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Questões - IME 2008 | Gabarito e resoluções

Questão 3
2008Física

(IME - 2008/2009)Dois corpos A e B encontram-se sobre um plano horizontal sem atrito. Um observador inercial O est na origem do eixo x. Os corpos A e B sofrem coliso frontal perfeitamente elstica, sendo que o corpo A tem velocidade vA = 2 m/s (na direo x com sentido positivo) e o corpo B est parado na posio x = 2 m. Considere um outro observador inercial O, que no instante da coliso tem a sua posio coincidente com a do observador O. Se a velocidade relativa de O em relao a O vO = 2 m/s (na direo x com sentido positivo), determine em relao a O: a) as velocidades dos corpos A e B aps a coliso; b) a posio do corpo A dois segundos aps a coliso. Dados: massa de A = 100 g massa de B = 200 g

Questão 3
2008Inglês

(IME - 2008/2009)Redija, em ingls, no espao apropriado do caderno de solues, e usando a sua imaginao, uma continuao coerente e coesa entre 15 e 25 palavras para cada texto a seguir. Research groups across Europe are becoming parents to bouncing baby robots. By teaching them to walk, open doors, shake hands, and even talk, these scientists hope to

Questão 3
2008Português

(IME - 2008) Texto I Imigrao Japonesa no Brasil A abolio da escravatura no Brasil em 1888 d novo impulso vinda de imigrantes europeus, cujo incio se deu com os alemes em 1824. Em 1895 assinado o Tratado de Amizade, Comrcio e Navegao entre o Brasil e o Japo. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De l eles so 5 transportados para a hospedaria dos imigrantes, em So Paulo. Na cafeicultura, a imigrao comea com pssimos resultados. Um ano aps a chegada ao Brasil, dos 781 imigrantes, apenas 191 permaneceram nos locais de trabalho. A maioria estava em So Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. 10 Em 1952 assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japo. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigra atravs da Cooperativa de Cotia recebe o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O crescimento industrial no Japo e o perodo que foi chamado de milagre 15 econmico brasileiro do origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As famlias agrcolas estabelecidas no Brasil passaram a procurar novas oportunidades e buscavam novos espaos para seus filhos. O grande esforo familiar para o estudo de seus filhos faz com que grande nmero de nisseis ocupe vagas nas melhores 20 universidades do pas. Mais tarde, com o rpido crescimento econmico no Japo, as indstrias japonesas foram obrigadas a contratar mo-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento dekassegui por volta de 1985, que foi aumentando, no Brasil, medida que os planos econmicos fracassavam. Parte da 25 famlia, cujos ascendentes eram japoneses, deixava o Brasil como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou administrar os negcios. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte daqueles que no se adaptaram nova realidade, como daqueles que foram abandonados pelos seus entes e at perderam contato. 30 Com o passar dos anos, surgiram muitas empresas especializadas em agenciar os dekasseguis, como tambm firmas comerciais no Japo que visaram especificamente o pblico brasileiro. Em algumas cidades japonesas formaram-se verdadeiras colnias de brasileiros. Disponvel em: www.culturajaponesa.com.br ( texto adaptado). Acesso em: 29 ago 2008. Texto II Rio: uma cidade plural j em 1808 As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. SANDRA MOREYRA Jornal O Globo- 28/11/2007 (adaptado) Uma cidade que era um grande porto, com gente de todas as colnias e feitorias portuguesas da frica e da sia. O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa cintura, para se defender de um 5 inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Corriam tambm dejetos nas ruas e valas. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. No s pelo tipo fsico bem diferente, como pelas roupas, era possvel saber quem vinha do Congo, de Angola ou do Mali; quem era muulmano, 10 quem vinha da nobreza africana. Nesta cidade, que j era plural, mas que no tinha infra-estrutura, onde havia assaltos e comrcio ilegal nas ruas, chegou um aviso em janeiro de 1808. A corte estava em pleno mar, escapara de Napoleo e estava a caminho do Brasil. O vice-rei comeou a fazer os preparativos e saiu desalojando os maiores 15 comerciantes locais de suas casas, para ced-las aos novos moradores. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. Era o jeito que herdamos do sangue lusitano de rir de nossas prprias mazelas. Quando as naus com a famlia real chegaram por aqui, em maro de 1808, j 20 haviam passado pela Bahia e permanecido por um ms em Salvador. Aqui a festa foi imensa e o relato mais divertido e detalhado o do Padre Luis Gonalves dos Santos, o Padre Perereca. O padre que vivia no Brasil era um admirador incondicional da monarquia, dos ritos da corte, da etiqueta. Quando descobre que a Corte est chegando, fica assanhadssimo porque vai ver de perto 25 Sua Alteza Real D. Joo Nosso Senhor, como chamava o regente. ele quem conta que a chegada dos Bragana por aqui foi acompanhada de luzes, fogos de artifcio, badalar de sinos, aplausos e cnticos. Perereca diz que parecia que o sol no havia se posto, tamanha a quantidade de tochas e velas que iluminavam as casas, o largo do Pao e as ruas do centro. 30 O Rio tinha 46 ruas naquela poca. D Joo se dirigiu S provisoriamente instalada na Igreja do Rosrio dos Homens Pretos, porque a Igreja do Carmo, a S oficial, estava em obras. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia, na Igreja deles, porque o Prncipe poderia ficar assustado com a quantidade de negros na cidade. Eles se 35 esconderam numa esquina e quando o cortejo chegou Igreja, entraram batucando e cantando e todos se misturaram. Assim era o Rio. Assim era o Brasil. Observe o fragmento retirado do TEXTO 2. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Que expresso pode substituir o vocbulo sublinhado sem alterar o significado?

