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Questões - IME 2017 | Gabarito e resoluções

Questão 2
2017Química

(IME - 2017/2018 - 1 FASE ) Um sistema fechado contendo um gs ideal no estado 1 sofre as transformaes econforme indicado na figura abaixo. Sabendo que a transformao isotrmica e isobrica, indique o grfico que representa os estados do sistema.

Questão 2
2017Física

(IME - 2017/2018 - 1 FASE ) Conforme a figura acima, um corpo, cuja velocidade nula no ponto A da superfcie circular de raio R, atingido por um projtil, que se move verticalmente para cima, e fica alojado no corpo. Ambos passam a deslizar sem atrito na superfcie circular, perdendo o contato com a superfcie no ponto B. A seguir, passam a descrever uma trajetria no ar at atingirem o ponto C, indicado na figura. Diante do exposto, a velocidade do projtil : Dados: - massa do projtil: m; - massa do corpo: 9m; e - acelerao da gravidade: g.

Questão 3
2017Química

(IME - 2017/2018 - 2 FASE )A reforma com vapor dgua, a temperaturas altas, um mtodo industrial para produo de hidrognio a partir de metano. Calcule a entalpia de reao desse processo. Dados: i) Entalpias de combusto: C(graf)...H0= - 394 kJ/mol H2(g)...H0= - 286kJ/mol (forma gua lquida) CH4(g)...H0= - 890 kJ/mol (forma gua lquida) ii) CO(g)+ H2(g) C(graf) + H2O(g) H0= - 131 kJ/mol

Questão 3
2017Matemática

(IME - 2017/2018 - 1 FASE ) A soma dos algarismos de X com a soma dos quadrados dos algarismos de X igual a X. Sabe-se que X um nmero natural positivo. O menor X possvel est no intervalo:

Questão 3
2017Física

(IME - 2017/2018 - 1 FASE ) Como mostra a Figura 1, uma partcula de carga positiva se move em um trilho sem atrito e sofre a interao de foras eltricas provocadas por outras partculas carregadas fixadas nos pontos A, B, Ce D.Sabendo que as cargas das partculas situadas em B e Dso iguais e que uma parte do grfico da velocidade da partcula sobre o trilho, em funo do tempo, est esboada na Figura 2, o grfico completo que expressa a velocidade da partcula est esboado na alternativa: Observaes: - r d; - em t = 0, a partcula que se move no trilho est esquerda da partcula situada no ponto A; - considera-se positiva a velocidade da partcula quando ela se move no trilho da esquerda para a direita.

Questão 3
2017Química

(IME - 2017/2018 - 1 FASE ) Considere que a reao abaixo ocorra em uma pilha Assinale a alternativa que indica o valor correto do potencial padro dessa pilha. Dados:

Questão 3
2017Física

(IME - 2017/2018 - 2 FASE ) Um pndulo balstico formado por uma barra uniforme de massa Me comprimento dAs duas hastes que suspendem a barra so idnticas, de comprimento Le massa especfica constante. Dado: - acelerao da gravidade: g Considerao: - a massa das hastes desprezvel em comparao com as massas da barra e a do projtil. a) Sabendo que um projtil de massa matinge a barra e ambos sobem de uma altura hdetermine a velocidade do projtil; b) Aps o pndulo atingir o repouso, as hastes recebem petelecos simultaneamente em seus centros, passando a vibrar em suas frequncias fundamentais, produzindo uma frequncia de batimento fbat. Determine a penetrao horizontal xdo projtil na barra, em funo das demais grandezas fornecidas.

Questão 3
2017Inglês

(IME - 2017/2018 - 2 FASE) A DAY IN THE LIFE OF A NUCLEAR MATERIALS ENGINEER My career _____1_____ a planned one in any way. At school I was athletic; I ran and played badminton to a high standard when I was young and always thought my career would be a sporting one _____2_____ I suffered an injury during my teens. The rest of my family was academic; my father was an aerodynamic engineer and my mother a mathematician, _____3_____ my sister studied geology. At the age of 16, I attended a Women in Science and Engineering careers week with school, just to have a look at what was available. This helped me decide that _____4_____ I really wanted to do was an engineering degree, so I chose to do a BEng in materials science and engineering at Liverpool University, and then went on to do a PhD. My PhD looked at auxetic polymeric materials. No one _____5_____ of them: they get fatter as you stretch them, _____6_____ is very novel, and at the time there were only a handful of researchers in the world working on these. The PhD started my interest in polymeric materials. Towards the end of my PhD I _____7_____ two research roles, and ended up taking a job with British Nuclear Fuels Limited at the Company Research Laboratory (CRL). () During my time at CRL I _____8_____ on secondment to the Sellafield site in Cumbria, which then turned into a permanent position in the research and technology materials and inspection group. During this time I became a chartered engineer and a full professional member of the Institute of Materials Minerals and Mining. I now head up one of Sellafields Centres of Expertise (CoE): I am the CoE lead and subject matter expert for polymeric materials. Recently I _____9_____ as a fellow of the Institute of Materials. I definitely dont have a typical day. I sometimes have a plan, but _____10_____ stick to it as much of my work is responsive to situations which are transient. The range of things I can get involved in is huge and includes specifying materials for use in challenging environments, new plant designs and decommissioning activates. RATHBONE, Penny. Adapted from: The Guardian. A day in the life of a nuclear materials engineer. Disponvel em: https://www.theguardian.com/women-in-leadership/2016/jan/22/a-day-in-the-life-of-a-nuclear-materials-engineer. Acesso em: 22/06/2017. Escolha a alternativa que completa corretamente a lacuna 3 do texto.

Questão 3
2017Matemática

(IME - 2017/2018 - 2 FASE ) Sabendo quee que x satisfaz a equao abaixo Determine os possveis valores de x

Questão 3
2017Português

(IME - 2017/2018 - 2 FASE ) A CONDIO HUMANA AVita Activae a Condio Humana Com a expressovita activa, pretendo designar trs atividades humanas fundamentais: labor, trabalho e ao. Trata-se de atividades fundamentais porque a cada uma delas corresponde uma das condies bsicas mediante as quais a vida foi dada ao homem na Terra. 1O labor a atividade que corresponde ao processo biolgico do corpo humano, cujos crescimento espontneo, metabolismo e eventual declnio tm a ver com as necessidades vitais produzidas e introduzidas pelo labor no processo da vida. A condio humana do labor a prpria vida. O trabalho a atividade correspondente ao artificialismo da existncia humana, existncia esta no necessariamente contida no eterno ciclo vital da espcie, e cuja mortalidade no compensada por este ltimo. O trabalho produz um mundo artificial de coisas, nitidamente diferente de qualquer ambiente natural.2Dentro de suas fronteiras habita cada vida individual, embora esse mundo se destine a sobreviver e a transcender todas as vidas individuais. A condio humana do trabalho a mundanidade. 3A ao, nica atividade que se exerce diretamente entre os homens sem a mediao das coisas ou da matria, corresponde condio humana da pluralidade, ao fato de que homens, e no o Homem, vivem na Terra e habitam o mundo. Todos os aspectos da condio humana tm alguma relao com a poltica; mas esta pluralidade especificamente a condio no apenas aconditio sine qua non, mas aconditio per quam de toda a vida poltica. Assim, o idioma dos romanos talvez o povo mais poltico que conhecemos empregava como sinnimas as expresses viver e estar entre os homens (inter homines esse), ou morrer e deixar de estar entre os homens (inter homines esse desinere).4Mas, em sua forma mais elementar, a condio humana da ao est implcita at mesmo em Gnesis (macho e fmea Ele os criou), se entendermos que esta verso da criao do homem diverge, em princpio, da outra segundo a qual Deus originalmente criou o Homem (adam) a ele, e no a eles, de sorte que a pluralidade dos seres humanos vem a ser o resultado da multiplicao5.6A ao seria um luxo desnecessrio, uma caprichosa interferncia com as leis gerais do comportamento, se os homens no passassem de repeties interminavelmente reproduzveis do mesmo modelo, todas dotadas da mesma natureza e essncia, to previsveis quanto a natureza e a essncia de qualquer outra coisa.7A pluralidade a condio da ao humana pelo fato de sermos todos os mesmos, isto , humanos, sem que ningum seja exatamente igual a qualquer pessoa que tenha existido, exista ou venha a existir. As trs atividades e suas respectivas condies tm ntima relao com as condies mais gerais da existncia humana: o nascimento e a morte, a natalidade e a mortalidade. O labor assegura no apenas a sobrevivncia do indivduo, mas a vida da espcie.8O trabalho e seu produto, o artefato humano,9emprestam certa permanncia e durabilidade futilidade da vida mortal e ao carter efmero do corpo humano. A ao, na medida em que se empenha em fundar e preservar corpos polticos, cria a condio para a lembrana, ou seja, para a histria.10O labor e o trabalho, bem como a ao, tm tambm razes na natalidade, na medida em que sua tarefa produzir e preservar o mundo para11o constante influxo de recm-chegados que vm a este mundo na qualidade de estranhos, alm de prev-los e lev-los em conta.12No obstante, das trs atividades, a ao a mais intimamente relacionada com a condio humana da natalidade; o novo comeo inerente a cada nascimento pode fazer-se sentir no mundo somente porque o recm-chegado possui a capacidade de iniciar algo novo, isto , de agir. Neste sentido de iniciativa, todas as atividades humanas possuem um elemento de ao e, portanto, de natalidade.13Alm disto, como a ao a atividade poltica por excelncia, a natalidade, e no a mortalidade, pode constituir a categoria central do pensamento poltico, em contraposio ao pensamento metafsico. A condio humana compreende algo mais que as condies nas quais a vida foi dada ao homem. Os homens so seres condicionados: tudo aquilo com o qual eles entram em contato torna-se imediatamente uma condio de sua existncia. O mundo no qual transcorre avita activaconsiste em coisas produzidas pelas atividades humanas; mas, constantemente, as coisas que devem sua existncia exclusivamente aos homens tambm condicionam os seus autores humanos. Alm das condies nas quais a vida dada ao homem na Terra e, at certo ponto, a partir delas, os homens constantemente criam as suas prprias condies que, a despeito de sua variabilidade e sua origem humana, possuem a mesma fora condicionante das coisas naturais. O que quer que toque a vida humana ou entre em duradoura relao com ela, assume imediatamente o carter de condio da existncia humana. por isso que os homens, independentemente do que faam, so sempre seres condicionados. Tudo o que espontaneamente adentra o mundo humano, ou para ele trazido pelo esforo humano, torna-se parte da condio humana. O impacto da realidade do mundo sobre a existncia humana sentido e recebido como fora condicionante. A objetividade do mundo o seu carter de coisa ou objeto e a condio humana complementam-se uma outra; por ser uma existncia condicionada, a existncia humana seria impossvel sem as coisas, e estas seriam um amontoado de artigos incoerentes, um no mundo, se esses artigos no fossem condicionantes da existncia humana. ARENDT, Hannah.A Condio Humana. Traduo de Roberto Raposo: Editora da Universidade de So Paulo, 1981. pp. 15-17 (texto adaptado). 5Quando se analisa o pensamento poltico ps-clssico, muito se pode aprender verificando-se qual das duas verses bblicas da criao citada. Assim, tpico da diferena entre os ensinamentos de Jesus de Nazareth e de Paulo o fato de que Jesus, discutindo a relao entre marido e mulher, refere-se a Gnesis 1:27 No tendes lido que quem criou o homem desde o princpio f-losmacho e fmea (Mateus 19:4), enquanto Paulo, em ocasio semelhante, insiste em que a mulher foi criada do homem e, portanto, para o homem, embora em seguida atenue um pouco a dependncia: nem o varo sem mulher, nem a mulher sem o varo (1 Cor.11:8-12). A diferena indica muito mais que uma atitude diferente em relao ao papel da mulher. Para Jesus, a f era intimamente relacionada com a ao; para Paulo, a f relacionava-se, antes de mais nada, com a salvao. Especialmente interessante a este respeito Agostinho (De civitate Deixii.21), que no s desconsidera inteiramente o que dito em Gnesis 1:27, mas v a diferena entre o homem e o animal no fato de ter sido o homem criadounum ac singulum, enquanto se ordenou aos animais que passassem a existir vrios de uma s vez (plura simul iussit existere). Para Agostinho, a histria da criao constitui boa oportunidade para salientar-se o carter de espcie da vida animal, em oposio singularidade da existncia humana. Considere o trecho do texto abaixo, leia as assertivas e marque a alternativa correta: O trabalho e seu produto, o artefato humano, emprestam certa permanncia e durabilidade futilidade da vida mortal e ao carter efmero do corpo humano (referncia 8). I. ...emprestam certa permanncia e durabilidade futilidade da vida mortal (referncia 9) consequncia positiva do trabalho humano, uma vez que confere sentido e significado sua efmera vida na Terra. II. A autora afirma que a vida humana ftil devido ao fato de o produto do trabalho humano ser efmero. III. A autora afirma que a efemeridade da vida humana na Terra aliviada pela eterna e durvel permanncia do artefato humano, o qual traz sentido e soluo a quaisquer dificuldades que os homens possam enfrentar em sua existncia.

Questão 4
2017Química

(IME- 2017/2018 - 1 FASE ) Assinale, respectivamente, a estrutura do one o tipo de hibridizao de seu tomo central.

Questão 4
2017Inglês

(IME - 2017/2018 - 2 FASE) A DAY IN THE LIFE OF A NUCLEAR MATERIALS ENGINEER My career _____1_____ a planned one in any way. At school I was athletic; I ran and played badminton to a high standard when I was young and always thought my career would be a sporting one _____2_____ I suffered an injury during my teens. The rest of my family was academic; my father was an aerodynamic engineer and my mother a mathematician, _____3_____ my sister studied geology. At the age of 16, I attended a Women in Science and Engineering careers week with school, just to have a look at what was available. This helped me decide that _____4_____ I really wanted to do was an engineering degree, so I chose to do a BEng in materials science and engineering at Liverpool University, and then went on to do a PhD. My PhD looked at auxetic polymeric materials. No one _____5_____ of them: they get fatter as you stretch them, _____6_____ is very novel, and at the time there were only a handful of researchers in the world working on these. The PhD started my interest in polymeric materials. Towards the end of my PhD I _____7_____ two research roles, and ended up taking a job with British Nuclear Fuels Limited at the Company Research Laboratory (CRL). () During my time at CRL I _____8_____ on secondment to the Sellafield site in Cumbria, which then turned into a permanent position in the research and technology materials and inspection group. During this time I became a chartered engineer and a full professional member of the Institute of Materials Minerals and Mining. I now head up one of Sellafields Centres of Expertise (CoE): I am the CoE lead and subject matter expert for polymeric materials. Recently I _____9_____ as a fellow of the Institute of Materials. I definitely dont have a typical day. I sometimes have a plan, but _____10_____ stick to it as much of my work is responsive to situations which are transient. The range of things I can get involved in is huge and includes specifying materials for use in challenging environments, new plant designs and decommissioning activates. RATHBONE, Penny. Adapted from: The Guardian. A day in the life of a nuclear materials engineer. Disponvel em: https://www.theguardian.com/women-in-leadership/2016/jan/22/a-day-in-the-life-of-a-nuclear-materials-engineer. Acesso em: 22/06/2017. Escolha a alternativa que completa corretamente a lacuna 4 do texto.

Questão 4
2017Química

(IME - 2017/2018 - 2 FASE )Um composto orgnico de frmula CxHyOzquando desidratado, gera um hidrocarboneto que, quando submetido a um processo de polimerizao por adio, resulta em macromolculas lineares de peso molecular mdio 714 g/molcontendo 17meros por macromolcula. Determine, com base nessas informaes, os valores dos ndices x,y e zdo composto inicial e apresente o(s) nome (s) IUPAC da(s) molcula(s) que pode(m) ser o composto inicial.

