(ENEM - 2021) O torm dependia de organizao familiar, sendo brincado por pessoas com vnculos de parentesco e afinidade que viviam no local. Era visto como uma brincadeira, um entretenimento feito para os prprios participantes e seus conhecidos. O tempo do caju era o pretexto para sua realizao, sendo chamadas vrias pessoas da regio a fim de tomar mocoror, bebida fermentada do caju. VALLE, C. G. O. Torm/Tor: tradies e inveno no quadro de multiplicidade tnica do Cear contemporneo. In; GRUNEWALD, R. A (Org.).Tor: regima encantado dos ndios do Nordeste. Recife: Fundaj-Massangana, 2005. O ritual mencionado no texto atribui manifestao cultural de grupos indgenas do Nordeste brasileiro a funo de
(ENEM - 2021) Famoso por ser o encantador de vivas da cidade de Cabeceiras, na Paraba, Z de Sila um contador de histrias parecido com o personagem Chic, do Auto da Compadecida. Ele defende veementemente que a orao da av sustentava mais a chuva. Quando era pequeno e chovia por aqui, ajudava minha av colocando os pratos emborcados no terreiro para diminuir o vento. Ela fazia isso e rezava para a chuva durar mais, diz Z de Sila. GALDINO, V.; BARBOSA, R. C. Artistas por um dia? Joo Pessoa: Editora Universitria. 2009. Ao destacar expresses e vivncias populares do cotidiano, o texto mobiliza os seguintes aspectos da diversidade regional:
(ENEM - 2021) Mulheres naturalistas raramente figuraram na corrida por conhecer terras exticas. No sculo XIX, mulheres como Lady Carlotte Canning eventualmente coletavam espcimes botnicos, mas quase sempre no papel de esposas coloniais, viajando para locais onde seus maridos as levavam e no em busca de seus prprios projetos cientficos. SOMBRIO, M. M. O. Em busca pelo campo - Mulheres em expedies cientficas no Brasil em meados do sculo XX. Cadernos Pagu, n. 48, 2016. No contexto do sculo XIX, a relao das mulheres com o campo cientfico, descrita no texto, representativa da
(ENEM - 2021) Nos setores mais altamente desenvolvidos da sociedade contempornea, o transplante de necessidades sociais para individuais de tal modo eficaz que a diferena entre elas parece puramente terica. As criaturas se reconhecem em suas mercadorias; encontram sua alma em seu automvel, casa em patamares, utenslios de cozinha. MARCUSE, H.A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional. Rio de Janeiro. Zahar, 1979. O texto indica que, no capitalismo, a satisfao dos desejos pessoais influenciada por
(ENEM - 2020 - PROVA AZUL) Nas ltimas dcadas, uma acentuada feminizao no mundo do trabalho vem ocorrendo. Se a participao masculina pouco cresceu no perodo ps-1970, a intensificao da insero das mulheres foi o trao marcante. Entretanto, essa presena feminina se d mais no espao dos empregos precrios, onde a explorao, em grande medida, se encontra mais acentuada. NOGUEIRA, C. M. As trabalhadoras do telemarketing: uma nova diviso sexual do trabalho? In: ANTUNES, R. et al.Inforproletrios: degradao real do trabalho virtual. So Paulo; Boitempo, 2009. A transformao descrita no texto tem sido insuficiente para o estabelecimento de uma condio de igualdade de oportunidade em virtude da(s)
(ENEM - 2020 - PROVA AZUL) A propriedade compreende, em seu contedo e alcance, alm do tradicional direito de uso, gozo e disposio por parte de seu titular , a obrigatoriedade do atendimento de sua funo social, cuja definio inseparvel do requisito obrigatrio do uso racional da propriedade e dos recursos ambientais que lhe so integrantes. O proprietrio, como membro integrante da comunidade, se sujeita a obrigaes crescentes que, ultrapassando os limites do direito de vizinhana, no mbito do direito privado, abrangem o campo dos direitos da coletividade, visando o bem-estar geral, no mbito do direito pblico. JELINEK. R. O princpio da funo social da propriedade e sua repercusso sobre o sistema do Cdigo Civil.Disponvel em www.mp.rs.gov.br. Acesso em 20 fev 2013. Os movimentos em prol da reforma agrria, que atuam com base no conceito de direito propriedade apresentado no texto, propem-se a
(ENEM - 2020 - PROVA AZUL) Desde o mundo antigo e sua filosofia, que o trabalho tem sido compreendido como expresso de vida e degradao, criao e infelicidade, atividade vital e escravido, felicidade social e servido. Trabalho e fadiga. Na modernidade, sob o comando do mundo da mercadoria e do dinheiro, a prevalncia do negcio (negar o cio) veio sepultar o imprio do repouso, da folga e da preguia, criando uma tica positiva do trabalho. ANTUNES, R. O sculo XX e a era da degradao do trabalho. In: SILVA, J. P. (Org.). Por uma sociologia do sculo XX. So Paulo: Annablume, 2007 (adaptado). O processo de ressignificao do trabalho nas sociedades modernas teve incio a partir do surgimento de uma nova mentalidade, influenciada pela
(ENEM - 2020 - PROVA AZUL) Um dos resqucios franceses na dana so os comandos proferidos pelo marcador da quadrilha. Seu papel anunciar os prximos passos da coreografia. O abrasileiramento de termos franceses deu origem, por exemplo, ao saru (soire- reunio social noturna, ordem para todos se juntarem no centro do salo), anarri (en arrire- para trs) e anav (en avant- para frente). Disponvel em: www.ebc.com.br. Acesso em: 6jul. 2015. A caracterstica apresentada dessa manifestao popular resulta do seguinte processo socio-histrico
(ENEM - 2020 - PROVA AZUL) A sociedade como um sistema justo de cooperao social consiste em uma das ideias familiares fundamentais, que d estrutura e organizao justia como equidade. A cooperao social guia-se por regras e procedimentos publicamente reconhecidos e aceitos por aqueles que cooperam como sendo apropriados para regular a sua conduta. Diz-se que a cooperao justa porque seus termos so tais que todos os participantes podem razoavelmente aceitar, desde que todos os demais tambm o aceitem. Feres JR., J.; POGREBINSchi, T.Teoria poltica contempornea: uma introduo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. No contexto do pensamento poltico, a ideia apresentada mostra-se consoante o(a)
(ENEM - 2020 - PROVA AZUL) Declarao de Salamanca - 1994 Acreditamos e proclamamos que: toda criana tem direito fundamental educao e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nvel adequado de aprendizagem: toda criana possui caractersticas, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que so nicas; sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais caractersticas e necessidades. Disponvel em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em: 4 out. 2015. Como signatrio da Declarao citada, o Brasil comprometeu-se com a elaborao de polticas pblicas educacionais que contemplam a
(ENEM - 2019) A lenda diz que, em um belo dia ensolarado, Newton estava relaxando sob uma macieira. Pssaros gorjeavam em suas orelhas. Havia uma brisa gentil. Ele cochilou por alguns minutos. De repente, uma ma caiu sobre sua cabea e ele acordou com um susto. Olhou para cima. Com certeza um pssaro ou um esquilo derrubou a ma da rvore, sups. Mas no havia pssaros ou esquilos na rvore por perto. Ele, ento, pensou: Apenas alguns minutos antes, a ma estava pendurada na rvore. Nenhuma fora externa fez ela cair. Deve haver alguma fora subjacente que causa a queda das coisas para a terra. SILVA, C. C.; MARTINS, R. A. Estudos de histria e filosofia das cincias. So Paulo: Livraria da Fsica, 2006 (adaptado). Em contraponto a uma interpretao idealizada, o texto aponta para a seguinte dimenso fundamental da cincia moderna:
(ENEM - 2019) A criao do Sistema nico de Sade (SUS) como uma poltica para todos constitui-se uma das mais importantes conquistas da sociedade brasileira no sculo XX. O SUS deve ser valorizado e defendido como um marco para a cidadania e o avano civilizatrio. A democracia envolve um modelo de Estado no qual polticas protegem os cidados e reduzem as desigualdades. O SUS uma diretriz que fortalece a cidadania e contribui para assegurar o exerccio de direitos, o pluralismo poltico e o bem-estar como valores de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, conforme prev a Constituio Federal de 1988. RIZZOTO, M. L. F. et al. Justia social, democracia com direitos sociais e sade: a luta do Cebes. Revista Sade em Debate, n. 116, jan-mar. 2018 (adaptado) Segundo o texto, duas caractersticas da concepo da poltica pblica analisada so:
(ENEM - 2019) A comunidade de Mumbuca, em Minas Gerais, tem uma organizao coletiva de tal forma expressiva que coopera para o abastecimento de mantimentos da cidade do Jequitinhonha, o que pode ser atestado pela feira aos sbados. Em Campinho da Independncia, no Rio de Janeiro, o artesanato local encanta os frequentadores do litoral sul do estado, alm do restaurante quilombola que atende aos turistas. ALMEIDA, A. W. B. (Org). Cadernos de debates nova cartografia social: territrios quilombolas e conflitos. Manaus: Projeto Nova Cartografia Social da Amaznia; UEA Edies, 2010 (adaptao) No texto, as estratgias territoriais dos grupos de remanescentes de quilombo visam garantir:
(ENEM - 2019) Em nenhuma outra poca o corpo magro adquiriu um sentido de corpo ideal e esteve to em evidncia como nos dias atuais: esse corpo, nu ou vestido, exposto em diversas revistas femininas e masculinas, est na moda: capa de revistas, matrias de jornais, manchetes publicitrias, e se transformou em sonho de consumo para milhares de pessoas. Partindo dessa concepo, o gordo passa a ter um corpo visivelmente sem comedimento, sem sade, um corpo estigmatizado pelo desvio, o desvio pelo excesso. Entretanto, como afirma a escritora Marylin Wann, perfeitamente possvel ser gordo e saudvel. Frequentemente os gordos adoecem no por causa da gordura, mas sim pelo estresse, pela opresso a que so submetidos. VASCONCELOS, N. A.; SUDO, I.; Um peso na alma: o corpo gordo e a mdia. Revista Mal-estar e Subjetividade, n.1, mar. 2004 (adaptado). No texto, o tratamento predominante na mdia sobre a relao entre sade e corpo recebe a seguinte crtica:
(ENEM - 2019) No sistema capitalista, as muitas manifestaes de crise criam condies que foram a algum tipo de racionalizao. Em geral, essas crises peridicas tm o efeito de expandir a capacidade produtiva e de renovar as condies de acumulao. Podemos conceber cada crise como uma mudana do processo de acumulao para um nvel novo e superior. HARVEY, D. A produo capitalista do espao.So Paulo: Annablume, 2005 (adaptado) A condio para a incluso dos trabalhadores no novo processo produtivo descrito no texto a