Questão 3
2008Química

(IME - 2008/2009) A pilha recarregvel de nquel/cdmio, usada em diversos equipamentos eletrnicos portteis, constitui-se, basicamente, de um eletrodo metlico de cdmio, um eletrodo de oxi-hidrxido de nquel (NiOOH) depositado sobre um suporte de nquel e um eletrlito aquoso de hidrxido de potssio, na forma de pasta. Na descarga da pilha, o cdmio metlico consumido. Uma pilha desse tipo foi recarregada completamente durante 4825 s, com corrente de 2 A. Pede-se: a) a reao da semi-pilha NiOOH(s) | Ni(OH)2(s) e a reao global que ocorrem na descarga da pilha; b) a massa de NiOOH existente na pilha quando a mesma est carregada.

Questão 4
2008Física

(IME - 2008/2009)Um dispositivo fotovoltaico circular de raio produz uma tenso proporcional intensidade de luz incidente. Na experincia da figura 1, um feixe largo de luz, bem maior que a rea do dispositivo fotovoltaico, incide ortogonalmente sobre o mesmo, provocando a tenso V1 entre os terminais do resistor. Na experincia da figura 2, mantendo-se as mesmas condies de iluminao da primeira experincia, uma lente convergente de distncia focal f colocada a uma distncia p do dispositivo fotovoltaico, provocando um aumento da tenso sobre o resistor. Calcule a corrente que circular pelo resistor durante a segunda experincia nos seguintes casos: a) p f; b) f p 2f. Observaes: o feixe de luz incide paralelamente ao eixo ptico da lente da segunda experincia; o feixe de luz tem intensidade uniformemente distribuda no plano incidente.

Questão 4
2008Química

(IME - 2008/2009)A reao de um composto A (em excesso) com gs bromo sob luz ultravioleta gera principalmente os compostos B e C. A reao de B e C com KOH em soluo alcolica gera D, o qual reage com HBr, na presena de perxidos, formando novamente o composto B. Este ltimo uma substncia orgnica acclica e saturada, cuja anlise elementar revela a presena apenas de tomos de carbono, hidrognio e bromo. Sabe-se que a presso osmtica de uma soluo de 4,1 g de B em 820 mL de solvente a 27oC igual a 1 atm. Com base nestes dados, determine as frmulas estruturais dos compostos A, B, C e D.

