(UEFS 2014 - Meio do ano)
A crise envolvendo os imigrantes [haitianos] gerou troca de farpas entre o governo de São Paulo e o acreano. Com a intensificação da vinda de imigrantes a São Paulo, o governo do Estado criticou o posicionamento do Acre na situação. [...] cerca de 160 imigrantes passaram a noite em um salão de festas convertido, temporariamente, em dormitório. Ficaram no chão, sobre colchões doados pela prefeitura. (CASO DOS HAITIANOS..., 2014, p. B8).
A migração de haitianos para o Brasil, na atualidade, além de resultar da crise interna vivida por um dos países mais pobres do mundo, massacrado por catástrofes naturais, é, também, uma consequência
do temor de serem absorvidos pela política expansionista dos Estados Unidos no Caribe, o que agravaria suas limitações e carências.
da predominância de negros na população haitiana, dominados por uma elite branca, em regime de segregação racial semelhante ao que prevaleceu na África do Sul.
da falência de um país que se originou de uma colônia de exploração de domínio francês, cuja economia se fundamentou na exploração da agricultura de exportação movida pelo trabalho escravo.
da sobrevivência de relações de trabalho semelhantes à escravidão em plantações de soja e algodão, de propriedade de descendentes de colonizadores franceses.
da maior proximidade geográfica e cultural entre o Haiti e o Brasil, dispensando as perigosas viagens pelo Atlântico (enfrentadas por outros imigrantes), e a facilidade de integração, por falarem a mesma língua.