(UNESP - 2017/2 - 1a fase)
Os deuses disseram entre si depois de criar o homem: “O que os homens comerão, oh deuses? Vamos já todos buscar o alimento.” Enquanto isso, as formigas vermelhas estavam colhendo e carregando os grãos de milho que traziam de dentro do Tonacatepetl (Montanha do Sustento). O deus Quetzalcoatl encontrou as formigas e lhes disse: “Digam-me, onde vocês colheram os grãos de milho?”. Muitas vezes lhes perguntou, mas as formigas não quiseram responder. Algum tempo depois, as formigas disseram a Quetzalcoatl: “Lá.” E apontaram o lugar. Quetzalcoatl se transformou em formiga negra e as acompanhou. Desse modo, Quetzalcoatl acompanhou as formigas vermelhas até o depósito, arranjou o milho e em seguida o levou a Tamoanchan (moradia dos deuses e onde o homem havia sido criado). Ali os deuses o mastigaram e o puseram na nossa boca para nos robustecer.
(Apud Eduardo Natalino dos Santos. Cidades pré-hispânicas do México e da América Central, 2004.)
O texto asteca
promove a divulgação das qualidades nutricionais do milho para o fortalecimento dos guerreiros mesoamericanos.
oferece uma explicação mítica para a importância do milho na base da alimentação dos povos mesoamericanos.
demonstra sustentação histórica e claro desenvolvimento de pensamento lógico e racional.
procura justificar o fato de apenas os governantes dos povos mesoamericanos poderem exercer atividades agrícolas.
revela a influência das fábulas europeias na construção do imaginário dos povos mesoamericanos.