Questão 4
2008Matemática

(IME - 2008/2009) Seja log 5 = m, log 2 = p e. O valor de, em funo de m e p,

Questão 4
2008Português

(IME - 2008) Texto I Imigrao Japonesa no Brasil A abolio da escravatura no Brasil em 1888 d novo impulso vinda de imigrantes europeus, cujo incio se deu com os alemes em 1824. Em 1895 assinado o Tratado de Amizade, Comrcio e Navegao entre o Brasil e o Japo. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De l eles so 5 transportados para a hospedaria dos imigrantes, em So Paulo. Na cafeicultura, a imigrao comea com pssimos resultados. Um ano aps a chegada ao Brasil, dos 781 imigrantes, apenas 191 permaneceram nos locais de trabalho. A maioria estava em So Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. 10 Em 1952 assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japo. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigra atravs da Cooperativa de Cotia recebe o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O crescimento industrial no Japo e o perodo que foi chamado de milagre 15 econmico brasileiro do origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As famlias agrcolas estabelecidas no Brasil passaram a procurar novas oportunidades e buscavam novos espaos para seus filhos. O grande esforo familiar para o estudo de seus filhos faz com que grande nmero de nisseis ocupe vagas nas melhores 20 universidades do pas. Mais tarde, com o rpido crescimento econmico no Japo, as indstrias japonesas foram obrigadas a contratar mo-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento dekassegui por volta de 1985, que foi aumentando, no Brasil, medida que os planos econmicos fracassavam. Parte da 25 famlia, cujos ascendentes eram japoneses, deixava o Brasil como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou administrar os negcios. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte daqueles que no se adaptaram nova realidade, como daqueles que foram abandonados pelos seus entes e at perderam contato. 30 Com o passar dos anos, surgiram muitas empresas especializadas em agenciar os dekasseguis, como tambm firmas comerciais no Japo que visaram especificamente o pblico brasileiro. Em algumas cidades japonesas formaram-se verdadeiras colnias de brasileiros. Disponvel em: www.culturajaponesa.com.br ( texto adaptado). Acesso em: 29 ago 2008. Texto II Rio: uma cidade plural j em 1808 As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. SANDRA MOREYRA Jornal O Globo- 28/11/2007 (adaptado) Uma cidade que era um grande porto, com gente de todas as colnias e feitorias portuguesas da frica e da sia. O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa cintura, para se defender de um 5 inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Corriam tambm dejetos nas ruas e valas. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. No s pelo tipo fsico bem diferente, como pelas roupas, era possvel saber quem vinha do Congo, de Angola ou do Mali; quem era muulmano, 10 quem vinha da nobreza africana. Nesta cidade, que j era plural, mas que no tinha infra-estrutura, onde havia assaltos e comrcio ilegal nas ruas, chegou um aviso em janeiro de 1808. A corte estava em pleno mar, escapara de Napoleo e estava a caminho do Brasil. O vice-rei comeou a fazer os preparativos e saiu desalojando os maiores 15 comerciantes locais de suas casas, para ced-las aos novos moradores. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. Era o jeito que herdamos do sangue lusitano de rir de nossas prprias mazelas. Quando as naus com a famlia real chegaram por aqui, em maro de 1808, j 20 haviam passado pela Bahia e permanecido por um ms em Salvador. Aqui a festa foi imensa e o relato mais divertido e detalhado o do Padre Luis Gonalves dos Santos, o Padre Perereca. O padre que vivia no Brasil era um admirador incondicional da monarquia, dos ritos da corte, da etiqueta. Quando descobre que a Corte est chegando, fica assanhadssimo porque vai ver de perto 25 Sua Alteza Real D. Joo Nosso Senhor, como chamava o regente. ele quem conta que a chegada dos Bragana por aqui foi acompanhada de luzes, fogos de artifcio, badalar de sinos, aplausos e cnticos. Perereca diz que parecia que o sol no havia se posto, tamanha a quantidade de tochas e velas que iluminavam as casas, o largo do Pao e as ruas do centro. 30 O Rio tinha 46 ruas naquela poca. D Joo se dirigiu S provisoriamente instalada na Igreja do Rosrio dos Homens Pretos, porque a Igreja do Carmo, a S oficial, estava em obras. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia, na Igreja deles, porque o Prncipe poderia ficar assustado com a quantidade de negros na cidade. Eles se 35 esconderam numa esquina e quando o cortejo chegou Igreja, entraram batucando e cantando e todos se misturaram. Assim era o Rio. Assim era o Brasil. Que informao NO est clara nos textos apresentados?

Questão 4
2008Matemática

(IME - 2008/2009) Dada a funo, com as seguintes caractersticas: F(0,0) = 1; F(n,m+1) = q.F(n,m), onde q um nmero real diferente de zero; F(n+1, 0) = r + F(n,0), onde r um nmero real diferente de zero. Determine o valor de

Questão 5
2008Matemática

(IME - 2008/2009)Seja G o ponto de interseo das medianas de um tringulo ABC com rea S. Considere os pontos A, B e C obtidos por uma rotao de 180 dos pontos A, B e C, respectivamente, em torno de G. Determine, em funo de S, a rea formada pela unio das regies delimitadas pelos tringulos ABC e ABC.

Questão 5
2008Física

(IME - 2008/2009)Os pontos A e B da malha de resistores da figura 2 so conectados aos pontos x e y do circuito da figura 1. Nesta situao, observa-se uma dissipao de P watts na malha. Em seguida, conecta-se o ponto C ao ponto F e o ponto E ao ponto H, o que produz um incremento de 12,5% na potncia dissipada na malha. Calcule a resistncia R dos resistores da malha.

Questão 5
2008Química

(IME - 2008/2009)A um reator de 16 L de capacidade, contendo 1 L de um lquido no-voltil e uma certa quantidade de um gs inerte no-solvel, so adicionados dois gases puros e insolveis A e B, que reagem entre si segundo a reao irreversvel Considerando que o reator mantido a 300 K durante a reao, que no instante inicial no h composto C no reator e utilizando os dados da tabela abaixo, determine a presso total no reator ao trmino da reao.

