(UEFS 2014 - Meio do ano)
O diploma profissionalizante, aliado à capacidade de enxergar longe e a muito esforço pessoal, os tornou aptos a executar as complexas tarefas que os processos industriais de última geração exigem. São raros em suas expertises, portanto alvo de cobiça no mercado. [...] Uma radiografia inédita feita pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) mostra que os setores mais famintos de técnicos são exatamente aqueles que estão impulsionando o PIB: petroquímica, energia, mineração, metal-mecânica e eletromecânica. (RITTO; THOMAZ, 2014, p. 101).
O texto indica o reordenamento do mercado de trabalho na era da informática e da automação digital que, ao privilegiar a especialização técnica,
contribui para o crescente acúmulo de resíduos eletrônicos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
promove a desvalorização e o esvaziamento de antigas áreas acadêmicas voltadas para a saúde, o direito e a educação.
democratiza o mercado de trabalho, tornando-o acessível a qualquer trabalhador independentemente do nível de escolaridade.
supera a antiga preocupação dos ludistas quanto à substituição do trabalhador pela máquina, o que roubaria seu meio de subsistência.
marginaliza o trabalhador, estabelecendo a desigualdade entre os que sabem e os que não sabem, levando-os a permanecer desprotegidos dos seus direitos de cidadãos.