(AFA - 2017)
PARA SEMPRE JOVEM
1 - Recentemente, vi na televisão a propaganda de um jipe que saltava obstáculos como se fosse um cavalo de corrida. Já tinha visto esse comercial, mas comecei a prestar atenção na letra da música, soando
5 - forte e repetindo a estrofe de uma canção muito conhecida, “forever Young...I wanna live forever and Young...(para sempre jovem...quero viver para sempre e jovem). Será que, realmente, queremos viver muito e, de preferência, para sempre jovens? (...)
10 - O crescimento da população idosa nos países desenvolvidos é uma bomba-relógio que já começa a implodir os sistemas previdenciários, despreparados para amparar populações com uma média de vida em torno de 140 anos. A velhice se tornou uma epidemia
15 - incontrolável nos países desenvolvidos. Sustentar a população idosa sobrecarrega os jovens, cada vez em menor número, pois, nesses países, há também um declínio da natalidade. Será isso socialmente justo? Uma pessoa muito longeva consome
20 - uma quantidade total de alimentos muito maior do que as outras, o que contribui para esgotar mais rapidamente os recursos finitos do planeta e agravar ainda mais os desequilíbrios sociais. Para que uns poucos possam viver muito, outros terão de passar fome. Será que, em
25 - um futuro breve, teremos uma guerra de extermínio aos idosos, como na ficção do escritor argentino Bioy Casares, O diário da guerra do porco? Seria uma guerra justa? /.../
(TEIXEIRA, João. Para sempre jovens.In: Revista Filosofia: ciência & vida. Ano VII, n. 92, março-2014, p. 54.)
O emissor do texto apresenta um discurso parcial no qual se percebe uma visão bastante negativa do crescimento da população idosa. Apenas um dos recursos abaixo NÃO foi utilizado para convencer o leitor de seu ponto de vista. Assinale-o.
Hiperbolização da linguagem evidenciada na grande quantidade de advérbios de intensidade e no exagero de algumas afirmações.
Metáforas impactantes e alarmistas como “epidemia incontrolável” e “bomba-relógio”.
Argumentos de dados, baseados em provas concretas e/ou pesquisas científicas.
Uso do contraste, caracterizado pela presença de antíteses e pela oposição de ideias.