Questão 5
2008Matemática

(IME - 2008/2009) Sabe-se que,. Uma outra expresso para y

Questão 5
2008Português

(IME - 2008) Texto I Imigrao Japonesa no Brasil A abolio da escravatura no Brasil em 1888 d novo impulso vinda de imigrantes europeus, cujo incio se deu com os alemes em 1824. Em 1895 assinado o Tratado de Amizade, Comrcio e Navegao entre o Brasil e o Japo. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De l eles so 5 transportados para a hospedaria dos imigrantes, em So Paulo. Na cafeicultura, a imigrao comea com pssimos resultados. Um ano aps a chegada ao Brasil, dos 781 imigrantes, apenas 191 permaneceram nos locais de trabalho. A maioria estava em So Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. 10 Em 1952 assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japo. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigra atravs da Cooperativa de Cotia recebe o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O crescimento industrial no Japo e o perodo que foi chamado de milagre 15 econmico brasileiro do origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As famlias agrcolas estabelecidas no Brasil passaram a procurar novas oportunidades e buscavam novos espaos para seus filhos. O grande esforo familiar para o estudo de seus filhos faz com que grande nmero de nisseis ocupe vagas nas melhores 20 universidades do pas. Mais tarde, com o rpido crescimento econmico no Japo, as indstrias japonesas foram obrigadas a contratar mo-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento dekassegui por volta de 1985, que foi aumentando, no Brasil, medida que os planos econmicos fracassavam. Parte da 25 famlia, cujos ascendentes eram japoneses, deixava o Brasil como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou administrar os negcios. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte daqueles que no se adaptaram nova realidade, como daqueles que foram abandonados pelos seus entes e at perderam contato. 30 Com o passar dos anos, surgiram muitas empresas especializadas em agenciar os dekasseguis, como tambm firmas comerciais no Japo que visaram especificamente o pblico brasileiro. Em algumas cidades japonesas formaram-se verdadeiras colnias de brasileiros. Disponvel em: www.culturajaponesa.com.br ( texto adaptado). Acesso em: 29 ago 2008. Texto II Rio: uma cidade plural j em 1808 As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. SANDRA MOREYRA Jornal O Globo- 28/11/2007 (adaptado) Uma cidade que era um grande porto, com gente de todas as colnias e feitorias portuguesas da frica e da sia. O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa cintura, para se defender de um 5 inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Corriam tambm dejetos nas ruas e valas. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. No s pelo tipo fsico bem diferente, como pelas roupas, era possvel saber quem vinha do Congo, de Angola ou do Mali; quem era muulmano, 10 quem vinha da nobreza africana. Nesta cidade, que j era plural, mas que no tinha infra-estrutura, onde havia assaltos e comrcio ilegal nas ruas, chegou um aviso em janeiro de 1808. A corte estava em pleno mar, escapara de Napoleo e estava a caminho do Brasil. O vice-rei comeou a fazer os preparativos e saiu desalojando os maiores 15 comerciantes locais de suas casas, para ced-las aos novos moradores. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. Era o jeito que herdamos do sangue lusitano de rir de nossas prprias mazelas. Quando as naus com a famlia real chegaram por aqui, em maro de 1808, j 20 haviam passado pela Bahia e permanecido por um ms em Salvador. Aqui a festa foi imensa e o relato mais divertido e detalhado o do Padre Luis Gonalves dos Santos, o Padre Perereca. O padre que vivia no Brasil era um admirador incondicional da monarquia, dos ritos da corte, da etiqueta. Quando descobre que a Corte est chegando, fica assanhadssimo porque vai ver de perto 25 Sua Alteza Real D. Joo Nosso Senhor, como chamava o regente. ele quem conta que a chegada dos Bragana por aqui foi acompanhada de luzes, fogos de artifcio, badalar de sinos, aplausos e cnticos. Perereca diz que parecia que o sol no havia se posto, tamanha a quantidade de tochas e velas que iluminavam as casas, o largo do Pao e as ruas do centro. 30 O Rio tinha 46 ruas naquela poca. D Joo se dirigiu S provisoriamente instalada na Igreja do Rosrio dos Homens Pretos, porque a Igreja do Carmo, a S oficial, estava em obras. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia, na Igreja deles, porque o Prncipe poderia ficar assustado com a quantidade de negros na cidade. Eles se 35 esconderam numa esquina e quando o cortejo chegou Igreja, entraram batucando e cantando e todos se misturaram. Assim era o Rio. Assim era o Brasil. Observe o TEXTO 1 e o que se considera sobre ele. I. Possui carter informativo, mantendo a objetividade. II. O emprego dos tempos verbais contribui para valorizar o aspecto descritivo do texto. III. Apresenta freqentes expresses que indicam mudana temporal. IV. Aponta o fluxo imigratrio entre Brasil e Japo em ambos os sentidos. V. Faz referncia a dificuldades enfrentadas pelos japoneses em sua terra natal. As alternativas corretas so apenas:

Questão 6
2008Português

(IME - 2008) Texto I Imigrao Japonesa no Brasil A abolio da escravatura no Brasil em 1888 d novo impulso vinda de imigrantes europeus, cujo incio se deu com os alemes em 1824. Em 1895 assinado o Tratado de Amizade, Comrcio e Navegao entre o Brasil e o Japo. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De l eles so 5 transportados para a hospedaria dos imigrantes, em So Paulo. Na cafeicultura, a imigrao comea com pssimos resultados. Um ano aps a chegada ao Brasil, dos 781 imigrantes, apenas 191 permaneceram nos locais de trabalho. A maioria estava em So Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigrao continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. 10 Em 1952 assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japo. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigra atravs da Cooperativa de Cotia recebe o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O crescimento industrial no Japo e o perodo que foi chamado de milagre 15 econmico brasileiro do origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As famlias agrcolas estabelecidas no Brasil passaram a procurar novas oportunidades e buscavam novos espaos para seus filhos. O grande esforo familiar para o estudo de seus filhos faz com que grande nmero de nisseis ocupe vagas nas melhores 20 universidades do pas. Mais tarde, com o rpido crescimento econmico no Japo, as indstrias japonesas foram obrigadas a contratar mo-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento dekassegui por volta de 1985, que foi aumentando, no Brasil, medida que os planos econmicos fracassavam. Parte da 25 famlia, cujos ascendentes eram japoneses, deixava o Brasil como dekassegui, enquanto a outra permanecia para prosseguir os estudos ou administrar os negcios. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte daqueles que no se adaptaram nova realidade, como daqueles que foram abandonados pelos seus entes e at perderam contato. 30 Com o passar dos anos, surgiram muitas empresas especializadas em agenciar os dekasseguis, como tambm firmas comerciais no Japo que visaram especificamente o pblico brasileiro. Em algumas cidades japonesas formaram-se verdadeiras colnias de brasileiros. Disponvel em: www.culturajaponesa.com.br ( texto adaptado). Acesso em: 29 ago 2008. Texto II Rio: uma cidade plural j em 1808 As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. SANDRA MOREYRA Jornal O Globo- 28/11/2007 (adaptado) Uma cidade que era um grande porto, com gente de todas as colnias e feitorias portuguesas da frica e da sia. O Rio era uma cidade quase oriental em 1808. As mulheres se sentavam no cho, com as pernas cruzadas. mesa, os homens usavam a mesma faca que traziam presa cintura, para se defender de um 5 inimigo, para descascar frutas ou partir a carne. Nas ruas o dinheiro corria no maior entreposto de escravos da colnia. Corriam tambm dejetos nas ruas e valas. Negros escravos ou libertos eram dois teros da populao e se vestiam ainda de acordo com sua nao de origem. No s pelo tipo fsico bem diferente, como pelas roupas, era possvel saber quem vinha do Congo, de Angola ou do Mali; quem era muulmano, 10 quem vinha da nobreza africana. Nesta cidade, que j era plural, mas que no tinha infra-estrutura, onde havia assaltos e comrcio ilegal nas ruas, chegou um aviso em janeiro de 1808. A corte estava em pleno mar, escapara de Napoleo e estava a caminho do Brasil. O vice-rei comeou a fazer os preparativos e saiu desalojando os maiores 15 comerciantes locais de suas casas, para ced-las aos novos moradores. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. Era o jeito que herdamos do sangue lusitano de rir de nossas prprias mazelas. Quando as naus com a famlia real chegaram por aqui, em maro de 1808, j 20 haviam passado pela Bahia e permanecido por um ms em Salvador. Aqui a festa foi imensa e o relato mais divertido e detalhado o do Padre Luis Gonalves dos Santos, o Padre Perereca. O padre que vivia no Brasil era um admirador incondicional da monarquia, dos ritos da corte, da etiqueta. Quando descobre que a Corte est chegando, fica assanhadssimo porque vai ver de perto 25 Sua Alteza Real D. Joo Nosso Senhor, como chamava o regente. ele quem conta que a chegada dos Bragana por aqui foi acompanhada de luzes, fogos de artifcio, badalar de sinos, aplausos e cnticos. Perereca diz que parecia que o sol no havia se posto, tamanha a quantidade de tochas e velas que iluminavam as casas, o largo do Pao e as ruas do centro. 30 O Rio tinha 46 ruas naquela poca. D Joo se dirigiu S provisoriamente instalada na Igreja do Rosrio dos Homens Pretos, porque a Igreja do Carmo, a S oficial, estava em obras. Houve uma determinao de que os homens pretos e tambm os mestios no deveriam comparecer cerimnia, na Igreja deles, porque o Prncipe poderia ficar assustado com a quantidade de negros na cidade. Eles se 35 esconderam numa esquina e quando o cortejo chegou Igreja, entraram batucando e cantando e todos se misturaram. Assim era o Rio. Assim era o Brasil. Eram pintadas nas portas das casas requisitadas para a Corte as iniciais PR, de Prncipe Regente, que viraram prdio roubado ou ponha-se na rua. A palavra que sublinhada no perodo acima tem a mesma funo em: