(FUVEST - 2024)
Ao tratar do drama da personagem de Tomás Antonio Gonzaga, o narrador de O romanceiro da Inconfidência descreve-o do seguinte modo:
“Tanto impou de namorado! | |
E agora, quando se mira | |
vê-se um mísero coitado... | |
(como lá diz numa lira...) | |
- Se nas águas se mirasse, | |
veria ralo o cabelo | |
- Um par de esporas, somente. | |
E murcha e pálida, a face. | |
- Falta-lhe aquele desvelo | |
da sua pastora terna... | |
- Deveria socorrê-lo.. | |
-... a quem dará glória eterna!... – | |
Ai, que ricos libertinos! | |
Tudo era Inglaterra e França, | |
e, em redor, versos latinos... | |
- lá se lhes foi a esperança! | |
- Mas segue com seus embargos. | |
(Quem porfia, sempre alcança...) | |
- Os argumentos são largos. | |
- Que tem luzes, ninguém nega, | |
- Mas são coisas da Fortuna, | |
que bem se sabe ser cega... | |
- Não lhe sendo a hora oportuna, | |
perder-se-á tudo que alega”. |
a) Quais aspectos do Arcadismo aparecem nessa caracterização?
b) Em que medida o poema de Cecília Meireles contradiz esses aspectos?