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Questões - IME 2008 | Gabarito e resoluções

Questão 1
2008Português

(IME - 2008) Texto I Imigrao Japonesa no Brasil A abolio da escravatura no Brasil em 1888 d novo impulso vinda de imigrantes europeus, cujo incio se deu com os alemes em 1824. Em 1895 assinado o Tratado de Amizade, Comrcio e Navegao entre o Brasil e o Japo. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De l eles so 5 transportados para a hospedaria dos imigrantes, em So Paulo. Na cafeicultura, a imigrao comea com pssimos resultados. Um ano aps a chegada ao Brasil, dos 781 imigrantes, apenas 191 permaneceram nos locais de trabalho. A maioria estava em So Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. 10 Em 1952 assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japo. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigra atravs da Cooperativa de Cotia recebe o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O crescimento industrial no Japo e o perodo que foi chamado de milagre 15 econmico brasileiro do origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As famlias agrcolas estabelecidas no Brasil passaram a procurar novas oportunidades e buscavam novos espaos para seus filhos. O grande esforo familiar para o estudo de seus filhos faz com que grande nmero de nisseis ocupe vagas nas melhores 20 universidades do pas. Mais tarde, com o rpido crescimento econmico no Japo, as indstrias japonesas foram obrigadas a contratar mo-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento dekassegui por volta de 1985, que foi aumentando, no Brasil, medida que os planos econmicos fracassavam. Parte da 25 famlia, cujos ascendentes eram japoneses, deixava o Brasil como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou administrar os negcios. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte daqueles que no se adaptaram nova realidade, como daqueles que foram abandonados pelos seus entes e at perderam contato. 30 Com o passar dos anos, surgiram muitas empresas especializadas em agenciar os dekasseguis, como tambm firmas comerciais no Japo que visaram especificamente o pblico brasileiro. Em algumas cidades japonesas formaram-se verdadeiras colnias de brasileiros. Disponvel em: www.culturajaponesa.com.br ( texto adaptado). Acesso em: 29 ago 2008. Texto II Rio: uma cidade plural j em 1808 As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. SANDRA MOREYRA Jornal O Globo- 28/11/2007 (adaptado) Uma cidade que era um grande porto, com gente de todas as colnias e feitorias portuguesas da frica e da sia. O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa cintura, para se defender de um 5 inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Corriam tambm dejetos nas ruas e valas. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. No s pelo tipo fsico bem diferente, como pelas roupas, era possvel saber quem vinha do Congo, de Angola ou do Mali; quem era muulmano, 10 quem vinha da nobreza africana. Nesta cidade, que j era plural, mas que no tinha infra-estrutura, onde havia assaltos e comrcio ilegal nas ruas, chegou um aviso em janeiro de 1808. A corte estava em pleno mar, escapara de Napoleo e estava a caminho do Brasil. O vice-rei comeou a fazer os preparativos e saiu desalojando os maiores 15 comerciantes locais de suas casas, para ced-las aos novos moradores. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. Era o jeito que herdamos do sangue lusitano de rir de nossas prprias mazelas. Quando as naus com a famlia real chegaram por aqui, em maro de 1808, j 20 haviam passado pela Bahia e permanecido por um ms em Salvador. Aqui a festa foi imensa e o relato mais divertido e detalhado o do Padre Luis Gonalves dos Santos, o Padre Perereca. O padre que vivia no Brasil era um admirador incondicional da monarquia, dos ritos da corte, da etiqueta. Quando descobre que a Corte est chegando, fica assanhadssimo porque vai ver de perto 25 Sua Alteza Real D. Joo Nosso Senhor, como chamava o regente. ele quem conta que a chegada dos Bragana por aqui foi acompanhada de luzes, fogos de artifcio, badalar de sinos, aplausos e cnticos. Perereca diz que parecia que o sol no havia se posto, tamanha a quantidade de tochas e velas que iluminavam as casas, o largo do Pao e as ruas do centro. 30 O Rio tinha 46 ruas naquela poca. D Joo se dirigiu S provisoriamente instalada na Igreja do Rosrio dos Homens Pretos, porque a Igreja do Carmo, a S oficial, estava em obras. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia, na Igreja deles, porque o Prncipe poderia ficar assustado com a quantidade de negros na cidade. Eles se 35 esconderam numa esquina e quando o cortejo chegou Igreja, entraram batucando e cantando e todos se misturaram. Assim era o Rio. Assim era o Brasil. De acordo com o TEXTO 1, dekassegui significa:

Questão 1
2008Matemática

(IME - 2008/2009) Sabe-se que: , onde [a] a parte inteira de a Determine o valor de x-y+z

Questão 1
2008Química

(IME - 2008/2009)Sejam as representaes para configuraes eletrnicas do Cr (Z=24) abaixo. Identifique qual a configurao correta para o estado fundamental e explique por que as demais esto erradas.

Questão 1
2008Inglês

(IME - 2008/2009)Redija, em ingls, no espao apropriado do caderno de solues, e usando a sua imaginao, uma continuao coerente e coesa entre 15 e 25 palavras para cada texto a seguir. Its easy to get lost on the moon. Apollo astronauts sometimes failed to find features only a few meters from them. To help solve this problem, NASA is funding research on

Questão 1
2008Física

(IME - 2008/2009)Considere o sistema mostrado abaixo onde um recipiente cilndrico com gs ideal mantido a uma temperatura T por ao de uma placa quente. A tampa do recipiente, com massa m, equilibrada pela ao do gs. Esta tampa est conectada, por meio de uma haste no deformvel, ao mbolo de um tubo de ar, aberto na extremidade inferior. Sabendo-se que existe um diapaso vibrando a uma freqncia f na extremidade aberta, determine o menor nmero de mols do gs necessrio para que seja observado o modo fundamental de ressonncia do tubo de ar. Dado: velocidade de propagao do som no ar: v Observao: o conjunto haste-mbolo possui massa desprezvel.

Questão 1
2008Redação

(IME - 2008/2009)PRODUO DE TEXTO (REDAO) Dos trs temas apresentados abaixo, escolha um e desenvolva uma dissertao coesa e coerente. Seu texto deve ser escrito em torno de 25 linhas e estar de acordo com a norma culta da Lngua Portuguesa. D um ttulo coerente sua produo. Tema I: O ano em que comemorado o centenrio de morte de Machado de Assis promete um aumento de vendas da obra do escritor. Apesar da imortalidade, Machado no vende muito. A partir do exposto, comente sobre o relacionamento do brasileiro com a leitura de um modo geral. Tema II: Imigrantes europeus, do Oriente Mdio e asiticos, alm de outros aspectos, influenciaram a formao tnica do povo brasileiro. O intenso processo de imigrao no Brasil deixou fortes marcas de mestiagem e hibridismo cultural, constituindo um importante fator na demografia, cultura, economia e educao deste pas. A partir do que foi dito, comente sobre as dificuldades e as possibilidades do imigrante no pas de acolhimento. Tema III: Comemoramos, em 2008, 120 anos da Abolio da Escravatura. Ser que apesar de termos consolidado certos passos na vitria final contra o preconceito, suas diversas faces ainda se encontram expressas na sociedade brasileira? Comente sobre o assunto.

Questão 1
2008Matemática

(IME - 2008/2009)Sejam dois conjuntos, X e Y, e a operao ∆, definida por X ∆ Y = (X Y) U (Y X). Pode-se afirmar que

