessionrio, e que depois delas continuam com imperturbvel regularidade. o caso de desejar-se mais obras e menos palavras. E se no, de que que serve o jejum, as maceraes, o arrependimento, a contrio e quejandas religiosidades? O que a religio sem o aperfeioamento moral da conscincia? O que vale a perturbao das funes gastronmicas do estmago sem conscincia livre, ilustrada, honesta e virtuosa? Seja como for, o fato que a quaresma toma as rdeas do governo social, e tudo entristece, e tudo esfria com o exerccio de seus msticos preceitos de silncio e meditao. De que que vale a meditao por ofcio, a meditao hipcrita e obrigada, que consiste unicamente na aparncia? Pois o que que constitui a virtude? a forma ou o fundo? a inteno do ato, ou sua feio ostensiva? Neste sentido, aconselhamos aos bons leitores que comutem sem o menor escrpulo os jejuns, as confisses e rezas em boas e santas aes, em esmolas aos pobres. (ngelo Agostini, Amrico de Campos e Antnio Manoel dos Reis. Cabrio, 10.03.1867. Adaptado.) * Iguaria constituda de brotos de abbora guisados, geralmente servida como acompanhamento de assados. [...] fica reduzida aos pouqussimos dentes acatlicos da populao. Na expresso dentes acatlicos, a palavra dentes empregada em lugar de pessoas, segundo uma relao semntica de
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) Para responder questo, leia o fragmento de um romance de rico Verssimo (1905-1975) O defunto dominava a casa com a sua presena enorme. Anoitecia, e os homens que cercavam o morto ali na sala ainda no se haviam habituado ao seu silncio espesso. Fazia um calor opressivo. Do quarto contguo vinham soluos sem choro. Pareciam pedaos arrancados dum grito de dor nico e descomunal, davam uma impresso de dilaceramento, de agonia sincopada. As velas ardiam e o cheiro da cera derretida se casava com o perfume adocicado das flores que cobriam o caixo. A mistura enjoativa inundava o ar como uma emanao mesma do defunto, entrava pelas narinas dos vivos e lhes dava a sensao desconfortante duma comunho com a morte. O velho calvo que estava a um canto da sala, voltou a cabea para o militar a seu lado e cochichou: Est fazendo falta aqui o Tico, capito. O oficial ainda no conhecia o Tico. Era novo na cidade. Ento o velho explicou. O Tico era um sujeito que sabia animar os velrios, contava histrias, tinha um jeito especial de levar a conversa, deixando todo o mundo vontade. Sem o Tico era o diabo... Por onde andaria aquela alma? Entrou um homem magro, alto, de preto. Cumprimentou com um aceno discreto de cabea, caminhou devagarinho at o cadver e ergueu o leno branco que lhe cobria o rosto. Por alguns segundos fitou na cara morta os olhos tristes. Depois deixou cair o leno, afastou-se enxugando as lgrimas com as costas das mos e entrou no quarto vizinho. O velho calvo suspirou. Pouca gente... O militar passou o leno pela testa suada. Muito pouca. E o calor est brabo. E ainda cedo. O capito tirou o relgio: faltava um quarto para as oito. (Um lugar ao sol, 1978.) A orao como uma emanao mesma do defunto sugere que
(UNESP - 2014 - 2 FASE) Duas vizinhas, A e B, tinham, cada uma delas, um vaso de barro com uma mesma espcie de planta, de mesmo porte e idade. Quando saram em frias, a vizinha A colocou seu vaso dentro de um balde com gua, tomando cuidado para que o nvel de gua chegasse borda do vaso, e envolveu o balde com um saco plstico, fechando o saco na base do caule da planta, para evitar a evaporao da gua pela superfcie do balde. A parte area da planta no foi envolta pelo saco plstico. A vizinha B colocou seu vaso debaixo de uma torneira pingando, tomando o cuidado para que o gotejamento mantivesse a terra apenas mida, mas no encharcada. Ambos os vasos foram mantidos nas varandas das respectivas casas, bem iluminados e ventilados, mas protegidos do sol. Ao final de dois meses, quando retornaram das frias, verificaram que uma das plantas estava morta, enquanto a outra se mantinha viosa. Qual das plantas morreu? Justifique sua resposta
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) Gimnospermas e angiospermas: uma histria de sucesso vegetal Uma das maiores inovaes que surgiram no decorrer da evoluo das plantas vasculares foi a semente. Essa estrutura ___1___. Por isso, as gimnospermas e angiospermas tm vantagem sobre os grupos de vegetais que se reproduzem por meio de esporos. A prova disso que existe um nmero muito superior de espcies vegetais produtoras de sementes do que de plantas que fazem uso de esporos para se propagar. As angiospermas so as plantas que apresentam o maior sucesso evolutivo nos dias atuais. Se compararmos os nmeros de espcies de angiospermas e gimnospermas, poderemos notar que o primeiro grupo de plantas conta com cerca de 235 mil espcies viventes contra 720 espcies do segundo grupo. Essa grande diversidade de espcies de angiospermas deve-se ___2___. (http://educacao.uol.com.br. Adaptado.) Construa dois novos trechos que possam substituir as lacunas do texto. No trecho 1 voc deve citar duas vantagens adaptativas das sementes em comparao aos esporos, e no trecho 2 voc deve citar uma caracterstica exclusiva das angiospermas e explicar como essa caracterstica contribuiu para sua maior diversidade.
(UNESP - 2014 - 1 FASE) Para responder questo, leia o fragmento de um texto publicado em 1867 no seminrioCabrio. So Paulo, 10 de maro de 1867. Estamos em plena quaresma. A populao paulista azafama-se a preparar-se para a lavagem geral das conscincias nas guas lustrais do confessionrio e do jejum. A cambuquira* e o bacalhau afidalgam-se no mercado. A carne, msera condenada pelos santos conclios, fica reduzida aos pouqussimos dentes acatlicos da populao, e desce quase a zero na pauta dos preos. O que no sobe nem desce na escala dos fatos normais a vilania, a usura, o egosmo, a estatstica dos crimes e o monto de fatos vergonhosos, perversos, ruins e feios que precedem todas as contries oficiais do confessionrio, e que depois delas continuam com imperturbvel regularidade. o caso de desejar-se mais obras e menos palavras. E se no, de que que serve o jejum, as maceraes, o arrependimento, a contrio e quejandas religiosidades? O que a religio sem o aperfeioamento moral da conscincia? O que vale a perturbao das funes gastronmicas do estmago sem conscincia livre, ilustrada, honesta e virtuosa? Seja como for, o fato que a quaresma toma as rdeas do governo social, e tudo entristece, e tudo esfria com o exerccio de seus msticos preceitos de silncio e meditao. De que que vale a meditao por ofcio, a meditao hipcrita e obrigada, que consiste unicamente na aparncia? Pois o que que constitui a virtude? a forma ou o fundo? a inteno do ato, ou sua feio ostensiva? Neste sentido, aconselhamos aos bons leitores que comutem sem o menor escrpulo os jejuns, as confisses e rezas em boas e santas aes, em esmolas aos pobres. (ngelo Agostini, Amrico de Campos e Antnio Manoel dos Reis. Cabrio, 10.03.1867. Adaptado.) * Iguaria constituda de brotos de abbora guisados, geralmente servida como acompanhamento de assados. Segundo os autores, os pecados declarados no confessionrio
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) Para responder questo, leia o fragmento de um romance de rico Verssimo (1905-1975) O defunto dominava a casa com a sua presena enorme. Anoitecia, e os homens que cercavam o morto ali na sala ainda no se haviam habituado ao seu silncio espesso. Fazia um calor opressivo. Do quarto contguo vinham soluos sem choro. Pareciam pedaos arrancados dum grito de dor nico e descomunal, davam uma impresso de dilaceramento, de agonia sincopada. As velas ardiam e o cheiro da cera derretida se casava com o perfume adocicado das flores que cobriam o caixo. A mistura enjoativa inundava o ar como uma emanao mesma do defunto, entrava pelas narinas dos vivos e lhes dava a sensao desconfortante duma comunho com a morte. O velho calvo que estava a um canto da sala, voltou a cabea para o militar a seu lado e cochichou: Est fazendo falta aqui o Tico, capito. O oficial ainda no conhecia o Tico. Era novo na cidade. Ento o velho explicou. O Tico era um sujeito que sabia animar os velrios, contava histrias, tinha um jeito especial de levar a conversa, deixando todo o mundo vontade. Sem o Tico era o diabo... Por onde andaria aquela alma? Entrou um homem magro, alto, de preto. Cumprimentou com um aceno discreto de cabea, caminhou devagarinho at o cadver e ergueu o leno branco que lhe cobria o rosto. Por alguns segundos fitou na cara morta os olhos tristes. Depois deixou cair o leno, afastou-se enxugando as lgrimas com as costas das mos e entrou no quarto vizinho. O velho calvo suspirou. Pouca gente... O militar passou o leno pela testa suada. Muito pouca. E o calor est brabo. E ainda cedo. O capito tirou o relgio: faltava um quarto para as oito. (Um lugar ao sol, 1978.) A capacidade de animar os velrios atribuda ao Tico pelo velho calvo, porque este a considera
(UNESP - 2014 - 2 FASE) SUS vai oferecer vacina contra HPV a partir de 2014 O Ministrio da Sade anunciou, nesta segunda-feira [01.07.2013] que o SUS passar a oferecer vacina contra o papilomavrus humano (HPV) a partir de maro de 2014. Esta ser a vigsima stima vacina oferecida pelo sistema pblico de sade. O SUS far a imunizao de meninas de 10 e 11 anos. As vacinas s podero ser aplicadas com autorizao dos pais ou responsveis. A vacina vai ser utilizada contra quatro tipos do vrus HPV, que, segundo o ministrio, so responsveis por alto ndice de casos de cncer de colo de tero. (http://g1.globo.com) Considerando que a principal forma de transmisso do vrus HPV por meio das relaes sexuais, que a vacina ser aplicada em meninas de faixa etria na qual no h vida sexual ativa, e que o tempo mdio para a manifestao do cncer de colo de cerca de 10 anos depois de adquirido o vrus HPV, a campanha de vacinao promovida pelo SUS tem importncia em termos de sade pblica? Justifique. A vacina em questo substitui o preservativo (camisinha) na preveno da AIDS, causada pelo vrus HIV? Justifique sua resposta.
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) apresenta incidncia de 1 a cada 3.500 nascimentos de meninos. causada por um distrbio na produo de uma protena associada membrana muscular chamada distrofina, que mantm a integridade da fibra muscular. Os primeiros sinais clnicos manifestam-se antes dos 5 anos, com quedas frequentes, dificuldade para subir escadas, correr, levantar do cho e hipertrofia das panturrilhas. A fraqueza muscular piora progressivamente, levando incapacidade de andar dentro de cerca de dez anos a partir do incio dos sintomas. Trata-se de uma doena gentica, com padro de herana recessivo ligado ao cromossomo X. Na maioria dos casos, a mutao responsvel pela doena foi herdada da me do paciente (em geral, assintomtica). (www.oapd.org.br. Adaptado.) Considerando as informaes do texto, explique por que as mulheres portadoras da mutao em geral so assintomticas (no desenvolvem a doena). Se uma mulher portadora da mutao, assintomtica, estiver grvida de um casal de gmeos, e o pai das crianas for um homem no portador da mutao, quais as probabilidades de seus filhos desenvolverem a doena? Justifique.
(UNESP - 2014/2 - 1a fase) Para responder questo, leia o fragmento de um romance de rico Verssimo (1905-1975) O defunto dominava a casa com a sua presena enorme. Anoitecia, e os homens que cercavam o morto ali na sala ainda no se haviam habituado ao seu silncio espesso. Fazia um calor opressivo. Do quarto contguo vinham soluos sem choro. Pareciam pedaos arrancados dum grito de dor nico e descomunal, davam uma impresso de dilaceramento, de agonia sincopada. As velas ardiam e o cheiro da cera derretida se casava com o perfume adocicado das flores que cobriam o caixo. A mistura enjoativa inundava o ar como uma emanao mesma do defunto, entrava pelas narinas dos vivos e lhes dava a sensao desconfortante duma comunho com a morte. O velho calvo que estava a um canto da sala, voltou a cabea para o militar a seu lado e cochichou: Est fazendo falta aqui o Tico, capito. O oficial ainda no conhecia o Tico. Era novo na cidade. Ento o velho explicou. O Tico era um sujeito que sabia animar os velrios, contava histrias, tinha um jeito especial de levar a conversa, deixando todo o mundo vontade. Sem o Tico era o diabo... Por onde andaria aquela alma? Entrou um homem magro, alto, de preto. Cumprimentou com um aceno discreto de cabea, caminhou devagarinho at o cadver e ergueu o leno branco que lhe cobria o rosto. Por alguns segundos fitou na cara morta os olhos tristes. Depois deixou cair o leno, afastou-se enxugando as lgrimas com as costas das mos e entrou no quarto vizinho. O velho calvo suspirou. Pouca gente... O militar passou o leno pela testa suada. Muito pouca. E o calor est brabo. E ainda cedo. O capito tirou o relgio: faltava um quarto para as oito. (Um lugar ao sol, 1978.) Assinale a alternativa em que a reformulao do ltimo perodo do texto incorporou a segunda orao ao conjunto como discurso indireto estrito.