Questão 4
2017Física

(IME - 2017/2018 - 2 FASE ) A figura acima mostra um dispositivo composto por um motor eltrico, cujo eixo se encontra ligado a uma polia ideal de raio R, solidria a uma segunda polia de raio r , sem deslizamento. Solidrio ao segundo eixo h um disco rgido metlico de raio r . Em duas extremidades opostas deste disco, foram fixados dois pndulos compostos idnticos, com fios ideais e esferas homogneas, de massa m. Existe um fio extensvel ligando as esferas inferiores, provendo uma fora elstica que as mantm na configurao mostrada na figura. Determine, em funo de g, m, r e R: a) a velocidade angular do motor eltrico; b) a fora elstica do fio extensvel. Dado: acelerao da gravidade: g .

Questão 4
2017Português

(IME - 2017/2018 - 2 FASE ) Texto 1 A CONDIO HUMANA AVita Activae a Condio Humana Com a expressovita activa, pretendo designar trs atividades humanas fundamentais: labor, trabalho e ao. Trata-se de atividades fundamentais porque a cada uma delas corresponde uma das condies bsicas mediante as quais a vida foi dada ao homem na Terra. 1O labor a atividade que corresponde ao processo biolgico do corpo humano, cujos crescimento espontneo, metabolismo e eventual declnio tm a ver com as necessidades vitais produzidas e introduzidas pelo labor no processo da vida. A condio humana do labor a prpria vida. O trabalho a atividade correspondente ao artificialismo da existncia humana, existncia esta no necessariamente contida no eterno ciclo vital da espcie, e cuja mortalidade no compensada por este ltimo. O trabalho produz um mundo artificial de coisas, nitidamente diferente de qualquer ambiente natural.2Dentro de suas fronteiras habita cada vida individual, embora esse mundo se destine a sobreviver e a transcender todas as vidas individuais. A condio humana do trabalho a mundanidade. 3A ao, nica atividade que se exerce diretamente entre os homens sem a mediao das coisas ou da matria, corresponde condio humana da pluralidade, ao fato de que homens, e no o Homem, vivem na Terra e habitam o mundo. Todos os aspectos da condio humana tm alguma relao com a poltica; mas esta pluralidade especificamente a condio no apenas aconditio sine qua non, mas aconditio per quam de toda a vida poltica. Assim, o idioma dos romanos talvez o povo mais poltico que conhecemos empregava como sinnimas as expresses viver e estar entre os homens (inter homines esse), ou morrer e deixar de estar entre os homens (inter homines esse desinere).4Mas, em sua forma mais elementar, a condio humana da ao est implcita at mesmo em Gnesis (macho e fmea Ele os criou), se entendermos que esta verso da criao do homem diverge, em princpio, da outra segundo a qual Deus originalmente criou o Homem (adam) a ele, e no a eles, de sorte que a pluralidade dos seres humanos vem a ser o resultado da multiplicao5.6A ao seria um luxo desnecessrio, uma caprichosa interferncia com as leis gerais do comportamento, se os homens no passassem de repeties interminavelmente reproduzveis do mesmo modelo, todas dotadas da mesma natureza e essncia, to previsveis quanto a natureza e a essncia de qualquer outra coisa.7A pluralidade a condio da ao humana pelo fato de sermos todos os mesmos, isto , humanos, sem que ningum seja exatamente igual a qualquer pessoa que tenha existido, exista ou venha a existir. As trs atividades e suas respectivas condies tm ntima relao com as condies mais gerais da existncia humana: o nascimento e a morte, a natalidade e a mortalidade. O labor assegura no apenas a sobrevivncia do indivduo, mas a vida da espcie.8O trabalho e seu produto, o artefato humano,9emprestam certa permanncia e durabilidade futilidade da vida mortal e ao carter efmero do corpo humano. A ao, na medida em que se empenha em fundar e preservar corpos polticos, cria a condio para a lembrana, ou seja, para a histria.10O labor e o trabalho, bem como a ao, tm tambm razes na natalidade, na medida em que sua tarefa produzir e preservar o mundo para11o constante influxo de recm-chegados que vm a este mundo na qualidade de estranhos, alm de prev-los e lev-los em conta.12No obstante, das trs atividades, a ao a mais intimamente relacionada com a condio humana da natalidade; o novo comeo inerente a cada nascimento pode fazer-se sentir no mundo somente porque o recm-chegado possui a capacidade de iniciar algo novo, isto , de agir. Neste sentido de iniciativa, todas as atividades humanas possuem um elemento de ao e, portanto, de natalidade.13Alm disto, como a ao a atividade poltica por excelncia, a natalidade, e no a mortalidade, pode constituir a categoria central do pensamento poltico, em contraposio ao pensamento metafsico. A condio humana compreende algo mais que as condies nas quais a vida foi dada ao homem. Os homens so seres condicionados: tudo aquilo com o qual eles entram em contato torna-se imediatamente uma condio de sua existncia. O mundo no qual transcorre avita activaconsiste em coisas produzidas pelas atividades humanas; mas, constantemente, as coisas que devem sua existncia exclusivamente aos homens tambm condicionam os seus autores humanos. Alm das condies nas quais a vida dada ao homem na Terra e, at certo ponto, a partir delas, os homens constantemente criam as suas prprias condies que, a despeito de sua variabilidade e sua origem humana, possuem a mesma fora condicionante das coisas naturais. O que quer que toque a vida humana ou entre em duradoura relao com ela, assume imediatamente o carter de condio da existncia humana. por isso que os homens, independentemente do que faam, so sempre seres condicionados. Tudo o que espontaneamente adentra o mundo humano, ou para ele trazido pelo esforo humano, torna-se parte da condio humana. O impacto da realidade do mundo sobre a existncia humana sentido e recebido como fora condicionante. A objetividade do mundo o seu carter de coisa ou objeto e a condio humana complementam-se uma outra; por ser uma existncia condicionada, a existncia humana seria impossvel sem as coisas, e estas seriam um amontoado de artigos incoerentes, um no mundo, se esses artigos no fossem condicionantes da existncia humana. ARENDT, Hannah.A Condio Humana. Traduo de Roberto Raposo: Editora da Universidade de So Paulo, 1981. pp. 15-17 (texto adaptado). 5Quando se analisa o pensamento poltico ps-clssico, muito se pode aprender verificando-se qual das duas verses bblicas da criao citada. Assim, tpico da diferena entre os ensinamentos de Jesus de Nazareth e de Paulo o fato de que Jesus, discutindo a relao entre marido e mulher, refere-se a Gnesis 1:27 No tendes lido que quem criou o homem desde o princpio f-losmacho e fmea (Mateus 19:4), enquanto Paulo, em ocasio semelhante, insiste em que a mulher foi criada do homem e, portanto, para o homem, embora em seguida atenue um pouco a dependncia: nem o varo sem mulher, nem a mulher sem o varo (1 Cor.11:8-12). A diferena indica muito mais que uma atitude diferente em relao ao papel da mulher. Para Jesus, a f era intimamente relacionada com a ao; para Paulo, a f relacionava-se, antes de mais nada, com a salvao. Especialmente interessante a este respeito Agostinho (De civitate Deixii.21), que no s desconsidera inteiramente o que dito em Gnesis 1:27, mas v a diferena entre o homem e o animal no fato de ter sido o homem criadounum ac singulum, enquanto se ordenou aos animais que passassem a existir vrios de uma s vez (plura simul iussit existere). Para Agostinho, a histria da criao constitui boa oportunidade para salientar-se o carter de espcie da vida animal, em oposio singularidade da existncia humana. Observe o trecho do texto abaixo destacado: No obstante, das trs atividades, a ao a mais intimamente relacionada com a condio humana da natalidade; o novo comeo inerente a cada nascimento pode fazer-se sentir no mundo somente porque o recm-chegado possui a capacidade de iniciar algo novo, isto , de agir. Neste sentido de iniciativa, todas as atividades humanas possuem um elemento de ao e, portanto, de natalidade (referncia 12). A nfase na condio humana da natalidade justifica-se