(UNICAMP - 2001 - 2 FASE)A Amaznia selvagem sempre teve o dom de impressionar a civilizao distante. Desde os primeiros tempos da Colnia, as mais imponentes expedies e solenes visitas pastorais rumavam de preferncia s suas plagas desconhecidas. Para l os mais venerveis bispos, os mais garbosos capites-generais, os mais lcidos cientistas. (Euclides da Cunha, Margem da Histria, So Paulo, Cultrix, 1975, p.32.) a) Explique como ocorreu a ocupao da Amaznia desde o perodo colonial at o sculo XIX. b) Caracterize a principal atividade econmica da Amaznia, entre o final do sculo XIX e as primeiras dcadas do sculo XX, mencionando as razes de sua importncia internacional.
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE) Acredita-se que a extino dos dinossauros tenha sido causada por uma nuvem de p levantada pela coliso de um asteride com a Terra. Esta nuvem de p teria bloqueado a ao do Sol. Estima-se que a energia liberada pelo impacto do asteride tenha sido de 108 megatons, equivalente a 1023 J. Considere a massa do asteride m = 8,0x1015 kg e a massa da Terra M = 6,0x1024 kg. a) Determine a velocidade do asteride imediatamente antes da coliso. b) Determine a velocidade de recuo da Terra imediatamente aps a coliso, supondo que o asteride tenha ficado encravado nela.
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE)Uma empresa deve enlatar uma mistura de amendoim, castanha de caju e castanha-do-par. Sabe-se que o quilo de amendoim custa R$ 5,00, o quilo da castanha de caju, R$ 20,00 e o quilo de castanha-do-par, R$ 16,00. Cada lata deve conter meio quilo da mistura e o custo total dos ingredientes de cada lata deve ser de R$ 5,75. Alm disso, a quantidade de castanha de caju em cada lata deve ser igual a um tero da soma das outras duas. a) Escreva o sistema linear que representa a situao descrita acima. b) Resolva o referido sistema, determinando as quantidades, em gramas, de cada ingrediente por lata.
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE)Veja e leia a tira abaixo, publicada no Caderno Imveis, da Folha de S. Paulo de 06/08/2000: a) Para apreender o humor dessa tira, o leitor deve compartilhar com o autor de uma opinio, no necessariamente correta, sobre caractersticas associadas arquitetura. Que caractersticas so essas? b) A tira leva concluso de que Pequeno Castor um sonhador. D dois sentidos de sonhador e explique como cada um deles pode se relacionar com a escolha profissional anunciada por Pequeno Castor.
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE) Vamos considerar duas buretas lado a lado. Numa se coloca gua e na outra n-hexano, mas no digo qual qual. Pego agora um basto de plstico e atrito-o com uma flanela. Abro as torneiras das duas buretas, deixando escorrer os lquidos que formam fios at carem nos frascos coletores. Aproximo o basto de plstico e o posiciono no espao entre os dois fios, bem prximo dos mesmos. a) A partir da observao do experimento, como se pode saber qual das duas buretas contm n-hexano? Por qu? Explique fazendo um desenho. Hi! Esta questo me entortou! Deixe-me pensar um pouco... Ah! J sei!... Pergunte mais! diz Nan. b) Se em lugar de gua e de n-hexano fossem usados trans-1,2-dicloroeteno e cis-1,2-dicloroeteno, o que se observaria ao repetir o experimento? Nan responde prontamente; afinal a danada craque em Qumica. Veja s o experimento e as perguntas que ela prope a Chu:
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE)Em seu texto sobre o engenheiro Louis Vauthier, que atuou junto Repartio de Obras Pblicas de Pernambuco, de 1840 a 1846, Gilberto Freyre escreveu: Vauthier enfrentou, com as suas idias de reforma administrativa e de inovao tcnica, a rotina dos governos, a preguia do funcionalismo pblico, o mandonismo dos polticos, os abusos e ganncias dos proprietrios brasileiros de terra e escravos. O engenheiro francs da Escola Politcnica de Paris, que em 1840 ps to entusiasticamente sua energia moa a servio de uma das mais velhas provncias do Brasil, representou, antes de tudo, a tcnica, a cincia, a cultura da Europa industrial, carbonfera. (Adaptado de Gilberto Freyre, Um Engenheiro Francs no Brasil, Rio de Janeiro, Jos Olympio, 1940, p.206 e 212.) a) Ao recorrer aos servios de tcnicos, artistas e cientistas estrangeiros, quais os objetivos do Imprio brasileiro? b) Cite dois outros exemplos de participao estrangeira em atividades artsticas e cientficas no Brasil do sculo XIX. c) De acordo com o texto, compare a economia da Europa representada por Vauthier com a do Brasil Imperial.
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE)O sistema de numerao na base 10 utiliza, normalmente, os dgitos de 0 a 9 para representar os nmeros naturais, sendo que o zero no aceito como o primeiro algarismo da esquerda. Pergunta-se: a) Quantos so os nmeros naturais de cinco algarismos formados por cinco dgitos diferentes? b) Escolhendo-se ao acaso um desses nmeros do item a, qual a probabilidade de que seus cinco algarismos estejam em ordem crescente?
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE) Quando em soluo aquosa, o ction amnio, NH+ 4, dependendo do pH, pode originar cheiro de amnia, em intensidades diferentes. Imagine trs tubos de ensaio, numerados de 1 a 3, contendo, cada um, pores iguais de uma mesma soluo de NH4Cl. Adiciona-se, no tubo 1 uma dada quantidade de NaCH3COO e agita-se para que se dissolva totalmente. No tubo 2, coloca-se a mesma quantidade em moles de Na2CO3 e tambm se agita at a dissoluo. Da mesma forma se procede no tubo 3, com a adio de NaHCO3. A hidrlise dos nions considerados pode ser representada pela seguinte equao: Os valores das constantes das bases Kb para acetato, carbonato e bicarbonato so, na seqncia: 5,6 x 1010, 5,6 x 104 e 2,4 x 108. A constante Kb da amnia 1,8 x 105. a) Escreva a equao que representa a liberao de amnia a partir de uma soluo aquosa que contm ons amnio. b) Em qual dos tubos de ensaio se percebe cheiro mais forte de amnia? Justifique. c) O pH da soluo de cloreto de amnio maior, menor ou igual a 7,0? Justifique usando equaes qumicas. Nan, voc est querendo me estourar mas no vai conseguir. Lembro-me muito bem das explicaes da nossa professora esclarecendo sobre equilbrio em soluo aquosa fala Chu.
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE) Alm de suas contribuies fundamentais Fsica, Galileu considerado tambm o pai da Resistncia dos Materiais, cincia muito usada em engenharia, que estuda o comportamento de materiais sob esforo. Galileu props empiricamente que uma viga cilndrica de dimetro d e comprimento (vo livre) L, apoiada nas extremidades, como na figura abaixo, rompe-se ao ser submetida a uma fora vertical F, aplicada em seu centro, dada por onde a tenso de ruptura caracterstica do material do qual a viga feita. Seja o peso especfico (peso por unidade de volume) do material da viga. a) Quais so as unidades de no Sistema Internacional de Unidades? b) Encontre a expresso para o peso total da viga em termos de , d e L. c) Suponha que uma viga de dimetro d1 se rompa sob a ao do prprio peso para um comprimento maior que L1. Qual deve ser o dimetro mnimo de uma viga feita do mesmo material com comprimento 2L1 para que ela no se rompa pela ao de seu prprio peso?
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE)Leia agora as seguintes estrofes, que se encontram em passagens diversas de A farsa de Ins Pereira de Gil Vicente: Ins: Andar! Pero Marques seja! Quero tomar por esposo quem se tenha por ditoso de cada vez que me veja. Por usar de siso mero, asno que leve quero, e no cavalo folo; antes lebre que leo, antes lavrador que Nero. Pero: I onde quiserdes ir vinde quando quiserdes vir, estai quando quiserdes estar. Com que podeis vs folgar que eu no deva consentir? (nota: folo, no caso, significa bravo, fogoso) a) A fala de Ins ocorre no momento em que aceita casar-se com Pero Marques, aps o malogrado matrimnio com o escudeiro. H um trecho nessa fala que se relaciona literalmente com o final da pea. Que trecho esse? Qual o pormenor da cena final da pea que ele est antecipando? b) A fala de Pero, dirigida a Ins, revela uma atitude contrria a uma caracterstica atribuda ao seu primeiro marido. Qual essa caracterstica ? c) Considerando o desfecho dos dois casamentos de Ins, explique por que essa pea de Gil Vicente pode ser considerada uma stira moral.
(UNICAMP - 2001 - 1 FASE) As fronteiras entre real e imaginrio vo se tornando cada vez mais sutis medida que melhoramos nosso conhecimento e desenvolvemos nossa capacidade de abstrao. tomos e molculas: sem enxerg-los podemos imagin-los. Qual ser o tamanho dos tomos e das molculas? Quantos tomos ou molculas h numa certa quantidade de matria? Parece que essas perguntas s podem ser respondidas com o uso de aparelhos sofisticados. Porm, um experimento simples pode nos dar respostas adequadas a essas questes. Numa bandeja com gua espalha-se sobre a superfcie um p muito fino que fica boiando. A seguir, no centro da bandeja adiciona-se 1,6 105 cm3 de um cido orgnico (densidade = 0,9 g/cm3 ), insolvel em gua. Com a adio do cido, forma-se imediatamente um crculo de 200 cm2 de rea, constitudo por uma nica camada de molculas de cido, arranjadas lado a lado, conforme esquematiza a figura abaixo. Imagine que nessa camada cada molcula do cido est de tal modo organizada que ocupa o espao delimitado por um cubo. Considere esses dados para resolver as questes a seguir. a) Qual o volume ocupado por uma molcula de cido, em cm3 ? b) Qual o nmero de molculas contidas em 282 g do cido?
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE) Com a instalao do gasoduto Brasil-Bolvia, a quota de participao do gs natural na gerao de energia eltrica no Brasil ser significativamente ampliada. Ao se queimar 1,0 kg de gs natural obtm-se 5,0 x 107 J de calor, parte do qual pode ser convertido em trabalho em uma usina termoeltrica. Considere uma usina queimando 7200 quilogramas de gs natural por hora, a uma temperatura de 1227 oC. O calor no aproveitado na produo de trabalho cedido para um rio de vazo 5000 l/s, cujas guas esto inicialmente a 27 oC. A maior eficincia terica da converso de calor em trabalho dada por , sendo Tmin e Tmax as temperaturas absolutas das fontes quente e fria respectivamente, ambas expressas em Kelvin. Considere o calor especfico da gua c=400 J kg-1C-1 a) Determine a potncia gerada por uma usina cuja eficincia metade da mxima terica. b) Determine o aumento de temperatura da gua do rio ao passar pela usina
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE)Os 450 anos compreendidos entre a chegada de Vasco da Gama, em 1498, e a retirada das foras britnicas da ndia, em 1947, constituem um verdadeiro perodo histrico. (Adaptado de K. M. Pannikar, A dominao Ocidental na sia, So Paulo, Paz e Terra, 1977, p.19.) a) Explique o que representou para europeus e indianos a chegada de Vasco da Gama ndia em 1498. b) Caracterize o processo de descolonizao da ndia, que culminou com a retirada dos ingleses em 1947. c) Defina, a partir do enunciado acima, o que um perodo histrico.
(UNICAMP - 2001 - 2 FASE)Considere o seguinte trecho de A Sibila, romance de Agustina Bessa-Lus: Mas Quina amava o mundo, as suas manifestaes de poder, de grandeza e superficiais ouropis; amava, se no a multido, os que venciam, o espalhafato e a exterioridade. Admirava todas as coisas bafejadas pelo xito; invejava tudo quanto lhe parecia culminncia de situaes, de felicidade moda, classe, saber. Isto condenou-a. Esse apego apaixonado ao momentneo manteve-a sempre ao nvel do efmero. Criou asas, sem jamais poder voar. Havia nela uma admirvel capacidade de entusiasmo que podia arrast-la ao sobre-humano. Mas o instinto prtico pesava-lhe como chumbo no corao, e ela subordinava aos interesses a chama que Prometeu furtou e cujo valor ela nunca compreendeu. (nota: Prometeu, mito da Antigidade grega, conhecido por ter tirado dos deuses a posse do fogo) a) O trecho fala da personagem central do romance, Quina. Segundo o narrador, sua personalidade sustentava-se sobre uma contradio entre dois plos reconhecveis nesse trecho. Como voc resumiria essa contradio? b) Nesse trecho, observa-se uma clara inteno de anlise de carter por parte do narrador em relao a Quina. Pode-se dizer que h uma relao entre essa preocupao de anlise e o fato de a crtica haver considerado essa obra um romance sem intriga. Por qu?
(UNICAMP - 2001 - 1 FASE) Entre o doping e o desempenho do atleta, quais so os limites? Um certo -bloqueador, usado no tratamento de asma, uma das substncias proibidas pelo Comit Olmpico Internacional (COI), j que provoca um aumento de massa muscular e diminuio de gordura. A concentrao dessa substncia no organismo pode ser monitorada atravs da anlise de amostras de urina coletadas ao longo do tempo de uma investigao. O grfico mostra a quantidade do -bloqueador contida em amostras da urina de um indivduo, coletadas periodicamente durante 90 horas aps a ingesto da substncia. Este comportamento vlido tambm para alm das 90 horas. Na escala de quantidade, o valor 100 deve ser entendido como sendo a quantidade observada num tempo inicial considerado arbitrariamente zero. a) Depois de quanto tempo a quantidade eliminada corresponder a 1/4 do valor inicial, ou seja, duas meias vidas de residncia da substncia no organismo? b) Suponha que o doping para esta substncia seja considerado positivo para valores acima de 1,0 x 10-6 g/mL de urina (1 micrograma por mililitro) no momento da competio. Numa amostra coletada 120 horas aps a competio, foram encontrados 15 microgramas de - bloqueador em 150 mL de urina de um atleta. Se o teste fosse realizado em amostra coletada logo aps a competio, o resultado seria positivo ou negativo? Justifique.