Questão 2
2008Português

(IME - 2008) Texto I Imigrao Japonesa no Brasil A abolio da escravatura no Brasil em 1888 d novo impulso vinda de imigrantes europeus, cujo incio se deu com os alemes em 1824. Em 1895 assinado o Tratado de Amizade, Comrcio e Navegao entre o Brasil e o Japo. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De l eles so 5 transportados para a hospedaria dos imigrantes, em So Paulo. Na cafeicultura, a imigrao comea com pssimos resultados. Um ano aps a chegada ao Brasil, dos 781 imigrantes, apenas 191 permaneceram nos locais de trabalho. A maioria estava em So Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. 10 Em 1952 assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japo. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigra atravs da Cooperativa de Cotia recebe o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O crescimento industrial no Japo e o perodo que foi chamado de milagre 15 econmico brasileiro do origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As famlias agrcolas estabelecidas no Brasil passaram a procurar novas oportunidades e buscavam novos espaos para seus filhos. O grande esforo familiar para o estudo de seus filhos faz com que grande nmero de nisseis ocupe vagas nas melhores 20 universidades do pas. Mais tarde, com o rpido crescimento econmico no Japo, as indstrias japonesas foram obrigadas a contratar mo-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento dekassegui por volta de 1985, que foi aumentando, no Brasil, medida que os planos econmicos fracassavam. Parte da 25 famlia, cujos ascendentes eram japoneses, deixava o Brasil como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou administrar os negcios. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte daqueles que no se adaptaram nova realidade, como daqueles que foram abandonados pelos seus entes e at perderam contato. 30 Com o passar dos anos, surgiram muitas empresas especializadas em agenciar os dekasseguis, como tambm firmas comerciais no Japo que visaram especificamente o pblico brasileiro. Em algumas cidades japonesas formaram-se verdadeiras colnias de brasileiros. Disponvel em: www.culturajaponesa.com.br ( texto adaptado). Acesso em: 29 ago 2008. Texto II Rio: uma cidade plural j em 1808 As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. SANDRA MOREYRA Jornal O Globo- 28/11/2007 (adaptado) Uma cidade que era um grande porto, com gente de todas as colnias e feitorias portuguesas da frica e da sia. O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa cintura, para se defender de um 5 inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Corriam tambm dejetos nas ruas e valas. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. No s pelo tipo fsico bem diferente, como pelas roupas, era possvel saber quem vinha do Congo, de Angola ou do Mali; quem era muulmano, 10 quem vinha da nobreza africana. Nesta cidade, que j era plural, mas que no tinha infra-estrutura, onde havia assaltos e comrcio ilegal nas ruas, chegou um aviso em janeiro de 1808. A corte estava em pleno mar, escapara de Napoleo e estava a caminho do Brasil. O vice-rei comeou a fazer os preparativos e saiu desalojando os maiores 15 comerciantes locais de suas casas, para ced-las aos novos moradores. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. Era o jeito que herdamos do sangue lusitano de rir de nossas prprias mazelas. Quando as naus com a famlia real chegaram por aqui, em maro de 1808, j 20 haviam passado pela Bahia e permanecido por um ms em Salvador. Aqui a festa foi imensa e o relato mais divertido e detalhado o do Padre Luis Gonalves dos Santos, o Padre Perereca. O padre que vivia no Brasil era um admirador incondicional da monarquia, dos ritos da corte, da etiqueta. Quando descobre que a Corte est chegando, fica assanhadssimo porque vai ver de perto 25 Sua Alteza Real D. Joo Nosso Senhor, como chamava o regente. ele quem conta que a chegada dos Bragana por aqui foi acompanhada de luzes, fogos de artifcio, badalar de sinos, aplausos e cnticos. Perereca diz que parecia que o sol no havia se posto, tamanha a quantidade de tochas e velas que iluminavam as casas, o largo do Pao e as ruas do centro. 30 O Rio tinha 46 ruas naquela poca. D Joo se dirigiu S provisoriamente instalada na Igreja do Rosrio dos Homens Pretos, porque a Igreja do Carmo, a S oficial, estava em obras. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia, na Igreja deles, porque o Prncipe poderia ficar assustado com a quantidade de negros na cidade. Eles se 35 esconderam numa esquina e quando o cortejo chegou Igreja, entraram batucando e cantando e todos se misturaram. Assim era o Rio. Assim era o Brasil. Sobre o texto Rio: uma cidade plural j em 1808, podemos afirmar que uma:

Questão 2
2008Química

(IME - 2008/2009)Uma mistura gasosa de hidrognio e um composto A est contida em um recipiente de 10,0 L, sob presso de 0,74 atm e temperatura de 27 C. Posteriormente, adiciona-se ao recipiente a quantidade estequiomtrica de oxignio para a combusto completa da mistura, que gera 17,6 g de CO2. Quando a mistura de produtos resfriada a 27 C, o valor da presso se reduz a 2,46 atm. A anlise elementar revelou que A formado por carbono e hidrognio. Sabe-se, ainda, que o composto A gasoso a 25C e 1 atm. Considerando que os gases se comportam idealmente, A) determine a frmula molecular de A e as presses parciais de A e de hidrognio nas condies iniciais do problema; B) sabendo que A apresenta isomeria cis-trans, represente as possveis estruturas dos ismeros.

Questão 2
2008Inglês

(IME - 2008/2009)Redija, em ingls, no espao apropriado do caderno de solues, e usando a sua imaginao, uma continuao coerente e coesa entre 15 e 25 palavras para cada texto a seguir. This is an era in which science is needed, arguably more than ever. In the environment, energy, and innovation, generally smart investors rely on smart thinkers. The public needs trusty scientists. The trouble is ...

Questão 2
2008Matemática

(IME - 2008/2009)Seja e um nmero complexo onde e so, respectivamente, o mdulo e o argumento de z e i a unidade imaginria. Sabe-se que = 2acos , onde a uma constante real positiva. A representao de z no plano complexo

Questão 2
2008Matemática

(IME - 2008/2009) Um tringulo issceles possui seus vrtices da base sobre o eixo das abscissas e o terceiro vrtice, B , sobre o eixo positivo das ordenadas. Sabe-se que a base mede b e seu ngulo oposto o Considere o lugar geomtrico dos pontos cujo quadrado da distncia reta suporte da base do tringulo igual ao produto das distncias as outras duas retas que suportam os dois outros lados. Determine a(s) equao(es) do lugar geomtrico e identifique a(s) curva(s) descrita(s).

Questão 2
2008Física

(IME - 2008/2009)Um bloco B, de material isolante eltrico, sustenta uma fina placa metlica P1, de massa desprezvel, distante 8 cm de outra placa idntica, P2, estando ambas com uma carga Q = 0,12 C. Presa parede A e ao bloco est uma mola de constante k = 80 N/m, inicialmente no deformada. A posio de equilbrio do bloco depende da fora exercida pelo vento. Esta fora uma funo quadrtica da velocidade do vento, conforme apresenta o grfico abaixo. Na ausncia de vento, a leitura do medidor de tenso ideal de 16 mV. Calcule a velocidade do vento quando o bloco estiver estacionrio e a leitura do medidor for de 12 mV. Despreze o atrito.

Questão 3
2008Química

(IME - 2008/2009) A pilha recarregvel de nquel/cdmio, usada em diversos equipamentos eletrnicos portteis, constitui-se, basicamente, de um eletrodo metlico de cdmio, um eletrodo de oxi-hidrxido de nquel (NiOOH) depositado sobre um suporte de nquel e um eletrlito aquoso de hidrxido de potssio, na forma de pasta. Na descarga da pilha, o cdmio metlico consumido. Uma pilha desse tipo foi recarregada completamente durante 4825 s, com corrente de 2 A. Pede-se: a) a reao da semi-pilha NiOOH(s) | Ni(OH)2(s) e a reao global que ocorrem na descarga da pilha; b) a massa de NiOOH existente na pilha quando a mesma est carregada.

Questão 3
2008Português

(IME - 2008) Texto I Imigrao Japonesa no Brasil A abolio da escravatura no Brasil em 1888 d novo impulso vinda de imigrantes europeus, cujo incio se deu com os alemes em 1824. Em 1895 assinado o Tratado de Amizade, Comrcio e Navegao entre o Brasil e o Japo. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De l eles so 5 transportados para a hospedaria dos imigrantes, em So Paulo. Na cafeicultura, a imigrao comea com pssimos resultados. Um ano aps a chegada ao Brasil, dos 781 imigrantes, apenas 191 permaneceram nos locais de trabalho. A maioria estava em So Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. 10 Em 1952 assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japo. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigra atravs da Cooperativa de Cotia recebe o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O crescimento industrial no Japo e o perodo que foi chamado de milagre 15 econmico brasileiro do origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As famlias agrcolas estabelecidas no Brasil passaram a procurar novas oportunidades e buscavam novos espaos para seus filhos. O grande esforo familiar para o estudo de seus filhos faz com que grande nmero de nisseis ocupe vagas nas melhores 20 universidades do pas. Mais tarde, com o rpido crescimento econmico no Japo, as indstrias japonesas foram obrigadas a contratar mo-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento dekassegui por volta de 1985, que foi aumentando, no Brasil, medida que os planos econmicos fracassavam. Parte da 25 famlia, cujos ascendentes eram japoneses, deixava o Brasil como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou administrar os negcios. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte daqueles que no se adaptaram nova realidade, como daqueles que foram abandonados pelos seus entes e at perderam contato. 30 Com o passar dos anos, surgiram muitas empresas especializadas em agenciar os dekasseguis, como tambm firmas comerciais no Japo que visaram especificamente o pblico brasileiro. Em algumas cidades japonesas formaram-se verdadeiras colnias de brasileiros. Disponvel em: www.culturajaponesa.com.br ( texto adaptado). Acesso em: 29 ago 2008. Texto II Rio: uma cidade plural j em 1808 As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. SANDRA MOREYRA Jornal O Globo- 28/11/2007 (adaptado) Uma cidade que era um grande porto, com gente de todas as colnias e feitorias portuguesas da frica e da sia. O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa cintura, para se defender de um 5 inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Corriam tambm dejetos nas ruas e valas. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. No s pelo tipo fsico bem diferente, como pelas roupas, era possvel saber quem vinha do Congo, de Angola ou do Mali; quem era muulmano, 10 quem vinha da nobreza africana. Nesta cidade, que j era plural, mas que no tinha infra-estrutura, onde havia assaltos e comrcio ilegal nas ruas, chegou um aviso em janeiro de 1808. A corte estava em pleno mar, escapara de Napoleo e estava a caminho do Brasil. O vice-rei comeou a fazer os preparativos e saiu desalojando os maiores 15 comerciantes locais de suas casas, para ced-las aos novos moradores. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. Era o jeito que herdamos do sangue lusitano de rir de nossas prprias mazelas. Quando as naus com a famlia real chegaram por aqui, em maro de 1808, j 20 haviam passado pela Bahia e permanecido por um ms em Salvador. Aqui a festa foi imensa e o relato mais divertido e detalhado o do Padre Luis Gonalves dos Santos, o Padre Perereca. O padre que vivia no Brasil era um admirador incondicional da monarquia, dos ritos da corte, da etiqueta. Quando descobre que a Corte est chegando, fica assanhadssimo porque vai ver de perto 25 Sua Alteza Real D. Joo Nosso Senhor, como chamava o regente. ele quem conta que a chegada dos Bragana por aqui foi acompanhada de luzes, fogos de artifcio, badalar de sinos, aplausos e cnticos. Perereca diz que parecia que o sol no havia se posto, tamanha a quantidade de tochas e velas que iluminavam as casas, o largo do Pao e as ruas do centro. 30 O Rio tinha 46 ruas naquela poca. D Joo se dirigiu S provisoriamente instalada na Igreja do Rosrio dos Homens Pretos, porque a Igreja do Carmo, a S oficial, estava em obras. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia, na Igreja deles, porque o Prncipe poderia ficar assustado com a quantidade de negros na cidade. Eles se 35 esconderam numa esquina e quando o cortejo chegou Igreja, entraram batucando e cantando e todos se misturaram. Assim era o Rio. Assim era o Brasil. Observe o fragmento retirado do TEXTO 2. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Que expresso pode substituir o vocbulo sublinhado sem alterar o significado?