(Pucsp 2017) O Brasil é um país que se destaca pela diversidade de ecossistemas. A seguir, estão descritas características de alguns desses ecossistemas. I. A vegetação caracteriza-se por apresentar tanto espécies de porte herbáceo quanto arbustos e árvores de troncos retorcidos e casca grossa. II. As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano, e as temperaturas são relativamente constantes. Grandes árvores são abundantes e absorvem rapidamente os nutrientes do solo, considerado pobre. III. A vegetação é constituída por árvores de grande porte, que acompanham a cadeia de montanhas do litoral. O ambiente é úmido, graças aos ventos que carregam umidade do mar e a condensam na forma de chuva e nevoeiros ao subir as montanhas. IV. Ecossistema que apresenta grande biodiversidade e é considerado aquele mais devastado do país. Animais ameaçados de extinção, como o mico-leão e a onça pintada, habitam esse ecossistema. Podem ser atribuídas à Mata Atlântica as características identificadas pelos algarismos
(PUC-Campinas - 2017) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: Jos de Alencar retratou o seu heri goitac em prosa, a exemplo do que o escocs Walter Scott havia feito com os cavaleiros medievais na clebre novela Ivanho. Para evocar um mtico passado nacional, na falta dos briosos cavaleiros medievais de Scott, o ndio seria o modelo de que Alencar lanaria mo. (...) O ndio entrara como tema na literatura universal por influncia das ideias dos filsofos iluministas e especialmente, da obra de Jean-Jacques Rousseau (...). As teses de Rousseau sobre o bom selvagem, por sua vez, bebiam na fonte das narrativas de viajantes do sculo XVI, os primeiros europeus que haviam colocado os ps no cho americano. Foram esses viajantes os responsveis pela propagao do juzo de que, do outro lado do oceano, existia um povo feliz, vivendo sem lei nem rei (...). (NETO, Lira. O inimigo do Rei. Uma biografia de Jos de Alencar. So Paulo: Globo, 2006. p. 166-167) Para o filsofo iluminista francs a que o texto de Lira Neto se refere,
(PUC-Camp -2017) TEXTO PARA A PRXIMA QUESTO: Os modernistas produziram manifestos e profisses de f, fundaram revistas, formaram grupos, mesmo depois de estarem evidentes as diferenas dentro do grande grupo inicial. Os escritores de 30 no produziram um nico manifesto esttico. (...) Para entender essas diferenas pode ser til voltar um pouco a algo apenas esboado acima: aquela diferena entre as geraes formadas antes e depois da Primeira Guerra, articulada dinmica do funcionamento dos projetos de vanguarda. (...) O modernismo nasceu em So Paulo e no h quem deixe de apontar o quanto do desenvolvimento industrial da cidade alimentou a esperana de que a modernizao do pas, quando generalizada, poderia at mesmo tirar da marginalidade as massas miserveis. (BUENO, Lus. Uma histria do Romance de 30. So Paulo: Edusp. Campinas: Editora da Unicamp, 2006, p. 66-67) O mundo est quase todo parcelado e o que dele resta est sendo dividido, conquistado, colonizado. Pense nas estrelas que vemos noite, esses vastos mundos que jamais poderemos atingir. Eu anexaria os planetas, se pudesse; penso sempre nisso. Entristece-me v-los to claramente e ao mesmo tempo to distantes. (Cecil Rodes) Ao mesmo tempo, essas palavras refletem e, em ltima instncia, remetem ao fator determinante, para muitos historiadores especialistas no tema, da Primeira Guerra Mundial: o Imperialismo. (In: BERUTTI, Flavio. Tempo, Espao Histria. So Paulo: Saraiva, 2004, p. 404) Nessa perspectiva, pode-se afirmar que a Guerra de 1914
(PUC/SP -2017) O Descobrimento da Amrica, no quadro da expanso martima europeia, deu lugar unificao microbiana do mundo. No troca-troca de vrus, bactrias e bacilos com a Europa, frica e sia, os nativos da Amrica levaram a pior. Dentre as doenas que maior mortandade causaram nos amerndios esto as bexigas, isto , a varola, a varicela e a rubola (vindas da Europa), a febre amarela (da frica) e os tipos mais letais de malria (da Europa mediterrnica e da frica). J a Amrica estava infectada pela hepatite, certos tipos de tuberculose, encefalite e plio. Mas o melhor troco patognico que os amerndios deram nos europeus foi a sfilis venrea, verdadeira vingana que os vencidos da Amrica injetaram no sangue dos conquistadores. Traos do trauma provocado por essas doenas parecem ter-se cristalizado na mitologia indgena. Quatro entidades malficas se destacavam na religio tupi no final do Quinhentos: Taguaigba (Fantasma ruim), Macacheira ou Moccher (O que faz a gente se perder), Anhanga (O que encesta a gente) e Curupira (O coberto de pstulas). razovel supor que o curupira tenha surgido no imaginrio tupi aps o choque microbiano das primeiras dcadas da descoberta. Luiz Felipe de Alencastro. ndios perderam a guerra Bacteriolgica. Folha de S. Paulo, 12.10.1991, p. 7. Adaptado. O texto expe uma das caractersticas mais importantes da expanso martima europeia dos sculos XV e XVI,
(Pucrs 2017) As teorias políticas e religiosas, bem como a nova mentalidade da Europa Moderna, podem ser melhor compreendidas através da leitura de algumas obras clássicas escritas entre os séculos XIV e XVII. Considerando essa premissa, relacione as obras e seus autores (coluna 1) à respectiva resenha (coluna 2). Coluna 1 1. O Príncipe, de Nicolau Maquiavel, 2. Decameron, de Giovanni Bocaccio, 3. A vida de Gargântua e Pantagruel, de François Rabelais, 4. 95 Teses, de Martinho Lutero, 5. O Elogio da Loucura, de Erasmo de Roterdã, Coluna 2 ( ) aborda o abalo causado pela Peste Negra no comportamento e nos valores sociais embasados na moral medieval, bem como o advento do humanismo na Itália da passagem da Idade Média para a Idade Moderna. ( ) defende uma política desligada da moral religiosa, apresentando orientações sobre como se conduzir nos negócios políticos internos e externos, com o objetivo de conquistar o poder e nele se manter. ( ) faz uma crítica à filosofia escolástica medieval, à autoridade dos frades, ao Papado, aos reis, aos magistrados e à justiça, através de uma sátira no estilo grotesco, que dialoga com a cultura popular e carnavalesca da virada da Idade Média para a Moderna. ( ) é um texto que critica as práticas abusivas de alguns clérigos que realizavam a venda de indulgências e os desvios morais de certos membros do clero da Igreja Católica. ( ) é um livro inspirado em obras clássicas e no exercício da retórica que, com um texto satírico e sombrio, critica práticas corruptas da Igreja Romana. O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
(Pucsp 2017) A presença africana está de tal maneira mesclada a formas de ser, fazer e viver europeias e ameríndias, que é difícil distinguir o que é puramente africano. O que é certo é que os nossos antepassados africanos trouxeram para o Brasil os conhecimentos e as técnicas que desenvolveram ao longo dos séculos. Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 154-155. Entre os conhecimentos citados no texto, é correto citar:
(PUC - RS 2017/1) London: the city that ate itself London is a city ruled by money. The things that make it special the markets, pubs, high streets and communities are becoming unrecognisable. The city is suffering a form of entropy whereby anything distinctive is converted into property value. Can the capital save itself? London is without question the most popular city for investors, says Gavin Sung of the international property agents Savills. There is a trust factor. It has a strong government, a great legal system, the currency is relatively safe. It has a really nice lifestyle. There are parks, museums and nice houses. Its arts of hedonism are reaching unprecedented levels: its restaurants get better or at least more ambitious and its bars offer cocktails previously unknown to man. In some ways, the city has never been better. It has a buzz. Its population keeps growing and investment keeps pouring in, both signs of its desirability. As its mayor likes to boast: London is to the billionaire as the jungles of Sumatra are to the orangutans. It is their natural habitat. At the same time, to use a commonly heard phrase, the city is eating itself. Most obviously, its provision of housing is failing to keep up with its popularity, with effects on price that breed bizarre reactions at the top end of the market and misery at the bottom. Thousands are being forced to leave London because their local authorities cant find them homes and people on middle incomes cant acquire a place where anyone would want to raise a family. There are also effects beyond housing, although often driven by residential property prices. The spaces for work that are an essential part of the citys economy are being squeezed, its high streets diminished, its pubs and other everyday places closing. It is suffering a form of entropy whereby the distinctive or special is converted into property values. Its essential qualities, which are that it was not polarised on the basis of income, and that its best places were common property, are being eroded. () This would matter less if the city were making new places with the qualities of those now packaged up and commodified if the supply of good stuff _____ expanding but it _____ not. Although the cranes swing, much of the new living zones now _____ created range from the ho-hum to the outright catastrophic. The skyline _____ plundered for profit, but without creating towers to be proud of or making new neighbourhoods with any positive qualities whatsoever. If London is an enormous party, millions of people are on the wrong side of its velvet rope. In the rest of Britain, a common view of London is that it is a parasitic monster or, as Alex Salmond put it, quoting Tony Travers of the London School of Economics: The dark star of the economy, inexorably sucking in resources, people and energy. Nobody quite knows how to control it. Both the SNP and Ukip can be seen as anti-London parties, as expressions of a feeling that national decisions are made in the capital, by the capital, for the capital. Those Scots who want independence are less concerned about being part of the same country as Middlesbrough or Ipswich than they are about London. But these views overlook the extent to which the city is feeding on its own. Adapted from: https://www.theguardian.com/uk-news/2015/jun/28/london-the-city-that-ate-itself-rowan-moore The alternative that presents all the correct forms to fill in the bold paragraph are, respectively,
(Pucsp 2017) Desde as décadas de 1960 e 1970, quando foi criada boa parte das Unidades de Conservação (UCs) do país, principalmente as indicadas para proteção integral, instalaram-se conflitos diversos com as comunidades [humanas] que originalmente ocupavam esses territórios há 200, 300 ou mais anos atrás. (SIMÕES, Eliane et al. Planejamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Ubatumirim. Instrumento de justiça socioambiental. São Paulo: Páginas Letras, 2016. p. 15) As políticas de proteção do ambiente, em grande escala, no Brasil, têm um curto período de existência, mas o suficiente para gerar vários conflitos e resistências. Tendo em vista esse cenário e o texto, pode-se afirmar que
(Pucrj 2017) Os humanistas e artistas do Renascimento italiano apregoavam a “volta aos Antigos” como fundamento de suas ações no presente. Assinale a alternativa que expressa o que era entendido por “volta aos Antigos”.
(Pucpr 2017) O surto de febre amarela que o país enfrenta nos últimos anos é o maior desde os anos 80 e parte da prevenção se dá através da vacinação contra a doença. Contudo, outra campanha de vacinação, dessa vez para conter surto de varíola no início do século XX, não teve aceitação popular, gerando a Revolta da Vacina. Sobre essa revolta, assinale a alternativa CORRETA:
(PUC CAMP 2017) Fertilizantes do tipo NPK possuem propores diferentes dos elementos nitrognio (N), fsforo (P) e potssio (K). Uma formulao comum utilizada na produo de pimenta a NPK 4-30-16, que significa 4% de nitrognio total, 30% de P2O5 e 16% de K2O,em massa. Assim, a quantidade, em mol, de P contida em 100 g desse fertilizante de, aproximadamente, Dados: massas molares (gmol-1) O = 16 P = 31,0
(Pucrs 2017) Associe os nomes dos Presidentes do Brasil durante a República Velha (coluna 1) às principais características de seus respectivos governos (coluna 2). Coluna 1 1. Campos Sales 2. Rodrigues Alves 3. Hermes da Fonseca 4. Arthur Bernardes Coluna 2 ( ) Paulistano, foi o terceiro presidente civil do Brasil; durante o seu governo, ocorreram as famosas reformas urbanas do Rio de Janeiro, e o país apresentou considerável crescimento econômico, com a exportação de bens primários. Enfrentou a Revolta da Vacina. ( ) Militar, derrotou o baiano Rui Barbosa durante a campanha eleitoral que o elegeu. Em seu governo, enfrentou diversas rebeliões internas, como a Revolta da Chibata, na qual marinheiros lutaram contra as más condições de trabalho, e a Guerra do Contestado, ocorrida em Santa Catarina. ( ) Foi responsável por promover a estratégia de sucessão presidencial conhecida como política Café com Leite, na qual os dois principais Estados da Federação, São Paulo (Café) e Minas Gerais (Leite), revezavam-se na Presidência da República. Procurou também sustentação no Congresso pela Política dos Governadores. ( ) Mineiro, teve um mandato conturbado, no qual ocorreram várias revoltas, como o Movimento Tenentista; por isso, governou o país em estádio de sítio por vários anos. No plano econômico, foi responsável por uma política que procurou nacionalizar os recursos naturais do país, controlando a exploração do subsolo. ( ) Durante o seu governo, adotou uma política de saneamento econômico no Brasil, combatendo a alta inflação e o deficit público. Para tanto, renegociou a dívida externa brasileira, num acordo chamado Funding Loan, cortou despesas, aumentou impostos e promoveu a valorização da moeda nacional. O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
(Puccamp/2017) Os modernistas de São Paulo, em especial Menotti del Picchia e Oswald de Andrade, usavam habitualmente o termo futurismo, mas o faziam em sentido elástico, para designar as propostas mais ou menos renovadoras que se opunham às receitas passadistas e acadêmicas. A polarização futurismo passadismo servia como tática retórica eficaz mas também simplificadora. Esse aspecto do discurso modernista, que se apresentava como ruptura com o velho, acabava por atirar na lata do lixo do passadismo manifestações variadas, às quais, diga-se, não raro os próprios novos estavam atados. GONÇALVES, Marcos. Augusto. 1922 A semana que não terminou. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 20. O modernista Oswald de Andrade chegou a dizer que somos todos futuristas porque somamos um povo de mil origens, arribado em mil barcos, com desastres e ânsias, aludindo assim
(Puccamp 2017) TEXTO PARA APRÓXIMA QUESTÃO: José de Alencar retratou o seu herói goitacá em prosa, a exemplo do que o escocês Walter Scott havia feito com os cavaleiros medievais na célebre novela Ivanhoé. Para evocar um mítico passado nacional, na falta dos briosos cavaleiros medievais de Scott, o índio seria o modelo de que Alencar lançaria mão. (...) O índio entrara como tema na literatura universal por influência das ideias dos filósofos iluministas e especialmente, da obra de Jean-Jacques Rousseau (...). As teses de Rousseau sobre o bom selvagem, por sua vez, bebiam na fonte das narrativas de viajantes do século XVI, os primeiros europeus que haviam colocado os pés no chão americano. Foram esses viajantes os responsáveis pela propagação do juízo de que, do outro lado do oceano, existia um povo feliz, vivendo sem lei nem rei (...). (NETO, Lira. O inimigo do Rei. Uma biografia de José de Alencar. São Paulo: Globo, 2006. p. 166-167) A afirmação de que José de Alencar valeu-se do modelo heroico dos cavaleiros medievais para compor personagens de cunho nacionalista fez com que concebesse e apresentasse Peri, protagonista de O Guarani, como um
(Puccamp 2017) Mais do que resultante de acasos e similares, como aconteceu a muitos países, o Brasil é produto de uma obra. Em sua primeira parte, feita à medida e semelhança do colonizador. Depois, conduzida pela classe dominante dele herdeira, no melhor e sobretudo no pior da herança. O sistema aí nascente projetou-se na história como um processo sem interrupção, sem sequer solavancos. Escravocrata por tanto tempo, fez a abolição mais conveniente à classe dominante, não aos ex-escravizados. A República trouxe recusas superficiais ao Império, ficando a expansão republicana do poder e dos direitos reduzida, no máximo, a farsas, a começar do método fraudador das eleições a bico de pena. FREITAS, Jânio de. Folha de S. Paulo, 30/04/2017. Na legislação brasileira já existia uma lei de extinção do tráfico, assinada em 1831. Apesar disso, o comércio negreiro continuou a funcionar regularmente e às vistas das autoridades. A Lei Eusébio de Queiroz foi, portanto, uma reafirmação daquela de 1831 e