(UNESP - 2014 - 2 FASE) Leia a letra da cano O xote das meninas, composta por Luiz Gonzaga e Z Dantas. Mandacaru, quando fulora na seca, o sinal que a chuva chega no serto, Toda menina que enjoa da boneca sinal que o amor J chegou no corao Meia comprida, no quer mais sapato baixo, Vestido bem cintado No quer mais vestir timo Ela s quer, s pensa em namorar Ela s quer, s pensa em namorar De manh cedo, j t pintada, S vive suspirando Sonhando acordada, O pai leva ao dout A filha adoentada, No come nem estuda No dorme, no quer nada Ela s quer, s pensa em namorar Ela s quer, s pensa em namorar Mas o dout nem examina Chamando o pai do lado Lhe diz logo em surdina Que o mal da idade Que pra tal menina No tem um s remdio Em toda medicina Ela s quer, s pensa em namorar Ela s quer, s pensa em namorar Um dos versos da cano diz que no h remdio para o mal da menina, pois um mal da idade. A que mal o verso se refere, ou seja, considerando a fisiologia da reproduo, como conhecida a fase na qual a menina se encontra? Que alteraes hormonais do incio a essa fase, promovendo a transformao anatomofisiolgica implcita na letra da cano?
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE)Leia alguns versos da cano Planeta gua, de Guilherme Arantes. gua dos igaraps Onde Iara, a me dgua misteriosa cano gua que o sol evapora Pro cu vai embora Virar nuvens de algodo... (www.radio.uol.com.br) Na cano, o autor refere-se ao ciclo biogeoqumico da gua e, nesses versos, faz referncia a um processo fsico, a evaporao. Alm da evaporao, um outro processo, fisiolgico, contribui para que a gua dos corpos de alguns organismos passe pele e, desta, atmosfera. Que processo fisiolgico este e qual sua principal funo? Se, em lugar de descrever o ciclo da gua, o autor desejasse descrever o ciclo do carbono, seriam outros os processos a se referir. Cite um processo fisiolgico que permite que o carbono da atmosfera seja incorporado molculas orgnicas, e um processo fisiolgico que permite que esse mesmo carbono retorne atmosfera.
(UNESP - 2014 - 1 FASE) Para responder questo, leia o fragmento de um texto publicado em 1867 no seminrioCabrio. So Paulo, 10 de maro de 1867. Estamos em plena quaresma. A populao paulista azafama-se a preparar-se para a lavagem geral das conscincias nas guas lustrais do confessionrio e do jejum. A cambuquira* e o bacalhau afidalgam-se no mercado. A carne, msera condenada pelos santos conclios, fica reduzida aos pouqussimos dentes acatlicos da populao, e desce quase a zero na pauta dos preos. O que no sobe nem desce na escala dos fatos normais a vilania, a usura, o egosmo, a estatstica dos crimes e o monto de fatos vergonhosos, perversos, ruins e feios que precedem todas as contries oficiais do confessionrio, e que depois delas continuam com imperturbvel regularidade. o caso de desejar-se mais obras e menos palavras. E se no, de que que serve o jejum, as maceraes, o arrependimento, a contrio e quejandas religiosidades? O que a religio sem o aperfeioamento moral da conscincia? O que vale a perturbao das funes gastronmicas do estmago sem conscincia livre, ilustrada, honesta e virtuosa? Seja como for, o fato que a quaresma toma as rdeas do governo social, e tudo entristece, e tudo esfria com o exerccio de seus msticos preceitos de silncio e meditao. De que que vale a meditao por ofcio, a meditao hipcrita e obrigada, que consiste unicamente na aparncia? Pois o que que constitui a virtude? a forma ou o fundo? a inteno do ato, ou sua feio ostensiva? Neste sentido, aconselhamos aos bons leitores que comutem sem o menor escrpulo os jejuns, as confisses e rezas em boas e santas aes, em esmolas aos pobres. (ngelo Agostini, Amrico de Campos e Antnio Manoel dos Reis. Cabrio, 10.03.1867. Adaptado.) * Iguaria constituda de brotos de abbora guisados, geralmente servida como acompanhamento de assados. Pois o que que constitui a virtude? a forma ou o fundo? a inteno do ato, ou sua feio ostensiva? Marque a alternativa cuja passagem responde questo levantada pelos autores no trecho em destaque.