(FUVEST - 2024)
Leia o texto para responder à questão.
“Tudo que nos acontece, especialmente nesta era da (Des)Informação, pode ser sintetizado pelas imagens que passam, céleres, pela internet, com destaque para as que estão nas redes sociais. Os textos vão ficando cada vez mais curtos, os vídeos, minúsculos, porém, mais numerosos e cheios de efeitos. As fotos, cada vez mais sofisticadas, mais ‘nítidas’ ou elaboradas com técnicas de inteligência artificial, fazem com que duvidemos do que vemos, o que nos torna cada vez mais incrédulos e inseguros daquilo que nos acontece. Quem não se chocou com as imagens de destruição dos prédios dos Três Poderes brasileiros por conta do ataque de vândalos no dia 8 de janeiro? E o que dizer das fotos e vídeos dos Yanomami, exibindo o descaso, o descuido, a crueldade, o genocídio em curso, como já afirmam as diversas instituições responsáveis pelos direitos humanos no Brasil e no mundo? Muitos de nós realmente ficamos sem palavras, e não porque ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’, mas sobretudo porque ainda há quem questione se estamos vendo o que estamos vendo e, o que é mais preocupante, saindo em defesa ou contrapondo essas imagens com outras, ‘fakes’ e eivadas de teorias conspiratórias. Olhar, no mundo em que vivemos, mais do que nunca é buscar e ‘fabricar uma significação’. Nesses tempos em que reinam a desinformação e as teorias conspiratórias, ter ‘olhos de ver’ é mais um dos desafios que temos de enfrentar no nosso cotidiano, especialmente se estamos nas mídias sociais. Está cada dia mais complicado pensar sobre o que vemos.”
Januária Cristina Alves. Uma imagem é sempre muito mais do que uma imagem. 02/02/2023. Disponível em https://www.nexojornal.com.br/. Adaptado.
a) Qual o significado no texto da expressão “olhos de ver”? Relacione o seu sentido com a sua importância em tempos de “(Des)Informação”.
b) Mantendo o sentido do texto, escreva três palavras que podem substituir, respectivamente, “céleres”, “incrédulos" e “eivadas”.