(ENEM - 2016 - 2 aplicao) O processo de justia um processo ora de diversificao do diverso, ora de unificao do idntico. A igualdade entre todos os seres humanos em relao aos direitos fundamentais o resultado de um processo de gradual eliminao de discriminaes e, portanto, de unificao daquilo que ia sendo reconhecido como idntico: uma natureza comum do homem acima de qualquer diferena de sexo, raa, religio etc. BOBBIO, N. Teoria geral da poltica: a filosofia poltica e as lies dos clssicos. Rio de Janeiro: Campus, 2000. De acordo com o texto, a construo de uma sociedade democrtica fundamenta-se em:
(ENEM - 2016) SATRAPI, M. Perspolis. So Paulo: Cia. das Letras, 2007 (adaptado). A memria recuperada pela autora apresenta a relao entre
(Enem 2016) A democracia deliberativa afirma que as partesdo conflito poltico devem deliberar entre si e, por meio de argumentao razovel, tentar chegar a um acordo sobre as polticas que seja satisfatrio para todos. A democracia ativista desconfia das exortaes deliberao por acreditar que, no mundo real da poltica, onde as desigualdades estruturais influenciam procedimentos e resultados, processos democrticos que parecem cumprir as normas de deliberao geralmente tendem a beneficiar os agentes mais poderosos. Ela recomenda, portanto, que aqueles que se preocupam com a promoo de mais justia devem realizar principalmente a atividade de oposio crtica, em vez de tentar chegar a um acordo com quem sustenta estruturas de poder existentes ou delas se beneficia. YOUNG, 1. M. Desafios ativistas democracia deliberativa. Revista Brasileira de Cincia Poltica, n. 13, jan.-abr. 2014. As concepes de democracia deliberativa e de democracia ativista apresentadas no texto tratam como imprescindveis, respectivamente:
(ENEM - 2016) A promessa da tecnologia moderna se converteu em uma ameaa, ou esta se associou quela de forma indissolvel. Ela vai alm da constatao da ameaa fsica. Concebida para a felicidade humana, a submisso da natureza, na sobremedida de seusucesso, que agora se estende prpria natureza do homem, conduziu ao maior desafio j posto ao ser humano pela sua prpria ao. O novo continente da prxis coletiva que adentramos com a alta tecnologia ainda constitui, para a teoria tica, uma terra de ningum. JONAS. H. O princpio da responsabilidade. Rio de Janeiro: Contraponto; Editora PUC-Rio, 2011 (adaptado). As implicaes ticas da articulao apresentada no texto impulsionam a necessidade de construo de um novo padro de comportamento, cujo objetivo consiste em garantir o(a)
(ENEM2016) O conceito de funo social da cidade incorpora a organizao do espao fsico como fruto da regulao social, isto , a cidade deve contemplar todos os seus moradores e no somente aqueles que esto no mercado formal da produo capitalista da cidade. A tradio dos cdigos de edificao, uso e ocupao do solo no Brasil sempre partiram do pressuposto de que a cidade no tem divises entre os includos e os excludos socialmente. QUINTO JR., L. P. Nova legislao urbana e os velhos fantasmas. Estudos Avanados (USP), n. 47, 2003 (adaptado). Uma poltica governamental que contribui para viabilizar a funo social da cidade, nos moldes indicados no texto, a
(ENEM - 2016 - 2 aplicao) A demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorizao e afirmao de direitos, no que diz respeito educao, passou a ser particularmente apoiada com a promulgao da Lei 10.639/2003, que alterou a Lei 9.394/1996,estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de histria e cultura afro-brasileiras e africanas. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao das Relaes Etnicorraciais e para o Ensino de Histria e Cultura Afro-brasileira e Africana. Braslia: Ministrio da Educao, 2005. A alterao legal no Brasil contemporneo descrita no texto resultado do processo de
(ENEM 2016) A sociologia ainda no ultrapassou a era das construes e das snteses filosficas. Em vez de assumir a tarefa de lanar luz sobre uma parcela restrita do campo social, ela prefere buscar as brilhantes generalidades em que todas as questes so levantadas sem que nenhuma seja expressamente tratada. No com exames sumrios e por meio de intuies rpidas que se pode chegar a descobrir as leis de uma realidade to complexa. Sobretudo, generalizaes s vezes to amplas e to apressadas no so suscetveis de nenhum tipo de prova. DURKHEIM, E.O suicdio: estudo de sociologia. So Paulo: Martins Fontes, 2000. O texto expressa o esforo de mile Durkheim em construir uma sociologia com base na
(ENEM2016) A linhagem dos primeiros crticos ambientais brasileiros no praticou o elogio laudatrio da beleza e da grandeza do meio natural brasileiro. O meio natural foi elogiado por sua riqueza e potencial econmico, sendo sua destruio interpretada como um signo de atraso, ignorncia e falta de cuidado. PADUA, J. A. Um sopro de destruio: pensamento poltico e crtica ambiental no Brasil escravista (1786-1888). Rio de Janeiro: Zahar, 2002 (adaptado). Descrevendo a posio dos crticos ambientais brasileiros dos sculos XVIII e XIX, o autor demonstra que, via de regra, eles viam o meio natural como
(ENEM - 2016 - 2 aplicao) TEXTO I Cidado T vendo aquele edifcio, moo? /Ajudei a levantar Foi um tempo de aflio /Eram quatro conduo Duas pra ir, duas pra voltar /Hoje depois dele pronto Olho pra cima e fico tonto /Mas me vem um cidado E me diz desconfiado /Tu t a admirado Ou t querendo roubar? /Meu domingo t perdido Vou pra casa entristecido /D vontade de beber E pra aumentar meu tdio /Eu nem posso olhar pro prdio Que eu ajudei a fazer. BARBOSA, L. In: Z RAMALHO. 20 Super Sucessos. Rio de Janeiro: Sony Music, 1999 (fragmento). TEXTO II O trabalhador fica mais pobre medida que produz mais riqueza e sua produo cresce em fora e extenso. O trabalhador torna-se uma mercadoria ainda mais barata medida que cria mais bens. Esse fato simplesmente subentende que o objeto produzido pelo trabalho, o seu produto, agora se lhe ope como um ser estranho, como uma fora independente do produtor. MARX, K. Manuscritos econmicos-filosficos (Primeiro manuscrito). So Paulo: Boitempo Editorial, 2004 (adaptado). Com base nos textos, a relao entre trabalho e modo de produo capitalista
(ENEM - 2016 - 2 aplicao) A imagem da relao patro-empregado geralmente veiculada pelas classes dominantes brasileiras na Repblica Velha era de que esta relao se assemelhava em muitos aspectos relao entre pais e filhos. O patro era uma espcie de juiz domstico que procurava guiar e aconselhar o trabalhador, que, em troca, devia realizar suas tarefas com dedicao e respeitar o seu patro. CHALHOUB, S. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores do Rio de Janeiro da Belle poque. Campinas: Unicamp, 2001. No contexto da transio do trabalho escravo para o trabalho livre, a construo da imagem descrita no texto tinha por objetivo
(ENEM - 2016 - 2 aplicao) Texto I Dezenas de milhares de pessoas compareceram maior manifestao anti-troika (Comisso Europeia, Banco Central Europeu e FMI) em Atenas contra a austeridade e os cortes de gastos pblicos aprovados neste domingo no parlamento grego. Disponvel em: www.cartamaior.com.br. Acesso em: 8 nov. 2013. Texto II As polticas de austeridade transferem o nus econmico para as classes trabalhadoras. Para diminuir os prejuzos do capital financeiro, socializam as perdas entre as classes trabalhadoras. O capitalismo no foi capaz de integrar os trabalhadores e ao mesmo tempo proteg-los. Entrevista com Ruy Braga. Revista IHU online. Disponvel em: www.ihu.unisinos.br. Acesso em: 8 nov. 2013 (adaptado). Diante dos fatos e da anlise apresentados, a poltica econmica e a demanda popular correlacionada encontram-se, respectivamente, em
(ENEM 2016) Ser moderno encontrar-se em um ambiente que promete aventura, poder, alegria, crescimento, autotransformao e transformao das coisas em redor mas ao mesmo tempo ameaa destruir tudo o que temos, tudo o que sabemos, tudo o que somos. A experincia ambiental da modernidade anula todas as fronteiras geogrficas e raciais, de classe e nacionalidade: nesse sentido, pode-se dizer que a modernidade une a espcie humana. Porm, uma unidade paradoxal, uma unidade de desunidade. BERMAN, M. Tudo que slido desmancha no ar: a aventura da modernidade. So Paulo: Cia. das Letras, 1986 (adaptado). O texto apresenta uma interpretao da modernidade que a caracteriza como um(a)
(ENEM 2016) No estou mais pensando comocostumava pensar. Percebo isso de modo mais acentuado quando estou lendo. Mergulhar num livro, ou num longo artigo, costumava ser fcil. Isso raramente ocorre atualmente. Agora minha ateno comea a divagar depois de duas ou trs pginas. Creio que sei o que est acontecendo. Por mais de uma dcada venho passando mais tempo On-line, procurando e surfando e algumas vezes acrescentando informao grande biblioteca da internet. A internet tem sido uma ddiva para um escritor como eu. Pesquisas que antes exigiam dias de procura em jornais ou na biblioteca agora podem ser feitas em minutos. Como disse o terico da comunicao Marshall McLuhan nos anos 60, a mdia no apenas um canal passivo para o trfego de informao. Ela fornece a matria, mas tambm molda o processo de pensamento. E o que a net parece fazer pulverizar minha capacidade de concentrao e contemplao. CARR,N. Is Google making us stupid? Disponvel em: www.theatlantic.com. Acesso em: 17 fev. 2013 (adaptado). Em relao internet, a perspectiva defendida pelo autor ressalta um paradoxo que se caracteriza por
(ENEM - 2016 - 2 aplicao) Na imagem, o autor procura representar as diferentes geraes de uma famlia associada a uma noo consagrada pelas elites intelectuais da poca, que era a de
(ENEM - 2016 - 2 aplicao) O mercado tende a gerir e regulamentar todas as atividades humanas. At h pouco, certos campos cultura, esporte, religio ficavam fora do seu alcance. Agora, so absorvidos pela esfera do mercado. Os governos confiam cada vez mais nele (abandono dos setores de Estado, privatizaes). RAMONET, I. Guerras do sculo XXI: novos temores e novas ameaas. Petrpolis: Vozes, 2003. No texto apresentada uma lgica que constitui uma caracterstica central do seguinte sistema socioeconmico: